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quinta-feira, 29 de julho de 2021

Qualidade do sono pode interferir na imunização contra Covid-19

Além de impactar diretamente no metabolismo e contribuir para a prevenção de doenças, dormir bem pode agir também na resposta do corpo em relação à vacinação

 

Dormir bem está diretamente ligado ao bom funcionamento do organismo. Ter uma noite de sono com qualidade contribui para a melhora do metabolismo, promove disposição e ajuda a prevenir doenças crônicas. Porém, em tempos de pandemia, é cada vez mais difícil manter um hábito tão importante, tanto para a saúde física como a mental. A questão ganha ainda mais importância quando entendemos que uma boa noite de sono pode impactar diretamente na capacidade do corpo humano reagir à imunização contra a Covid-19.

De acordo com a revista médica Lancet, a duração do sono no momento da vacinação contra infecções virais pode afetar a resposta imunológica. Embora não tenha uma conclusão clara em relação à resposta dos imunizantes contra o novo coronavírus, a publicação afirma que estender a duração de sono na noite da imunização pode "ajudar a garantir uma resposta adequada às vacinas e contribuir para reduzir a incidência de doença grave nessas pessoas". Já a publicação Springer Nature Switzerland, no artigo "Advice for COVID-19 vaccination: get some sleep", diz que estabelecer uma rotina de sono - incluindo a atenção com ambiente de repouso, exposição à luz, e o não consumo de álcool e cafeína antes de dormir - pode reduzir a propagação global da Covid-19.

Corona-insônia - Se por um lado a qualidade do sono pode impactar na reação do corpo em relação aos imunizantes, por outro a privação dele durante a pandemia acarretou no fenômeno global denominado corona-insônia. Fatores como meses de distanciamento social, medo do contágio, morte de pessoas próximas em razão da doença, confusão entre os limites da vida pessoal e profissional são alguns dos fatores que abalaram o sono no Brasil e no mundo.

Um estudo da Royal Philips, empresa de tecnologia da saúde, aponta que 74% dos brasileiros entrevistados afirmam ter adquirido problemas de sono desde o anúncio do surgimento da Covid-19, no início de 2020. Entre os participantes da pesquisa, 50% acreditam que o novo coronavírus impactou diretamente a qualidade do seu sono.

"Tenho sofrido com uma tempestade de emoções e ansiedade desde que a pandemia começou. Meu sono piorou bastante, tive insônia pela primeira vez na vida", afirma Leo Young. De acordo com o chef de cozinha, alguns hábitos ajudaram a promover a higiene do sono e garantir o descanso tão necessário para o corpo e para mente. "Quem sofre de algum distúrbio do sono deve procurar auxílio médico. Porém, existem diversas práticas que podem auxiliar no repouso, como se desconectar do celular e da TV uma hora antes de dormir e evitar tomar café após as 17 horas", comenta Melissa Dias, farmacêutica e gerente da Weleda. Melissa sinaliza outras medidas que podem proporcionar um sono com mais qualidade:

1. Não praticar exercícios físicos pesados após 20h

2. Jantar até 2h antes de dormir e evitar alimentos pesados

3. Ouvir músicas relaxantes ou sons da natureza

4. Banho em temperatura agradável antes de dormir

5. Evitar assuntos de trabalho na cama

6. Manter o quarto escuro para auxiliar a produção de melatonina natural do organismo

Para quem é adepto a métodos naturais, há no mercado produtos que podem auxiliar nesse processo, como é o caso do Ansiodoron, da Weleda. O medicamento antroposófico possui fórmula e processo únicos, criados para restaurar o equilíbrio da vida melhorando o sono . Líder na categoria de naturais da ABRAFARMA Sudeste, sua composição de três ingredientes naturais exclusivos como Avena sativa, Passiflora alata e Valeriana officinalis, que agem nos sistemas metabólico, neuro-sensorial e rítmico, proporcionando relaxamento, melhorando a taxa respiratória e induzindo o sono. Dessa forma, ocorre a diminuição de ondas cerebrais, proporcionando o relaxamento necessário para o usuário dormir bem, e acordar disposto no dia seguinte.


Especialista dá dicas de como campanhas temáticas ajudam a conscientizar pacientes

Adoção de ações em datas comemorativas auxiliam clínicas e hospitais a despertar para a importância dos cuidados contra a Covid-19


Datas comemorativas são um ótimo motivo utilizado pelo varejo para incrementar as vendas. Mas elas também podem ser uma ação importante para o fortalecimento no relacionamento com os clientes, especialmente no setor de serviços.

De acordo com o Dr. Éber Feltrim, especialista em marketing estratégico e CEO da SIS Consultoria, clínicas, hospitais e laboratórios podem fortalecer campanhas e a sua marca com alguns brindes aos pacientes voltados para as datas comemorativas. Ele cita alguns exemplos, que atualmente estão em alta, como a entrega de máscaras personalizadas com a marca da clínica, distribuição de álcool em gel personalizado, tudo gerando uma campanha de conscientização para que tanto o estabelecimento de saúde quanto os pacientes precisam seguir à risca os protocolos de biossegurança. “Lembrando que quanto mais discreta for a marca nos brindes, maior a chance do cliente usar”, indica.

Feltrim ainda ressalta a importância dos gestores de saúde enxergarem a clínica, o consultório, o laboratório, o ambiente em que é feito o atendimento como um negócio para aproveitar as datas comemorativas e fortalecer o relacionamento com os clientes.

Em relação às ações de marketing, o CEO da SIS Consultoria recomenda atenção ao código de ética de cada profissão ao adotar a distribuição de brindes por meio de campanhas promocionais. Com a aproximação do Dia dos Pais, Feltrim sugere tirar fotos de todos os pais que passarem na clínica no mês de agosto, mediante autorização, e fazer publicações nas redes sociais em setembro fazendo uma homenagem posterior. Outras dicas que o especialista dá é distribuir chaveirinhos personalizados, sortear um vale barbeiro e bolar ações para outras datas comemorativas.

Feltrim ainda salienta que o objetivo principal dessas ações em datas comemorativas não são só para gerar lucro, mas sim agregar valor, fidelizar o paciente. “Sua clínica manda pelo menos um “parabéns” para o seu cliente no dia do aniversário dele? Quando ele vai a uma consulta ou exame, será que a sua equipe dedica ao menos cinco minutinhos para cumprimentá-lo? São ações que vão agregando e comemorando junto com o cliente. E usando a criatividade para brincar e fugir do lugar comum”, finaliza Dr. Éber Feltrim.



Dr. Éber Feltrim - Especialista em gestão de negócios para a área da saúde, começou a sua carreira em Assis (SP). Após alguns anos, notou a abertura de um nicho em que as pessoas eram pouco conscientes a respeito, a consultoria de negócios e o marketing para a área da saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento e gestão de clínicas.

 


SIS Consultoria

https://www.sisconsultoria.net/ 

instagram @sis.consultoria.

 

Doenças crônicas sem tratamento podem agravar saúde bucal

 Pacientes diabéticos e hipertensos devem redobrar cuidados com a saúde bucal para prevenir complicações


A condição de saúde de uma pessoa tem impacto direto na boca, principalmente quando se trata de pacientes com comorbidades. Nesses casos, a atenção para a saúde bucal deve ser redobrada, pois o risco de complicações associados a essa condição se torna elevado.

A estabilização de quadros de doenças crônicas como Diabetes Mellitus (DM) ou Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), junto ao atendimento especializado de um cirurgião-dentista são essenciais para a preservação da saúde bucal e prevenção de doenças periodontais e outros agravos.

“O acompanhamento odontológico de pacientes com doenças crônicas deve ser realizado por um profissional capacitado, que compreenda as características de suas patologias, bem como os potenciais efeitos do tratamento médico ao qual o paciente é submetido, de forma a adaptar o atendimento às suas especificidades”, diz a Dra. Gyselle Marinne Jacinto, membro da Câmara Técnica de Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).


Tratamento odontológico para pacientes diabéticos

Uma das doenças crônicas mais prevalentes na população é o Diabetes Mellitus, que atinge cerca de 13 milhões de pessoas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, sendo que 46% delas não sabem que possuem a doença.

Devido à deficiência na absorção ou na produção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue, há o aumento da taxa de glicemia. Essa situação pode levar a complicações na cavidade bucal, gerando problemas como gengivite e periodontite, facilitando processos de perda óssea dentária.

“A hiperglicemia pode modificar o processo de cicatrização e a resposta imune do paciente. O que observamos no diabético é um possível atraso de reparo e maior risco de infecção, principalmente após extrações dentárias, ou o agravamento dos casos de doença periodontal”, comenta a Dra. Juliana Bertoldi Franco, cirurgiã-dentista que faz parte das Câmaras Técnicas de Odontologia Hospitalar e de Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais do CROSP.

O mais importante, além do controle glicêmico, é que o paciente tenha o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar de saúde, como nutricionista, endocrinologista e outros profissionais, que indicará o tratamento mais adequado do DM. Essa equipe inclui o cirurgião-dentista, que fará a remoção de focos de infecções e a avaliação para diagnóstico precoce de possíveis alterações na cavidade bucal e de doenças periodontais que também possam gerar complicações no quadro de Diabetes.

“Existem protocolos que devem ser adotados para um atendimento odontológico seguro do paciente diabético, assim como para diminuir os riscos pertinentes à doença", explica a Dra. Juliana.


Atendimento e cuidados para pacientes hipertensos e cardiopatas

Outra comorbidade com incidência elevada na população é a hipertensão arterial sistêmica (HAS), doença crônica e degenerativa, caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Conforme estimativas da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), cerca de 30% dos brasileiros possuem a doença, sendo que até metade dos hipertensos desconhecem o diagnóstico,

A situação se agrava ainda mais pois, de acordo com a SOCESP, entre os que sabem que são hipertensos, uma parte toma remédios de forma irregular ou não faz uso de medicação. Ainda segundo a entidade, apenas 20% têm a doença controlada, o que exige maior atenção por parte dos profissionais em saúde bucal no tratamento desses e de outros pacientes com problemas cardíacos.

“O paciente cardiopata deve ser tratado de forma muito criteriosa pelo cirurgião-dentista pelo risco do desenvolvimento de endocardite infecciosa (infecção no revestimento interno do coração) após o procedimento odontológico. O entendimento da cardiopatia e do manejo do paciente são fundamentais para a realização do tratamento odontológico de forma segura”, diz a Dra. Juliana.

“No caso da hipertensão arterial sistêmica, em que o paciente pode apresentar um quadro de pressão alta por uma dor de dente, o tratamento é essencial para controle e estabilidade da doença”, completa.


O papel do cirurgião-dentista na detecção de doenças crônicas

Assim como as doenças crônicas podem afetar diretamente a boca, as patologias bucais também podem trazer descompensações sistêmicas no paciente e agravar seu quadro de saúde. Nos casos de pacientes crônicos que desconhecem o diagnóstico, o cirurgião-dentista pode auxiliar na detecção dessas doenças para que seja feito o tratamento adequado por um especialista, além de evitar possíveis agravos.

“Condutas simples podem ser adotadas como parte do exame clínico de quaisquer pacientes. Desvios percebidos na aferição da pressão arterial e da glicemia capilar, durante a anamnese, podem indicar quadros de HAS e DM, doenças muitas vezes silenciosas e, consequentemente, desconhecidas pelo próprio paciente”, alerta a Dra. Gyselle.

“Alterações e lesões observadas durante o exame físico extrabucal e intrabucal podem sugerir a presença de patologias sistêmicas crônicas com repercussões em boca – algumas destas patologias podem ter sua primeira manifestação na cavidade oral e o cirurgião-dentista pode ser o primeiro profissional a identificá-las, como doenças infecciosas e autoimunes”, complementa a cirurgiã-dentista.

É importante também que o paciente esteja atento aos sinais na cavidade bucal que podem ser causados não só pelas doenças crônicas que possui, mas também pelos efeitos colaterais das medicações para controle das mesmas, como hipossalivação ou deficiência na composição da saliva. Ambas contribuem para o aparecimento de cárie, alterações na gengiva e outras doenças periodontais, além do ressecamento da boca. O atendimento especializado do profissional de Odontologia, nesses casos, é indispensável para um tratamento eficaz.



Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br

 

Conversa franca: como falar de finanças com a família

  

Consultor financeiro e psicólogo cadastrados no GetNinjas explicam a importância de dialogar sobre o dinheiro dentro de casa com os familiares


A pandemia impactou as finanças de inúmeras pessoas. Segundo um estudo do iDados, oito em cada dez famílias de renda média viram a renda diminuir. Para dois em cada dez domicílios, a queda varia entre 50% a 80%. Com tal revés, os brasileiros precisaram se reinventar e reorganizar o orçamento por meio do diálogo. Porém, falar de dinheiro não é tarefa fácil. Para mudar esse tabu, Abel Antônio, psicólogo que atende pelo GetNinjas, maior aplicativo de contratação de serviços do Brasil, diz que o dinheiro funciona como um "combustível" que possibilita a participação da família em diversas instituições sociais, tais como: emprego, escola, lazer e moradia.

"Dessa forma, qualquer fala que traga à tona a menção a esse combustível (dinheiro) gera desconforto, pois carrega um reescalonamento de prioridades, principalmente pela possibilidade real da escassez desse recurso, limitando as expectativas de sucesso social", comenta Abel. Apesar da resistência que o assunto causa, o diálogo e a transparência são essenciais nas famílias, principalmente durante momentos de crise financeira. Em tais situações difíceis, o profissional fala que ao se verem incapazes de obter renda, pais e/ou provedores, se veem incapazes como membros da família, o que causa sofrimento psíquico.

O diálogo também é defendido por Claudio Munhoz, consultor financeiro cadastrado no GetNinjas. Segundo o profissional, é de extrema importância acompanhar o orçamento doméstico com regularidade para que possíveis desvios sejam observados e para que se faça a "correção de rota" necessária. Caso contrário, a falta de diálogo pode desgastar a relação familiar, já que podem haver gastos feitos sem o consentimento de todos os integrantes da casa. "Por exemplo, quando não há uma conversa franca, há o risco de alguém comprar um eletrônico que almejava, enquanto os demais gostariam de fazer uma reforma na casa", exemplifica o consultor.

Sendo assim, é recomendado que as famílias façam reuniões periódicas pautadas na transparência e confiança, já que não há assuntos que não possam ser compartilhados. "A principal dica para a implementação das reuniões é definir uma data/horário e tratar a ocasião como um compromisso sério. É interessante alinhar uma data fixa na agenda de todos (como por exemplo: toda primeira segunda do mês às 20 horas)", orienta Claudio. Segundo o profissional, alguns temas que podem ser abordados são:

- As finanças do mês anterior e se o orçamento doméstico foi respeitado;

- O que pode ser feito preventivamente para o orçamento se cumpra no próximo mês;

- Andamento dos planos para o futuro e o orçamento de longo prazo para realização dos sonhos.

Cresce publicações de artigos científicos em repositórios online na pandemia

Especialista no setor elenca as principais vantagens do preprint como uma solução de acesso e compartilhamento de publicações acadêmicas em tempos de isolamento social

 

 

 

O Brasil é o 11º primeiro em número de publicações científicas sobre Covid-19, segundo a Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica. Isso explica por que os preprints estão cada vez mais populares no meio acadêmico. A Even3 - plataforma de eventos virtuais e publicações científicas - levantou que 43% das publicações depositadas no site são do formato preprint.

 

“A palavra ‘preprint’ significa ‘pré-publicação’, ou seja, de maneira geral, esse documento original e de teor científico é publicado em um repositório online, antes mesmo da avaliação de uma banca responsável por analisar trabalhos, algo bem característico dos periódicos e das revistas científicas. Por não ter sido publicado em uma revista científica e sim nesse repositório, ele acaba ficando conhecido como não publicado”, explica Welington Almeida, gerente de produto da Even3 Publicações.

 

Um estudo feito em 2020, chamado Preprinting a pandemic estima que ao menos 37% dos artigos publicados (16 mil até então) não haviam passado pela revisão de outros cientistas. Por não terem sido avaliados e revisados, tiveram a opção de serem publicados em repositórios online. “Os preprints são muito efetivos no meio científico e acadêmico, pois agilizam a comunicação e divulgação de manuscritos por todo o mundo”, afirma Almeida. 

 

Segundo Welington, “a grande vantagem desse formato é que o autor pode divulgar a pesquisa científica mais rapidamente mesmo que esta não esteja completamente finalizada, além de poder atualizar ou alterar o conteúdo sempre que necessário, caso surjam novos dados e informações relevantes, podendo contar com a colaboração de outros pesquisadores durante a construção do documento”. Além disso, um estudo em Tenesse, revela que os artigos que contavam com preprint têm em média um índice Altmetric 49% maior e 39% mais citações que os artigos sem preprint, gerando grande valor para o pesquisador que busca ser referenciado.

 

Pensando nisso, o especialista listou as 4 principais vantagens para investir no modelo preprint:

 

Agilidade na publicação

 

Os preprints são ideais, pois permitem a publicação do artigo em um prazo muito mais curto que os periódicos. Para ser publicado, passa apenas por uma breve avaliação, que vai confirmar que de fato trata-se de um conteúdo científico, e, se estiver tudo certo, é publicado no prazo de um dia na internet.

 

 

Acessibilidade e visibilidade

 

Esse tipo de formato permite que o autor tenha controle do alcance da sua publicação em escala mundial, já que pode visualizar a quantidade de acessos que o arquivo teve. Com essa facilidade, pode tornar o trabalho conhecido mais rapidamente, além de conquistar uma reputação e ser visada por revistas científicas resultando numa publicação mais completa. 

 

 

Construção conjunta 

 

O formato permite que outros pesquisadores possam ver, comentar e até promover novas parcerias. Dessa forma, é possível mensurar o impacto da pesquisa e alcançar um público mais amplo para seu trabalho.

 

 

Atualizações ilimitadas

 

Sempre que surgir um novo dado ou precisar alterar uma informação da sua pesquisa, você poderá alterá-la. Todas as versões ficam salvas e disponíveis no sistema. Assim, o leitor consegue acompanhar todas as atualizações feitas e o andamento da pesquisa.

 


 

Even3 


Pandemia motiva retomada das discussões sobre tributação de fortunas e negócios globais

Para equilibrar os cofres públicos, países estão revendo cobranças de impostos de quem ganha mais


A pandemia tem gerado enormes gastos públicos. Isso trouxe à tona antigos debates acerca da necessidade de um sistema fiscal mais justo e eficaz. Fazem parte das discussões a cobrança de impostos maiores sobre grandes fortunas e a tributação de empresas multinacionais.

Enquanto os cofres públicos minguam, o número de bilionários teve crescimento recorde na pandemia. São 2.755 bilionários em 2021, sendo 660 a mais que no ano passado. A apuração feita pela Forbes revela que 86% deles ficaram mais ricos durante a crise. Esses bilionários acumulam, hoje, uma fortuna estimada em US$13 trilhões. Em 2020, esse valor era de US$8 trilhões. 

Segundo Zulmir Breda, presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), com a piora das contas públicas em decorrência da pandemia, a revisão do sistema fiscal passou a ser vista como uma ‘tábua de salvação’.

“No Brasil, diante da necessidade de geração de receita fiscal adicional para financiar o déficit orçamentário que foi agravado nos últimos meses, essa discussão sobre a regulamentação do imposto sobre grandes fortunas (IGF) ganhou força. Está previsto na Constituição Federal de 1988, mas ainda depende de uma lei complementar para implementá-lo”, explica Zulmir. 

Instituir o IGF significaria cobrar imposto sobre todo o estoque de ativos acumulados por indivíduos super-ricos. “À primeira vista, parece fazer sentido, mas esse é um assunto controverso há muito tempo e no mundo todo. Há defensores e detratores desse tipo de tributo”, diz.

Para os que defendem o imposto sobre a fortuna, o IGF fornece uma solução para amenizar os contínuos déficits orçamentários e alavancar o crescimento do PIB dos países, ainda contribuindo para atenuar o abismo da desigualdade econômica com a distribuição de renda. 

Por outro lado, os argumentos contrários apontam para os riscos envolvidos com a adoção do IGF, como o de fuga de capital e o de aumento da evasão fiscal. “Além disso, alega-se que essa arrecadação não é significativa em relação ao total de receitas tributárias e há custos administrativos para a sua fiscalização”, complementa Zulmir Breda.


Imposto global

A crise causada pela pandemia atingiu o mundo de forma generalizada, provocando o aumento do endividamento em quase todos os países. A média da dívida bruta dos países, no ano passado, foi de 73,4% do PIB. 

Para minimizar o impacto da crise, o G7 - grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido - deu início, em junho deste ano, a mudanças nas leis tributárias internacionais. No dia 10 de julho, durante a 3ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, foi aprovado o acordo para a imposição de um imposto às multinacionais, que deverá entrar em vigor em 2023.

O acordo histórico prevê uma tributação de empresas multinacionais com alíquota mínima de 15%.  O imposto global afetaria menos de 10 mil grandes empresas cujo faturamento anual ultrapassa 890 milhões de dólares. Uma taxa efetiva mínima de 15% geraria uma receita adicional de 150 bilhões de dólares por ano, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Isso pode garantir ao Brasil um ganho de arrecadação de R$5,58 bilhões ao ano, conforme estimativas do Observatório da Tributação da União Europeia (UE), um laboratório de investigação independente na área tributária com sede na Escola de Economia de Paris. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Brasil está engajado no processo negociador de tributação internacional conduzido no âmbito da OCDE. 

“Ante esse enorme desafio, fazemos questão de contribuir com a reforma tributária e com todos os debates que busquem a justiça fiscal e, especialmente, a social”, conclui o presidente do CFC.

 

Conselho Federal de Contabilidade - CFC


Sebrae reúne dicas para abrir novo negócio e retomar o empreendedorismo

Aprender com os erros e construir um bom plano de negócios é fundamental antes de pensar em abrir uma nova empresa

 

Dados da pesquisa Sobrevivência das Empresas (2020), realizada pelo Sebrae com base em dados da Receita Federal, revelaram que 29% dos MEI do país fecham as portas em até cinco anos de atividade. Já entre as microempresas e as empresas de pequeno porte, a taxa de mortalidade é de 21,6% e 17%, respectivamente. O impacto econômico gerado pela pandemia, com demissões e mudanças nos hábitos de consumo da população, levou milhares de empreendedores a encerrarem suas atividades no último ano. Mas, o que fazer quando se chega a esse estágio? Fechar um negócio representa o fim do sonho de empreender?

De acordo com especialistas do Sebrae, é fundamental identificar os erros que levaram ao fechamento do negócio e aprender com eles. É importante que o empresário reconheça as suas fragilidades e do próprio empreendimento. O que fez a empresa fechar? Falta de capital de giro, problemas no produto ou serviço, falhas no atendimento? Nesse contexto, um primeiro passo importante antes de pensar em abrir um novo negócio é fazer um detalhado estudo financeiro e encontrar o problema que levou a empresa a fechar as portas. Um segundo passo é decidir se o novo empreendimento será na mesma área de atividade da empresa anterior ou em um novo segmento. Nesse momento, um bom plano de negócios pode fazer toda a diferença.


Plano de negócios

Após quase 10 anos de atuação na área de recursos humanos, a psicóloga Adriana Gonçalves, 39 anos, resolveu montar a própria empresa. A moradora de Santo André/SP abriu uma marmitaria fitness em agosto de 2019, acreditando que o segmento era promissor. “Eu sempre encomendava esse tipo de comida saudável e os meus amigos de trabalho também. Então, quando tive a ideia de apostar na área, levei a minha experiência como cliente para o negócio”, conta.

Além de herdar da família o gosto pela cozinha, especialmente da mãe, no processo de criação da empresa, ela fez um curso para aprender técnicas de congelamento de marmitas. “O negócio cresceu e amadureceu aos poucos. Só que eu não pensava como gestora. A minha cabeça ainda era de funcionária. Depois que abri o MEI em janeiro de 2020 e comecei a fazer cursos do Sebrae, a minha jornada mudou. Até então, eu procurava dicas no YouTube e acompanhava o que as blogueiras faziam”, ressalta Adriana.

No dia a dia, ela trabalhava com o pedido mínimo de 10 marmitas por pessoa e tinha fidelizado cerca de 30 clientes. Ela também recebia vários pedidos via WhatsApp, fazendo divulgação nas redes sociais e boca a boca. “Até que veio a pandemia, mudando completamente a dinâmica do mercado. Fiquei três meses sem vender quase nada e as contas não paravam de chegar. Precisei me reinventar”, conta a empreendedora.

Atualmente, com a nova empresa de doces finos, que oferece “festa na caixa”, ela se organiza para ter uma loja física, além do atendimento via Instagram. “Hoje, faço cronograma e checklist, por exemplo, para evitar margem de erro. Também cuido da gestão financeira e analiso os tipos de anúncios melhores para venda, se é via Instagram ou panfleto. Estudo muito mais o mercado agora. Vejo que ter um bom plano de negócio faz toda a diferença”, aponta. “Certamente, as orientações do Sebrae fizeram e fazem muita diferença no meu processo. É fundamental estar antenado às novidades e não se acomodar”, admite.


Conhecimento na área

Para o administrador Mateus Bernardino Neto, 34 anos, antes de empreender em qualquer negócio é indispensável verificar se a pessoa tem habilidade específica no segmento. “Além disso, se você não se envolver 100% no projeto e não tiver paixão naquilo que faz, é melhor nem tocar a empresa”, garante. Após ativar um empreendimento de distribuição de alimentos, entre 2017 e 2020, ele observou que não tinha conhecimentos da área para impulsioná-la.

“Um dos maiores aprendizados que tive foi entender a necessidade de domínio. Antes da pandemia, eu já analisava o mercado de alimentação e acredito que ele é muito poderoso. A questão é que eu não tinha competência na área. Faltou experiência e entendimento sobre o setor de nutrição e como negociar com os fornecedores. Acreditava que o que eu sabia de gestão seria suficiente para tocar qualquer negócio, mas não é assim que funciona”, conta Mateus.

Ao decidir vender a distribuidora de alimentos em Florianópolis/SC, ele fez pesquisa de mercado para identificar qual segmento na área de serviços podia arriscar. Atualmente, ele está à frente de uma consultoria financeira e outras duas empresas. Na prática, ele utiliza o programa de gestão Trello para gerenciar todos os processos e acompanhar o cronograma de atividades. “Também uso um software de gestão financeira on-line para fazer o planejamento semanal, com indicadores baseados no do Balance Scorecard (BSC). Participo ainda de muitos cursos e assino alguns conteúdos específicos. E não deixo de acompanhar os cenários econômicos brasileiro e mundial”, complementa Mateus Bernardino.


Aumento do preço gera preocupação para a população de Portugal

Inflação elevada, combustível mais caro, alimentos também com aumento. Como pode-se ver, os problemas enfrentados no país lusitano se assemelham muito com a realidade brasileira.


 

Imagine viver em um país onde é cada vez mais perceptível o aumento de preços. Combustível cada vez mais caro, alimentos sempre registrando aumento a cada ida ao mercado, conta de luz chegando cada vez com valores maiores (por mais que se tente economizar dentro de casa...). Agora pense que tal realidade está se tornando cada vez mais comum. Como é viver em um lugar assim?

 

Pois é, essa dura realidade é encontrada em Portugal. O sonho de consumo de tantos brasileiros que desejam mudar de vida e partir em busca de novas oportunidades. O cenário econômico no país lusitano chama a atenção pela alta crescente dos preços e do custo de vida. Recentemente, a mídia portuguesa informou que a taxa de inflação homóloga em Portugal em junho foi de 0,5%, a mais baixa da zona euro em comparação com a média de 1,9% registrada no bloco Europeu em igual período. Isso quer dizer que o país está salvo quanto a estes aumentos?

 

A resposta de economistas portugueses é: não. Reportagem do jornal “Público”, diz que “o principal motivo para a divergência que atualmente se regista entre a taxa de inflação portuguesa e europeia está no fato de a economia portuguesa ter sido uma das mais afetadas pelos efeitos da pandemia. Quando a atividade econômica diminui, travada pela redução dos níveis de procura, a capacidade das empresas para subirem ou mesmo manterem os preços é abalada”.

 

Na matéria, é confirmado que vários bens e serviços ficaram, durante o último ano, substancialmente mais caros. O maior destaque vai, “sem surpresa para os combustíveis, que no passado mês de junho estavam 19,2% mais caros do que no mesmo período do ano anterior, em consequência da evolução dos custos do petróleo nos mercados internacionais”. Além disso, “seguros de saúde, apostas, livros, brinquedos, bicicletas, a conta de luz e mesmo vestuário (que nos anos anteriores revelou uma tendência de descida) estão entre os bens com subidas significativas de preços durante o último ano”, completa a matéria.

 

Como pode-se ver, a alta de preços é uma realidade alarmante em Portugal. A escalada de preços preocupa cidadãos que precisam se reorganizar para poderem se manter, mesmo com esses aumentos. Como pode-se ver, essa história é muito parecida com a de um outro certo país por aí.

 

 

Fabiano de Abreu


Segundo processamento para declaração de RAIS 2020 se encerra dia 30 de agosto

Empresas que não entregaram suas declarações durante o período do primeiro processamento possuem até dia 30 de agosto para colocar a documentação em dia.

 

As empresas obrigadas a fazer a declaração da GDRAIS que não cumpriram com o prazo do primeiro processamento, que foi no dia 30 de abril, têm até o último dia útil de agosto para realizar sua declaração. 

Os negócios abertos em 2020 que optaram pelo Simples retroativa à data de abertura, com o deferimento feito a partir do dia 15 de janeiro de 2021, poderão colocar em prática as obrigações legais por meio dos programas GDRAIS. 

Desde o ano-base 2019, as empresas incluídas no grupo de obrigadas ao envio de eventos periódicos ao eSocial, tiveram a obrigação de declaração via RAIS substituída de acordo com a Portaria SEPRT n° 1.127/2019. 

A realização da obrigação referente a RAIS ano-base 2020, junto com as alterações relativas a 2019 por estas empresas, aconteceu por meio do envio de informações ao eSocial. 

De acordo com João Esposito, economista e CEO da Express CTB - accountech de contabilidade “os dados que dizem respeito a 2020, transmitidos pelos empresários até dia 30 de agosto deste ano, serão processados entre outubro e janeiro para reconhecimento de trabalhadores que possuem direito ao Abono Salarial, com posterior pagamento segundo calendário a ser publicado pelo CODEFAT no primeiro mês de 2022”. 

O pagamento do Abono Salarial segue as normas estabelecidas pela Resolução, CODEFAT, nº 896, de 23 de março de 2021.

 


Express CTB

www.expressctb.com.br


Profissionais de radiologia podem antecipar aposentadoria

O benefício é garantido aos trabalhadores expostos a agentes prejudiciais à saúde


A exposição constante à radiação é considerada de alto risco, podendo prejudicar a saúde de profissionais que lidam com ela na rotina de trabalho. Esta condição garante que profissionais da radiologia solicitem aposentadoria especial, com ao menos 25 anos de contribuição.

 

A aposentadoria especial é garantida pela legislação previdenciária brasileira àqueles que comprovem o exercício da atividade com exposição frequente a agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física. O benefício abrange profissionais que atuam diretamente na área da saúde como médicos, veterinários e dentistas, além de técnicos e tecnólogos em radiologia. Trabalhadores da indústria farmacêutica e de cosméticos também podem se beneficiar da aposentadoria especial quando expostos à radiação ionizante.

 

O cálculo para concessão do benefício é feito a partir da classificação dos agentes nocivos à saúde e, também, sobre a quantidade de anos em que o profissional esteve em contato com a radiação, tendo em conta seu tempo de contribuição, conforme consta no Anexo IV, do Decreto Federal nº 3.048/1999. Com isso, uma das vantagens concedidas nesses casos é a redução do tempo de contribuição para a aposentadoria. Estão aptos a solicitar a aposentadoria especial os profissionais que tenham ao menos 25 anos de contribuição comprovada, o tempo mínimo para a concessão da aposentadoria.

 

Para os profissionais que completaram 25 anos de contribuição antes da reforma da previdência, aprovada em 2019, a aposentadoria especial segue as regras vigentes até 12/11/2019. Elas preveem que o trabalhador possui o direito adquirido à aposentadoria ao cumprir 25 anos de contribuição e não há idade mínima para se aposentar. Para esses casos, o benefício é calculado em 100% dos 80% maiores salários de contribuição a partir de julho de 1994. E não há aplicação do fator previdenciário.

 

No entanto, a reforma previdenciária (Emenda Constitucional 103/2019A, publicada no dia 13/11/2019) alterou os parâmetros das aposentadorias especiais. No caso dos profissionais de radiologia, é necessário ter a idade mínima de 60 anos para se aposentar e 25 anos de contribuição. No entanto, há uma nova regra de transição para quem já era inscrito como segurado até a data da reforma da previdência, na qual o beneficiário deve cumprir o requisito dos pontos, a chamada regra do 25 + 86.

 

Nessa situação, o segurado precisará cumprir os 25 anos de atividade especial e um total de 86 pontos. Os pontos são calculados com a soma da idade do segurado e o tempo de contribuição, podendo ser tempo especial (atividade de risco) ou atividade comum. O cálculo considera os 25 anos de exposição à radiação ionizante, além dos 86 pontos relativos à soma da idade do profissional, mais o tempo de contribuição. Pela regra de transição, o trabalhador tem direito a aposentadoria especial ao atingir os 86 pontos.

 

Outra mudança é a forma como é feito o cálculo do valor do benefício previdenciário pago ao aposentado. Na regra de transição, será feita a média dos salários de contribuição. Com isso, os beneficiários receberão 60% do valor médio, mais 2% por ano de trabalho que exceda o total de 20 anos, para os homens, e 15 anos excedentes de atividade especial para as mulheres. Pelas novas regras, além de cumprir as regras de tempo, o benefício que era de 100%, passou a ser de 80% para mulheres e 70% para homens.

 

Embora haja regras gerais que estipulam os critérios para aposentadoria antes e depois da reforma, é indicado avaliar cada caso específico de acordo com o histórico de trabalho para se ter em conta a modalidade de aposentadoria mais vantajosa para o trabalhador, ressalta a advogada previdenciária Marília Schmitz, do escritório Schmitz Advogados.

 

"Em muitos casos o profissional estaria restrito a uma aposentadoria compatível ao valor do salário-mínimo, sendo que haveria condição de buscar um benefício muito maior pelo histórico contributivo dele. Fazer um planejamento previdenciário, nesse caso, pode significar em média uma diferença de três ou quatro vezes o valor do salário", calcula Marília.  

Para o cálculo previdenciário adequado à situação do radiologista, o planejamento requer o levantamento de uma série de documentos para a solicitação de aposentadoria especial. Os mais comuns são: Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), certidão do tempo de contribuição de regime próprio, Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). A comprovação da exposição a agentes nocivos é feita por meio de dois documentos emitidos pelo empregador: o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), documento que reúne o histórico de atividade do profissional; e o Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho (LTCAT), no qual consta o levantamento dos riscos ambientais do local de trabalho.


Estudo inédito da Luandre RH mede impacto da pandemia na recolocação profissional

90% dos profissionais entrevistados aceitariam oportunidade com salário inferior para voltar ao mercado

 

O alto índice de desemprego no Brasil em decorrência da pandemia do covid-19 tem levado profissionais a buscar alternativas para se manter ou retornar ao mercado de trabalho.

Estudo sobre recolocação profissional na pandemia, realizado pela Luandre, uma das maiores consultorias de RH do país, confirmou que 90% dos candidatos entrevistados aceitariam uma oportunidade com salário inferior ao que pretendiam.

A pesquisa realizada em julho de 2021, com profissionais com idade entre 18 e 60 anos, reuniu uma amostra de 935 profissionais desempregados, sendo 52% deles com ensino médio e 30% com ensino superior.

O estudo concluiu que, mesmo entre os profissionais que estão no máximo há três meses desempregados, a maioria aceitaria uma redução salarial. Além disso, 85% dos profissionais também relataram que aceitariam um cargo inferior para se recolocar no mercado, um índice que pouco varia de acordo com idade e formação. No caso de profissionais que não aceitariam a redução de cargo, 68% deles considerariam flexibilizar o salário.

“Percebemos que as pessoas estão mais dispostas a reduzir o salário do que o cargo, pois isso permite uma recuperação menos drástica. Mantendo o cargo é mais fácil para o profissional buscar novas oportunidades que ofereçam maiores salários”, diz Francine Silva, superintendente de seleção da Luandre.

Ainda sobre a questão “cargo”, a especialista ressalta que reduções muito drásticas, como ir de um cargo de gerência para assistente, pode trazer ainda mais dificuldade na recolocação, até mesmo por uma resistência das próprias empresas – “mesmo com a necessidade e a urgência de recolocação, é importante que os profissionais planejem essa redução, principalmente de cargo. As empresas costumam recusar esses candidatos, pois sabem que eles deixarão a empresa na próxima oportunidade. Por isso, o ideal é que seja para um nível abaixo apenas, como ir de analista para assistente, gerente para coordenação/supervisão, para que a retomada da carreira não seja tão difícil e as empresas confiem que o profissional se dedicará efetivamente”.

A pesquisa exclusiva da Luandre também observou que mais da metade dos entrevistados, 76%, consideram a mudança de carreira como alternativa para driblar a situação do desemprego e apenas 15% permanecem resistentes em manter a área de atuação.

Para Fernando Medina, CEO da Luandre, este movimento apontado na pesquisa é consequência do alto desemprego: “são muitas pessoas concorrendo para uma mesma vaga, o que faz com que seja mais difícil e demorado se recolocar. Diante disso, as pessoas acabam aceitando vagas com salários e cargos mais baixos do que tinham anteriormente. Isso gera ainda mais dificuldade para quem quer vagas dentro do seu cargo/salário atuais porque concorrem com pessoas com maior experiência”. “A boa notícia é que, com a retomada do emprego, tudo tende a melhorar” ressalta.


Luandre Soluções em Recursos Humanos


Controle de odores: uma ação responsável e sustentável

Um dos causadores de poluição no ar e maus odores são os compostos sulfurosos. O principal deles é o sulfeto de hidrogênio, ou como popularmente é conhecido, gás sulfídrico. Ele causa muito incômodo olfativo, e por conta disso pode causar dor de cabeça, delírios, mal estar, desequilíbrio, insuficiência respiratória e até a morte em casos mais graves. 

A morte é uma possibilidade caso o gás esteja em alta concentração. E nesses casos o sulfeto de hidrogênio não tem odor característico, isso o torna muito perigoso em espaços confinados, inclusive em estações elevatórias e estações de tratamento de esgoto. E como este gás é mais pesado que o ar, ele sempre vai para as partes baixas dos locais. 

Acima de 5 microgramas por m³, que é uma quantidade muito pequena, o gás sulfídrico pode causar irritação nos olhos. E acima de 70 microgramas por m³ ele pode causar severos danos oftalmológicos e neurológicos.  

Há uma recomendação da OMS, Organização Mundial da Saúde, de que a exposição máxima em relação ao sulfeto de hidrogênio, é de até 10 microgramas por m³ por um período de 30 minutos. E também há a recomendação da USEPA, Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, que recomenda uma exposição máxima também por um período de 30 minutos, mas numa medida de até 2 microgramas por m³. 

Realmente esse é um gás que não só é incômodo ao nosso olfato, mas também muito perigoso e prejudicial à saúde. Além disso, como se não bastasse todo esse problema, ele é um gás muito corrosivo. Há casos em que houve corrosão do próprio concreto e das próprias estruturas metálicas internas de instalações próximas a exposição do sulfeto de hidrogênio. O prejuízo material causado sempre é muito grande. 

Com base nisso, um dos equipamentos que atuam contra o gás sulfídrico, é o sistema de spray, o qual é muito usado dentro de estações de tratamento de esgoto de empresas privadas de processamento alimentício ou processamento químico. 

Porém, o sistema de spray apenas disfarça o odor sem efetivamente combatê-lo. Ainda que ele mascare e melhore o cheiro, o gás continua no ambiente com todos os seus efeitos deletérios. E conforme o spray usado, o perfume exalado piora a situação ao reagir com o sulfeto de hidrogênio. Ou seja, sistemas de spray não resolvem o problema.  

É possível encontrar outras formas mais eficientes que combatem este gás e resolvem esse problema de uma vez. Por exemplo, na Fluid Feeder há a aplicação de neutralizadores de gases poluentes por meio de lavadores de gás. Nesse processo o equipamento faz a exaustão do gás de forma que ele passe por uma torre de lavagem com um sistema de contracorrente, onde o gás é neutralizado e eliminado. 

Também é possível fazer o uso de um sistema de adição de produtos químicos no esgoto. Nesse caso, o produto irá inibir a formação de gás sulfídrico ainda na sua fase líquida, porque ele está solúvel no esgoto. 

Atualmente existem várias legislações e recomendações, como no caso de São Paulo, onde a CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, através do decreto 8.468 no seu art. 33, proíbe a emissão de odores na atmosfera que possam ser perceptíveis fora dos limites da planta ou da propriedade.  

Também no estado do Paraná existe uma legislação, através de uma resolução da SEMA - Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, que recomenda a instalação de equipamentos de proteção contra odores quando estes estiverem acima de 50 mil unidades olfativas por hora.  

E em relação a isso é possível notar que as empresas do Brasil estão começando a ficar muito preocupadas em controlar a sua emissão de odores, afinal, além de ser um incômodo olfativo, também é muito prejudicial à saúde e até as instalações. A utilização de sistemas efetivos que combatam os maus odores é uma forma de prevenir grandes prejuízos e manter os trabalhadores em condições saudáveis de trabalho, o que em si configura uma visão responsável e sustentável por parte dos empresários.

 


Francisco Carlos Oliver - engenheiro e Diretor Técnico e Comercial da Fluid Feeder, empresa 100% nacional, que atua no fornecimento de equipamentos para tratamento de água e efluentes, com soluções de alta tecnologia para medição, transferência e dosagem de produtos químicos sólidos, líquidos e gasosos.


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