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terça-feira, 27 de outubro de 2020

Dividendos: a falsa sensação de se estar ganhando um dinheiro que já é seu

Relatório da Capital Research analisa as projeções para investidores que priorizam empresas que pagam dividendos, e aponta opções para garantir a sustentabilidade da carteira.

 

Dividendos são quase unanimidade entre os investidores brasileiros. Quando há dúvidas sobre qual ativo escolher, os dividendos sempre aparecem nos critérios de desempate. E a estratégia até certo ponto faz sentido, afinal, só pagam dividendos empresas que sejam minimamente lucrativas. Mas o que existe por trás deste cenário que cria uma fonte de retorno adicional?

Para o analista Felipe Silveira, da Capital Research, a primeira ressalva sobre dividendos deve ser feita exatamente sobre isso: “O dividendo não é uma fonte de retorno adicional. Ele é simplesmente a distribuição dos resultados da companhia que já pertencem aos acionistas e, dessa forma, devem ser refletidos pelo valor de mercado das empresas. É um dinheiro que já é seu e que você pode acessar vendendo alguns papéis da empresa, por exemplo”.  

 

Mental accouting


Em um relatório publicado recentemente, Silveira analisou os riscos e vantagens de se priorizar investimentos em empresas que pagam dividendos, principalmente para aqueles que optam por alocar toda a carteira neste tipo de ativo. A modalidade cresceu consideravelmente no Brasil, muito por conta do chamado mental accouting, a contabilidade mental, que nada mais é do que a ilusão de se estar levando vantagem ou ganhando algo – neste caso, o bônus são os dividendos.

De acordo com esta teoria, investidores tendem a avaliar de forma diferente as empresas que pagam dividendo, justamente por acreditar que elas são mais vantajosas que as demais: o que, em muitos casos, é uma inverdade. “O preço das ações de empresas boas pagadoras de dividendos são negociadas a um prêmio em relação àquelas que não pagam, especialmente em períodos em que a taxa livre de risco está em um patamar muito baixo, como o atual, o que resultaria em um retorno esperado menor e um risco maior”, explica o analista.

Para Silveira, o foco do investidor deve estar no retorno total da carteira, independentemente da fonte. E, neste ponto, os dividendos ascendem mais um sinal de alerta, caso o plano de tributá-los, apresentado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, seja de fato implementado: “os acionistas terão mais um motivo para preferir vender as ações de uma empresa ao invés de receber dividendos dela, considerando que a isenção para vendas de até R$ 20 mil dentro do mês continue”.

A título de análise e comparação, Silveira apresentou no relatório alguns possíveis cenários com dados sobre o ROE (return on equity) de empresas.  Quanto menor o ROE marginal - quanto de lucro é gerado para cada real investido pelos acionistas, mais interessante é o pagamento de dividendos. E quanto menor o múltiplo conhecido como price to book (preço da ação dividido por seu “valor de livro”), também melhor para quem aposta em ações que pagam bons dividendos. As análises completas estão disponíveis aqui.

Com base nos números, Felipe Silveira é enfático ao afirmar que “é muito difícil encontrar alguma empresa que esteja entregando bons resultados, com perspectivas positivas e que seja negociada abaixo do valor do seu PL, como é importante para essa estratégia de dividendos dar certo”.

Os motivos para essa ponderação são diversos: a redução das taxas de juros, uma forte valorização dos ativos e, consequentemente, uma penalização para quem busca aumentar o retorno reinvestindo em dividendos.

Outro fator relevante para as empresas que pagam bons dividendos diz respeito às barreiras de entradas dos setores de atuação que, segundo Silveira, foram destroçadas nos últimos anos. Com o avanço da tecnologia e a queda do custo de capital, muitas novas empresas puderam se inserir no mercado, alterando-os irreversivelmente.

O aspecto regulatório foi um dos que impactou fortemente o panorama competitivo, como no caso da queda de acordos de exclusividades de maquininhas e bandeiras de cartões: “O resultado é que hoje você pode receber pagamento de qualquer bandeira em praticamente todas as maquininhas disponíveis. E são várias. A Cielo é uma ótima pagadora de dividendos. Mas, o mercado tem penalizado as suas ações por conta da perspectiva negativa para o resultado da companhia e para os dividendos no futuro”, aponta o analista.

 

Dividend yield x dividend yield projetado


 Para Silveira, no caso dos dividendos, é importante analisar as perspectivas e projeções das empresas, a fim de evitar que a carteira de investimentos fique vulnerável a médio e longo prazo: “Não importa o dividend yield atual da companhia, mas sim o dividend yield projetado. E não há nenhuma garantia de que uma boa pagadora de dividendos hoje continuará sendo no longo prazo. Os riscos para que não sejam nunca foram tão grande”.

Diante do cenário, ao analisar os riscos de se alocar um grande volume de investimentos em dividendos, o analisa considera que existem outras opções com mais potencial e retorno no momento, como as ações de crescimento, as growth stocks: “Atualmente, elas devem ter um peso maior na carteira em relação às ações que pagam altos dividend yields. Esse não é um panorama que deve continuar para sempre. O que pode acontecer ao termos um peso maior em empresas de crescimento é que a gente se antecipe e compre as empresas maduras e boas pagadoras de dividendos do futuro”.

  

Pesquisa da Salesforce revela que 94% no Brasil esperam que empresas acelerem iniciativas digitais

Clientes brasileiros estimam que 71% de suas interações com empresas ocorram de modo online este ano, em comparação com 46% em 2019


A Salesforce, líder global em CRM, divulgou hoje a quarta edição de seu relatório " State of the Connected Customer ", que revela que, embora uma série de crises afetou todas as facetas da vida, incluindo um aspecto fundamental para a mudança na forma como os clientes se conectam com as marcas, fatores como empatia, personalização, conveniência e transformação digital são as chaves para o relacionamento com o cliente. À medida que esses mesmos clientes reavaliam o papel das empresas na sociedade, a noção de capitalismo de stakeholder é cada vez mais considerada nas decisões de compra.

"A demanda por conveniência digital em primeiro lugar está forçando as marcas a inovar em hipervelocidade", comenta Fabio Costa, general manager da Salesforce Brasil. "Em meio a crises e incertezas, tão importante quanto a necessidade de se transformar digitalmente, há a expectativa de os negócios gerarem um impacto mais positivo. Movidos por objetivos e liderando com valores, cuidando de todos os stakeholders, as empresas podem ser a maior plataforma de mudança", finaliza Fabio.

O relatório global captura insights de mais de 15 mil consumidores e compradores comerciais em 27 países, incluindo 650 entrevistados do Brasil, para ajudar as empresas a transformar a forma como impulsionam o sucesso do cliente. A pesquisa examina os resultados de entrevistas com quatro gerações de clientes: baby boomers, geração X, millennials e geração Z.

Novidade deste ano, dados interativos por país e geração estão disponíveis no Tableau , destacando as principais descobertas dos impactos da COVID-19, de consumidores e de compradores comerciais.

As principais tendências reveladas no relatório "State of the Connected Customer" deste ano são:

• As conexões com o cliente são essenciais em meio a crises

Os acontecimentos deste ano alteraram as relações entre clientes e marcas. Durante uma época em que a incerteza e a desordem reinam, as marcas têm a oportunidade de reforçar e reconstruir a confiança de clientes novos e leais de modo idêntico. No Brasil, 96% dos clientes afirmam que a maneira como uma empresa atua durante uma crise demonstra sua confiabilidade.

• Compreensão e diferenciação impulsionam a conveniência

À medida que cada indivíduo navega pelas mudanças e incertezas, a empatia e o apoio às necessidades, expectativas e desafios exclusivos dos clientes são tão críticos, quanto fornecer uma experiência conveniente e conectada que elimina fardos desnecessários em um momento estressante. Cerca de 58% dos clientes brasileiros dizem que geralmente têm a percepção que vendas, serviços e marketing não compartilham informações entre si.

• O imperativo digital chega ao seu momento da verdade

O comportamento digital em primeiro lugar veio para ficar, à medida que os clientes desenvolvem novos hábitos que durarão por muito tempo. Enquanto o engajamento digital cresce, os clientes esperam que as empresas digitalizem suas operações para interações multicanais de muitos pontos de contato. Isso depende em grande parte do uso de informações pessoais e os clientes estão exigindo mais transparência e administração. No Brasil, 81% dos clientes afirmam que a COVID-19 elevou suas expectativas de recursos digitais e 92% dos consumidores afirmam que a experiência é tão importante quanto os produtos e serviços.

• Os clientes exigem que as marcas demonstrem seus valores

Cálculos há muito atrasados com os males sociais, econômicos e ecológicos vieram à tona, e a sociedade está pedindo às empresas que façam sua parte para corrigir os erros. A falha em atender às responsabilidades para além dos acionistas ameaça os resultados financeiros. Cerca de 95% dos clientes brasileiros dizem que o papel social das empresas está mudando.

"O Banco Inter passou a priorizar os canais digitais, como mídia sociais e chat, durante o isolamento social", explica Priscila Salles, diretora de CRM do Banco Inter . "Em comparação ao telefone, conseguimos ser 2 a 3 vezes mais eficientes desta forma, mais em linha com o comportamento do próprio cliente."

Olhando para o futuro: lições de todos os setores e indústrias

Os clientes navegam por produtos, serviços e experiências de uma variedade de indústrias ao longo de seu dia a dia, cruzando entre o pessoal e o profissional, o digital e o físico, o essencial e o complementar. À medida que fazem isso, seus padrões são constantemente influenciados, com distinções entre setores muitas vezes confusos em suas mentes.

As empresas que buscam se diferenciar são sábias em olhar além de sua concorrência imediata e avaliar como suas capacidades se comparam a outras indústrias. Globalmente, 62% dos consumidores dizem que suas experiências com uma indústria influenciam as expectativas com as demais.

Metodologia

Os dados do relatório State of the Connected Customer são de um estudo em dupla ocultação de 12 mil consumidores e 3.600 compradores comerciais na América do Norte, América do Sul, Europa, África e Ásia-Pacífico. Os dados foram coletados entre 16 de julho e 18 de agosto de 2020. Todos os entrevistados são relatores terceirizados. Os países pesquisados incluem Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Índia, Irlanda, Itália, Japão, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Filipinas, Polônia, Cingapura, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Suíça, Tailândia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos. A tendência cultural afeta os resultados da pesquisa. Os dados foram ponderados para representar com precisão a população geral.

 



Salesforce

 http://www.salesforce.com/br

  

Apoio emergencial do BNDES a empresas na pandemia passa de R$ 100 bilhões

  • Medidas já alcançaram cerca de 260 mil empresas, 96% delas micro, pequenas e médias
  • Empresas apoiadas empregam 8,5 milhões de pessoas
  • Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC) passa de R$ 70 bilhões em créditos garantidos

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já movimentou R$ 105 bilhões na economia para auxiliar as empresas brasileiras a superar os efeitos da pandemia de Covid-19. Ao longo de sete meses, desde o anúncio das primeiras medidas no fim de março, esse valor foi destinado prioritariamente a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), que perfazem 96% das 258 mil apoiadas. Todas elas empregam mais de 8,5 milhões de pessoas.

O principal destaque dessas ações é o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC), que proporcionou a 89 mil empresas R$ 71,1 bilhões em créditos garantidos desde seu lançamento, em 30 de junho. Ao todo, 46 agentes financeiros estão habilitados a contratar empréstimos com a garantia do Tesouro Nacional via Fundo Garantidor de Investimentos, modelo do PEAC. As instituições financeiras parceiras são as responsáveis pela decisão final de utilizar a garantia do programa e avaliar o pedido de crédito, no momento em que estruturam cada uma de suas operações.

Além desses R$ 105 bilhões destinados às empresas brasileiras, outros R$ 20 bilhões foram repassados do Fundo PIS-PASEP, administrado pelo BNDES, para o FGTS, permitindo que pessoas físicas fizessem saques emergenciais e destinassem parte desses recursos ao consumo. O repasse  também ajudou a economia a se reerguer e deu fôlego aos pequenos negócios. Computado esse valor, o total das medidas emergenciais operacionalizadas pelo BNDES chega à marca de R$ 125 bilhões.

Desempenho das linhas emergenciais do BNDES - As iniciativas estão sendo anunciadas desde 22 de março e buscam preservar empregos e as atividades econômicas das companhias durante esse período, além de viabilizar investimentos no setor de saúde. Abaixo, segue uma síntese das medidas que já estão disponíveis:

- O BNDES e o Ministério da Economia ofereceram garantias a 89 mil empresas por meio do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (FGI PEAC), totalizando R$ 71,1 bilhões em créditos contratados. Desse valor, R$ 66,0 bilhões foram destinados a pequenas e médias empresas.

- A linha PEAC Maquininhas, voltada para empréstimos oferecidos por agentes financeiros com base no movimento das maquininhas de cartão, chegou a R$ 105 milhões aprovados para 3.300 clientes.

- A linha Crédito Pequenas Empresas, que oferece crédito para capital de giro, já aprovou R$ 8 bilhões, apoiando 24.600 empresas.

- Em duas etapas, o Programa Emergencial de Suporte ao Emprego (PESE) aprovou R$ 7,3 bilhões em crédito.

- A suspensão de pagamentos de financiamentos (standstill) ao setor privado totalizou R$ 12,6 bilhões, beneficiando mais de 28.600 MPMEs e 499 grandes empresas.

- As ações emergenciais voltadas ao setor público somaram R$ 3,9 bilhões em suspensões de pagamentos de estados e municípios. Além disso, o BNDES acelerou liberações de financiamentos contratados por estados no total de R$ 225 milhões.

- O consórcio formado pelo BNDES e mais 15 instituições financeiras contratou R$ 15,3 bilhões na Conta Covid, para financiamento ao setor elétrico, de forma a evitar um aumento imediato maior das tarifas. Deste valor, a parcela do BNDES é de R$ 2,7 bilhões.

- O Matchfunding Salvando Vidas, ação de financiamento coletivo destinado à compra de materiais, insumos e equipamentos para Santas Casas e hospitais filantrópicos, arrecadou R$ 74 milhões (metade desse valor aportado pelo BNDES).

- As aprovações do Programa de Apoio Emergencial ao Combate da Pandemia do Coronavírus totalizaram R$ 293 milhões para o setor de saúde, que estão contribuindo para a abertura de até 2.900 leitos de UTI e enfermaria, a aquisição de 1.700 equipamentos médicos, como monitores e ventiladores pulmonares e 4 milhões de kits de diagnósticos contra a Covid-19. 

 

VACINA CHINESA, NÃO!

Discute-se se o Brasil deve, efetivamente, comprar milhões de doses da vacina chinesa. Sem a menor intenção de magoar a sensibilidade do governador João Doria, que tem revelado particular afeição pelos interesses chineses no Brasil, quero proclamar minha completa aversão a esse negócio. Aplica-se a ele a regra segundo a qual jamais compre mercadoria que venha empacotado por algum partido comunista.


Ao que se sabe, há duas hipóteses para a origem do coronavírus. Ou ele – em suposta teoria da conspiração – é produto de algum laboratório chinês, ou ele surgiu daqueles hábitos alimentares em que seres humanos acabam metabolizando insetos e animais silvestres com constante risco de trazer à humanidade doenças para as quais não temos imunidade.

A origem desses péssimos costumes é conhecida. Eles foram adquiridos nos tétricos episódios de fome impostos pelo Partido Comunista da China ao povo chinês. Ainda que seja motivo de pesar, é imperdoável que, sabido o alto risco que eles representam, nada tenha sido feito para extingui-los. Num mundo globalizado, não há limites para a expansão de novas pandemias. Portanto, a responsabilidade do PCC é indiscutível, como indiscutível é sua condição de soberano senhor do povo de seu país. Pode-se discutir a maior ou menor responsabilidade moral do Partido numa e noutra hipótese. Mas não se pode pôr em dúvida a responsabilidade.

As suspeitas se foram tornando mais incisivas quando a revista Exame, em matéria do dia 1de setembro (1), constatou que dezenas de economias nacionais estavam acusando quedas drásticas do PIB. Entre elas, Índia, Brasil, Estados Unidos, Japão e praticamente toda a Zona do Euro. Enquanto isso acontecia no mundo das vítimas, a China, “por haver controlado rapidamente a epidemia”, logo voltou a crescer. Em abril, o jornal El País (2), sobre cuja posição política não pairam incertezas, publicou matéria listando reações de governos europeus, notadamente França e Reino Unido, cobrando responsabilidades do governo chinês:

“Esperamos que a China nos respeite, como ela deseja ser respeitada”, declarou na segunda-feira o ministro francês de Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian. “Nada pode voltar a ser como antes” enquanto a China não esclarecer de forma cabal tudo o que está relacionado com o vírus, observou na semana passada seu homólogo britânico, Dominic Raab.

A interessante matéria destaca, ainda, uma guerra de narrativas, com a qual, propagandisticamente, a China exibe suas remessas de material médico e de enfermagem ao Ocidente, enquanto silencia o fato de haver o Ocidente feito o mesmo quando o problema se manifestou em Wuhan. A BBC, em 28 de julho, divulgou matéria em que médico chinês afirma haver, em 12 de janeiro, informado as autoridades chinesas sobre a transmissão humana do vírus. O alerta, contudo, só foi levado ao público em 19 de janeiro (3).

Por isso, penso que o PCC, soberano senhor do povo chinês, repito, deveria oferecer sua vacina de graça à humanidade. E a humanidade deveria devolver a mercadoria. Alias, gostaria que o presidente da República enviasse uma dose dela para os jornalistas que o recriminam por sua atitude de resistência. Quantos realmente iriam usá-la?

  Enfim, a China deveria indenizar a humanidade pelo estrago que fez, deveria usar seu aparelho tecnológico para extinguir os riscos que provenientes dos maus hábitos alimentares de alguns de seus cidadãos, ou dos ensaios empreendidos por eventuais “doutores Nirvana” de seus laboratórios. Jamais, jamais, ganhar dinheiro vendendo vacina às vítimas do vírus que veio de lá.

 



Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.




(1) https://exame.com/economia/pandemia-provoca-recessao-recorde-e-derruba-pib-de-ao-menos-28-paises/
(2) https://brasil.elpais.com/internacional/2020-04-21/franca-e-reino-unido-lideram-endurecimento-do-tom-europeu-com-a-china.html
(3) https://www.bbc.com/portuguese/internacional-53569400

 

O segredo para começar a economizar é se pagar primeiro

Essa é uma frase que eu sempre digo ao falar sobre planejamento financeiro. Afinal, a organização e a disciplina são mais importantes para um bom controle das finanças do que o quanto se ganha. Exemplos não faltam de pessoas que ganharam muito dinheiro, por exemplo, ganhadores da loteria que perderam tudo por não fazerem uma boa administração do patrimônio.

Para começar a guardar dinheiro, é preciso criar uma meta consigo mesmo e se pagar, como uma dívida que você paga todos os meses e que no futuro você agradecerá por ter começado. Digo isso, porque se você esperar para guardar apenas o dinheiro que sobra no final do mês, você dificilmente conseguirá montar uma boa reserva ou atingir outros objetivos financeiros.

Geralmente, falamos que 20% é o ideal para ser poupado por mês, porém esse valor deve ser adaptado a partir da realidade de cada pessoa. Se não for possível 20%, tente 15%, 10%, 5%, ou mesmo 1%. O importante é criar o hábito, priorizar esse objetivo e buscar formas de cortar gastos e aumentar renda para conquistar a reserva financeira em um menor tempo.

Ter uma reserva de emergência não é importante apenas para ter dinheiro no caso de um imprevisto, mas também para estar prevenido em situações de oportunidade. Por exemplo, se você tem uma reserva de emergência e surge uma oportunidade de viagem ou curso com uma boa promoção que você almejava, mas não estava planejando com antecedência, o dinheiro pode sim ser utilizado. Basta ter inteligência emocional e financeira para utilizar com sabedoria.

Para quem está começando a economizar e não sabe onde guardar dinheiro minha dica é começar montando uma reserva de emergência em fundos de liquidez diária e de baixo risco, como o Tesouro Selic e CDBs de curto prazo. Para os mais leigos, a NuConta do Nubank é uma boa opção, pois lá o seu dinheiro rende 100% do CDI em dias úteis e ainda possui liquidez imediata.

 



Carlos Terceiro - CEO e fundador da Mobills, startup de gestão de finanças pessoais. Formado em desenvolvimento de softwares e análise de sistemas pela Universidade Estácio de Sá, ele sempre teve uma paixão por finanças pessoais e o sonho de empreender. Quando ainda era estagiário, já guardava dinheiro e pesquisava sobre como poupar e investir. Foi em 2014, após comprar seu primeiro smartphone e não encontrar o aplicativo ideal, que Carlos desenvolveu a ideia da Mobills.

 

Cada morte no trânsito custa R$ 785 mil ao Brasil

Cada morte decorrente de acidente de trânsito no Brasil custa, aos cofres públicos, R$ 785 mil. Segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (IPEA), os acidentes consomem R$ 50 bilhões por ano. Para um país em desenvolvimento, esse montante, que deixa de ser aplicado em áreas estratégicas, como saúde e educação, faz uma enorme diferença. O cálculo do IPEA avalia quanto é gasto com atendimentos pré-hospitalar; hospitalar; pós-hospitalar; perda de produção; danos materiais; processos e danos à propriedade pública e privada.

Esse gasto todo, que não leva em consideração o impacto social e previdenciário, pode ser reduzido se encararmos os acidentes como o grave problema de saúde pública que eles são. Todos os anos, mais de 42 mil pessoas morrem no Brasil e outras 235 mil ficam inválidas em decorrência da insegurança viária. Atender a toda essa demanda ocupa 60% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 50% das cirurgias de emergência no Sistema Único de Saúde (SUS).

Reduzir essas ocorrências permitiria que os brasileiros tivessem não só mais investimentos públicos, como também um melhor atendimento no SUS. E isso pode ser feito se o Brasil mantiver a análise criteriosa de médicos e psicólogos especialistas em Trânsito na realização dos exames para obtenção e renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Esses especialistas são os indicados e reconhecidos por seus respectivos conselhos profissionais médicos para avaliar a saúde dos motoristas. Um exame feito por quem realmente detém o conhecimento e a prática realiza o diagnóstico precoce de doenças, evitando mortes, já que estudos recentes feitos pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) comprovaram que os problemas de saúde causam a maior parte dos acidentes no Brasil.

Por isso as entidades médicas batalham pela reavaliação do veto presidencial ao artigo 147 do novo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Este artigo define que as avaliações médicas e psicológicas tenham que ser elaboradas por especialistas em Trânsito, que são os profissionais certos para avaliar a aptidão e as condições de saúde dos motoristas e candidatos a motoristas.

Entendemos que as ações de governantes sempre buscam facilitar a vida dos cidadãos, mas precisamos garantir que essas ações não esbarrem em questões técnicas e de grande impacto aos cofres públicos, sem falar no bem mais precioso para todos, que é a vida.





Alysson Coimbra - médico especialista em Medicina do Tráfego, diretor da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (AMMETRA) e coordenador da Mobilização Nacional de Médicos e Psicólogos Especialistas em Trânsito

 

Dia da Mundial da Poupança: 6 formas de ensinar as crianças a poupar

No dia 31 de outubro será celebrado o Dia Mundial da Poupança. A data, surgiu na Itália pelo Insituto Mundial de Bancos de Poupança em 1925 e foi criada para justamente ressaltar a importância de poupar, ato que se mostra fundamental principalmente em função da pandemia.

"Aqui no Brasil sabemos que, infelizmente, esse hábito é uma raridade, o que pode explicar também o desconhecimento desta data e os grandes índices de endividados e inadimplentes, isso porque desde cedo não tivemos contato com a educação financeira e sempre gastamos primeiro para guardar o que sobrou depois", explica o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN), Reinaldo Domingos.

"Aproveitando o simbolismo deste dia, por que não ajudar a virar esse cenário de endividamento o qual nos encontramos atualmente e começar a ensinar as nossas crianças a poupar? Não há dúvidas de que quanto mais cedo elas tomarem esse caminho, melhor será a vida financeira delas no futuro", complementa o representante da ABEFIN.

Ele conta que as crianças adquirem hábitos de forma muito rápida e fácil, por isso a importância de educá-las financeiramente, pois só assim poderão crescer com comportamentos mais saudáveis, poupando parte do dinheiro que têm para realizar os seus sonhos, sempre respeitando o tempo de cada um deles.

Para que esse processo seja feito da melhor maneira, sem atropelar processos, Reinaldo Domingos elencou 6 formas de ensinar as crianças a guardar dinheiro. Confira:


• Mesada
A mesada é um hábito que sempre esteve presente no cotidiano familiar, mas existem várias formas de se fazer isso. Para que essa criança não peça valores com tanta frequência, a mesada é uma boa saída, desde que esteja atrelada aos objetivos e sonhos, sejam eles de curto (até um mês), médio (seis meses) ou longo prazo (até um ano). O ideal é que ela use metade para o consumo e a outra poupe para realizar os sonhos.


• Conversa é fundamental
Sabemos que as crianças têm muitos desejos a todo tempo, que podem ser materiais (brinquedos, viagens, livros novos) ou não materiais (fazer novos amigos), por isso é importante falar com elas sobre esses sonhos, assim poderá entender o que ela almeja e consequentemente buscar essa realização em família. O ideal é conversar com a criança em um lugar agradável e em um momento mais tranquilo. Acompanhe o processo, incentivando e tirando dúvidas, sempre focando nos sonhos.


• Utilize cofrinhos
Conforme dito acima, os sonhos das crianças têm prazos diferentes dos adultos, por isso é importante que as elas comecem a desenvolver o hábito de poupar em três cofrinhos de tamanhos e cores diferentes, sendo um para cada sonho.


• Peça para que desenhe os sonhos
O estímulo visual pode ajudar muito para que a criança mantenha aquele sonho sempre em mente, por isso sugira que ela desenhe e converse sobre cada um deles.


• Dê o exemplo
Pais consumistas certamente darão um mau exemplo para as crianças, isso porque elas são muito observadoras e aprendem através dos exemplos que lhes são passados, por isso é muito importante que os pais também busquem se educar financeiramente, poupando junto com elas a fim de conquistar seus próprios sonhos, consumindo de forma mais consciente.


• A escola do seu filho tem educação financeira?
Com a obrigatoriedade do ensino de educação financeira através da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), centenas de escolas em todo o país já adotam programas voltados ao tema, por isso veja como anda essa situação na escola dos seus filhos para que essa responsabilidade de educar as crianças financeiramente seja compartilhada, gerando assim melhores resultados em todos os aspectos.

 

Emenda Constitucional que desburocratizou o divórcio completa 10 anos

Medida considerada um marco para o Direito de Família, fez divórcios extrajudiciais mais do que dobrarem no País


Em 2020, a Emenda Constitucional (EC) 66, que agilizou o divórcio, completa 10 anos. A medida adotada em 2010 é considera um marco para Direito de Família, uma vez que trouxe outra realidade às famílias brasileiras. A normativa suprimiu prazos desnecessários e acabou com a discussão de culpa pelo fim do casamento.

Antes, era necessário estar separado judicialmente há pelo menos um ano ou separado de fato por dois anos para que o casal pudesse se divorciar. “A medida consagrou a prática social, trazendo facilidade aos casais que não desejam mais viver juntos. Hoje, as pessoas que optarem por um divórcio consensual podem consegui-lo até no mesmo dia, desde que todos os documentos apresentados estejam em e a partilha dos bens não seja complexa”, afirma Daniel Paes de Almeida, presidente do Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo (CNB/SP), entidade que congrega os cartórios de notas de paulistas. 

Segundo dados do CNB/SP e do Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF), desde a instituição da EC 66, os cartórios de notas paulistas passaram a lavrar, em média, 52 mil divórcios consensuais por ano, o que representa um aumento de 164% em relação ao período em que a normativa não vigorava.


Atos virtuais

Desde maio, realizar um divórcio extrajudicial está ainda mais fácil. Por conta da pandemia, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio do Provimento nº 100, autorizou os cartórios de notas brasileiros a lavrar escrituras públicas à distância por meio de videoconferência. Na prática, significa que qualquer pessoa pode realizar o divórcio ou qualquer ato notarial sem sair da sua casa. As normas são permanentes e valerão mesmo quando acabar a crise do Covid-19.

Para solicitar a realização da escritura de forma eletrônica, segundo Daniel é fácil. “Basta o interessado entrar em contato com o cartório. Para a realização do ato eletrônico, o tabelionato deverá proceder à identificação dos contratantes de forma remota, assim como suas capacidades para a realização do mesmo. A videoconferência será conduzida pelo tabelião de notas que indicará a abertura da gravação, a data e hora de seu início, o nome por inteiro dos participantes, realizando ao término do ato, a leitura na íntegra de seu conteúdo e colhendo a manifestação de vontade de seus participantes”, orienta o notário.


Regras para divórcio no cartório

Podem se divorciar em cartório, os casais sem filhos menores ou incapazes e aqueles que têm filhos menores com questões como pensão, guarda e visitas já resolvidas na esfera judicial. Para preservar os direitos do nascituro, mulheres grávidas também precisam de autorização do Judiciário.

Também é necessário que não haja litígio entre o casal. Na escritura pública lavrada pelo notário, o casal deverá estipular as questões relativas à partilha dos bens (se houver), ao pagamento ou à dispensa de pensão alimentícia e à definição quanto ao uso do nome, se um dos cônjuges tiver adotado o sobrenome do outro.

Para lavratura da escritura pública de divórcio, deverão ser apresentados os seguintes documentos e informações: certidão de casamento (atualizada – prazo máximo de 90 dias); documento de identidade, CPF e informação sobre profissão e endereço dos cônjuges; escritura de pacto antenupcial (se houver) e documentos necessários à comprovação da titularidade dos bens (se houver).

Caso tenham filhos menores, apresentar documento de identidade e decisão judicial referente às questões de guarda e alimentos. Em caso de filhos maiores, apresentar: documento de identidade, CPF, informação sobre profissão, endereço e certidão de casamento (se casados) de cada um deles. Além disso, as partes devem estar assessoradas por um advogado.

“Os divórcios em cartório são feitos de forma rápida, simples e segura pelo tabelião de notas. Mesmo os casais que já tenham processo judicial em andamento podem desistir dessa via e optar por praticar o ato por meio de escritura pública em cartório, se preenchidos os requisitos da lei”, ressalta Daniel.


10 motivos para fazer o divórcio extrajudicial


  1. Celeridade

O procedimento é mais rápido, mais prático e menos burocrático do que o judicial.


  1. Economia

O divórcio extrajudicial tem custo baixo e preço tabelado por lei estadual.


  1. Consensualidade

O casal deve estar de comum acordo quanto ao divórcio e não pode ter filhos menores ou incapazes, salvo se já tiver resolvido previamente em juízo as questões a eles relativas.


  1. Efetividade

A escritura de divórcio dispensa homologação judicial e constitui título hábil para transferir bens móveis, imóveis, bem como para alterar o estado civil no cartório competente.


  1. Flexibilidade

É possível estabelecer o pagamento de pensão alimentícia, definir a retomada do uso do nome de solteiro e fazer a partilha dos bens através da escritura pública.


  1. Conforto

A escritura pública pode ser assinada em cartório ou em outro local escolhido pelas partes, gerando maior comodidade e privacidade ao momento.


  1. Imparcialidade

O tabelião de notas atua como conselheiro imparcial das partes mas a lei exige também a participação de advogado no procedimento extrajudicial.

  1. Comodidade

A escritura de divórcio dispensa a necessidade de homologação prévia do recolhimento de impostos pela Fazenda Estadual.


  1. Liberdade

É livre a escolha do tabelião de notas qualquer que seja o domicílio do casal ou o local de situação dos bens a eles pertencentes.


  1. Sustentabilidade

O divórcio extrajudicial gera economia de tempo, de energia e de papel, contribuindo para a diminuição do número de processos no Judiciário.

 


Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo (CNB/SP)

 

Como as eleições americanas podem afetar o mercado financeiro?

Profissional em investimentos responde as principais perguntas sobre o cenário pós-eleições e aponta os 15 melhores fundos internacionais com mais rentabilidade

 

A menos de vinte dias das eleições americanas e da disputa entre Trump e Biden, o mercado financeiro no geral começou a colocar no preço a incerteza nos ativos de riscos, segundo a iHUB Investimentos.  

“O principal índice norte americano, o S&P 500, já caiu quase 8% desde a máxima realizada no período do final de agosto e começo de setembro. Porém, vale ressaltar que as ações vinham em um ritmo forte de aumento, o que resulta em uma realização natural na área de investimentos”, explica o sócio fundador da iHUB Investimentos, Paulo Cunha.

Para investidores que estão expostos ao mercado americano, a vitória de Donald Trump ou Biden pode repercutir no mercado financeiro nacional. Abaixo, confira as principais perguntas e respostas sobre possíveis cenários futuros.


  • Quais podem ser os impactos no Brasil?

Quando tratamos do território nacional o contexto é um pouco diferente, devido às preocupações internas como, desajuste fiscal, saída de integrantes da equipe econômica governamental e a falta de integração entre o congresso e o governo, que já vinham penalizando os preços dos papéis, de acordo com Cunha.

“Atualmente, o mercado está começando a olhar mais diretamente para as eleições dos Estados Unidos, o que insere um peso a mais para os ativos de riscos do Brasil”, comenta.


  • Como estão os fundos internacionais?

Existem duas categorias de fundos internacionais: os dolarizados e não dolarizados. Nesse momento de incerteza, o tipo dolarizado pode se beneficiar uma vez que o dólar costuma subir, e isso por sua vez traz resultados positivos aos fundos. Já os não dolarizados podem sofrer um aumento na volatilidade das ações e outras classes de ativos, sem o benefício de surfar a alta do dólar, explica o sócio fundador da iHUB.

Para ilustrar esse cenário, Paulo Cunha lista os 15 fundos que mais performaram até agora, em 2020:

Fundos internacionais

Rentab. Set/20

Rentab. 2020

Morgan Stanley Global Opportunity Dolar Advisory FIC FIA IE

3,00%

86,27%

Western Asset FIA BDR Nivel I

-1,39%

65,29%

JP Morgan Dólar Global Macro Opportunities FIM - IE

2,68%

47,79%

Trend Bolsa Americana Dolar FIM

-1,56%

46,52%

PIMCO Income Dólar FIC FIM IE

2,51%

39,94%

Western Asset Macro Opp Dólar FIM IE

1,43%

37,93%

Neuberger Berman US Multi Cap Opportunities Advisory FIM IE

-0,85%

33,89%

BNP - Access Europe FIA - IE

0,09%

32,02%

AXA WF Framlington Digital Economy Advisory FIC FIA IE

-3,02%

26,89%

Dahlia Global Allocation FIC FIM

-1,86%

24,79%

Trend Tecnologia FIM

-5,38%

21,48%

Geo Empresas Globais FIC FIA IE

2,00%

20,65%

Legg Mason Clearbridge US Large Cap Growth FIA IE

-4,00%

18,67%

AXA WF Framlington Robotech Advisory FIC FIA IE

-1,08%

17,18%

JP Morgan Global Macro Opportunities FIC FIM IE - Classe A

-0,07%

7,02%

Fonte: iHUB Investimentos


  • Qual a importância do hegde para as eleições?

 “Ter uma carteira diversificada é o ideal, para que contenha um hedge natural para as oscilações do mercado. Os ativos que mais podem se beneficiar de um ambiente mais avesso a risco é o dólar e o ouro, por exemplo. Por isso, recomendamos que a carteira de um investidor com perfil agressivo tenha boa parte do portfólio em ações que contenham dólar e ouro como forma de proteção, conhecido como hedge”, explica Cunha. 


  • Como fica o mercado de ações pós-eleições?  

De acordo com uma pesquisa da XP Investimentos, cerca de 89% dos assessores acreditam que o Ibovespa deve terminar 2020 acima dos 110.000 pontos. A projeção da XP está em torno de 115.000 pontos, com isso, é possível ter um potencial de valorização entre 15 e 19%, considerando o patamar atual de 96 mil pontos.

Devido a essa volatilidade causada na bolsa de valores, o investidor pode usar essa situação ao seu favor, para realizar novas aplicações. “Muitas ações voltam ao preço de meses atrás e começam a chamar atenção dos analistas por estarem muito descontadas, como as ações da Marfrig (MRFG3)”, explica Cunha.

Segundo o especialista, quando tratamos do S&P 500 os números são positivos. De junho a setembro os números foram: junho + 1,84%, julho + 5,51%, agosto +7,01% e setembro -3,92%. “Nos próximos meses pode ser normal vermos alguns ajustes negativos, por conta das incertezas referentes as eleições americanas, porém, o viés de longo prazo continua sendo de alta para a bolsa norte americana”, finaliza Cunha.

 



Paulo Cunha - sócio fundador da iHUB Investimentos, empresa especializada em assessoria de investimentos, com mesa de operação atuante em ações, derivativos e câmbio em tempo real. Possui mais de 1,5 mil clientes no Brasil e em 2014, firmou parceria com a maior plataforma de investimentos da América Latina, fundando a iHUB e sendo um escritório credenciado a XP Investimentos. Desde então, é diretor executivo da empresa, que possui matriz na Vila Olímpia e Alphaville, em São Paulo e Barueri. Também é palestrante e professor sobre investimentos de cursos em plataformas EAD.

 

Vacina Covid


Seremos obrigados a tomar ?

  • Com a chegada do Coronavírus no Brasil a situação polemizou e politizou. E em nosso país o assunto resultou em inúmeras discussões políticas, não há assunto que não torne questão de direita ou esquerda, desde economia até a saúde.

Nós brasileiros realmente estamos perdidos, porque não sabemos para que lado ir, pois o governador de São Paulo está comprando uma Vacina Chinesa, o Governador do Paraná uma Vacina Russa, o Ministério da Saúde, em parceria com o Albert Einstein e Sírio Libanês estão em fase final de teste com a vacina de Oxford. E agora José qual tomar?

E como se não houvesse confusão o suficiente, na semana passada o Governador de São Paulo disse que irá obrigar todos os 42 milhões de habitantes de São Paulo tomar a vacina. Em contrapartida o Presidente da República disse que ninguém seria obrigado a tomar a vacina. Mas qual a validade de todas essas afirmações e o que atitudes temos que tomar? Para responder utilizarei da Constituição.

Em nossa Lei, maior vige o princípio da legalidade que significa dizer que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer, nada senão em virtude de lei. Então, se uma lei determinar que todos deverão tomar a vacina por questões de saúde nós teremos que tomar? Sim.

Muito provavelmente esta lei será levada ao Supremo Tribunal Federal para verificar se a obrigatoriedade de tomar uma vacina, ou melhor de se violar a liberdade individual de obrigar um cidadão a introduzir um vírus em seu corpo é menos importante que a saúde pública. Com os dados de hoje acredito que o nosso corte mais importante irá concordar e obrigar a todos tomar a vacina.

E qual seria a penalidade daqueles que se recusarem a tomar? A princípio seria o crime de desobediência de ordem judicial e infração de medida sanitária preventiva cujas redações transcrevo abaixo:

            Infração de medida sanitária preventiva

   Art. 268 - Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa:

Desobediência

            Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:

Na verdade, o que nós brasileiros gostaríamos, é que os governantes fizessem um acordo pelo bem do Brasil e deixassem para o momento da campanha eleitoral as disputas das ideologias políticas, pois será necessário escolher uma vacina e, como será aplicada na população, e a escolha precisará ser livre de sentimentos políticos e ideologias para o bem de todos.


 

Dr. Marcelo Campelo - Advogado especialista em direito criminal

www.marcelocampelo.adv.br

Rua. Francisco Rocha, 62, Cj 1903, Batel, Curitiba.

 

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