Pesquisar no Blog

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Doenças reumáticas autoimunes na pandemia: um cuidado a mais

Fórum do Departamento de Reumatologia da APM discute vulnerabilidade dos pacientes em relação à COVID-19


Durante a pandemia, os pacientes com doenças reumáticas autoimunes - como miosite, esclerodermia, síndrome de Sjögren, lúpus eritematoso sistêmico, entre outras – tornaram-se alvos da COVID-19. Devido ao tratamento, em muitos casos, ser realizado através de drogas imunossupressoras, esses indivíduos enfrentam uma situação ainda mais sensível ao coronavírus e suas consequências à saúde.

O Fórum de Reumatologia, realizado pela Associação Paulista de Medicina (APM), em 27 de outubro, tratará especificamente dessa questão: como oferecer o melhor atendimento possível a esses indivíduos durante a pandemia viral.

“Nós costumamos realizar o Fórum para abordar temas que são pouco discutidos ou praticamente inexistentes nas rodas de conversa de Congressos e eventos da área. Com o avanço da COVID-19, percebemos que ela pode provocar várias síndromes reumatológicas e o especialista precisa estar preparado”, afirma dra. Ivone Meinão, coordenadora científica do Departamento de Reumatologia da APM.

Artrites e artralgias de longa duração e a Síndroma da Fadiga Crônica, as quais podem ser causadas em consequência da COVID-19, são algumas das preocupações dos profissionais da área, bem como a vacinação em dia para os pacientes com doenças reumáticas autoimunes. Todos esses tópicos serão abordados na discussão, que se destina não apenas aos reumatologistas, mas também a clínicos, infectologistas e demais especialistas interessados.

A abertura do debate será às 20h, feita pelo presidente do Departamento de Reumatologia da APM, dr. Henrique Carriço. Em seguida, dra. Ivone fará a apresentação dos temas e os doutores Marcelo Pinheiro e Edgard Torres – respectivamente, presidente da Sociedade Paulista de Reumatologia (SPR) e professor adjunto da Disciplina da Disciplina de Reumatologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – darão início aos trabalhos.


O tratamento personalizado para cada paciente com diabetes é a chave para prevenir complicações nesta pandemia

·        9 mil médicos de 15 países ouvirão especialistas em abordagem clínica para oferecer um enfoque personalizado a cada tipo de paciente com diabetes

·        América Latina se prepara para abrir portas para novos tratamentos de última geração

 

Cidade do México – O atendimento personalizado aos pacientes com diabetes pode evitar que essas pessoas sofram complicações por outras condições de risco, como o vírus SARS-Cov-2 ou influenza, além de ajudá-los a manter sua qualidade de vida com níveis de açúcar no sangue sob controle, é o que consideram especialistas que participarão do maior congresso médico digital sobre diabetes que já foi realizado na América Latina: o Diabetes Latam Summit 2020, organizado pela Sanofi no México.

Com a participação de aproximadamente 9 mil médicos de 15 países, o seminário virtual será composto por 48 horas de experiência digital e 6 horas de atividade acadêmica ao vivo, com especialistas internacionais da Argentina, Brasil, Costa Rica, Estados Unidos e México. O foco: falar sobre a importância de se ter um tratamento personalizado para cada tipo de paciente, de forma que ele consiga a adesão, o controle de sua doença e leve progressivamente à contenção da epidemia de diabetes em nível global.

"Pacientes com diabetes estão no ‘olho do furacão’ desde o início da pandemia da Covid-19, porque correm maior risco de desenvolver complicações se contraírem o vírus. Por isso, este congresso é tão relevante, uma vez que é essencial para garantir que a comunidade médica tenha acesso às informações acadêmicas mais atualizadas sobre os tratamentos disponíveis para os pacientes, tanto aqueles com diabetes tipo 1 como tipo 2 ”, explicou a Dra. María Elena Sañudo, diretora médica da Sanofi General Medicines no México.

O diabetes é uma doença causada pela falta de insulina no corpo (tipo 1) ou pela falha do corpo em usar a insulina que o pâncreas produz (tipo 2). Esta doença tem crescido de tal forma que se tornou uma epidemia mundial. Na América Latina, mais de 45 milhões de pessoas foram diagnosticadas com diabetes. Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes, o México e o Brasil estão entre os 10 países com maior número de pessoas com diabetes no mundo, em 5º e 6º lugares, respectivamente, com 16,8[1] e 12,8[2] milhões de casos.

As recomendações para o manejo clínico de pacientes com diabetes incluem: primeiro, sensibilizá-los sobre a importância de manter o controle metabólico - pressão arterial e lipídios - com a terapia que melhor atenda às suas necessidades específicas. Além disso, os pacientes devem aderir ao seu tratamento com disciplina e estar em contato frequente com o médico especialista, mesmo remotamente com ferramentas de telemedicina, de acordo com as condições do novo normal.

“Existe um arsenal terapêutico para os vários tipos de pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2, mas o mais importante é que o médico proponha aquele que é mais adequado para sua condição particular”, disse o Dra. Sañudo. “A Sanofi desenvolve insulinas há quase 100 anos. Temos um portfólio muito completo de medicamentos, incluindo terapias para baixar os níveis de açúcar no sangue”, acrescentou o especialista.

No Brasil, a Sanofi desenvolveu uma ferramenta para auxiliar pessoas com diabetes, o App Dits. Gratuito, o app apoia o paciente em três momentos importantes da rotina de manejo da doença: a alimentação, o controle da glicemia e a aplicação de insulina. O App Dits auxilia o paciente na adesão do ajuste do tratamento insulínico que acontece de acordo com a orientação médica de cada paciente.

Além disso, nos próximos meses chegarão novas opções para o tratamento de pacientes com diabetes tipo 2 com a insulina glargina, que é uma insulina de nova geração muito semelhante à insulina humana, para o Hemisfério Sul, com o objetivo de facilitar a obtenção pelos pacientes seus objetivos metabólicos e ter seu diabetes sob controle.

“O diabetes pode afetar qualquer parte do corpo. A boa notícia é que os pacientes podem prevenir quase todos esses problemas mantendo a glicose (açúcar no sangue) sob controle, comendo de forma saudável, praticando atividades físicas e indo ao médico para manter a pressão arterial e o colesterol saudável”, explicou. Dr. Fernando Lavalle, endocrinologista, acadêmico, pesquisador e chefe da Clínica de Diabetes do Hospital Universitário da Universidade Autônoma de Nuevo León, no México.

O Diabetes Latam Summit acontecerá nos dias 23 e 24 de outubro e incluirá apresentações de especialistas da Associação Latino-Americana de Diabetes (ALAD) e líderes de opinião internacionais, como os renomados médicos americanos Vivian A. Fonseca, David Kerr e William Polonsky, assim como os latino-americanos Rosario Archevaleta, Leonardo Mancillas e Guillermo González e Fernando Lavalle do México, Adrián Proietti da Argentina, Chi Hao Chen Ku da Costa Rica, entre outros.

 

Sanofi

 

 

[1] Contorno demográfico e geográfico. Federação Internacional de Diabetes (2019). Disponível em: https://www.diabetesatlas.org/en/sections/demographic-and-geographic-outline.html. Acesso em 21 de outubro de 2020

[2] Contorno demográfico e geográfico. Federação Internacional de Diabetes (2019). Disponível em: https://www.diabetesatlas.org/en/sections/demographic-and-geographic-outline.html. Acesso em 21 de outubro de 2020

 

O uso correto da farmácia caseira

Fonte: Pixabay

A farmácia caseira é bem comum no Brasil como forma de ajudar nas emergências do dia a dia. Ao mesmo tempo, significa acesso mais fácil a remédio diante de alguma necessidade e, geralmente, sem a devida orientação do(a) clínico geral ou do(a) especialista para saber se seria adequado ao paciente.

Em 2019, uma pesquisa do Instituto Datafolha encomendada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) constatou que o hábito de manter uma farmácia caseira é comum a 77% dos brasileiros que fizeram uso de medicamentos nos últimos seis meses. Deles, 47% se automedica pelo menos uma vez por mês e 25%, diariamente ou ao menos semanalmente.

No entanto, a automedicação aumenta o risco para outros problemas. Segundo o site do CFF, uma pesquisa feita por um grupo de farmacêuticos aponta que 52,8% das intoxicações registradas no Brasil entre 2010 e 2017 aconteceram por ingestão de medicamentos. Foram 298.976 casos de intoxicação, conforme o DataSus, sendo que a automedicação correspondeu a 17.923 dos registros, ou seja, 15,15%.


Cuidados com medicamentos em casa

O ideal é que as pessoas tenham em casa curativos, esparadrapos, luvas, termômetros, bolsa térmica, antissépticos, algodão, ataduras, compressas, soro fisiológico em frascos com tampas, álcool, tesoura de ponta arredondada.

Além dos medicamentos dos tratamentos feitos pelos moradores da casa, muitos estoques incluem antitérmicos, analgésicos, xaropes, anti-inflamatórios, antialérgicos, antigases, antiácidos, etc.

Todos devem ficar acondicionados em local com temperatura ambiente, longe de ambientes muito quentes; separados de alimentos, em compartimento ou caixa trancada, para evitar a ingestão acidental por crianças. Alguns exigem refrigeração, portanto, devem ser guardados na geladeira, mas não na porta, nem perto do congelador.

As caixas e bulas originais devem ser mantidas para ajudar a identificar as datas de validade e a finalidade de cada um. O ideal é verificar constantemente. Medicamentos vencidos ou que mudaram de cor e consistência devem ser descartados. Há redes de farmácias que realizam a coleta apropriada.

Medicamentos que já foram utilizados por qualquer razão não devem ser ingeridos novamente sem a orientação de um especialista. Na mesma linha, não é recomendado tomar remédios que funcionaram com vizinhos e conhecidos, pois cada organismo reage de forma específica. A dose que funciona com uma pessoa pode causar desde alergias a intoxicações graves em outra.

Além disso, o uso de medicação por conta própria pode mascarar sintomas e levar ao agravamento do quadro. A associação a outra medicação pode ser ainda mais perigosa: pode impedir o efeito ou causar uma reação cruzada diante da combinação das substâncias ingeridas.


Orientação médica

No caso onde não for possível o atendimento presencial, para avaliação do médico ou da médica, uma opção em tempos de pandemia causada pelo novo coronavírus é utilizar a teleconsulta

Coberto pelos planos de saúde, o atendimento permite que o paciente converse com o especialista por meio de videochamada. A agilidade oferecida pelo formato remoto contribui para solucionar dúvidas e receber orientações sobre o que fazer conforme a situação.

Nos casos de emergência, como suspeitas de infarto, AVC, fraturas, etc, sintomas mais graves da Covid-19, a teleconsulta não é indicada. A pessoa deve procurar imediatamente o pronto socorro ou atendimento de emergência no hospital para receber o atendimento correto.


COVID-19 faz crescer busca por alternativas de combate à obesidade

Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada nesta quarta-feira (21), mostra que proporção de obesos acima dos 20 anos mais que dobrou no Brasil


A pandemia está trazendo uma herança incômoda para muita gente: o excesso de peso. Quem não engordou neste período, ao menos conhece alguém ou ouviu algum relato de quilos a mais ganhos nos últimos meses. Cenário delicado quando já se sabe que a obesidade é um fator de risco elevado para quem contrai a COVID-19.  De acordo com boletins epidemiológicos do coronavírus de várias secretarias de saúde pelo Brasil, cerca de 7% dos pacientes que morreram pela doença tinham a obesidade como fator de risco.

Os números da Pesquisa Nacional de Saúde, divulgados nesta quarta-feira (21/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o universo de pessoas com esse fator de risco já era enorme antes da pandemia. De acordo com a pesquisa, entre 2003 e 2019, mais do que dobrou a proporção de obesos na população com 20 anos ou mais no país - saltando de 12,2% para 26,8%. Os números do IBGE também mostram que um em cada quatro brasileiros de 18 anos ou mais estava obeso em 2019 - o que equivale a 41 milhões de pessoas.  

Um estudo divulgado em julho, na página da Associação Brasileira Para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), mostrou que quanto maior o Índice de Massa Corporal (IMC) de uma pessoa, maior é a probabilidade do quadro de COVID-19 se complicar. Quem tem um IMC entre 30 e 35 kg/m2 apresenta um risco 1,4 vez maior que uma pessoa saudável, enquanto indivíduos com IMC entre 35 e 40 kg/m2 têm 1,8 vez mais risco. Já um paciente com IMC maior de 40 kg/m2, o risco se eleva para 2,6 vezes.

O cirurgião do aparelho digestivo Caetano Marchesini, especialista em cirurgia bariátrica do Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba, explica o porquê dessa relação perigosa entre obesidade e coronavírus. “O excesso de gordura é uma inflamação crônica do corpo, que leva à imunossupressão, à redução da capacidade do sistema imunológico. Ou seja, com a imunidade afetada, o organismo do obeso tem mais dificuldade em combater o vírus”, diz. Marchesini conta que, na época do vírus H1N1, de 37 a 47% dos pacientes obesos infectados pelo vírus evoluíam a doença para quadros mais graves. Agora, com o coronavírus, a estatística quase dobrou. De 70 a 80% dos obesos infectados pela COVID-19 evoluem para sintomas graves da doença.


Bariátrica

Uma das alternativas médicas para o combate da obesidade, em pacientes com alto IMC, é a cirurgia bariátrica. Marchesini conta que muitos pacientes obesos lhe procuraram preocupados em emagrecer, por entenderem o risco que a obesidade lhes trazia frente ao coronavírus. 

O chef de cozinha Vavo Krieck, 48 anos, passou pelo procedimento que seguiu todos os rigorosos protocolos de segurança sanitária adotados pelo hospital. O paciente tinha 134 quilos (oito dos quais ganhou na pandemia), mas já perdeu 20, após pouco mais de 45 dias da cirurgia. “A pandemia serviu como um grande espelho na vida de todo mundo. Coisas que antes a gente achava que conseguia controlar, o tempo em casa mostrou que não dava mais pra varrer a sujeira para baixo do tapete. Eu achava que a hora que eu quisesse, eu conseguiria emagrecer. Mas notei que não é bem assim”, diz Vavo.

Além dos aspectos psicológicos, o chef de cozinha ainda se deparou com outros problemas: hipertensão, pré-diabetes, apneia e a falta de fôlego para brincar com os filhos gêmeos de cinco anos, que agora estavam em tempo integral dentro de casa. Conversando com o cardiologista, Vavo constatou que, no seu caso, a cirurgia bariátrica era a opção mais indicada para emagrecer e melhorar a saúde. “Já estou praticando atividade física três vezes por semana, meu fôlego já está melhorando, minha pressão arterial voltou completamente ao normal. Não poderia ter tido decisão melhor. Todos os aspectos da vida começaram a melhorar”, analisa o paciente.


Nutrição

Mas nem todas as pessoas acima do peso necessitam de cirurgia bariátrica. De acordo com a nutricionista Andressa Troles, da equipe de check up do Hospital Marcelino Champagnat, a cirurgia começa a ser indicada para pessoas com IMC maior que 35 para pacientes com comorbidades (diabetes, pressão alta) e 40 aos pacientes com obesidade mórbida. Ainda assim, cada caso é analisado individualmente. Abaixo desse patamar, o indicado é o controle nutricional. Desde o começo de setembro, ela vem recebendo muitos pacientes relatando que aumentaram o peso na pandemia. Até mesmo homens, que dificilmente procuravam ajuda com a alimentação, estão indo para o consultório da nutricionista em busca de qualidade de vida. E, segundo Andressa, eles costumam ser mais dedicados na dieta do que as mulheres em geral.

As alegações no consultório de Andressa para o ganho de peso são muitas: pacientes que tiveram que começar a fazer comida em casa, outros que não sabiam cozinhar e partiram para o fast food, alguns que comiam no restaurante da empresa, com cardápio balanceado e  passaram a improvisar em casa porque não dá tempo de cozinhar no intervalo de almoço do home office. Outras, ainda, passaram a dar mais “porcarias” para as crianças em casa e acompanharam a comilança. Sem contar a ansiedade, que muitos descontaram na comida.

A média de ganho de peso por pessoa no consultório da Andressa tem sido de 10 quilos na pandemia. É onde se encaixa a paciente Aline Bento, de 29 anos. Com filho recém-nascido, ela “emendou” a licença-maternidade na pandemia. Buscou acompanhamento nutricional e já sente os resultados. “Ao contrário do que imaginava, me sinto mais disposta e meu sono está melhor”, conta. Mas independente da quantidade ou do motivo, a nutricionista dá algumas dicas que podem ser seguidas por qualquer pessoa que queira emagrecer:

- Fazer trocas saudáveis – a bolacha pela fruta com granola, cookies integrais, iogurte natural, por exemplo

-  Aumentar o consumo de frutas e verduras ao dia, entre 3 e 5 porções 

- Troque tudo o que tem farinha branca pela integral (pães, bolachas, macarrão, arroz)

- Acrescente ovos mexidos, frutas, aveia, granola no café da manhã e lanches intermediários 

- Adicione oleaginosas (castanhas) e sementes na alimentação

- Não tem tempo pra cozinhar? Organize para ir à feira ou ao supermercado no fim de semana. Cozinhe marmitas para a semana toda (frango desfiado, carne moída, arroz integral, legumes diversos, sopas) e congele para ir consumindo na semana

- Não quer ter trabalho com o preparo? Ao invés de fast food, opte pelas marmitas fitness

 


Hospital Marcelino Champagnat


No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas têm osteoporose, doença que pode ser prevenida ainda na infância

A osteoporose é uma patologia que deixa os ossos frágeis em razão da diminuição da densidade óssea, comum ao longo da vida, atingindo homens e mulheres. No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas sofrem com a doença e 14% apresentam algum tipo de fratura que leva a internações.

Segundo o ginecologista Cláudio Hypólito, da Santa Casa de Mauá, a osteoporose pode ser prevenida ainda na infância, com hábitos saudáveis e a prática de esportes para a construção de ossos mais fortes.

O pico de ganho de massa óssea ocorre até os 30 anos e, a partir dos 45 anos, a perda é de 0,5% e ocorre em grande velocidade. Nas mulheres, essa degeneração tem início aos 45 anos, em razão da menopausa e da diminuição dos hormônios. Nos homens, a partir dos 70 anos com a queda das taxas de testosterona, mas podem existir casos onde as alterações iniciem mais cedo. 

A osteoporose ocorre a partir de duas células envolvidas no processo de renovação, a osteoclastos, a qual promove a absorção óssea e o osteoblastos, formação dos ossos por meio do cálcio e da vitamina D. A primeira fase da degeneração óssea é a osteopenia e tem início com o desequilíbrio dessas duas células e, em seguida, vem a osteoporose que pode levar a fraturas do quadril e fêmur, as mais frequentes.

Os sintomas são difíceis de serem detectados, já que a doença é silenciosa e somente na fase avançada, quando aparecem as dores pelo corpo, deformações ósseas e fraturas espontâneas, acaba sendo diagnosticada.  

De acordo com o especialista, quanto menor o peso de uma pessoa mais propensa a ter osteoporose e, quanto menor a altura, também são maiores as chances de desenvolver a doença. “Para o diagnóstico é muito importante analisar o histórico de fraturas, uso de álcool, fumo e uso de corticoide. A confirmação da patologia ocorre pelo exame de densitometria óssea, medindo a densidade óssea e comparando com os dados de uma pessoa normal, com mesma idade, sexo, altura e raça. Os exames devem ser realizados de forma periódica, em caso de detecção da doença e repetidos entre um e dois anos, mas se não houver alterações o intervalo pode ser maior”, explica Cláudio Hypólito.

Entre as principais causas da osteoporose estão o envelhecimento em função da idade, pré-disposição genética, dieta pobre em cálcio e vitamina D, sedentarismo e abuso de álcool e fumo. É importante destacar que esses dois últimos inibem a produção de osteoblastos, o monóxido de carbono expelido pelo cigarro diminui em 15% a capacidade de transporte do oxigênio o que colabora para essa diminuição. O abuso de corticoide também coopera para o aparecimento, além de doenças endócrinas, como diabetes, tireoide e renais. 

Na osteopenia, início do desequilíbrio, é possível tratar a doença com ajuste da dieta, cálcio, vitamina D, exercícios físicos com impacto que estimulam a formação óssea - entre as melhores opções estão a caminhada, corrida e musculação para o ganho de massa muscular, que ajudam na prevenção de fraturas – e caso não seja suficiente, é preciso complementar com medicamentos.

Quando já está instalada a doença, é importante seguir todas as recomendações acima e entrar com a medicação. Na menopausa, a reposição hormonal é recomendada especialmente no primeiro ano após a última menstruação, mas é preciso avaliar a possibilidade de outras doenças como câncer de mama e embolia. “Vale lembrar que uma vida adulta saudável é consequência dos hábitos adquiridos durante a infância que desenvolverá ossos fortes”, orienta o médico.

Também há casos de crianças e adolescentes que desenvolvem a osteoporose, que pode ser primária também conhecida como osteogênese imperfeita ou doença de Lobstein -  uma deficiência na produção do colágeno tipo 1; a secundária – decorrente de doenças gastrointestinais, reumáticas, pulmonares e endócrinas, intolerância à lactose, uso de medicamentos e imobilizações prolongadas. Em pacientes na pré-adolescência ou adolescência,  pode ocorrer a osteoporose juvenil idiopática, na qual a perda de massa óssea pode durar até seis anos. 

O corpo precisa de 1000 mg de cálcio por dia, o que representa cerca de quatro porções lácteas - derivados do leite, vegetais de folhas verdes escuras, sardinha, salmão, grãos – exposição solar diária - 15 minutos sem protetor solar para favorecer a vitamina D, a qual absorverá o cálcio.


Isolamento faz busca por remédio abortivo crescer 91% durante a pandemia


Plataforma Consulta Remédios identificou grande crescimento na procura por medicamentos como misoprostol, viagra, pílula do dia seguinte e pílula anticoncepcional.


Um levantamento realizado pela plataforma Consulta Remédios, o maior portal de medicamentos do Brasil, identificou que as buscas pelo Misoprostol, princípio ativo de um medicamento abortivo, apresentaram o crescimento de 91% de abril a julho, em comparação com os meses de janeiro a março. O medicamento, que não é comercializado pela plataforma, nem liberado para compra pelo consumidor final, possui venda restrita no país.

“As buscas apareceram na plataforma pois disponibilizamos em torno de 30 mil bulas para consulta. No caso do Misoprosol, o aumento das pesquisas foi na página de bula do princípio ativo e do medicamento relacionado, pois essas são as únicas informações disponíveis, já que é um medicamento de uso restrito hospitalar. Porém, a busca por informações sobre, indica um comportamento a ser investigado nesse momento de pandemia”, diz Francielle Mathias, farmacêutica responsável pela plataforma.

No total foram mais de 500 mil buscas no período de pandemia e o aumento deve ser visto com preocupação, segundo a especialista. “Por mais que seja um medicamento de venda restrita, o que preocupa é o fato de as pessoas estarem buscando se informar sobre um produto proibido, provavelmente para saber como age e como é possível adquirí-lo ”, diz Francielle. No Brasil, o aborto só é permitido em casos específicos, e recentemente, o caso da menina de 10 anos no Espírito Santo que teve o aborto autorizado pela justiça trouxe à tona o debate sobre a prática. Para se ter ideia, somente nos primeiros 15 dias de agosto, o número de buscas pelo Misoprostol foi de 73.521.

A pílula do dia seguinte também apresentou aumento considerável. A busca pelo medicamento aumentou 104% no mesmo período. Foram 35% a mais apenas no mês de julho, se comparado com junho deste ano. Na mesma crescente, a famosa pílula azul, o Viagra, registrou uma busca maior na plataforma de consultas sobre medicamentos de 74%.

Já na prevenção à gravidez, a busca por pílulas anticoncepcionais também teve 116% de aumento na plataforma Consulta Remédios.

“Isso nos mostra que é um período que as pessoas estão mais em casa e provavelmente tendo mais relações sexuais. A preocupação é com as consequências que esses medicamentos podem ter à saúde – até mesmo os anticoncepcionais – quando tomados sem o acompanhamento de um profissional da saúde”, alerta Francielle.

 

Consulta Remédios

www.consultaremedios.com.br

App para Android https://goo.gl/bchW8u

App para iOS: https://goo.gl/pJ1JRY

Substâncias do meio ambiente podem aumentar o risco de Câncer

A Iarc (Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer), ligada à OMS, mantém uma lista com todas as substâncias com potencial de provocar a doença comprovado em estudos com seres humanos. Essa relação é muito grande e inclui: agentes presentes naturalmente no ambiente (como gás radônio, metais pesados, a radiação ultravioleta e a radiação ionizante que vem do espaço), hormônios (como estrogênio natural ou sintético), agentes infecciosos (como vírus e bactérias) e a extensa lista de poluentes (fumaça emitida pelos veículos ou pelos cigarros) ou componentes químicos usados na indústria ou em certas ocupações (como agrotóxicos, solventes, amianto, poeira de couro, madeira ou sílica). 

Os metais pesados são elementos químicos que na sua forma pura se encontram sólidos e que as vezes  são tóxicos para o organismo quando consumidos e podem causar danos em vários órgãos do corpo, como pulmões, rins, estômago e até cérebro.  “Geralmente, os metais pesados não causam sintomas quando entram pela primeira vez em contato com o organismo, no entanto, têm a capacidade de ir se acumulando dentro das células do organismo, provocando problemas como alterações renais, lesões cerebrais e existe a suspeita de que também possa aumentar o risco de câncer,” alerta a Nutricionista Luanna Caramalac.

Em relação aos agentes infecciosos, são os microrganismos responsáveis por causar doenças com potencial de transmissão para outros seres vivos, da mesma espécie ou não. Existem evidências suficientes de que algumas contaminações crônicas estão associadas ao desenvolvimento de alguns cânceres, sendo responsáveis por 15% dos casos no mundo.

De acordo com Caramalac, a transmissão pode se dar pelo contato de um indivíduo com outro através de relação sexual, placenta, pele ou secreções corporais, por meio de mordedura de animais ou picadas de insetos. “Pode ocorrer transmissão também por uma fonte de água que abastece uma localidade, por exemplo,” acrescenta a nutricionista.

Ao colocar o alimento cru em óleo ou chapa muito quentes (com temperatura aproximada de 300ºC a 400°C), são formadas aminas heterocíclicas - substâncias que contêm fatores mutagênicos e estimulam a formação de tumores. "Esse processo leva a uma multiplicação celular muito maior do que o normal e, em consequência, pode aparecer algum tipo de tumor, “finaliza Luanna Caramalac

 


  

Dra. Luanna Caramalac Munaro - CRN-3 49383 - Atua na área da saúde integrativa com o foco em prevenção e tratamentos de patologias como doenças autoimunes, depressão, infertilidade, compulsão alimentar e emagrecimento.

Pós graduada em nutrição clínica funcional- VP, pós graduada em adequação nutricional e manutenção da homeostase, pós graduanda em nutrição comportamental- IPGS, formação em modulação intestinal.


5 fatos que você precisa saber sobre inseminação artificial

 

Especialista desvenda mitos e verdades sobre o procedimento


A inseminação artificial ou intrauterina (UII), pode ser uma solução para diversos casais que enfrentam dificuldades na hora de engravidar. O tratamento consiste em escolher os melhores espermatozoides para serem colocados no útero da mulher, próximo ao dia da ovulação.

Pode parecer simples, mas como qualquer processo de reprodução assistida, existem muitas variáveis a serem consideradas. A infertilidade é um problema que aflige 15% da população mundial e a grande quantidade de informações pode acabar gerando dúvidas e, por vezes, mitos sobre o funcionamento do procedimento.

O doutor Fernando Prado, ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana da Clínica Neo Vita, esclarece o que é verdade quando se fala sobre inseminação artificial.

 

É a única solução para problemas de concepção

Mito. Primeiro, é realizada uma investigação acerca do porquê a concepção não está ocorrendo, para ambos os parceiros, e em alguns casos não é necessário nenhum tipo de reprodução assistida. Uma mulher pode não estar ovulando por um problema de ovários policísticos, por exemplo, e após o tratamento, o ciclo voltará ao normal.

Além disso, a UII é mais recomendada para casais onde o homem apresente alterações leves. Dependendo da situação, a fertilização in vitro deve ser recomendada, onde ambos óvulos e espermatozoides são tratados em laboratório.

 

São utilizados medicamentos para aumentar a fertilidade

Verdade. Por vezes, é necessário administrar oralmente ou via injeções, medicamentos para a indução da ovulação. Porém, cada paciente é um caso diferente, e a medicação pode não ser necessária caso ela tenha uma boa produção de óvulos. Por isso acaba sendo mais comum em mulheres que já passaram do seu período mais fértil.

 

A inseminação artificial resultará em concepção com certeza

Mito. As chances da concepção via UII variam, em média, de 10 a 20%. Mas quando se trata de gravidez, variações como idade, saúde, genética, doenças crônicas ou que deixaram alguma sequela, irão alterar estas chances, tanto em quem contribui com o óvulo quanto com o espermatozoide.

 

As chances de conceber gêmeos aumentam com o tratamento

Verdade. Porém, esta probabilidade é muito pequena e ocorre em casos do uso de medicamento para induzir a ovulação. De qualquer maneira, o obstetra escolhido irá monitorar a quantidade de óvulos produzidos e realizará a inseminação de acordo, diminuindo ainda mais a probabilidade. 

 

A inseminação artificial é realizada com anestesia

Mito. A UII é considerada um procedimento de baixa complexidade, onde os espermatozoides selecionados são injetados no colo do útero, deixando-os mais próximos do óvulo, mas realizando a fecundação em si de maneira natural. O processo é rápido e indolor, e no mesmo dia a paciente pode retornar às suas atividades normalmente. 


Neste sábado (24/10) é lembrado o Dia Mundial do Combate à Poliomielite

Especialista explica o que é a doença, sintomas e como preveni-la

 

Você sabe o que é a poliomielite e o que pode provocar nas crianças? A médica da família e pediatra Milen Mercaldo explica. De acordo com ela, a doença, também conhecida como "paralisia infantil" é altamente infecciosa e causada pelo Poliovírus, que invade o sistema nervoso e pode acarretar um quadro clássico de paralisia de início súbito.

Ela acrescenta que a maior parte das infecções apresenta poucos sintomas (forma subclínica) ou nenhum e estes são parecidos com os de outras doenças virais ou semelhantes às infecções respiratórias como gripe - febre e dor de garganta - ou infecções gastrintestinais como náusea, vômito, constipação (prisão de ventre), dor abdominal e, raramente, diarreia. "Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte", pontua a especialista do Hospital Anchieta de Brasília.

Dra Milen continua: "em geral, a paralisia se manifesta nos membros inferiores de forma assimétrica, ou seja, ocorre apenas em um dos membros. As principais características são a perda da força muscular e dos reflexos, com manutenção da sensibilidade no membro atingido", ressalta. "Embora ocorra com maior frequência em crianças menores de quatro anos, também pode acometer adultos", complementa. 



Forma de Transmissão 


O vírus da poliomielite é transmitido por pessoa para pessoa, principalmente através da boca, com material contaminado com fezes (contato fecal-oral), o que é crítico quando as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. "Crianças mais novas, que ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior risco de contrair a doença", destaca. Conforme a pediatra, o Poliovírus também pode ser disseminado por contaminação da água e de alimentos por fezes. A doença também pode ser transmitida pela forma oral-oral, através de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar.

Ela explica: o vírus se multiplica, inicialmente, nos locais por onde ele entra no organismo (boca, garganta e intestinos). Em seguida, vai para a corrente sanguínea e pode chegar até o sistema nervoso, dependendo da pessoa infectada. Desenvolvendo ou não sintomas, o indivíduo infectado elimina o vírus nas fezes, que pode ser adquirido por outras pessoas por via oral. A transmissão ocorre com mais frequência a partir de indivíduos sem sintomas. 



Prevenção e Cobertura Vacinal 


Dra Milen alerta que a poliomielite não tem cura e pode deixar sequelas permanentes. Segundo a profissional, a melhor maneira de prevenção é a vacina, mas a medida só é eficaz quando a cobertura vacinal alcança pelo menos 95%. Dados do Ministério da Saúde, mostraram que em 2019, a cobertura vacinal contra a poliomielite no DF, em menores de 2 anos, atingiu 89,2%. Este ano, até abril, apenas 69,8% das crianças foram vacinadas.

Ela aponta que o calendário de vacinas do SUS preconiza três doses da Vacina Inativada de Poliomielite, a VIP, com administração nas crianças aos 2, 4 e 6 meses e reforço com duas doses da Vacina Oral de Poliomielite, a VOP, aos 15 meses e 4 anos. "É considerado protegido, o indivíduo, maior de cinco anos, que tenha pelo menos cinco doses da vacina contra a doença. Também é necessário vacinar-se em todas as campanhas", pondera.

Além das vacinas, é preciso atenção com medidas preventivas contra doenças transmitidas por contaminação fecal de água e alimentos. "As más condições habitacionais, a higiene pessoal precária e o elevado número de crianças numa mesma habitação também são fatores que favorecem a transmissão da poliomielite", diz. "Logo, programas de saneamento básico são essenciais para a prevenção da doença", adiciona a profissional.

"Ajude a manter nosso país livre da circulação do vírus e seu filho bem longe da doença! A campanha se estenderá até 30 de outubro, mantenha o cartão de vacinação da criança sempre em dia!", conclui Milen Mercaldo, médica da família e pediatra do Hospital Anchieta de Brasília.


Encerra neste domingo (25) o prazo para a prestação de contas parcial nas Eleições 2020

 Especialista alerta sobre o uso de recursos do Fundo Partidário e Eleitoral


De acordo com o calendário eleitoral 2020, neste domingo (25) encerra prazo para partidos políticos, coligações e candidatos divulgarem o relatório discriminando as transferências do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (Fundo Eleitoral), sobre os recursos estimáveis e recebidos em dinheiro, bem como os gastos realizados. A prestação de contas parcial deve bem discriminar o uso das fontes financeiras, desde o início da campanha até o momento.

Aos eleitores e apoiadores das campanhas, esse é o momento em que se pode avaliar, antes das urnas, se a conduta dos candidatos está de acordo com as suas propostas. A origem e a destinação dos recursos são atributos palpáveis no processo de definição dos votos.

Segundo o professor da Pós-Graduação em Direito Eleitoral da Universidade Estadual de Londrina, Guilherme Gonçalves, especialista na área e fundador do GSG Advocacia, o Fundo Partidário serve para custear atividades rotineiras das legendas, como pagamentos de despesas básicas (água, lua e aluguel), passagens aéreas, entre outros. “A prestação de contas é um instrumento fundamental, para que o eleitor saiba quanto e como os partidos estão gastando os recursos públicos que receberam, além de saber sobre as doações de pessoas físicas. Os valores, repassados às siglas anualmente, advêm de dotações orçamentárias da União, multas e penalidades pecuniárias de natureza eleitoral, doações de pessoas físicas diretamente nas contas dos partidos e demais recursos que, eventualmente, forem atribuídos por lei”, explica.

O mau uso dos recursos coloca os partidos sob judice, forçando a devolução dos valores corrigidos e atualizados, podendo, inclusive, implicar em suspensão dos repasses. Irregularidades na aplicação do Fundo Partidário nas campanhas de 2014 somam hoje um débito de mais de R$27 milhões, que deverão ser devolvidos aos cofres públicos. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 31 dos 32 partidos registrados naquele ano não utilizaram as verbas de maneira adequada.

O Fundo Especial de Financiamento de Campanha, também chamado de Fundo Eleitoral, é liberado em anos eleitorais desde 2018. A partir da proibição, em 2015, do financiamento por parte de pessoas jurídicas, o fundo passou a ser uma das principais fontes de receita para a realização das campanhas eleitorais e é distribuído aos diretórios nacionais dos partidos políticos observando diretrizes estabelecidas pelo TSE”, finaliza Guilherme Gonçalves.

 

Visa e MetrôRio convidam artistas e mudam sinalização dos carros das mulheres


Iniciativa de mudar a sinalização nos carros destinados ao público feminino joga luz à violência contra mulher e reforça a importância da lei

 

Em uma ação especial, para reforçar a importância de apoiar iniciativas de combate à violência contra a mulher, a partir desta semana, a Visa e o MetrôRio, empresas signatárias da ONU Mulheres, vão adesivar 20 carros destinados ao público feminino. Três artistas, que se destacam por atuar em questões relacionadas a gênero, foram convidados para desenvolver ilustrações que estampam o cotidiano daquelas que usam o transporte público e que dão visibilidade a um problema sério, o crime de importunação sexual.

   Ao todo, foram desenvolvidos nove painéis artísticos com assinaturas da Linoca Souza, Lune Carvalho e Jana Glatt. Usando muitas cores e elementos que remetem ao dia a dia das cariocas e das turistas que circulam pela cidade, o trio lembra nos seus traçados a pluralidade e a força feminina. O objetivo é tão nobre quanto a homenagem: chamar a atenção para a existência do vagão das mulheres (nos dias úteis das 6h às 9h e das 17h às 20h) e do crime de importunação sexual.

   Quando um homem embarca no carro feminino, ele é informado sobre a legislação e convidado a sair imediatamente por funcionários do metrô. Em caso de desobediência, os agentes podem acionar a Polícia Militar e registrar a ocorrência na delegacia. “Estamos animados pois esse projeto permite, ao mesmo tempo, uma melhor sinalização do carro das mulheres, um aumento da conscientização sobre diversidade e questões de gênero, e abre espaço para artistas de muito talento mostrarem seu trabalho a muitas pessoas”, explica o presidente do MetrôRio, Guilherme Ramalho.

   “Quando o MetrôRio dividiu conosco o desafio, entendemos a importância de trabalhar nessa sinalização, mas também a oportunidade de levar uma mensagem de inspiração sobre a pluralidade da mulher brasileira. Por isso, escolhemos artistas que simbolizam isso. Aqui na Visa, esse é um assunto que levamos a sério, trabalhamos questões que envolvem desde a conscientização até a equidade”, completa Camila Novaes, gerente de Marketing da Visa do Brasil e líder do Comitê de Inclusão & Diversidade da empresa.

 

Artistas e suas inspirações

   A campanha, assinada pela AlmapBBDO, traz três artistas. A primeira, Linoca Souza, é ilustradora e artista visual. Em suas produções, investiga temáticas que cruzam a cultura brasileira, gênero, sincretismos e etnia - também desenvolvendo esses temas em oficinas e cursos diversos. Em sua interdisciplinaridade, desenvolve trabalhos em ilustrações, pinturas, gravuras e, mais recentemente, fotografia e performance. Faz parte do time de artistas com obras expostas no IMS (Instituto Moreira Salles) e na Adelina – Instituto Cultural. É também criadora do projeto ‘Museu nas Férias’ e faz parte do time de consultoria para ilustradoras do Instituto Ibirapitanga, pela equidade racial.

   “Quando desenvolvi as ilustrações, pensei na força feminina brasileira. Na mulher que ocupa os espaços urbanos, por onde o metrô passa. Nas mulheres que diariamente estão no transporte público com sonhos e ideias, pensando em suas vidas e em caminhos possíveis. Acredito que minha maior contribuição esteja nessa busca pela diversidade. Em nossas formas e cores somos muito especiais e fortes. Ações como essa evidenciam a luta contra a violência da mulher no transporte público, e ajudam na conscientização de todos, de que o corpo feminino deve ser respeitado. Penso que é importante falar sobre abusos, sobre como combatê-los, e ressaltar que o corpo do outro, independente de sua vestimenta, de sua forma física, e de como estiver disposto em qualquer ambiente, deva ser respeitado”, explica Linoca.

   Já Lune Carvalho é ilustrador e designer. Trabalha com a proposta de trazer um olhar sensível sobre a diversidade de corpos e identidades, já que é trans não binário e bissexual. “Me inspirei nas mulheres trans, negras e aquelas que lutam todo dia na cidade. Que mesmo com medo, seguem suas vidas e ajudam dando força para aquelas que não tem. Tentei representar como elas não são iguais, e que cada mulher ilustrada tem algo de especial na sua história, que a fez ser a grande mulher que é”.

   A terceira artista escolhida é a designer gráfica carioca Jana Glatt, que estudou Desenho e Ilustração em Barcelona, e tem verdadeira fascinação pela criação de personagens, cenários e figurinos desde suas aulas de teatro quando criança. A artista se destaca com vários prêmios desde quando seu trabalho foi selecionado para o VI Catálogo Ibero-americano de Ilustração, com exposição em Guadalajara (México) e Bolonha (Itália). Também tem grande paixão pela ilustração de livros infantis, já tendo participado ativamente de inúmeras publicações.

 

Sobre os vagões femininos

   Criados a partir das leis estaduais 4.733/2006 e 7250/2016, os vagões podem ser usados somente por mulheres ou por quem se identifica com o gênero feminino, como pessoas trans, em horários pré-determinados: das 6h às 9h e entre 17h e 20h.

 

Contador comenta os benefícios do Descomplica Trabalhista

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) participou, na tarde da última quinta-feira (22), da cerimônia referente à Simplificação do eSocial e à Modernização da Norma Regulamentadora do Trabalho. O Programa do governo, chamado de Descomplica Trabalhista, foi lançado no Palácio do Planalto e tem a finalidade de simplificar processos e eliminar a burocracia. O presidente Jair Bolsonaro e outras autoridades estiveram presentes no evento.

O conselheiro do CFC, contador Adriano Marrocos, participou da solenidade e falou sobre os avanços que a iniciativa pode trazer. “Esperamos que essas ações simplifiquem nossas rotinas, facilitem a relação entre empregador e empregado, permitindo aumento no número de vagas – que se traduzem em oportunidades para as pessoas – e sirvam para incentivar mais pessoas a empreender. Em relação ao eSocial, nossa expectativa é que o programa seja menos complexo na operação, sem perder o controle, pois temos interesse na implantação efetiva que deve eliminar outras obrigações ainda vigentes”, explicou.

A simplificação do eSocial era uma solicitação de diferentes organizações, entre elas, o CFC. Durante a cerimônia de apresentação do Descomplica Trabalhista, algumas ações do programa foram anunciadas, como explica Adriano Marrocos. “O secretário de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, informou que o novo eSocial trará uma redução de 2.000 dados no eSocial para 400, ainda que tenhamos que avaliar agora a nova versão do sistema. Bianco também assinou a revisão da NR 31 [Norma Regulamentadora 31], que trata da segurança e da saúde no trabalho na agricultura, na pecuária, na silvicultura, na exploração florestal e aquicultura. Ao final do evento, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, revogou 48 portarias consideradas obsoletas que dificultavam novos empreendimentos no país”.

 

Portarias relacionadas ao Descomplica Trabalhista publicadas

Nesta sexta-feira (23), três portarias que estabelecem medidas que dão andamento ao Descomplica Trabalhista foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU).

A Portaria Conjunta n.° 76, de 22 de outubro de 2020, estabelece o cronograma, por grupos, de implantação do Sistema Simplificado de Escrituração Digital das Obrigações Previdenciárias, Trabalhistas e Fiscais (eSocial).

A Portaria Conjunta n.° 77, de 22 de outubro de 2020, aprova a versão S-1.0 RC do leiaute do Sistema Simplificado de Escrituração Digital das Obrigações Previdenciárias, Trabalhistas e Fiscais (eSocial).  

Por fim, a Portaria n° 355, de 22 de outubro de 2020, revoga 48 portarias do extinto Ministério do Trabalho, como anunciado no evento de lançamento do Programa.

 



Conselho Federal de Contabilidade (CFC)


Desempenho de Trump no último debate aumenta chances de reeleição, de acordo com Betfair.net


Probabilidade do democrata Joe Biden vencer eleição presidencial dos EUA diminuiu para 66% após o debate, enquanto a de Trump subiu para 34%


As chances de reeleição do Donald Trump aumentaram, de acordo com a Betfair.net, após seu desempenho contra Joe Biden no segundo e último debate da campanha presidencial dos Estados Unidos.

O candidato democrata, no entanto, ainda lidera as probabilidades de vitória. Antes do início do evento, Trump tinha 32% de chance de vencer a eleição de 2020, e a probabilidade subiu para 34% de chance, enquanto Biden caiu de 68% para 66% na análise da Betfair.net.

Um porta-voz da Betfair.net declarou: “Ambos os candidatos alegarão ter vencido o debate, mas as ações falam mais alto que palavras e de acordo com a Betfair.net, as chances de Donald Trump aumentaram ligeiramente após o debate, enquanto as chances de Biden diminuíram de 68% a 66%”.

De acordo com Paul Krishnamurty, especialista em eleições da Betfair.net, “Este foi o melhor desempenho em debate de Donald Trump, de longe. Ele foi muito mais disciplinado e isso foi recompensado por coisas que se moviam a seu favor. Dito isso, Biden ficará bastante feliz. Ele atingiu seu objetivo principal - evitar desastres. Ele parecia passional e bem preparado”.


 

O que é o Swing-O-Meter da Betfair.net?

O Swing-O-Meter da Betfair.net fornece uma indicação em tempo real das chances de Donald Trump e Joe Biden de vencer a eleição de 2020 nos EUA usando os dados da Betfair.net. 

 

Posts mais acessados