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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

233 casos de violência física ou psicológica contra crianças e adolescentes são notificados todos os dias


No Brasil, todos os dias, são notificados, em média, 233 agressões de diferentes tipos (física, psicológica e tortura) contra crianças e adolescentes com idades de até 19 anos. Somente em 2017, a soma desses três tipos de registro chega a 85.293 notificações. Boa parte dessas situações acontece no ambiente doméstico ou têm com autores pessoas do círculo familiar e de convivência das vítimas. Os dados foram extraídos pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), mantido pelo Ministério da Saúde (MS).

Desse total de casos notificados pelos serviços de saúde, 69,5% (59.293) são decorrentes de violência física; 27,1% (23.110) de violência psicológica; e 3,3% (2.890) de episódios de tortura. O trabalho não considerou variações como violência e assédio sexual, abandono, negligência, trabalho infantil, entre outros tipos de agressão, que serão abordados pela SBP em publicação a ser divulgada em 2020.

Ao analisar a série histórica cobrindo o período de 2009 a 2017 (informações mais recentes disponíveis), o volume de agressões chega a 471.178 registros. Impressiona que desde a implantação dessa plataforma, os registros têm crescido de forma consistente. No seu primeiro ano de funcionamento, foram 13.888 notificações (média de 38 por dia). Oito anos depois, esse volume cresceu 34 vezes. 


INTERNAÇÕES E ÓBITOS – Um outro fato chama atenção: o resultado desse expressivo número de episódios de brutalidade contra a população pediátrica também causa um número significativo de internações hospitalares e mortes. Entre 2009 e 2014 (último ano com informações disponíveis), houve 35.855 encaminhamentos para hospitalização e 3.296 óbitos. Como geradores, registros de violências física e psicológica ou de tortura. 

Os cálculos com base nas informações do Sinan mostram que, em média, 13,5% das notificações desses três tipos de agressão evoluem para hospitalizações. Além disso, no período analisado, a cada dia, pelo menos uma criança ou adolescente morreu vítima de maus tratos. Somente em 2014, ano mais recente com dados específicos sobre esses registros, foram 7.291 internações e 808 óbitos. 

“Infelizmente, esses números são apenas a ponta de um enorme iceberg. A subnotificação, ou seja, o total de casos que não chega ao conhecimento das autoridades, é significativa. Isso ocorre por diferentes causas que envolvem desde as famílias até os serviços de saúde e de proteção à infância”, ressalta a presidente da SBP, dra Luciana Rodrigues Silva.

FORMULÁRIO -  Dentre os problemas que elenca, está o fato de que a coleta de dados para o Sinan, que ocorre em unidades (postos de saúde, UPAS, hospitais, prontos-socorros do Sistema Único de Saúde) das redes pública e privada, nem sempre é realizada, apesar de existir orientação para que o preenchimento do formulário de notificação seja compulsório. 

CLIQUE AQUI E CONHEÇA A FICHA DE NOTIFICAÇÃO DO SINAN

Para a presidente da SBP, “é preciso preparar as equipes e criar um ambiente favorável para que possam agir, sem expô-las a retaliações. Por outro lado, o Estado deve desenvolver ações educativas e preventivas contra esse tipo de violência e também garantir rigor na punição aos abusos confirmados”.

Além disso, muitas situações não chegam aos locais de atendimento, pois os agressores não levam as vítimas para receber cuidados médicos, o que geralmente só acontece quando a violência assume proporções graves. Apesar do encaminhamento da notificação não constituir denúncia legal contra os autores da violência contra crianças ou adolescentes, ele é o disparador da linha de cuidados voltadas para pessoas em situação de risco. Da mesma forma, funciona como subsídio para a elaboração de políticas públicas sobre o tema.

PARCERIA - Contra esses problemas, a SBP, firmou parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Ministério dos Direitos Humanos, para buscar soluções efetivas contra esse fenômeno. Um Grupo de Trabalho – formado por técnicos e especialistas das três entidades – está debruçado sobre o tema. Eles analisam as estatísticas, a legislação e as diferentes percepções sobre o problema para desenvolver estratégias específicas.  

Para a SBP, o combate e a prevenção à violência contra a criança e ao adolescente são questões prioritárias para o País. Esse engajamento sinaliza o compromisso histórico da especialidade com o tema, inclusive porque foram os pediatras, por meio de suas representações, os primeiros a denunciar os abusos de forma sistemática. Essa ação teve como consequência a inclusão dos casos de violência contra a população de zero a 19 anos como uma das dimensões acompanhadas pelo Sinan. 

SEXO - A base de informações acumulada pelo Sinan permite detalhar o perfil dos agredidos, o que serve como subsídios para delinear políticas públicas específicas. Dentre as conclusões que os números permitem está distribuição das vítimas por sexo. Na análise, fica evidente que as crianças e adolescentes do sexo feminino são alvos preferenciais, sem grande variação ao longo dos anos.

Em 2017, foram 53.101 notificações contra meninas, ou seja, 62,2% mais casos do que os registros em garotos (32.169). Em 2009, as ocorrências envolvendo somente as jovens somaram 8.518 (61%). Em 2016, esse índice foi de 59% (41.065 ocorrências).  Quanto às faixas etárias, o comportamento dos dados é semelhante, com uma tendência de evolução no tempo e a distribuição proporcional por grupos de idade se mantendo em percentuais parecidos. 

IDADES - Pelos dados do Sinan, as populações pediátricas em situação de maior risco à violência são os faixas de 10 a 14 anos (com 20.773 ocorrências em 2017) e de 15 aos 19 anos (44.203 notificações no período). Juntas, elas contabilizam 66.976 casos. Em 2009, esses dois segmentos somaram 9.309. Entre 2009 e 2017, o volume de notificações em jovens de 10 a 19 aumentou sete vezes.



De acordo com o presidente do Departamento Científico de Segurança da SBP, dr. Marco Antônio Chaves Gama, essa proporção tem diferentes motivos. “Existe uma diferença crucial. Os adolescentes têm mais autonomia para procurar uma unidade de saúde quando são agredidos. Às vezes, a violência ocorre há anos, mas quando criança raramente o indivíduo possui capacidade de buscar auxílio. A violência em crianças pequenas é claramente subnotificada. Quando o adolescente chega a um centro de atendimento especializado, geralmente já passou por anos de trauma”, explica ele.

ESTADOS - Com respeito à distribuição geográfica dos casos, o Sinan mostra que, em números absolutos, as ocorrências desses tipos de violência, em 2017, foram maiores nos seguintes estados: São Paulo (21.639 casos), Minas Gerais (13.325), Rio de Janeiro (7.853), Paraná (7.297) e Rio Grande do Sul (5.254). Respectivamente, esses dados representam 25,3%, 15,6%, 9,2%, 8,5% e 6,1% do total de registros naquele ano.

Porém, a distribuição dos casos por grupo de 100 mil habitantes revela um cenário diferente. Proporcionalmente, em 2017, a violência física foi muito mais comum na região Norte, que possui estados nos três primeiros lugares do ranking nacional: no topo, está Roraima, com 57 registros por 100 mil habitantes; seguido de Acre (50,1) e Tocantins (48,9).

Em proporção por moradores, os indicadores sobre violência psicológica também variam. Lideram os índices de agressão moral os estados do Paraná (18,9 registros para cada grupo de 100 mil habitantes), Minas Gerais (17,3) e Roraima (17).  Em situações de tortura, os estados proporcionalmente com maior destaque são: Acre (9,5), Roraima (5,4) e Piauí (4,1). 

No período de 2009 a 2017, o acumulado de notificações aponta o seguinte cenário, por estado: São Paulo (99.275), Minas Gerais (68.294), Paraná (36.692), Rio Grande do Sul (35.840) e Rio de Janeiro (33.797). Respectivamente, esses dados representam 21%, 14,4%, 7,7%, 7,6% e 7,1% do total de registros.



MANUAIS - Em 2018, a SBP lançou um novo manual de orientação para pediatras sobre “Protocolo de Abordagem da Criança ou Adolescente Vítima de Violência Doméstica”. O objetivo da publicação é orientar os especialistas no reconhecimento das várias formas de maus-tratos e na adequada condução dessas complexas situações.

Além disso, a entidade também disponibilizou gratuitamente em seu portal uma nova edição do “Manual de Atendimento às Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência”. O livro tem o intuito de discutir estratégias para prevenir, identificar e encaminhar situações de risco de violência em nível doméstico, na escola e nos ambientes públicos. O documento tem como público-alvo profissionais que atuam diretamente com a população pediátrica nas áreas da saúde, educação, assistência social, psicologia, segurança, justiça e mídia.

Pesquisa do Instituto Locomotiva aponta como as telas influenciam o cotidiano infantil





 Maioria dos pais declara que só dará o aparelho após os 15 anos de idade



Pesquisa feita com pais e mães de todo o Brasil mostra que as crianças costumam pedir seu primeiro celular antes dos 9 anos de idade. No entanto, a maioria dos pais declara que só dará o aparelho após os 15 anos de idade.

Entre outros dados, o estudo feito pelo Instituto Locomotiva, presidido por Renato Meirelles, ainda mostra que sete em cada dez crianças entre 10 e 12 anos (69%) já acessam a internet.

Além disso, entre as crianças de 10 a 12 anos que acessam a internet, 89% acessaram pelo smartphone, 57% acessaram pelo computador, 21% acessaram pelo tablet e 17% acessaram pela TV.

Sem emprego formal? 5 dicas para driblar o desemprego


 Samantha Esser ensina como ingressar de forma eficiente no mercado de revendedoras


“Sacoleira, representante comercial, revendedora, não importa o termo. O que interessa é ação de fazer acontecer”. Com essa frase a empresária de semijoias Samantha Esser, que iniciou sua jornada revendendo bijuterias, encoraja pessoas a escrever seu destino e não se deixar abalar pela falta de empregos formais.

Aproveite a temporada de compras e use as dicas da Samantha pra começar o seu negócio:

1-       A escolha do produto – Se não é o principal, é muito importante. Esse passo de escolher o que vai vender, envolve conhecer o produto, gostar e se apropriar. Dê preferência por bons materiais para evitar devoluções.

2-       Pra quem você pode vender – Produto escolhido? Chegou a hora de definir seu público alvo. Com quem você se relaciona? Que lugares você frequenta? Comece explorando seu ciclo de convivência. Se seu produto é bom, as amigas fazem o boca a boca!

3-       Fornecedores: Como encontrar? – Da mesma maneira que o boca a boca te encontra, você pode usar essa ferramenta para buscar seu fornecedor. Uma empresa idônea e que cumpre prazos de entrega é o começo.

4-       Quanto devo investir? – Para a primeira compra o ideal é que você não recorra a empréstimos e bancos. Os juros podem engolir o seu lucro. Comece com pouco e de grão em grão...

5-       Como calcular o preço de revenda? – Essa é chave de seu negócio! Quando for colocar o percentual, não esqueça de acrescentar o quanto você gasta para que o seu produto chegue ao cliente. Telefone, internet, transporte... isso é custo e deve ser somado ao valor da peça. É melhor sobrar menos, mas que seja lucro real.

Hora de arregaçar as mangas... decidiu começar? Viu que está dando certo? Busque ajuda profissional para expandir com segurança.


Transformação digital: especialista aponta SETE principais tendências para 2020


Transformação digital é o termo da vez e não será diferente em 2020. Mesmo com perspectivas de crescimento econômico pouco encorajadoras, muitas empresas já se deram conta de que precisam fazer investimentos em TI. Na falta de uma bola de cristal que funcione, alguns executivos têm se mostrado bastante inseguros quanto a definir um caminho a seguir. Na opinião de Adriano Filadoro, diretor-presidente da Online Data Cloud, é preciso analisar cada detalhe do cenário atual antes de fazer planos ou lançar novos produtos e serviços. “Qualquer negócio pode perder competitividade e ficar para trás se as principais tendências da transformação digital forem negligenciadas”, adverte. “Elas podem impactar tudo o que está em planejamento. A boa notícia é que não é tão difícil acompanhar os movimentos do mercado. Basta não perder o foco”.

A seguir, Filadoro aponta SETE principais tendências de Transformação Digital para 2020:

1.  Valorização  da experiência do cliente. “Independentemente do perfil do negócio, nunca antes o comportamento do cliente foi tão analisado. As empresas estão cada vez mais atentas à experiência do consumidor, avaliando suas preferências, o que influencia sua tomada de decisão e, inclusive, o que define sua infidelidade – trocando um serviço/produto por outro. Aliás, essa análise vem sendo bastante útil, também, na relação entre as empresas e seus talentos. É necessário conhecer o cliente, seja externo ou interno, a fim de se antecipar a suas decisões, oferecendo sempre algo irrecusável. Esse quesito tende a fazer a diferença – até mais do que preço e prazo”. 

2.  Transformar dados em conhecimento. “Um dado isolado não significa nada. Ele só tem valor quando transformado em conhecimento. Este sim permite tomar uma decisão mais assertiva e com mais chances de sucesso. Ainda são poucas as empresas que sabem ler, interpretar e extrair valor dos dados gerados internamente ou ainda tirar proveito de dados externos para dinamizar seus negócios. Aquelas que conseguem obter novos insights, monitorando o negócio a partir dos dados atuais, otimizando os processos e monetizando o conhecimento adquirido através da análise dos dados estão na vanguarda dos acontecimentos. É essa análise de dados, levada a um patamar mais elevado (Data Science), que permitirá melhorar a experiência do cliente, agilizar operações e inovar em velocidade máxima”. 

3.  Blockchain. “Essa é uma tendência que já veio forte neste ano, mas será ainda mais explorada em 2020. Trata-se de uma corrente de bancos de dados (blocos) em que um é conectado a outro através de um registro público (Public Ledger). Essa descentralização de registros aumenta a segurança das operações. Respeitado o tempo da curva de aprendizado, o blockchain é uma solução que pode ser implantada por uma equipe de TI ou ser contratada como serviço. Entre os ganhos principais estão: 1) Acesso a novas tecnologias; 2) Possibilidade de testar uma nova tecnologia sem necessariamente correr os riscos inerentes ao processo; 3) Suporte ao cliente; 4) Soluções compatíveis com o tamanho da empresa; 5) Redução de custos, especialmente de energia. E mais: se for detectado qualquer problema no processo, é simples voltar para o ponto de origem”.

4.  Tudo como serviço. “XaaS, expressando qualquer coisa como serviço, vai ganhar ainda mais importância no ano que se inicia. Se antes já estavam consolidados alguns modelos de serviço em nuvem, como  SaaS (software como serviço), PaaS (plataforma como serviço) ou ainda IaaS (infraestrutura como serviço), agora basicamente tudo pode estar disponível como serviço – enquanto continuamos a ver a evolução da nuvem em híbrida ou multicloud. Isso certamente está atrelado a um ganho de agilidade sem precedentes”.

5.  Inteligência artificial/ Machine Learning. “Machine Learning – ou Aprendizado das Máquinas – deriva da inteligência artificial e implica em computadores ou robôs programados para aprender a desempenhar algo que antes era restrito a humanos. Novos dados vão sendo gerados e transformados em informações que faltavam – ou até mesmo que nunca haviam sido consideradas em sua importância global. Isso certamente acaba encorajando equipes a melhorar o nível de desempenho profissional, entregando resultados muito mais próximos do nível de excelência desejado. Quando isso não acontece, a própria tecnologia está apta a detectar problemas e sugerir soluções de correção. Trata-se de um avanço útil e poderoso para as empresas”.

6.  5G. Enquanto uma ou outra operadora de telefonia móvel anuncia sua tecnologia 4,5G, a quinta geração da internet móvel vem aí. É certo que vários players dessa indústria estão fazendo o possível e o inimaginável para que em 2020 as pessoas tenham acesso ao 5G com tudo o que essa tecnologia implica, principalmente maior conectividade, velocidade e qualidade da comunicação em rede. Ainda mais do que isso, é o que estava faltando para impulsionar a Internet das Coisas (IoT). A nova geração de plataformas de IoT pode ajudar as empresas a combinar novas fontes de dados com as já tradicionais, examinando informações em tempo real. Esse tipo de iniciativa permite fazer novas correlações de dados e é fundamental para questionar o pensamento institucional, além de agilizar mudanças”. 

7.  Multicloud. “A hospedagem tradicional de TI está cedendo cada vez mais espaço para a multicloud, que implica no uso de múltiplos serviços de nuvem. Essa é uma grande tendência para 2020. As empresas deixam de depender apenas de um fornecedor de nuvem, onde seus dados e serviços são armazenados e gerenciados, e passam a contar com uma gama maior de fornecedores. Esse é um passo enorme e de relativamente baixo custo.  O uso de múltiplas nuvens representa maior flexibilidade, inovação e inclusive conformidade regulatória. Trata-se de uma nova era de inovação nos negócios e que tem muito ainda que se desenvolver. Mas é um caminho sem volta, já que uma das virtudes da multicloud é desbloquear agilidade, eficiência e economia de custos sem precedentes”.




Fonte: Adriano Filadoro - formado em tecnologia com extensão em finanças pela Fundação Getúlio Vargas – onde atualmente cursa MBA em Big Data e Data Science. É diretor-presidente da Online Data Cloud, tendo sólida vivência em Tecnologia da Informação mais de 20 anos de atuação na área de Segurança, Virtualização e Infraestrutura. www.onlinegroup.com.br  


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