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quinta-feira, 28 de junho de 2018

Avós se destacam no mercado de trabalho


No Dia dos Avós, 26 de julho, muitos deles têm o que comemorar

Sabedoria, experiência, conhecimento e paciência são algumas das principais qualidades que podem ser encontradas nos profissionais mais maduros. No dia 26 de julho, que é comemorado o Dia dos Avós, muitos desses profissionais mais experientes têm o que comemorar: além de serem avós, continuam ativos no mercado de trabalho.
Essa tendência de mercado se deve ao envelhecimento progressivo da população mundial que passará de 606 milhões (no ano de 2000), para cerca de 2 bilhões, em 2050, segundo dados do Relatório Mundial de Saúde e Envelhecimento, da Organização Mundial da Saúde (OMS). No mundo, esse aumento será mais marcante em países pobres, onde a população idosa quase quadruplicará, passando de 374 milhões para 1,6 bilhão. No Brasil, a estimativa aponta que de 21 milhões de idosos (11% da população) contabilizados em 2010, a população idosa somará cerca de 65 milhões (30% da população) em 2050.

Segundo a consultora e diretora da Leaders – HR Consultants, Astrid Vieira, o Ministério do Trabalho vem estudando métodos para cuidar de questões de discriminação, entre elas contra profissionais mais experientes no mercado de trabalho. “O objetivo é oferecer maior atenção ao combate ao preconceito no ambiente de trabalho”, ressalta.

A consultora explica que para complementar a renda familiar, cobrir despesas médicas ou se manter ativo, as pessoas mais experientes se mantêm no mercado de trabalho, atuando principalmente nas áreas de serviços, administração pública, indústria e comércio.

Ainda de acordo com Astrid, um dos maiores receios dentre as empresas é o de que um profissional mais maduro não possua o vigor necessário para desempenhar funções laborais intensas, mas hoje já se mostra evidente, que um profissional idoso possui as mesmas dificuldades e demanda o mesmo cuidado básico de um profissional mais jovem.  “No entanto, as vantagens de se investir no desenvolvimento da carreira pós-corporativa de um profissional prestes a se aposentar, também vem sendo levada em consideração pelas empresas, que se beneficiam da habilidade de transmissão de conhecimento desse profissional e da difusão das práticas que possibilitam a continuidade dos negócios”, completa.

Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgados pelo Ministério do Trabalho, apontam que o número de pessoas no mercado formal de trabalho, na faixa etária entre 50 e 64 anos, cresceu cerca de 30% entre 2010 e 2015, período em que o número de trabalhadores com carteira assinada, cresceu de 5,8 milhões para 7,6 milhões. O grupo de trabalhadores com idade acima de 65 anos também aumentou sua participação passando de 361,3 mil em 2010 para 574,1 mil em 2015, um aumento de 58,8%. Essas informações comprovam um aumento sólido da participação de pessoas mais velhas no mercado de trabalho.


Campanha sobre os riscos do câncer de cabeça e pescoço alerta sobre a importância da prevenção e diagnóstico da doença


No Brasil, a estimativa é de cerca de 23 mil casos por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer 


No dia 27 de julho é celebrado o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, data em que também se encerra a campanha Julho Verde, que alerta para a importância dos exames preventivos no processo de cura da doença. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer de cabeça e pescoço é mais prevalente nos países em desenvolvimento e representa o nono tipo de câncer mais comum no mundo, com 700 mil novos casos por ano. No Brasil, a estimativa é de cerca de 23 mil casos por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

O câncer de cabeça e pescoço compreende todos os tumores que se originam na boca (cavidade oral), nariz (nasofaringe, cavidade nasal e seios paranasais), garganta (orofaringe, hipofaringe, laringe) e nas glândulas salivares. De acordo com o oncologista do Hospital Felício Rocho, Ricardo Cembranelli Teixeira, os tumores desse tipo de câncer têm maior prevalência em homens com mais de 50 anos, sendo o segundo mais frequente na população masculina brasileira.

Ricardo Cembranelli explica que a ingestão de bebidas alcóolicas, o hábito de fumar, a má alimentação e a incidência da infecção pelo papilomavírus (HPV), aumentam de forma significativa, as chances de desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço. “O perfil do paciente com este tipo de câncer não se limita mais a homens mais velhos que fumam e bebem. Nos últimos anos, este tipo de câncer também vem atingindo homens jovens com idades entre 30 e 45 anos, isso se deve em grande parte ao aumento do índice de contaminação pelo HPV. Transmitido geralmente por meio da prática do sexo desprotegido, o vírus HPV, quando instalado, causa infecções que facilitam a formação de tumores na amígdala, faringe, laringe e cavidade oral”, afirma.

Segundo Ricardo Cembranelli, os locais de maior ocorrência do câncer de cabeça e pescoço são a cavidade oral e a laringe, sendo que 60% dos casos acometem a glote. “O carcinoma epidermoide é o tipo mais comum da doença, sendo responsável por mais de 90% de seus episódios. Este tipo de câncer tem origem nas células que recobrem a mucosa de toda a região da cabeça e do pescoço”, aponta.

De acordo com Cembranelli, o carcinoma adenoide cístico e o carcinoma mucoepidermoide são responsáveis pela maioria dos tumores das glândulas salivares. “Os sarcomas, linfomas e adenocarcinomas são os tipos mais raros da doença e compreende cerca de 5% dos casos”, cita.
O oncologista informa que em sua fase inicial, o câncer de cabeça e pescoço têm crescimento mais lento, podendo se instalar como lesão maligna ou se originar a partir de lesões pré-malignas como as leucoplasias e eritroplasias. “Com o seu crescimento, o tumor primário invade os tecidos vizinhos a área afetada”, esclarece.

Cembranelli aponta que nas fases iniciais, os tumores de cabeça e pescoço podem ser assintomáticos, mas à medida que vão se desenvolvendo, costumam causar manchas brancas na boca, dor, lesão ulcerada ou com sangramento e de cicatrização demorada, nódulos no pescoço, mudanças na voz e rouquidão persistente, dificuldade para engolir, diminuição do apetite, cansaço, palidez e febre. Já na fase mais avançada da doença, o paciente pode apresentar falta de ar, tosse, dores ósseas ou mesmo fraturas causadas por metástases.
O médico alerta que o diagnóstico da doença – que pode ser feito por meio de exames de imagem como a tomografia, endoscopia ou ressonância magnética – em sua fase inicial aumenta muito a efetividade do tratamento e as possibilidades de cura. “Para evitar a doença, o paciente deve se proteger durante as relações sexuais, e não fumar ou consumir bebida alcoólica em excesso, pois o elitismo é responsável por 60% dos casos de câncer de cabeça e pescoço. Exames de rotina são indicados somente a pacientes que apresentam alguns dos sintomas da doença ”, aconselha.
Quanto ao tratamento deste tipo de câncer, Cembranelli explica que o mesmo é definido a partir da identificação do estádio da doença. “Dependendo do local e estadiamento da doença, o tratamento será realizado por meio de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Em algumas situações, podem ser utilizadas mais de uma modalidade terapêutica”, conclui.  


Cola, ética e escola


Muitos profissionais da psicologia afirmam que é comum observarmos, entre jovens e adolescentes, o comportamento transgressor. Não seguir completamente as regras estabelecidas socialmente e questionar a autoridade imposta é tido como um ponto presente no desenvolvimento e na formação da personalidade. Estudo recente, publicado no periódico Psychological and Personality Science, confirma essa tese ao constatar que o indivíduo, no ato de desrespeitar regras estabelecidas, se sente empoderado e aqueles que com ele convivem também enxergam, nessa ação, uma demonstração de poder. Se levarmos em conta o quanto é importante para um adolescente ser aceito pelo grupo, ser visto como alguém com poder é muito atrativo. Por tudo isso, podemos considerar o ato de “colar” em avaliações algo bastante comum, desde que seja  pontual, ocasional. A situação muda de figura quando o fenômeno da “cola” se torna quase que endêmico, conforme sugere pesquisa realizada nos Estados Unidos: 51% dos alunos de escolas de elite praticam o ato de “colar” em avaliações, por conta das facilidades que novas tecnologias promovem e motivados pela alta concorrência a ser enfrentada.

Quando o ato de “colar” ganha proporções que afetam e comprometem todo sistema avaliativo de uma instituição de ensino,  penso termos diante de nós um problema atingindo pelo menos três aspectos da prática educativa: pedagógico, teleológico e axiológico. No que se refere ao aspecto pedagógico, identifico duas situações como problemas a serem enfrentados:  a estrutura da avaliação e a significação da aprendizagem. As avaliações que cobram do aluno apenas sua capacidade de memorização em detrimento de sua capacidade global de raciocínio, são avaliações que permitem a identificação da “cola” como possibilidade de sucesso; já uma avaliação construída de modo inteligente, em que a memorização não seja o único elemento presente, desestimula o ato de “colar”. Outro elemento pedagógico a ser considerado é o fato de que o aluno praticante da “cola” não observe naquele conteúdo algo significativo para ele - algo que, na tomada de  sua posse, o fará alguém melhor, trará capacidades, auxiliará no seu desenvolvimento e aperfeiçoamento. Esse aluno pode ceder mais facilmente à tentação de substituir a aquisição do conhecimento por uma “aparência de aquisição”.

Pensando no aspecto teleológico (causa final, perspectiva futura), o aluno, ao tentar fraudar em uma avaliação, não possui a devida consciência de que precisará dominar aquele conteúdo em um exame vestibular, em um concurso público ou em qualquer tipo de processo seletivo futuro. Trata-se de uma percepção prática que lhe falta. A fraude resolve o problema por agora e cria um problema maior no futuro. Finalmente, mas não menos importante, temos a dimensão axiológica (valores, ética, moral). Ao praticar a “cola” em uma avaliação, o educando pode não ter a consciência de que está cometendo um ato infracional e também antiético. A ética, nesse caso, é tomada não como parte inerente ao corpo da reflexão filosófica e sim em seu sentido mais amplo de busca pela ação correta, pela ação coberta por valores que a dignificam. A situação pode ser ainda pior se o educando possui a consciência de estar cometendo um ato antiético (em que é prejudicado alguém que se esforçou e agiu corretamente) e não se importar com isso; nesse caso, o programa de formação humana e ética do educando apresenta grande falha, pois o estudante não está valorizando o aspecto da justiça e o valor inerente ao espírito de sacrifício e dedicação.

Dentro do contexto de combate ao fenômeno da “cola” em avaliações, uma instituição de ensino deve promover um bom programa de formação humana e ética; desenvolver no educando a consciência e a valorização da ação correta; despertar o aluno para o valor do conhecimento e sua relação com o desenvolvimento humano; criar avaliações capazes de desafiar a inteligência do estudante e não apenas seu poder de memorização; fazer com que todos os envolvidos no processo pedagógico entendam o imenso valor de se viver a justiça e se combater a corrupção. Desse modo, o fenômeno da “cola” não será endêmico, mas apenas pontual.






Carlos Roberto Merlin Júnior - graduado em Filosofia, Sociologia e História e especialista em Ética. É gestor educacional do Colégio Positivo - Ângelo Sampaio.


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