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segunda-feira, 25 de junho de 2018

Saiba por que o inverno pode aumentar o risco da pré-eclâmpsia


Os dias frios aumentam os casos de hipertensão e isso pode ser ainda mais prejudicial para as gestantes


O frio característico do inverno pode trazer mais problemas do que gripes e resfriados. No caso das mulheres grávidas é preciso redobrar os cuidados, pois durante o inverno, os vasos sanguíneos se comprimem para o corpo evitar a perda de calor e manter-se aquecido — o que é ótimo para reduzir os inchaços, porém, um risco a mais para o aparecimento de pré-eclâmpsia, já que há um aumento da pressão arterial. Esta doença pode trazer danos graves à mãe e ao bebê, pois eleva a pressão durante a gestação, podendo levar à convulsão, insuficiência respiratória, renal, hepática e, nos casos graves, à morte.

A doença não possui uma causa específica, mas há diversos fatores que tentam explicar o seu aparecimento. A hipótese mais discutida pela medicina envolve fatores maternos e placentários e a principal teoria é uma anomalia no desenvolvimento dos vasos sanguíneos da placenta no início da gestação, que faz com que haja diminuição do fluxo sanguíneo placentário que causa a liberação de fatores antiangiogênicos e outras substâncias na circulação materna, que acabam resultando em hipertensão. 

Por se tratar de uma complicação grave, é preciso tomar muitos cuidados, como explica o obstetra Mario Macoto, do Hospital e Maternidade Santa Joana. “A gravidade da doença é influenciada pelos fatores maternos e específicos da gravidez, mas fatores paternos e ambientais também podem estar relacionados”.  

A doença ocorre em cerca de 7% das gestações, sendo mais comuns em casos de gravidez múltipla, adolescentes e mulheres com mais de 40 anos. A maior parte dos casos de pré-eclâmpsia se manifestam na segunda metade da gestação, a partir da 20ª semana, e é uma ameaça para o feto, pois pode diminuir o fluxo de sangue para a placenta, que é responsável pelo transporte de oxigênio e de nutrientes. 

É importante ter muita atenção, já que o aumento da pressão leva a uma alteração do fluxo de sangue útero-placentário podendo ocorrer a restrição do crescimento fetal e alteração da vitalidade, sendo necessário, muitas vezes, antecipar o parto. Assim como há o risco de ocorrer o descolamento prematuro da placenta, que é uma emergência obstétrica com indicação de parto imediato. 

São diversos os fatores de risco que podem ocasionar a pré-eclâmpsia ou DHEG (Doença Hipertensiva Específica da Gravidez), como uma primeira gravidez, hipertensão crônica, diabetes mellitus – decorrente do aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue - obesidade, gravidez múltipla, neoplasia trofoblástica gestacional, doenças do colágeno, problemas renais e antecedente pessoal de pré-eclâmpsia em gestação anterior ou familiar (mãe ou irmãs).

Para não correr riscos, toda mulher deve ter consciência de que o momento da gravidez, além de especial, demanda muitos cuidados. Desta forma, é indispensável o acompanhamento pré-natal regular, como explica o dr. Macoto. “Para evitar o surgimento da doença grave, o principal é fazer um bom pré-natal para garantir que a mãe e o bebê estejam bem e, em caso de ganho de peso súbito, inchaço principalmente de mãos e rosto, procurar imediatamente o seu médico. As futuras mamães devem praticar atividade física moderada, como caminhar trinta minutos três vezes por semana, além de beber bastante água diariamente, por exemplo.”

Ainda com todos esses cuidados, os casos mais graves de pré-eclâmpsia necessitam de internação imediata. Para isso, o diagnóstico precoce é essencial. Deste modo, o Hospital e Maternidade Santa Joana instituiu o protocolo DHEG para aumentar o controle da doença que é a maior causa de mortalidade materna no país.  

Assim, uma equipe multidisciplinar composta por médicos e enfermeiras que realizam um atendimento baseado em rigorosos critérios clínicos garante mais segurança à gestante. No protocolo DHEG, se forem identificados parâmetros de risco, a gestante é encaminhada para a UTI, para coleta de exames, avaliação fetal, monitorização clínica e tratamento. Nos casos graves, a internação é necessária para controle pressórico com medicação hipotensora, avaliação diária da vitalidade fetal e exames laboratoriais para seguimento da condição clínica materna, sendo muitas vezes necessária a antecipação do parto. “O principal objetivo do protocolo é evitar a eclampsia, diminuir a prematuridade extrema e a morbidade materno-fetal, tudo isso mediante a padronização do atendimento de uma condição obstétrica”, esclarece o dr. Macoto.  

O médico ainda explica que sendo identificado uma pré-eclâmpsia leve, o tratamento pode ser feito sem internação. ‘’Nesses casos, a indicação é a diminuição do estresse, fracionamento da alimentação com cuidado na ingestão de sódio e carboidratos, controle no ganho de peso, atividade física moderada, uso eventual de medicação hipotensora e avaliação fetal quinzenal’’, conta o especialista.

Se não tratados, os casos graves podem evoluir para a eclampsia – quando ocorre a convulsão - sendo necessário o tratamento e estabilização do quadro materno e avaliação da vitalidade fetal para indicar o parto.


Futura mamãe, conheça os sintomas e fique atenta:

-  Inchaço, principalmente de mãos e rosto

-  Ganho súbito de peso

-  Dor de cabeça

-  Distúrbio visual

- Dor de estômago

-  Desconforto respiratório

-  Mal estar

-  Na eclampsia, além destes sintomas, ocorre a convulsão




*Faça o pré-natal direitinho e, sentindo os sintomas acima, procure um pronto atendimento.




A Ozonioterapia na Copa da Rússia


Os maiores craques do futebol mundial revelaram que costumam usar a técnica no tratamento de lesões


A Ozonioterapia é uma técnica terapêutica que prevê a aplicação de uma mistura dos gases oxigênio e ozônio para tratar um amplo número de patologias, podendo ser aplicada isoladamente ou de modo complementar a outras formas de terapia.

O craque português, Cristiano Ronaldo, ganhador de 5 bolas de ouro da FIFA, confirmou que tem sido tratado nos últimos dias com ozonioterapia para resolver uma lesão no tendão patelar.  Outro craque mundial, o argentino Leonel Messie, também revelou ter feito uso da técnica para tratar uma lesão, assim como o ex-jogador francês, Zinédine Zidane, o carrasco do Brasil na Copa de 98, que também admitiu fazer uso da ozonioterapia.

A técnica também tem ajudado na recuperação de atletas de outras modalidades, como o lutador de MMA Rodrigo Minotauro e o surfista brasileiro Daniks Fischer, conhecido por surfar em ondas gigantes, e que, recentemente, encontrou na ozonioterapia uma forma de tratar uma artrose nos joelhos e uma inflamação severa na coluna cervical. 

De acordo com o ortopedista e especialista em ozonioterapia, Dr. Maurício Marteleto, a técnica traz benefícios para o paciente no tratamento de diversas doenças de origem Isquêmica, inflamatória e/ou infecciosa. "Pacientes que já tentaram diversos protocolos sem sucesso, encontraram na Ozonioterapia a solução para a dor e para os anos de restrição", informa o médico.

A Ozonioterapia começou a ser utilizada na Alemanha na 1ª Guerra Mundial, para tratar as feridas dos soldados, e desde 1980, os seguros de saúde no país remuneram os procedimentos. Mais de 50 países e alguns estados americanos fazem uso livremente da ozonioterapia.  Os sistemas públicos de saúde da China, Rússia, Espanha, Portugal, Grécia e Cuba disponibilizam a técnica para a população há várias décadas. Em 2013, um estudo do Cochrane Colaborattion (entidade científica de renome mundial e sem fins lucrativos, que estuda a medicina baseada em evidências) concluiu que a ozonioterapia medicinal oferece até mais vantagens, evidenciadas por métodos científicos, quando comparada com as técnicas habitualmente empregadas para corrigir a hérnia de disco, como a fisioterapia, cirurgia endoscópica, cirurgia aberta e radiofrequência.

No Brasil, só esse ano, a ozonioterapia pode ser implementada, como uma das novas práticas integrativas e complementares do SUS. Um projeto em tramitação no Congresso propõe autorizar o uso da técnica, como medicina complementar, em todo o país. "O procedimento é simples, seguro e de baixo custo o que é uma vantagem quando aplicado na rede pública de saúde por causa da redução drástica nos gastos com medicamentos", acrescenta o Dr. Marteleto.







Dr. Maurício Martelletto Filho é médico ortopedista formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - SBOT. Há mais de 10 anos atua na área de cirurgia da coluna vertebral, sendo membro efetivo da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), Sociedade Brasileira de Patologia da Coluna Vertebral (SBPCV), da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva da Coluna Vertebral e da Sociedade Norte Americana de Coluna (NASS). www.mauriciomarteleto.com.br 


Desconhecimento sobre acromegalia atrasa diagnóstico de pacientes no Brasil e no mundo


 Por ser uma doença rara, muitos médicos não tem conhecimento suficiente para detectá-la de forma precoce


Distúrbios do sono, dores nas articulações, dormência e formigamento, dor de cabeça, hiperglicemia, elevação da pressão arterial, distúrbios visuais, diminuição da libido, aumento da sudorese noturna. Esses sinais e sintomas fazem parte do diagnóstico de diversas doenças, mas dificilmente são relacionados ao estágio inicial da chamada Acromegalia – uma doença rara, causada quase sempre por um tumor benigno, que se encontra dentro do crânio, na região da hipófise. 

O tumor, que produz excesso de hormônio do crescimento (GH), pode atingir todas as faixas etárias, mas a grande maioria dos pacientes são adultos. No caso de crianças e adolescentes, a produção muito aumentada do GH induz ao crescimento estatural exagerado (gigantismo), o que facilita o diagnóstico.  Porém, em adultos, os sintomas da doença evoluem lentamente ao longo de vários anos, o que dificulta e retarda a detecção. Não é incomum, por exemplo, que pacientes relatem alterações clínicas e laboratoriais por mais de 10 anos sem que tenham sido diagnosticados e tratados adequadamente até então.

Assim, quando a doença é detectada, o paciente já está em estágio avançado e apresenta sinais que chamam ainda mais a atenção, como alterações faciais (crescimento exagerado do queixo e protuberância na testa, por exemplo), crescimento exagerado de mãos e pés, doenças do coração, diabetes mellitus e hipertensão arterial mais resistentes ao tratamento.

“Outra causa do atraso no diagnóstico é o pouco conhecimento de muitos médicos acerca das particularidades desta doença – isso porque, por ser rara, nem todo profissional tem a oportunidade de atender esse tipo de paciente durante a formação médica”, comenta o endocrinologista Dr. João Carlos Ramos Dias, da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba – PUC/SP.

Um exemplo disso são dados obtidos por um estudo realizado recentemente em Sorocaba, liderado pelo médico, com pacientes que estavam sendo tratados no Ambulatório de Neuroendocrinologia do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), em que apenas 25 pessoas receberam o diagnóstico de Acromegalia nos últimos anos, o que equivale a menos de 30% do número mínimo de casos prováveis na região. A estimativa é que existam, aproximadamente, de 89 a 156 casos em Sorocaba e região, que abrange uma população de pouco mais de dois milhões de habitantes.

Tendo essa questão em vista, com o objetivo de expandir o conhecimento médico e atualizar especialistas sobre os avanços na área, acontece a cada dois anos o Simpósio Internacional de Neuroendocrinologia (SINE), que teve sua 19º edição realizada na última semana, em São Paulo. O encontro contou com a participação de palestrantes nacionais e internacionais e foi presidido pelo endocrinologista Dr. Evandro Portes.

O médico conta que “esse evento é muito importante para atualizar os médicos sobre os fatores que propiciam o desenvolvimento das doenças das regiões hipotalâmica e hipofisária, sobre as últimas novidades de métodos diagnósticos disponíveis, e principalmente para discutir as melhores práticas de tratamento”.

E completa: “O SINE é, sem dúvida, o local onde profissionais de diversas regiões do país, que têm  interesse nessa área, trocam experiências e mostram resultados de trabalhos realizados no Brasil, e disponibilizados para a comunidade cientifica internacional por meio de publicações em revistas cientificas de grande impacto. Doenças como a Acromegalia são amplamente debatidas para que não sejam ignoradas, pois a estimativa é que aproximadamente 15.000 brasileiros apresentem este problema de saúde e a maioria ainda sequer tem o diagnóstico.

A divulgação não só para médicos, mas também para a população de uma maneira geral, pode contribuir para o diagnóstico mais precoce da doença, melhorando o resultado terapêutico. “Quanto mais informações as pessoas tiverem, mais atentas vão ficar aos sinais e sintomas da doença, e quando os identificarem, poderão procurar um endocrinologista para confirmar ou não a sua suspeita.  O diagnóstico precoce faz toda diferença na vida do paciente”, explica.

De acordo com a Dr. André Nebel de Mello, gerente médico da Ipsen, “além da avaliação clínica, os principais exames que são feitos para confirmar o diagnóstico da Acromegalia são os de sangue, que verificam os níveis de GH e IGF-I (fator de crescimento semelhante à insulina do tipo I),  e o de imagem, que é a ressonância magnética da região do crânio, onde se encontra o tumor responsável pela doença, na maioria dos casos”.


Tratamento
“A Acromegalia não tratada piora muito a qualidade de vida do paciente e reduz a sua expectativa de vida.  O que mais limita a vida dos pacientes são as doenças osteoarticulares, e as principais causas de morte são as complicações cardio e cerebrovasculares. Entretanto, com os tratamentos disponibilizados atualmente, tanto cirúrgico como medicamentoso, que agem diretamente sobre o tumor e sua secreção hormonal, é cada vez mais possível melhorar e até normalizar a qualidade de vida dos pacientes, assim como aumentar a sua expectativa de vida para o esperado na população geral”, explica Dr. André.

A tratamento de escolha é o cirúrgico. No início da doença, quando o tumor é pequeno, pode ser totalmente retirado por um Neurocirurgião experiente nesse tipo de cirurgia, levando o paciente à cura sem a necessidade de nenhum tratamento complementar. Já em estágios mais avançados, após a cirurgia, ou mesmo antes dela, os medicamentos se fazem necessários. Os análogos da somatostatina, como a lanreotida, são capazes de inibir a produção excessiva de hormônios no organismo, aliviando os principais sintomas da doença, promovendo seu controle clínico e laboratorial.

“O diagnóstico precoce e o tratamento adequado aumentam muito as chances de controle da doença ou mesmo de sua cura. Lembrando que é necessário o acompanhamento de especialistas nesta área para atingir estes objetivos”, finaliza o médico.







Ipsen

 

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