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segunda-feira, 25 de junho de 2018

Mobilidade elétrica e energia solar fotovoltaica: tendências sinérgicas para um Brasil sustentável


A mobilidade elétrica se tornou a maior tendência mundial da indústria automotiva e governos lideram essa agenda, ao promoverem projetos com veículos elétricos no transporte público, com o objetivo de reduzir custos, ruídos, poluentes e de contribuir para a melhoria da qualidade de vida nos centros urbanos.

São muitas as vantagens para os consumidores. A energia elétrica é significativamente mais econômica e competitiva que os combustíveis fósseis. Enquanto a eficiência energética de um carro elétrico supera os 80%, carros a combustão não ultrapassam os 20%. Assim, a maior parte da energia é diretamente convertida em movimento, reduzindo perdas. Outra vantagem importante: carros elétricos possuem menos peças e têm menores custos de manutenção que veículos a combustão.

Não por acaso, as vendas de veículos elétricos e híbridos plug-in saltaram de cerca de 22 mil (2009) para cerca de 750 mil (2016), um aumento de 133% ao ano. Somente em 2017, foram vendidos mais de 1 milhão de carros elétricos no mundo. O gráfico abaixo mostra este robusto crescimento em diferentes países e regiões do planeta.



Na China, maior mercado global de veículos a combustão, os veículos elétricos já representam 3% do mercado. Para 2018, o governo quer atingir 8% de elétricos no mercado do país.

Em países escandinavos, já nos primeiros meses de 2018, os elétricos detêm uma fatia superior a 30% de market share. A Agência Internacional de Energia (AIE) estima que, em 2030, cerca de 30% de todos os veículos vendidos no mundo serão elétricos. O forte aumento da demanda acelerará a queda dos preços destes veículos, tornando-os mais atrativos do que os tradicionais veículos a combustão.

As cidades chinesas começam a liderar essa agenda. Shenzhen, a capital das novas tecnologias da China, com 12 milhões de habitantes, surpreendeu o mundo ao anunciar que, ao final de 2017, havia transformado 100% da frota de ônibus da cidade em ônibus elétricos, com um total de 16.359 unidades. Além dos ônibus, toda a frota de veículos da polícia e dos correios da cidade, além de 12.518 táxis, são elétricos, um exemplo para o país e o mundo.

Na Europa, o processo se intensificou após o recente anúncio de medidas coordenadas de diferentes governos, para reduzir impostos e taxas, promover a infraestrutura de recarga, disponibilizar incentivos financeiros e proibir a venda de veículos a diesel num horizonte de médio prazo, entre outras.

Durante a COP21, Paris liderou a assinatura de medidas para promover energias renováveis e mobilidade elétrica em conjunto com 1.000 cidades do mundo. Paris, Milão, Oslo e Londres são exemplos: criaram zonas de baixa emissão nas cidades; estipularam metas de penetração entre 80% e 100% para frotas elétricas no transporte público até 2030; anunciaram incentivos financeiros para fomentar o setor, como a redução ou isenção das taxas de propriedade (IPVA), de circulação (pedágios), de estacionamentos; estabeleceram redução de impostos e subsídios diretos; entre outras medidas.

Alinhadas com esta tendência, as montadoras trabalham para liderar a transição: as principais fabricantes globais definiram data limite para que seus lançamentos sejam elétricos ou híbridos plug-in.

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) acompanha de perto este avanço, acreditando na sinergia positiva entre a geração de energia limpa e renovável e a mobilidade elétrica sustentável. Em consonância com esta tendência global e nacional, o aumento da frota de veículos elétricos contribuirá, também, para a ampliação do uso da energia solar fotovoltaica, fonte renovável, limpa e sustentável que pode ser utilizada para recarregar os veículos elétricos diretamente em coberturas, telhados e fachadas de estacionamentos, garagens, residências, comércios, indústrias, edifícios públicos e propriedades rurais.

De forma ainda tímida, o Brasil começa a se inserir neste cenário global e algumas cidades e estados brasileiros estão tomando a dianteira para acelerar o desenvolvimento dos veículos elétricos sustentáveis. São Paulo, por exemplo, deverá lançar, em breve, sua primeira frota de ônibus elétricos, abastecidos por energia elétrica produzida pela fonte solar fotovoltaica. Boa notícia para os paulistanos, mas e o restante do País?

Desse modo, para que o Brasil avance de forma mais robusta e estruturada rumo ao futuro, cada vez mais próximo, da mobilidade elétrica competitiva e sustentável, movida a energia solar fotovoltaica, é preciso que o Governo Federal assuma o seu papel de planejador e desenvolvedor deste setor e não deixe esta oportunidade única escapar.

A exemplo da China e dos países e cidades europeias, que já demonstraram seu compromisso com esta transformação positiva da mobilidade, o Brasil precisa construir uma estratégia robusta para promover um ambiente de negócios favorável ao crescimento dos veículos elétricos. Precisamos de políticas, programas, metas e incentivos que estimulem e catalisem o mercado, em linha com os interesses e anseios da população brasileira, cada vez mais preocupada com economia, praticidade e sustentabilidade.




Dr. Rodrigo Sauaia – Presidente Executivo da ABSOLAR

Ronaldo Koloszuk – Presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR

Adalberto Maluf -  Diretor da ABVE - Associação Brasileira de Veículos Elétricos e Diretor de Marketing, Sustentabilidade e Novos Negócios da BYD Brasil

26 de junho - Dia internacional da luta contra o uso e o tráfico de drogas

Projetos sociais apoiam famílias no combate ao uso de drogas por crianças e adolescentes

Redução de riscos exige diálogo, acesso à informação e articulação da rede de assistência

A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2015, demonstra que naquele ano 55,5% dos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental já haviam consumido bebida alcoólica pelo menos uma vez. Em relação ao uso de drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack, cola, lança-perfume, ecstasy etc.), o percentual era de 9%. 
Para alguns especialistas, diálogo e informação são as ferramentas mais eficientes para prevenir o consumo. É nesse sentido que projetos de proteção social têm trabalhado, por meio da articulação entre os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCAs), Organizações da Sociedade Civil (OSCs), comunidade, famílias, escolas e demais integrantes da rede de assistência.
O Proteger, projeto executado pela Prefeitura Municipal de Sul Brasil (SC), atua com 89 adolescentes de 14 a 17 anos com o objetivo de informa-los sobre os riscos e as consequências do uso de álcool. Um dos pontos centrais da ação é a realização de uma pesquisa para dimensionar o consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes do Ensino Médio e seus familiares em uma das escolas da cidade. Por meio da articulação de adolescentes, familiares, comunidade (incluindo comerciantes) e órgãos da rede de atendimento, foi planejada uma campanha sobre os riscos do consumo nesta faixa etária. O projeto contempla ainda investimento na capacitação de profissionais diretamente envolvidos nas ações.
No Rio Grande do Sul, o Projeto Estrelas do Bem, realizado pelo ADES Programa Yacamim em Carazinho, atua na prevenção do uso de drogas, violência e delitos por meio do fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. Cento e cinquenta meninos e meninas entre 3 e 17 anos participam de atividades educativas, recreativas, culturais e profissionalizantes. Crianças, adolescentes e familiares recebem atendimento psicológico e social, por meio de visitas domiciliares e grupo de apoio, e encaminhamento para assistência médica e odontológica.
O Projeto Cidadão do Futuro, realizado pela Fundação Mendes Costa em Visconde do Rio Branco (MG), trabalha com 200 crianças e adolescentes de 6 a 17 anos com o objetivo de protegê-las de violências diversas e do uso de drogas, promovendo o desenvolvimento físico, emocional e intelectual. Entre as atividades estão atendimento psicológico e assistência social, atividades de reforço escolar, esportivas, culturais e informática. São realizadas visitas domiciliares, reuniões temáticas e ações que fortaleçam a interação familiar.
Visando reduzir as situações de maus tratos  principalmente de violência doméstica   e do envolvimento com álcool e drogas, o Projeto João de Barro, na cidade de Capela, em Alagoas, atua no atendimento psicossocial de 100 crianças e adolescentes de 7 a 17 anos e de seus familiares. A iniciativa, da Secretaria Municipal de Assistência Social, realiza oficinas nas áreas de cultura, esportes, informática, cidadania e direitos, qualificação profissional, entre outras atividades.
Apoio aos projetos – Diversas fundações e instituições de investimento social privado mantêm instrumentos de apoio financeiro a projetos que contribuam para a garantia dos direitos de crianças e adolescentes. O Itaú Social lançou edital para destinação de recursos aos Fundos da Infância e Adolescência. Os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCAs) de todo o país, gestores dos Fundos, podem inscrever propostas até o dia 3 de agosto no site http://editalfia.prosas.com.br. O anúncio dos projetos selecionados está previsto para dezembro. 
“Os Conselhos devem selecionar e inscrever a proposta que considerem prioritária para atender às necessidades identificadas no município e garantir os direitos das crianças e adolescentes”, explica a gerente de Fomento do Itaú Social, Camila Feldberg.
O Edital Fundos da Infância e da Adolescência é elaborado conforme as orientações do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e selecionará propostas voltadas ao atendimento e acolhimento direto; elaboração de diagnóstico, sistema de monitoramento e avaliação de políticas públicas; capacitação e formação profissional; campanhas educativas; e mobilização social e articulação para a defesa dos direitos.
Os valores disponibilizados para o edital são provenientes da destinação de 1% do imposto de renda devido das empresas do Conglomerado Itaú Unibanco Holding S.A.


A copa e o desenvolvimento humano

A busca pelo aprimoramento pessoal é um processo contínuo, mas pode variar de acordo com as prioridades de cada um. Para isso, é necessário desenvolver o autoconhecimento e buscar sempre atualizá-lo, visto que as pessoas mudam de ideia ao longo desse processo, o que é fruto do amadurecimento.

Rebeca Toyama, coach especialista em desenvolvimento humano, autora de livros e fundadora da Academia de Coach Integrativo (ACI), entrou no espírito de copa e fez uma relação de desenvolvimento humano com o futebol. Para a especialista, os preparos físicos e psicológicos de um atleta em grande competição podem ser comparados com o preparo necessário para uma transição de carreira, por exemplo.

Segundo a coach, todo mundo possui quatro dimensões: razão, emoção, intuição e sensação. “Para tomar uma decisão, conhecer suas preferências e realizar tarefas da melhor forma, é preciso equilibrar essas dimensões dentro de si mesmo”, explica. Por isso, Rebeca separou algumas dicas de como melhorar seu autoconhecimento, e, consequentemente, conseguir um aprimoramento pessoal mais rápido e eficiente: 

A razão seria como a tática do jogo. Essa área é responsável pelo aprendizado e planejamento, isto é, a teoria do que deve ser feito, as posições dos jogadores e programação de como tudo deve fluir. Como nem sempre acontece conforme o planejado, se a razão não for bem aplicada, o ser humano pode procurar uma perfeição inexistente ou impor modelos que podem não funcionar com todos da equipe.

A sensação corresponde ao preparo físico dos jogadores. Para o time ter um bom desempenho, um jogador deve estar com o corpo apto a passar horas correndo em campo, preparado para chutes, dribles e quedas. “Da mesma forma, as pessoas possuem necessidades fisiológicas como alimentação, saúde física ou financeira, que precisam ser resolvidas naquele momento. Porém, se essa área não estiver suprida, pode resultar em lances mal direcionados, passes ruins e, no nosso dia a dia, prejudicar o planejamento futuro, relacionamentos e aprendizados”, complementa a especialista.

Já a intuição pode ser comparada ao sonho de ganhar uma copa do mundo, por exemplo, ser um jogador reconhecido por sua excelência ou encontrar no esporte ou carreira o sentido de sua vida, o sucesso além do sucesso . No cotidiano são representados pelos ideais que queremos alcançar, os propósitos de vida que ajudam a manter as pessoas motivadas no dia a dia. Essa característica em excesso pode gerar personalidades sonhadoras que não correm atrás do concreto, como jogadores que sonham, mas não treinam o quanto deveriam.

Por fim, a emoção. O frio na barriga do jogo, a ansiedade, o medo de não entregar a vitória que a torcida tanto espera. A relação não é difícil de encontrar: a ansiedade de entregar um trabalho bem feito, passar em uma prova ou entrevista de emprego, e passar uma boa impressão no primeiro encontro. Ao mesmo tempo que motiva e traz alegria, também pode atrapalhar a concentração. Para Rebeca, parte dos lances errados nos jogos do Brasil, mas não somente do Brasil, tem origem emocional, como por exemplo: a dificuldade de lidarmos com a pressão ou com a frustração de um erro da arbitragem.

Para criar essa comparação, Rebeca se inspirou em Timothy Gallwey, norte-americano nascido em 1938 conhecido como o “pai do coach”. Gallwey foi capitão da equipe de tênis em Harvard, o que serviu de inspiração para escrever o livro “The Inner Game” (O jogo interior , em tradução livre).  O livro defende que, se observarmos e conhecermos bem nossos pontos de melhoria internos, poderíamos mais facilmente corrigi-los e potencializar o nosso desempenho não apenas no esporte, mas em todas as áreas de nossa vida. 

Dicas para superar situações adversas (ou um nome que você considere mais adequado)

1-   Respirar fundo, costuma ser a melhor estratégia para não se deixar sequestrar por um rompante emocional

2-   Respeitar coisas simples como sono e alimentação são detalhes fundamentais para um bom desempenho em qualquer área

3-   Encontrar o que realmente nos move ajuda a superar frustrações e pressões    

4-   Transformar conhecimento em experiência e delas extrair aprendizados  



Rebeca Toyama - palestrante e formadora de líderes, coaches e mentores. Fundadora da Academia de Coaching Integrativo, sócia-coordenadora da Academia de Planejamento Financeiro da GFAI, coordenadora do Programa de Mentoring associada a Planejar (Associação Brasileira de Profissionais Financeiros) e fez parte da Comissão de Recursos Humanos do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). Colunista do Programa Desperta na Rádio Transamérica e do blog Positive-se, colaboradora do livro Coaching Aceleração de Resultados, Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal) e Instituto Filantropia. Coach com certificação internacional em Positive Psychology Coaching e nacional em Coaching Ontológico e Personal Coaching com o Jogo da Transformação.


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