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segunda-feira, 25 de junho de 2018

À PROCURA DE UM MURO?

A observação pode parecer exagerada, mas pesquisas feitas logo após a vitória de Donald Trump atestam: o mega-empresário de topete agressivo e peito empinado ganhou o pleito por causa do muro. Sim, o gigantesco muro que ele prometeu construir separando o México dos Estados Unidos, tendo como objetivo fechar fronteiras escancaradas que mexicanos e outros grupos latinos ainda usam para tentar a vida sob a bandeira norte-americana. Pesquisas apontavam a questão migratória como a mais sensível para o eleitorado conservador republicano, forte o suficiente para garantir vitória ao seu candidato.

Trump sabia que o muro abriria polêmica, seria considerado ideia extravagante e dispendiosa, e que, a depender da reação interna, poderia, até, deixá-lo em banho-maria. Exatamente como parece acontecer hoje, o muro está encostado nas laterais do debate. Sabia também ele que a promessa de construção do muro seria suficiente para animar a corrente nacionalista, que brandia o refrão: “a América para os americanos em primeiro lugar”. 

Pois bem, a estratégia deu certo. O chamado Cinturão da Ferrugem- compreendendo partes de Michigan, Pensilvânia, Ohio e Virgínia Ocidental, regiões que concentravam usinas siderúrgicas e outros setores até a década de 80 – voltou a se animar. O muro trouxe esperança para áreas que haviam perdido empregos com a globalização. A esperança disparou a autoestima. Trump fechou compromisso e, pimba, levou a melhor.

Comparemos a situação com nossas plagas e circunstâncias. Que discurso os nossos presidenciáveis têm recitado para envolvimento do eleitor? O discurso mais onipresente parece ser o de “pôr ordem na bagunça”. Mesmo assim, trata-se de um conjunto de referências mosaicadas, uma aqui, outra acolá. O eleitor, saturado de mesmice, tem a atenção focada no perfil que denota defesa da ordem, combate à bandidagem e até mesmo restrição ao próprio corpo parlamentar que integra: o capitão Jair Bolsonaro. Ele capitaliza as atenções não por seus méritos, mas por defeitos de seus adversários.

Sua expressão de cunho militar-repressiva é avocada como bitola para regular as engrenagens da política e da administração. Sua visão de militar abriga o acervo das empresas públicas sob o império do Estado, não devendo, portanto, ser privatizadas, e esse discurso, também do gosto das esquerdas, baixa na cuca das massas como defesa das riquezas nacionais, preservação dos bens públicos. As massas entendem privatização como retirada do patrimônio do Estado para entregar aos “larápios dos negócios privados”. Tentar esclarecer sobre a viabilidade de um Estado eficiente, não paquidérmico, é chover no molhado. Não entra como coisa positiva no sistema cognitivo do povo.


Outra falha gritante na expressão dos atores políticos é a ausência de um “Projeto para o Brasil”, uma peça estruturada, com começo, meio e fim, contemplando todas as áreas e setores, da infraestrutura técnica ao território social e ao panorama tributário. Não se ouviu, até o momento, algo que contenha uma abordagem completa envolvendo as temáticas nacionais. Eventuais respostas de pré-candidatos se limitam aos assuntos de momento, circunscritos ao tema levantado, geralmente segurança pública, educação ou saúde.

E nenhum protagonista, até esse instante, chegou a esboçar um desenho de seu muro, o vértice, a coluna vertebral de sua identidade. As tentativas são tímidas, genéricas, algumas parecendo platitudes. Perdem-se no oceano de mesmices. Ou no oásis de repetições.






Gaudêncio Torquato - jornalista, é professor titular da USP, consultor político e de comunicação Twitter@gaudtorquato

PNL: como programar seu cérebro para ter sucesso?

O nosso cérebro é a máquina mais poderosa que já foi inventada. Com suas capacidades cognitivas, ele consegue acumular e associar informações o tempo todo. Se isso parece muito bom por um lado, pode também ser perigoso por outro. Isso porque, muitas vezes, criamos referências que não são positivas. Aí, está aberto o caminho para a criação de crenças limitantes, que nos cerceiam e prejudicam.

Por isso, uma ferramenta poderosa é a reprogramação cerebral por meio da PNL - Programação Neurolinguística. Trata-se de uma abordagem de comunicação e desenvolvimento pessoal, criada nos Estados Unidos, na década de 70. Os criadores, Richard Bandler e John Grinder, afirmam que existe uma conexão entre os processos neurológicos e a linguagem, e que é possível alterar padrões comportamentais aprendidos. 

Dessa forma, a PNL nos mostra que somos capazes de “modelar” nossas habilidades a fim de alcançar metas específicas em nossas vidas pessoais e profissionais. Contudo, gosto sempre de provocar algumas reflexões sobre o que definimos como parâmetro para essas metas. Infelizmente, estamos inseridos em uma sociedade que está projetada para o sucesso exterior, o status, e não necessariamente para o nosso íntimo, a nossa conexão com o coração.

Sendo assim, precisamos entender que o nosso cérebro é um computador. Portanto, só nós que devemos decidir o que vamos manter nele e o que vamos preferir deletar. E, o mais importante é fazermos isso olhando pura e simplesmente para nós mesmos, para os nossos desejos e anseios. Nessa ilustração, a PNL funciona como o mouse. É ela que acessa as emoções e nos ajuda no processo de selecionar o que deve ficar e o que deve sair. 

Mas, para fazer essa reprogramação de forma consciente, é muito importante desenvolver o autoconhecimento. Quando somos apresentamos a nós mesmos de forma mais profunda, as coisas parecem ficar mais claras, o que facilita muito a organização das nossas crenças. Nesse sentido, é imprescindível descobrir qual é o nosso canal de comunicação mais assertivo, a fim de facilitar esse processo de reforma íntima.

Basicamente, existem três tipos de canais de comunicação: auditivo, visual e cinestésico. Os auditivos costumam expressar seus sentimentos pela fala. Preferem que alguém lhe explique algo a ter que ler. Gosta de ouvir e essa é a sua maneira de perceber o mundo, seja pela música, o barulho de uma cachoeira ou o som dos pássaros. De acordo com a PNL, são pessoas mais comunicativas e com grandes dons de expressão.

Os visuais estão sempre atentos ao que veem. Normalmente, costumam projetar imagens em suas mentes a fim de lembrar-se delas depois. Gostam de fazer anotações para terem registros visuais e precisam de lugares calmos para se concentrarem. Geralmente, são pessoas com alto nível de energia, inquietas e observadoras. 

Por fim, os cinestésicos são aqueles que sentem o mundo pelo tato. Costumam ser pessoas bastante sociáveis, que gostam de contato físico. São pessoas que dizem “ver” com as mãos, já que precisam tocar em tudo. São tranquilos e prezam pelas experiências sensoriais.

Entendendo melhor a sua própria linguagem, a PNL vai poder te ajudar a se aproximar mais de si mesmo e dos outros. Percebendo que todos temos um pouco de cada um dos canais e que somos todos diferentes, devemos respeitar os canais dos que são diferentes de nós.

Ao se entender e conseguir ressignificar suas crenças, trocando as limitantes pelas fortalecedoras, certamente a sua vida tenderá a deslanchar muito mais. Quando a gente se conhece e define o que é importante para nós e não para os outros, fica muito mais fácil perseguir as nossas metas. Lembrando sempre que a definição de sucesso é muito pessoal para cada um - e não uma fórmula social.






Lucas Fonseca - palestrante motivacional formado em administração de empresas com especialização em coaching. Fundador do Instituto Lucas Fonseca o palestrante criou a metodologia MAP - Mindset de Alta Permormance.


Instituto Lucas Fonseca


Estilos de liderança: qual é o seu?


Acostumada a lidar com diversos gestores, a coordenadora de RH da Luandre Renata Motone dá dicas para identificar que tipo de líder você é e fazê-lo conduzir melhor a equipe 


Diferentes personalidades, experiências e vivências profissionais formam estilos variados de liderança, todos passíveis de adaptações, conforme o ambiente proposto. Renata Motone, Coordenadora de RH da Luandre, consultoria que atende 200 das 500 maiores empresas brasileiras, tem contato com gestores de todos os perfis, clientes ou candidatos. Para ela, o mais importante é que o profissional se conheça e saiba se adaptar às diferentes situações. "Por mais democrático que um profissional procure ser no ambiente de trabalho, há ocasiões em que será cobrado por mais posicionamento". 

Você sabe reconhecer o seu estilo de liderança?

 

1. Autoritário

O tal chefe tradicional tem como principais características a centralização do poder e o individualismo. Este perfil geralmente resulta em um certo medo do crescimento de seus colaboradores, pois acredita que sua posição está sempre em risco. Está preocupado com processos, em atingir o objetivo a qualquer custo, utilizando somente de suas estratégias, sem ouvir a equipe. Consequentemente, acaba não conseguindo desenvolver a equipe, por medo de perder o controle. "A dica que dou neste caso é repensar sua posição e entender que, mesmo uma relação hierárquica precisa de trocas positivas", diz Renata.

2. Democrático

O líder democrático estimula a colaboração de seu time por meio de reuniões, brainstorms e constantes feedbacks. "É aquela pessoa comunicativa e que demonstra confiança nos seus liderados". A gestão é inclusiva, consciente e racional, porém, não deve deixar que o gosto pelo consenso o segure na hora de tomar decisões importantes.

3. Coercitivo

Este perfil é também conhecido como o "chefe exigente", que busca excelência e não admite erros. O lado ruim é que costuma monopolizar decisões e intimidar, por ser crítico em excesso. É muito comum que entregue as tarefas para a sua equipe e cobre um bom resultado no prazo previsto, mas sem fornecer suporte. Administra a equipe com rigidez e cobrança, deixando os liderados em nível de atenção e stress máximo.

4. Marcador de ritmo

O líder marcador de ritmo busca alto desempenho e quer extrair isso da equipe por meio do exemplo. O típico workaholic, que trabalha até tarde e "põe a mão na massa", dificilmente deixando o time em apuros por apenas ter delegado. "Este é um profissional de peso em qualquer empresa, admirado por ser extremamente engajado, ou seja, importantíssimo na obtenção e manutenção de resultados, mas que pode ser mal compreendido por exigir demais dos funcionários e distorcer o nível de responsabilidade de cada um", explica a coordenadora.

5. Paternal

Preza pelo bom relacionamento. É um gestor que proporciona um bom ambiente de trabalho, além de ser excelente em resolver conflitos. Contudo, deixa-se levar demais pela emoção mesmo quando erros precisam ser apontados em prol de um bom resultado.

6. Treinador

Preocupado com o relacionamento, mas neste caso é com o desenvolvimento profissional de cada um de sua equipe, por isso, entende que uma de suas principais funções é levar conhecimento. Este líder consegue "diagnosticar" os pontos fortes e fracos dos seus colaboradores, criando um plano de ação para orientá-los a fim de que possam melhorar seus respectivos desempenhos. O ponto fraco é a crença de que um treinamento pode ser mais valioso do que uma conversa franca. "Às vezes, o desempenho é fraco por falta de empenho e não conhecimento e o funcionário precisa ser alertado sobre", explica Renata.

7. Centralizador

O líder centralizador é uma figura muito comum nas organizações. Na prática, ele sempre toma decisões sem consultar a equipe e tem dificuldades em delegar as atividades operacionais, o que garante a ele mais trabalho, mais transtornos e menos colaboração de seu time. Mas, há algo de positivo neste tipo de liderança: ela é ótima para equipes jovens e imaturas, que precisam de constante supervisão.

8. Liberal

Acredita que a equipe tem conhecimento e ferramenta suficiente para trabalhar sozinha, além de concordar com todas as sugestões, sem se preocupar muito com o resultado.

 

9. Inspirador

O líder inspirador é o profissional que serve de exemplo. Ele é conhecido e admirado por sua competência, por seu carisma e é um grande motivador. Ele não precisa dar muitas ordens para exercer sua influência. "É alguém que age com ética e procura ser o mais justo possível, além de ser muito bom em delegar tarefas", comenta Motone. Seu estilo de liderar, porém, pode gerar conflito com outras figuras dentro do negócio e profissionais questionadores e de personalidade forte. Com esta turma, ele vai ter de usar de diplomacia para não gerar conflitos. 

10. Visionário

Está sempre de olho no futuro e gosta de criar planos e projetos para um futuro mais distante. Por ser, em geral, muito intuitivo, tem facilidade em encontrar talentos para a empresa. A única questão é que pode deixar tarefas do dia a dia, que considere bobas ou repetitivas, de lado nesta busca pelo sucesso futuro. Neste caso, é bom sempre lembrar de dedicar um tempo, mesmo que menor, a elas.





Luandre Soluções em Recursos Humanos



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