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segunda-feira, 25 de junho de 2018

A importância da nutrição das plantas: produtividade e qualidade


Na composição química de uma planta, a distribuição entre os elementos químicos é desproporcional: água, carbono, oxigênio e hidrogênio são responsáveis por 99% do total, enquanto os nutrientes minerais respondem por somente cerca de 1% no material verde ou cerca de 5% na matéria seca. Contudo, isso não significa que eles sejam menos importantes na natureza, ao contrário, sem a contribuição dos nutrientes simplesmente não existiria vida no mundo vegetal.

 Os nutrientes são a base da cadeia alimentar. “São os nutrientes, que regulam o metabolismo da planta, que formam a base da produção vegetal para alimentar diretamente o homem ou o gado e, consequentemente, alimentar indiretamente o homem com proteína animal”, afirma Dr. Hélio Grassi Filho, Professor Titular do Departamento de Nutrição Mineral de Plantas e Recursos Ambientais da Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), em Botucatu, SP.

 Existem dois grupos principais de nutrientes: os macronutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre), que as plantas exigem em grandes quantidades, e os micronutrientes (boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, níquel e zinco) que, embora exigidos em menores quantidades, são tão relevantes quanto os demais. Outros elementos, como cobalto, selênio, silício e sódio, são considerados nutrientes benéficos.

 Segundo Dr. Hélio Grassi Filho, os nutrientes são essenciais para que a planta atinja seu estágio de maturação e garanta a reprodução. Cada elemento mineral desempenha uma função específica no metabolismo da planta, assegurando sua qualidade estrutural e fisiológica.

 A nutrição é o alicerce da produção agrícola. “É interessante ressaltar que o ato de nutrir a planta afeta diretamente a sua produtividade. A falta de um elemento pode resultar em queda brusca na produção. Com o adequado manejo dos nutrientes há manutenção e aumento da produtividade não apenas em termos quantitativos, mas também qualitativos, agregando valor ao produto no mercado”.

 Tome-se como exemplo os alimentos funcionais, que proporcionam diversos benefícios à saúde do consumidor. A soja, que produz a isoflavona e a lecitina, importantes compostos funcionais com atividade estrogênica, principalmente para as mulheres na menopausa, depende dos macro e dos micronutrientes em quantidades suficientes e equilibradas no solo para realizar as diversas reações bioquímicas e fisiológicas que culminam no acúmulo desses compostos.

 “A existência desses grupos de alimentos demonstra a importância da nutrição para as culturas. O que promove a sua funcionalidade é justamente a presença dos nutrientes dentro da planta”, conclui Dr. Hélio Grassi Filho.

 Para manter o solo fértil e a alta produtividade de novos cultivos, os nutrientes precisam ser repostos. Os fertilizantes cumprem o papel de alimentar a planta, o que é essencial para o seu desenvolvimento. “Fertilizante é Vida e Paz, pois onde não há alimento, há guerra”, enfatiza David Roquetti Filho, diretor da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA).

 O custo da adubação pode chegar a até 30% do valor total da produção. Assim, para promover retornos adequados sobre os investimentos, os fertilizantes devem ser aplicados corretamente, de modo a atingir alta eficiência. Exceder o fornecimento de nutrientes, além do que a planta realmente precisa, representa desperdício e prejuízo ao agricultor.

 “Com o emprego da análise química do solo e da planta pode-se balancear os nutrientes em prol de uma excelente produtividade e gastos reduzidos, alcançando-se o sucesso”, completa Dr. Hélio Grassi Filho.

 Cada nutriente requer um modo diferenciado de adubação. Geralmente, o fósforo é aplicado próximo à raiz, no plantio, já o nitrogênio e o potássio são aplicados em faixa ou em cobertura, na forma granulada ou em pó, ou misturados à água de irrigação. O cálcio e o magnésio são distribuídos em área total, para correção do solo por meio de calagem. Existem outras técnicas de adubação, como a utilização de material orgânico, de resíduos da indústria ou da compostagem de esgoto e de lixo urbano, que são incorporados ao solo. Assim, a fertilização fornecerá os nutrientes necessários para suprir as necessidades da planta ao longo do seu ciclo de vida.

 “Todo ser vivo necessita de nutrientes para o seu desenvolvimento. Eles são incorporados ao seu metabolismo para manter o ciclo vital. Portanto, as plantas também precisam de nutrientes e é justamente nos fertilizantes que eles se encontram”, completa Dr. Luís Ignácio Prochnow, Diretor do Instituto Internacional de Nutrição de Plantas do Brasil (IPNI).






Sobre a NPV
 A iniciativa Nutrientes Para a Vida (NPV), segmento brasileiro do programa americano Nutrients for Life, foi criada com o intuito de esclarecer a sociedade sobre os benefícios do uso dos fertilizantes na qualidade e na segurança da produção de alimentos.  A NPV atua somente com informações embasadas cientificamente, de modo a explicar claramente o papel essencial dos diversos tipos de fertilizantes na segurança alimentar e nutricional, além de seu efeito multiplicador na produtividade de culturas, conforme explica Dr. Heitor Cantarella, diretor do Centro de Solos do Instituto Agronômico de Campinas e coordenador da iniciativa Nutrientes para a Vida.

Mitos e verdades sobre os fertilizantes

Em 2016, a produção agrícola no Brasil bateu recorde, alcançando 230 milhões de toneladas. E isso ocorreu com o aumento de somente 6% na área plantada. O agronegócio do País coloca-se entre os mais evoluídos do mundo, inclusive no que diz respeito às boas práticas de manejo de nutrientes e conservação do solo. Atualmente, produtores e órgãos do meio ambiente discutem o aperfeiçoamento do Código Florestal Brasileiro, criado há cinco anos, com o objetivo de melhorar a safra sem prejudicar o ambiente. Um instrumento importante para sua efetivação, e que vem sendo implantado com sucesso, é o Cadastro Ambiental Rural (CAR).

 A despeito dessas boas notícias, muitos preconceitos e falta de informação ainda cercam o universo agro. Veja o caso dos fertilizantes, muitas vezes criticados sem qualquer fundamento. Os fertilizantes, sejam minerais ou orgânicos, são compostos que desempenham função primordial no desenvolvimento das plantas: fornecem ao solo os nutrientes que elas necessitam para germinar e produzir folhas, sementes e frutos. O uso consciente e o emprego de técnicas agrícolas adequadas são a chave para o aumento da produtividade agrícola e, consequentemente, a redução do custo dos alimentos.

 Principalmente para tentar acabar com mitos e inverdades a respeito desse assunto, existe no Brasil, desde 2016, a Nutrientes Para Vida (NPV), iniciativa que possui visão, missão e valores análogos aos da coirmã americana, a Nutrients For Life. O objetivo dela é esclarecer e informar a sociedade sobre os benefícios dos fertilizantes (ou adubos) na produção dos alimentos, bem como sobre sua utilização adequada.

 O Diretor do Instituto Internacional de Nutrição de Plantas do Brasil (IPNI) e ex-coordenador técnico da NPV, Dr. Luís Ignácio Prochnow, chama a atenção para a importância de se diferenciar fertilizante de agrotóxico, por exemplo. O primeiro tem a função de fornecer nutrientes para o desenvolvimento das plantas enquanto o segundo, também denominado de defensivo agrícola, visa proteger as plantações contra o ataque de doenças e pragas.

 Outra dúvida recorrente diz respeito aos termos fertilizante e adubo. Eles são sinônimos, e representam os compostos químicos que podem ser encontrados na forma orgânica ou inorgânica, dependendo da sua origem.

 Segundo Dr. Luís Prochnow, é fundamental utilizar os produtos de forma adequada e responsável: “Tudo ou quase tudo que você utilizar de forma inadequada pode trazer problemas, e com os fertilizantes não é diferente”. Por isso, o IPNI adota o conceito dos “4 Cs” no manejo dos fertilizantes, cujos princípios fundamentais são: utilizar a fonte correta, a dose correta, aplicar na época correta e no local correto. “Desde que se adote esse manejo com critério, haverá aumento de produtividade e de lucratividade na atividade agrícola, com maior sustentabilidade da produção e, inclusive, maior qualidade nutricional dos produtos, sem causar problemas ao ambiente”, acrescenta Dr. Luís Prochnow.

 Todo ser vivo necessita de nutrientes, e os fertilizantes são compostos que, quando utilizados corretamente, proporcionam maior qualidade aos produtos agrícolas. Com o fornecimento de nutrientes em quantidades adequadas e balanceadas para as plantas, dentro de um programa agronômico eficiente, há maior qualidade nutricional e, consequentemente, maior benefício para  os consumidores.

 “As pessoas devem se precaver contra os comentários negativos da mídia sobre esse tema e se preocupar realmente com os aspectos técnicos e científicos da utilização dos fertilizantes, antes de tecerem comentários sobre o assunto, porque muito do que se diz não corresponde à realidade”.

 Os fertilizantes são responsáveis por cerca de 50% da produção mundial de alimentos, ou seja, sem eles haveria menor quantidade de alimentos para a população e, consequentemente, maiores problemas de fome e desnutrição no mundo. Eles garantem a segurança alimentar para a crescente população mundial.

“Recomendo que visitem o site do Nutrientes Para a Vida (www.nutrientesparaavida.org.br), que contém informações científicas e verídicas a respeito do assunto”, aconselha Dr. Luís Prochnow.




Com foco no diploma, estudantes priorizam vagas que permitem conciliar trabalho e faculdade


Segundo pesquisa, o alvo desses jovens está voltado para os programas de estágio, que se tornam cada vez mais atraentes



Com uma rotina agitada, entre provas e trabalhos acadêmicos, e ávidos pela rápida inserção no mercado de trabalho, os alunos de graduação estão em busca de oportunidades que, além de contribuir para a formação profissional, ainda se encaixem entre suas tarefas. Os dados são resultado de uma pesquisa realizada pela Companhia de Estágios – consultoria e assessoria especializada em programas de estágio e trainee – e revelam que, entre os principais objetivos desse grupo, está a vontade de adquirir experiência ainda na faculdade para ter um diferencial competitivo no mercado, por isso, os programas de estágio saem na frente em relação ao mercado celetista. O principal atrativo da modalidade, à princípio, é a carga horária reduzida, mas, de acordo com especialistas do setor, outros prontos vêm chamando a atenção dos estudantes e tornando o estágio a opção mais cobiçada pelo grupo.

Cenário econômico desfavorável

De acordo com a Carta de Conjuntura, publicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os jovens, que historicamente já sofrem para ingressar no mercado de trabalho, foram os mais afetados com o desemprego gerado pela recessão econômica do país nos últimos anos. O estudo revela que, além da dificuldade maior para conseguir uma vaga, o grupo também possui mais chances de demissão.

Para corroborar essas informações, o relatório da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que, no primeiro trimestre desse ano, o desemprego cresceu em todas as faixas etárias em relação ao fim do ano passado, mas, proporcionalmente, a parcela jovem da população foi a mais afetada (entre 14 a 24 anos). Segundo a análise, o número saltou para 5,6 milhões de desempregados nessa faixa etária, 600 mil a mais frente à 2017 (+11,9%).  

Diante desse cenário desfavorável no quadro formal, aqueles que ainda frequentam as salas de aula, procuram alternativas para não ficarem à margem do mercado, e, entre elas, os programas de estágios vem se destacando.


Sobre o estudo

A pesquisa “O Perfil do candidato a vagas de estágio em 2018”, que contou com 5.410 participantes de todas as regiões do país, identificou que, entre os estagiários em atuação, 47% tem como prioridade poder conciliar o trabalho com os estudos e considera essa a maior vantagem do programa. Evidenciando o caráter complementar que o estágio tem na vida acadêmica do estudante, 37% desses jovens afirmam que a oportunidade de colocar em prática o que é apreendido na faculdade é o ponto principal, já para 11% desse universo o maior benefício está na chance de aprender sem sofrer a pressão de um cargo efetivo.

Em relação à carreira, o levantamento mostra que, no momento, a maior preocupação dos estagiários é finalizar os estudos (24%) e adquirir experiência para se tornar mais competitivo no mercado de trabalho (24%). Entre aqueles que ainda estão em busca de uma oportunidade, 74% procura, exclusivamente, por uma vaga de estágio, seguidos por quem é indiferente ao tipo de modalidade e, em último lugar, aparece quem opta por um contrato formal no mercado celetista.

Programas de aprendizagem em alta

De acordo com Tiago Mavichian – diretor da Companhia de Estágios – essa procura acentuada se deve a alguns outros fatores também: “A jornada mais curta é apenas um dos atrativos que chamam a atenção dos estudantes. É claro que é um fator de peso porque se encaixa perfeitamente à realidade que eles estão vivendo no momento, mas não é o único. Diferente do mercado celetista, no qual, segundo os dados do IBGE, a recessão ainda está desacelerando, os programas de estágio já estão recuperados. Nossos dados internos mostram que o setor está reagindo num passo mais animador do que as vagas formais. Para se ter ideia, o número de oportunidades anunciadas em 2017 foi 19% maior frente ao último ano, o que supera os postos perdidos em 2016. Portanto, diante do saldo negativo da CLT, o estágio é, no momento, a melhor alternativa para o jovem”.

O especialista ainda explica que, além do encolhimento dos postos formais, os jovens estão migrando para o estágio em virtude também de outras razões, como o fato de não ter que concorrer com profissionais mais experientes, ou mesmo, de não precisar comprovar experiencia prévia para concorrer a vaga. “Os índices mostram que, nos dois últimos anos, os estudantes têm priorizado a busca pelo estágio, participando, inclusive, de mais entrevistas nessa categoria em detrimento das vagas efetivas. Tanto que, no último triênio, o número de candidatos inscritos em busca de vaga aumentou mais de 20%” – acrescenta Mavichian.

Maior competitividade

Um dos efeitos da alta procura é a disputa acirrada. Foram mais de 200 mil inscritos para os processos seletivos realizados pela recrutadora em todo o Brasil, somente em 2017. E, engana-se quem atribui essa alta à facilidade das entrevistas, pelo contrário. De acordo com a pesquisa, a maioria dos participantes não vê diferença no nível de competitividade/dificuldade dos processos para vagas de estágio ou celetistas. Embora os programas de aprendizagem sejam voltados, exclusivamente, para os estudantes e não exijam experiência anterior na área, o aumento da demanda tornou mais rigorosos os filtros dos recrutadores para identificar melhor o perfil mais indicado a cada vaga.

A boa noticia é que a expectativa do setor continua favorável e a previsão é de crescimento. Mavichian afirma que a boa fase que o mercado de estágio atravessa atualmente tende a ser ainda mais positiva diante dos índices encontrados: “A projeção para 2017 foi superada e a tendência é que o saldo desse ano continue aumentando. A estabilização do mercado é um indicativo de que as empresas estão se recuperando e, consequentemente, os postos podem ser retomados. Mas, vale lembrar que, em contrapartida, a concorrência também continua crescendo, portanto, para se destacar é preciso investir em qualificação e se preparar” – conclui o especialista.






Fonte: Companhia de Estágios | PPM Human Resources

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