Pesquisar no Blog

domingo, 4 de março de 2018

PÁSCOA: O PERIGO DO CHOCOLATE À SAÚDE DOS PETS



Substância presente nos chocolates causam diversos problemas e podem até matar os animais


Páscoa é sinônimo de muito chocolate e também muitos olhares pidões dos animais de estimação ansiosos por um pedacinho do ovo, da barra ou bombom de chocolate. É em por um lapso de fraqueza dos proprietários que os pets adoecem, pois poucos sabem dos perigosos escondidos quando eles comem um chocolate.

"O doce em questão contém uma substância chamada teobromina, que estimula o sistema nervoso e fluxo sanguíneo nos animais, podendo prejudicar os pulmões, rins e até causar parada cardíaca ou convulsão\", alerta Andressa Felisbino, veterinária da DrogaVET. É importante salientar que os pets não conhecem o sabor do chocolate, por isso os donos não devem, em hipótese alguma, oferece-lo ao animal. Assim como um diabético não pode ingerir doces, cães e gatos também não podem comer chocolate.

O grande problema é que o sabor adocicado é, em geral, agradável ao paladar dos pets. Ou seja, se o dono ceder e o animal ingerir o alimento, muito provavelmente ele irá gostar e sempre pedirá mais, ou seja, é quando o perigo se instala e o proprietário do pet perde a noção da quantidade concedida ao bichinho.

Nos cachorros a reação pode variar entre aumento da temperatura corporal e dos batimentos cardíacos até diarreia e vômito. "A teobromina não é digerida no organismo do animal e acaba ativando o sistema nervoso central por mais tempo, provocando diversos efeitos colaterais. O risco pertinente é que os sintomas demoram entre 6h e 12h para se manifestarem, aumentando o risco à saúde d o pet", ressalta a veterinária.

Já nos gatos, os problemas podem ser mais graves e levar até à morte. "Os gatos, não serem muito fãs de alimentos adocicados, tendem a preferir pelo chocolate meio amargo e, esses, são justamente os que possuem maior concentração de teobromina", afirma Andressa.

Para os donos que querem fazer um agrado para seus pets, já existem diversas opções de chocolates específicos para consumo animal. Portanto, nesta Páscoa - e em todos os outros dias do ano - os proprietários devem ficar atentos aos petiscos e ao que cães e gatos ingerem e serem fortes contra os olhares pidões. 








MULHERADAS



Socorro! Há dias estou verdadeiramente soterrada por informações de empresas e assessorias, aproveitando o Dia Internacional da Mulher, que chegam para dar um plá e vender seus produtos e conceitos, associando-se numa boa às conquistas femininas em alguma atividade. A verdade é que ainda falta muito para recebermos respeito, que é o que mais queremos. Exigimos.


Chegam por todos os lados, aos borbotões, por minuto. Estão expressos em todos os meios de comunicação. Se chegasse um ser de outro planeta, ou se nós mesmas fôssemos levar em conta tudo o quanto nos oferecem esses dias, decretaríamos que a igualdade já chegou, que está tudo bem, ótimo, que as mulheres estão quantitativamente representadas em todas as atividades, que conseguimos tudo o pelo qual tanto lutamos há tantas décadas; séculos, na verdade.

Mas a verdade é que por esses dias as tais empoderadas, liberadas, compreendidas, apoiadas, empedernidas, corajosas e bem sucedidas mulheres terão à sua disposição os mais variados tratamentos estéticos com promoções “imperdíveis”; acessórios, roupas e lingeries “para seduzir” – presta atenção! - em liquidação. Até os bancos tiram casquinha. Kits deslumbrantes, e enquanto escrevo, agora mesmo, chegou oferta especial de bolos e geleias. É o marketing, senhoras, senhoritas, meninas, madames, moças, trans recém-chegadas.

A realidade, que é bom, está muito longe de alcançar um patamar aceitável. Dirigimos aviões, helicópteros, já fomos para o espaço, mas ganhamos muito menos que os homens, e temos menos chances de alçar voo nas empresas. Assassinatos diários de mulheres por seus companheiros nunca mereceram intervenção mais radical: só leis não cumpridas e a promessa de proteção que nunca chega. Ou chega tarde, para o velório, condolências e explicações mal amanhadas.

Veja o governo, ou melhor, os governos, inclusive o daquela que fez tanta questão do “A” em seu aposto. Um cargo aqui, ali, mas neca nas posições-chave. Ela própria só decidia atrelada ao sapo barbudo que por mais que muita gente beije não chegará nunca a príncipe. Esse, o construtor de postes, é outro que parece achar a mulher igual a uma mesa, cadeira, que põe onde quer. Aliás, reparei que agora também pegou o “querida”, “querida isso”, “querida aquilo” quando quer fugir de algum aperto diante de jornalistas mulheres. Deve dizer só para elas, porque não o imagino chamando um repórter de querido. Para ele, deve pegar mal. Cabra arretado, macho.

No momento atual, no Executivo, somos esquecidas, e só vemos aquelas cerimônias que muito se assemelham a enterros, aqueles homens sem cor, vestidos iguais em seus ternos escuros e gravatas coloridas, o item que se permitem para diferenciá-los entre si.

Já no Judiciário, nossa, tem várias de nós, inclusive na presidência do STF, no comando da Procuradoria também. Várias, eu disse; mas que ainda dá para contar com os dedos da mão. No Legislativo federal, 45 deputadas contra 468 homens. De 81 senadores, 12 mulheres. E tome cota. Cota pra isso, para aquilo. Como são generosos.

Falar de mulher não pode ser moda, modinha, coisa de gente politicamente correta. Chegará sim o dia que será real, que será percebido o quanto somos diferentes e como, juntos, todos, homens e mulheres, exatamente com essas nossas diferenças, será mudado o rumo das coisas. Não sei se estarei aqui para ver, como estive quando essa data começou a ser comemorada, exatamente no Dia 8 de março de 1975. 16, quase 17 anos, ali, no MASP, lembro bem. Depois dessa reunião, fotos, vídeos e depoimentos reais emocionantes, minha vida foi desenhada. Luta, independência, consciência, inclusive dos limites a nós, mulheres, impostos.

Violência, dupla jornada, racismo, abusos de toda a sorte, assédios, falta de oportunidades, imposição de obrigações, falta de apoio na saúde, como na ainda escamoteada questão da legalização do aborto, passaram a ser temas e interesses do meu dia a dia. O feminismo que, acreditem, não morde, e é o canal de nossa defesa.

Isso faz 43 anos. Parece que foi ontem, porque mudou, sim, mas pouca coisa de verdade, estamos no começo das conquistas. Será por isso que acham que queremos esses descontos em lojas nessa data?


Marli Gonçalves - jornalista - Para não dizer que não falei de algo bonito para o Dia da Mulher, sugiro flores. Parecem com a gente - repare nos seus gineceus prontos a criar coisas bonitas.


 

 

Posts mais acessados