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domingo, 4 de março de 2018

Uso excessivo de celulares e computadores pode ser fobia



Saiba se você é um nomofóbico             

              
A crescente utilização da internet por meio de dispositivos móveis, intensificados pela facilidade, dinamicidade e praticidade na aquisição e disseminação de informações, compartilhamento de dados, realização de operações financeiras, compra de produtos, serviços e outros, se faz cada vez mais presente na vida cotidiana.

Introjetados na sociedade contemporânea, os celulares, smartphones e computadores tornaram-se “necessários” na sociedade, que até em alguns casos podem ser comparados a ingestão de alimentos.

Conforme dados da consultoria IDC Brasil, estima-se que, neste ano, mais de 30% das operações financeiras sejam realizadas por meio de soluções móveis, aplicativos que possibilitam a realização de pagamentos e diversos serviços bancários, além da compra de presentes, dentre outras ações.

Conhecida como “Nomofobia”, a fobia ou medo de permanecer isolado e desconectado do mundo virtual é um dos grandes males da sociedade atual.

Os sintomas da abstinência do uso de aparatos tecnológicos e internet no convívio social é tão grave que em até alguns casos, podem ser comparados com a abstinência de drogas como álcool e o cigarro.

Para o professor e psicólogo da Faculdade Santa Marcelina (FASM), Breno Rosostolato, é necessário e urgente discutir com profundidade o problema da dependência desses aparelhos, uma vez que o uso desses dispositivos fazem parte de um fenômeno social cada vez mais comum e rotineiro na relação das pessoas com a informatização.

O perigo é tão iminente que algumas correntes psicológicas cogitam que o vício do uso de dispositivos móveis e da internet podem ter uma correlação com a Síndrome do Pânico. “A pessoa acometida pela síndrome não consegue sair de casa sem o aparelho, com medo de passar mal na rua e não ter um contato imediato para ajuda. Convence-se que o aparelho é imprescindível e indispensável para se sentir segura” – alerta.

De acordo com Rosostolato, embora o uso da tecnologia seja importante e essencial na contemporaneidade, fundamental é entender o cerne da questão, que pode estar associada ao prazer.

“O uso indiscriminado e demasiado de aparelhos conectados a internet pode estar associado a banalização do prazer, que em algum momento, irá causar problemas e dificuldade na vida da pessoa viciada”. 

O especialista ainda destaca que se o indivíduo não têm controle de suas ações, acessa a internet constantemente, verifica mensagens, e-mails, redes sociais e outras funções com frequência, chega atrasado em compromissos, não realiza as refeições em horários habituais, perdendo o controle dos próprios horários, ou mesmo não conclui atividades simples do dia a dia devido ao uso do celular, talvez sejam indícios e alertas de dependência, pois conforme explica, o vício é ritualístico, ou seja, a pessoa está condicionada a usar o aparelho para sentir-se bem, fazendo da ação uma rotina e um hábito.

“A repetição desse comportamento transforma-se em um movimento automático, concretizando e sedimentando o estado de dependência”, afirma.

Em consequência da preocupante situação, o psicólogo salienta que é imprescindível que as pessoas e familiares que percebam algum indício de Nomofobia em um indivíduo, procurem atendimento clínico profissional, a fim de não comprometer seu cotidiano e os relacionamentos sociais. 



Esportes radicais podem potencializar os riscos de sofrer um AVC?



Neurocirurgião esclarece que, assim como verificar a situação cardíaca e física, é importante incluir o exame vascular do encéfalo como pré-requisito antes de praticar algumas modalidades esportivas radicais

É senso comum que a prática esportiva é um forte aliado da saúde. No entanto, o que muitas pessoas desconhecem é que, sem acompanhamento médico, exagerar na atividade, assim como praticar exercícios ou modalidades mais intensas, exige mais do organismo e, consequentemente, pode trazer graves riscos, como, por exemplo, deixar o corpo suscetível a um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

"É comprovado que durante a prática esportiva o corpo humano apresenta picos de pressão. Com isso, caso o organismo não esteja preparado para absorver estas alterações e a pessoa já tenha alguma dilatação aneurismática (que se formam com base em alguma fragilidade dos vasos internos do cérebro), existe uma maior probabilidade de ele se romper, o que pode resultar em uma hemorragia cerebral", explica o doutor Osmar Moraes, neurocirurgião do Hospital Santa Catarina (SP).

O médico ressalta, todavia, que não há estudos que mostrem que a prática de esportes radicais traga maiores riscos que outras modalidades. "O que deve ser observado por todas as pessoas que praticam atividades físicas é incluir, além dos exames cardíacos e físicos, uma avaliação clinica e eventualmente um exame vascular do cérebro antes de realizar alguns esportes que exijam mais do corpo humano. Este cuidado pode atenuar muitos riscos e dar a chancela que o organismo precisa para praticar qualquer exercício".

Eventualmente, ocorrem alguns casos de problemas cerebrais, como rotura aneurismática ou AVC, em jovens esportistas. Com isso, muitos se questionam se os atletas mais novos - sejam de fins de semana ou profissionais - estão mais suscetíveis a problemas nessa região do corpo.

Doutor Moraes esclarece que não há estudos que corroborem esta afirmação, no entanto, há vários fatores que podem favorecer o enfraquecimento de uma parede arterial e, consequentemente, aumentar os riscos: "ter hábitos prejudiciais ao corpo humano, como o consumo excessivo de álcool, o fumo, a hipertensão, além de não tratar infecções sanguíneas, podem ser fatores determinantes para potencializar os riscos de sofrer um AVC".


Cuidado com o coitadismo



Mostre sua força e supere os problemas de cabeça erguida.
 
Você conhece um ‘coitadinho’? Ou pior já ouviu falar em ‘coitadismo’? Pessoas que, muitas vezes sem perceber, utilizam-se de doenças ou fraquezas para conquistar a atenção dos outros e sentimentos de pena.

João Alexandre Borba, psicólogo e coach, comenta que é relativamente comum encontrar pessoas que fazem uso desse ‘coitadismo’, mas que essa mania é extremamente incômoda para aqueles que vivem ao redor da pessoa. “Essa ‘síndrome’ faz com que a pessoa ache que aqueles que estão a seu redor ficarão comovidos com a sua situação. Ilusão pura. Ao assumir a persona de vítima, a pessoa só atrai mais vítimas, - assim como, pessoas alegres atraem pessoas alegres”, comenta o especialista, que lembra “essa ‘tática’ de tentar conquistar a atenção, a pena, e o carinho dos outros por meio do coitadismo é extremamente falha”.

Segundo o especialista, muitas pessoas utilizam do fato de terem passado por dificuldades ou de estarem enfrentando algum período difícil da sua vida para conquistarem atenção e favores dos outros, deixando de lado sua competência e contando com a comoção dos que estão próximos. “Quantas pessoas você conhece que não terminam um relacionamento porque possuem ‘pena’ do outro?” questiona Borba, que lembra que muitos ainda fazem uso dessa ‘arma’ para segurar o parceiro.

E o discurso do político que teve uma vida difícil, que os pais trabalharam muito para colocar a comida na mesa, que a família passou fome, etc. O que isso tem a ver com a capacidade de governar que uma pessoa pode ter? Então porque esse método de campanha ainda é tão utilizado no Brasil? “Simples: por causa do ‘coitadismo’. O político espera que o povo fique comovido com sua história, que se sinta mais próximo dele – e, com isso, conquiste o seu voto”, comenta Borba. E essa é só mais uma forma de como essa ‘síndrome moderna’ é utilizada para prender a atenção e tentar conquistar a simpatia das pessoas.

Porém, não há nada melhor do que ver uma pessoa que enfrentou – e continua a enfrentar – problemas de cabeça erguida, conquistando a admiração dos outros por meio de ações, - e não fazendo o papel de vítima. “As pessoas mais admiradas são aquelas que enfrentam seus problemas de frente, dispostas a arriscar e cientes de que estão lidando com problemas grandes”, comenta Borba.

Porém, passar por cima e enfrentar esses problemas nem sempre é tarefa fácil, e, por isso, o auxílio de um profissional pode ser muito interessante para manter-se com a cabeça saudável e deixar de lado o coitadismo. “Contar com o apoio de um psicólogo ou de um bom coach pode ser fundamental para a pessoa perceber que ‘se fazer de coitada’ não lhe trará nenhum benefício verdadeiro – afinal, de que adianta os outros lhe ajudarem apenas por pena?”, indaga.

O profissional pode auxiliar o paciente a encontrar dentro de si os melhores caminhos para lidar com os problemas, sempre tendo em mente de que a síndrome de coitadismo deve ser esquecida. “Lembre-se de que as ações que os outros fazem para você devem ser conquistadas por mérito próprio, e não por pena. Por isso, levante a sua cabeça e enfrente com coragem os obstáculos que surgem na sua vida, sabendo que você sempre terá escolhas a fazer – e que nem sempre elas serão fáceis, mas que são necessárias para definir quem você é”, conclui Borba.






João Alexandre Borba  - Master Coach Trainer e Psicólogo


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