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domingo, 4 de março de 2018

As crianças e os problemas ambientais




Dois estudos divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) neste início do mês de março têm foco na relação das crianças com problemas ambientais. Os relatórios revelam que as doenças mais comuns que afetam as que têm menos de 5 anos – infecções respiratórias, malária e diarreia – se devem a ausência de água potável, saneamento básico e poluição do ar.
De acordo com os estudos das 5,5 milhões de crianças com menos de 5 anos que morreram no mundo em 2015, 26% dessas mortes se devem a fatores ambientais.

Os dados da OMS referentes ao Brasil afirmam que a quase totalidade da população brasileira tem acesso a esgoto sanitário, água potável e combustível limpo para as tarefas de casa. Essa informação, provavelmente, foi obtida dos dados oficiais que levam em consideração somente as áreas regularizadas das cidades. Se forem consideradas as áreas irregulares – onde se localizam as favelas, por exemplo – que é onde vive a população mais pobre, os dados seriam diferentes.

Que determinados fatores ambientais afetam significativamente a saúde da população é fato reconhecido por inúmeros estudos. O que os relatórios da OMS trazem de novo é como são afetadas as crianças.

No caso brasileiro fica ainda mais evidente que poderiam ser adotadas medidas que permitiriam amenizar o problema.

Considerar a população que vive em áreas irregulares como cidadãos que possuem direitos é um primeiro passo que poderia diminuir o acesso de crianças às áreas de risco, como esgotos a céu aberto e lixões que ainda permanecem nas grandes cidades brasileiras. A condição de irregulares não justifica a omissão do poder público de não oferecer água e saneamento básico de alguma forma.

Outra medida que poderia ser adotada é a diminuição do uso dos combustíveis fósseis nos veículos, começando pelo transporte coletivo e de mercadorias que poderiam fazer uso de biocombustíveis, quer seja em sua totalidade ou num primeiro momento com adição de 50% de cada um. Melhoraria significativamente a poluição do ar nas grandes cidades.

Os fatores ambientais que afetam as crianças dependem de ações governamentais que demandam urgência em função da realidade exposta nos relatórios da OMS.

A questão de implementação de políticas públicas direcionadas ao reconhecimento do direito de água potável e saneamento básico das populações que vivem em áreas irregulares e a utilização do biodiesel dependem de tomadas de decisão no âmbito político.

O problema que ocorre, de modo geral, é a ausência de criatividade e inovação por parte dos gestores públicos para solucionar esses problemas. A justificativa é sempre a falta de recursos financeiros ou a necessidade de regularização das áreas, que podem demorar anos. Nesses processos, muitas vezes, intermináveis, muitas crianças perecem.

Soluções possíveis poderiam ser encaminhadas com o estabelecimento de parcerias com o setor privado responsável e as ONGs, bem como com a participação efetiva da população afetada mobilizada para implementação de negócios sociais com foco na solução dos problemas, que além de resolveram a questão, ofereceriam a perspectiva de um futuro mais sustentável às regiões menos favorecidas.




Reinaldo Dias - professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, campus Campinas. Doutor em Ciências Sociais e Mestre em Ciência Política pela Unicamp. É especialista em Ciências Ambientais.


No Dia da Felicidade pesquisa mostra que ajudar as pessoas que realmente necessitam é o que faz os médicos mais felizes



 ● Profissionais de Psicologia, Psicanálise, Psiquiatria, Ginecologia, Obstetrícia e Pediatria, são os mais satisfeitos com a profissão

Os dados são baseados no relatório elaborado pela Doctoralia para marcar o Dia da Felicidade, celebrada em 20 de março.


Sempre se diz que a medicina é uma profissão vocacional e que cuidar da saúde das pessoas dá satisfação que compensa qualquer dificuldade ou sacrifício. E, certamente, deve ser assim, já que 99% dos profissionais de saúde afirmam que a sua profissão os faz felizes, de um modo geral.

Os dados são provenientes de uma pesquisa elaborada pela Doctoralia com o foco no Dia da Felicidade, celebrada hoje 20 de março, e busca conhecer o nível de felicidade dos médicos em vários países do mundo. A Doctoralia procurou saber quais os especialistas da saúde são mais felizes no Brasil, quais os aspectos mais valorizados do seu trabalho e se eles estão satisfeitos com a sua profissão.

As razões por trás das satisfações dos profissionais da saúde são inúmeras, mas a principal é a realização pessoal em sua profissão (33%), seguido de ajudar as pessoas (26%) e terceiro, o reconhecimento de ser médico (10%).

Os dados também refletem a importância de se fazer um bom trabalho para os profissionais de saúde brasileiros, pois quando perguntados que coisas fazem um dia perfeito, ser capaz de ajudar um paciente que realmente precisa é o que os faz mais felizes (71%). Atender um paciente que é recomendado por outro paciente (44%) ficou em segundo lugar, receber um "obrigado" de um paciente (31%), seguido de boa opinião em seu perfil on-line (16%), são fatores muito valorizados pelos profissionais de saúde brasileiros e os ajuda a ter um dia melhor.


Quais são as especialidades com profissionais  mais felizes?

Ao avaliar a sua profissão, seis especialidades médicas destacam-se como as mais felizes: Psicologia, Psicanálise, Psiquiatria, Ginecologia, Obstetrícia e Pediatria. No entanto, a nível global, todos os especialistas entrevistados estão satisfeitos com seu ambiente de trabalho, 90% disseram que, se pudessem voltar no tempo, escolheriam a mesma especialização.

Apesar de avaliarem positivamente sua profissão, existem condições que os médicos e profissionais de saúde no país gostariam de melhorar, porque eles acreditam que não estão sendo atendidas como deveriam. Entre elas, as questões relacionadas ao salário (58%), em segundo é a falta de recursos adequados (25%) e em terceiro lugar, o reconhecimento (17%).

No entanto, a percepção de que os especialistas em saúde têm de seu trabalho não é negativa: apenas 12% dos entrevistados declarou que se sentia desgastado pelo trabalho.


Qual o nível de felicidade dos médicos em outros países?

O Brasil obteve a segunda maior pontuação em termos do nível de felicidade com 4,59, atrás apenas do México (4,85), e seguido pela Espanha (4,49), Itália (4,2) e Polônia (3,9).

O mais importante para a felicidade difere de país para país: na Espanha, ajudar as pessoas é o aspecto que os torna mais felizes (33%), enquanto a Polônia é a realização pessoal que lhes dá seu trabalho (27%). Na Itália e no México, no entanto, o que eles mais valorizam é gostar de seu trabalho (41% e 33%, respectivamente).

Quanto às condições de trabalho que poderiam melhorar, Itália, Espanha e Polônia coincidem com o Brasil ao afirmar que não estão satisfeitos com o salário e posicionam como uma das suas principais preocupações. No México, no entanto, o aspecto do trabalho que gostariam de melhorar é contar com os recursos adequados para realizar o trabalho (31%).

No entanto, há uma opinião unânime em todos os países: os profissionais concordam que eles recomendam a seus filhos seguirem no campo da saúde, sendo o Brasil o país com a maior porcentagem (85%), seguida pela Espanha (84%), México (75%), Itália (66%) e na Polônia (60%).




Doctoralia


No Dia Mundial da Água, é hora de economizar o líquido mais precioso do planeta



Já parou para pensar na quantidade de água e energia que você consome todos os dias? Na hora do banho, de usar o aspirador ou mesmo no momento de lavar a louça, é muito importante poupar recursos naturais - e ainda dá para economizar dinheiro fazendo isso.

Nas últimas décadas o consumo de água cresceu duas vezes mais do que a população e a estimativa é que a demanda cresça 55% até 2050. Se continuarmos esbanjando, em 2030 o mundo enfrentará um déficit no abastecimento de água de 40%
¹. Ou seja, precisamos economizar mesmo!

O mesmo vale para o consumo de energia. Estima-se que daqui a trinta anos a população passe de sete para mais de nove bilhões de pessoas. Serão necessários quase três planetas Terra para manter o atual estilo de vida da humanidade
². Não queremos que isso aconteça, certo? Por isso, para economizar água, energia e dinheiro, separamos dicas eficientes e que você pode adotar agora mesmo. 


1. Não lave mais louça 
 
Não estamos dizendo que você precisa deixar a louça suja na pia para sempre, mas comprar uma lava-louças é a melhor opção. Sabia que para cada copo que sujamos, são necessários mais dois copos de água limpa para lavá-lo? Em quinze minutos de torneira aberta na pia gastam-se em média 90 litros de água
3. Na lava-louças, a economia pode chegar a 27 mil litros em um ano, o que vale a 55 caixas d'água de 500 litros! 


2. Peneirando o chuveiro
 
Uma opção barata e fácil, os arejadores, também chamados de "peneirinhas", misturam ar à água dando a sensação de maior volume. A eficiência é a mesma, mas os respingos que levam ao desperdício serão menores. E ele pode ser implantado na pia também. A peça custa cerca de R$ 60
5 e você nem precisa chamar o encanador - basta rosquear os arejadores nos bicos das torneiras e chuveiros e pronto. Fácil!


3. Sem desperdício
 
Já pensou em reutilizar a água da pia do banheiro na descarga? A pia fica acoplada ao vaso sanitário, e toda a água utilizada nela é direcionada à descarga. Isso proporciona uma economia de até 70% da água usada no banheiro.6


4. "Lavar roupa todo dia". Só que não
 
Uma lavadora de cinco quilos consome 135 litros de água a cada uso7. Acumule roupas da semana para lavar de uma só vez E, se for possível, reuse aquela blusinha de segunda, que continua limpa, na sexta. Lavar roupas sem necessidade é bobagem!


5. Em modo "stand by"
 
Você sabia que os aparelhos domésticos ficam em stand by e gastam energia mesmo nessa função? Não adianta só desligar os aparelhos no comando, é preciso tirá-los da tomada também. Isso pode acontecer com TVs, computadores, carregadores de celular, equipamento de canal a cabo e etc.


6. Na dança do balde
 
Enquanto você está encolhido no canto do box esperando a água do chuveiro esquentar, prepare um balde para receber a água fria. Você pode reutilizá-la para lavar as roupas, o quintal, o carro etc. No final do dia, você poupou mais de 8 litros de água!8 Você também pode captar água enquanto toma banho. É só colocar uma bacia sob os seus pés. 


7. Aproveitando a piscina ao máximo
 
Você pode reutilizar a água da piscina de montar para regar os jardins quando não for mais usá-la! Verifique se o nível de cloro não está alto para as plantas, pois isso pode matá-las. Você provavelmente não vai utilizar toda a água de uma piscina de 10 litros, por exemplo, então dividi um pouquinho com o seu vizinho não terá problema nenhum e fará com que todos saiam felizes: você, seu bolso, a água e as plantinhas.




 
1 Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento de Recursos Hídricos 2015 - Água para um Mundo Sustentável, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)
2 Banco Mundial, agência especializada do Sistema das Nações Unidas
³ Guia da Lava Louças: http://www.guiadalavaloucas.com.br 
4 Laboratório Falcão Bauer
5 Preço pesquisado em fevereiro na loja C&C - Casa e Construção
6 Sistema da empresa Sloan Valve em matéria para o site ecodesenvolvimento.org - http://www.ecodesenvolvimento.org/noticias/sistemas-reutilizam-agua-da-pia-na-descarga-dos
7  Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=184



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