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sexta-feira, 2 de março de 2018

COMO ACOSTUMAR CÃES E GATOS JUNTOS?



Você já cansou de ouvir que cães e gatos são inimigos naturais? Quem tem esses dois pets em casa sabe como essa lenda é falsa! A amizade entre cães e gatos é completamente possível e saudável, precisando apenas de um empurrãozinho dos tutores para eles se tornarem irmãos inseparáveis – e grandes parceiros de bagunça!

Se eles não são inimigos naturais, por que é tão difícil acostumar cães e gatos juntos? “Acontece que esses dois pets são muito apegados ao lar, ao seu espaço, e um novo animal na casa gera uma disputa de território. Além disso, a personalidade deles também é muito diferente – enquanto os cachorros são extremamente apegados, interessados em nos agradar, os felinos são independentes”, explica o médico veterinário da Max, Marcello Machado.

Talvez a aproximação entre cachorro e gato, a apresentação do novo amigo e os primeiros dias de convivência não sejam muito tranquilos, mas tudo vai se acalmando com o tempo. Basta ser persistente e saber lidar com os dois lados.


Confira algumas orientações do médico veterinário da Max sobre como aproximar os pets na convivência:

1.       Como acostumar gato com cachorro em brincadeiras
Observe a idade do animal: filhotes e adultos se adaptam de maneira diferente à disputa territorial!
A técnica básica de adestramento para esse caso é a associação positiva. Sempre que apresentar cães e gatos, filhotes ou adultos, associe a interação às coisas boas: petiscos, carinhos, brinquedos favoritos e muita atenção para os dois. Assim, eles se sentirão igualmente especiais e terão uma ótima lembrança do novo amiguinho!

Uma forma interessante de promover a aproximação dos dois é usando o recurso das brincadeiras para cachorro e gato juntos. Esse momento sempre é muito prazeroso para nós e para os animaizinhos; por isso, é boa estratégia criar atividades que proporcionem diversão para ambos. Verá que, naturalmente, seus companheiros irão brincar juntos e ficarão pertinho harmoniosamente.


2.       Passeio e brinquedos para pets
Os brinquedos para pets sempre fazem sucesso com cães e gatos. Apesar de terem gostos diferentes, a curiosidade é um ponto em comum e podem descobrir a diversão juntos, com um acessório novo.

Apostar em brincadeiras em lugares diferentes, como parques, também é uma boa pedida! Mas é importante que esse passeio aconteça em um segundo momento e não na apresentação dos pequenos, pois os gatos não se sentem muito seguros em ambientes desconhecidos. Por isso, ao colocar em prática essa atividade, tenha muita atenção ao comportamento do gato – se senti-lo inseguro, aborte os planos e volte para casa.

Para que seus companheiros se tornem amigos, eles precisam estar seguros, felizes e sentirem que não perderão o seu amor.


3.       Vou levar o cão e o gato filhotes para casa
A apresentação será mais fácil, pois os dois filhotes estarão conhecendo o ambiente e um ao outro ao mesmo tempo. Eles vão crescer e aprender juntos, enxergando-se como irmãos.

Você não precisará se preocupar com um deles se machucando, pois os filhotes de gato e cachorro entrarão em brincadeiras próprias e aprenderão a se respeitar e a se defender, buscando um limite juntos. A supervisão é essencial nas primeiras interações, mas o ideal é que os irmãozinhos construam a própria relação!

Mas, atenção: a responsabilidade com dois filhotes é dobrada, e a introdução à casa irá requerer cuidados, disciplina, atenção e adestramento para ambos.


4.       Já tenho um gato e vou levar um cachorrinho para casa

Gatos são naturalmente mais independentes e menos interativos que os cães, e podem não aceitar facilmente o novo amiguinho. Tudo irá depender da personalidade do gato, que pode ser mais reservado ou brincalhão.

Porém, todo gato preza pelo seu espaço; por isso, a apresentação ao novo cão deve ser feita com calma! Antes de tudo, é fundamental checar se as unhas de ambos estão aparadas, para evitar que se machuquem em possíveis conflitos.

Deixe seu gato sentir que está no controle da situação, vindo dar “oi” ao cão quando quiser. É bem provável que ele vá se esconder no primeiro momento, mas a curiosidade o fará se aproximar. Neste primeiro contato, segure o cão na guia se for adulto, ou nas mãos se for filhote. É que os cães são muito afobados, e podem assustar seu gatinho! Em tempo: gatos não gostam que o cheirem, primeira coisa que o cão faz ao conhecer outro animal.

Evite brigas entre eles: dê a mesma atenção ao gato e ao cachorro para não causar ciúmes.



5.       Já tenho um cachorro e vou levar um gatinho para casa

Antes de levar um gato para casa, considere a personalidade do seu cãozinho: ele é muito ciumento, territorialista ou agressivo? Caso a resposta for sim para alguma das opções, pode ser necessário reconsiderar ou planejar a chegada do novo animalzinho contratando um adestrador para garantir que seu cão tenha limites, educação e respeito, e que você seja capaz de controlá-lo se for necessário.

O truque para introduzir o novo pet ao seu cão é garantir que ele continuará recebendo a mesma atenção e carinho de sempre, e evitar repreendê-lo durante a apresentação para gerar uma associação positiva. O início da relação deve ser supervisionado, mas o mais provável é que o cão adote o gatinho e cuide dele como seu filhote!

Caso os dois animais sejam adultos, os cuidados e a paciência na apresentação terão de ser redobrados. Deixe o gato se acostumar com você e com o ambiente separado do cão por alguns dias. Quando se conhecerem, um já terá sentido o cheiro do outro, e a apresentação será mais fácil!

A relação de confiança pode demorar a ser construída, mas é bem provável que nasça uma linda amizade entre os dois! Caso um dos pets tenha histórico de agressividade, é sempre recomendável a consulta de um bom adestrador.



Incidência da esporotricose em áreas urbanas exige atenção por parte dos tutores de gatos



A incidência da esporotricose em áreas urbanas chama atenção para a necessidade de ações de controle e prevenção da doença, com o objetivo de minimizar os riscos à população. A micose, que atinge principalmente os gatos, pode ser transmitida às pessoas e deve ser tratada adequadamente para evitar a sua proliferação.

Em Guarulhos, onde a notificação da doença é compulsória, já foram registrados 76 casos da esporotricose em animais, apenas neste ano. Em 2017, foram 742 notificações, contra 490 no ano anterior, totalizando um aumento de 51% no número de ocorrências. Desde 2011, somam-se 125 casos suspeitos da doença em humanos. Os dados foram fornecidos pelo médico-veterinário Dr. Wilson Mansho, do Centro de Controle de Zoonoses de Guarulhos.

De acordo com a médica-veterinária Adriana Maria Lopes Vieira, presidente da Comissão de Saúde Pública Veterinária do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), a falta de dados e informações oficiais nas demais cidades dificulta o planejamento de ações de vigilância e controle desta enfermidade, tanto em humanos quanto nos animais. “Desta forma, não há como avaliar a amplitude da doença no Estado” observa.

Para os casos em outras cidades, sugere-se que, mesmo não sendo obrigatória, seja feita notificação pelo e-mail cievs@saude.gov.br.


Sintomas e tratamento

A esporotricose é causada pelo fungo Sporothrix sppi. O principal sintoma da doença nos gatos são feridas profundas na pele, de difícil cicatrização, localizadas principalmente na região da cabeça, das patas e da cauda. Sinais respiratórios, como espirros, também podem ser observados.

A médica-veterinária alerta para a importância dos tutores manterem os gatos domiciliados, ou seja, dentro de casa. Por terem o hábito de cavar a terra e arranhar árvores, os felinos estão mais sujeitos a entrarem em contato com o fungo e contraírem a micose.

Ao perceber qualquer sinal de que o gato possa estar infectado, o tutor deve levá-lo imediatamente a um médico-veterinário. Se a doença for confirmada, será necessário realizar o tratamento do animal, que consiste na administração de um antifúngico por cerca de seis meses, dependendo do caso. Vale lembrar que, se não for tratada adequadamente, a doença pode levar à morte do gato.

Uma das melhores formas de evitar a propagação da esporotricose é a adesão e o comprometimento dos tutores com o tratamento, explica a Dra. Adriana. Mesmo que se observe a melhora dos sintomas, é imprescindível seguir o tratamento até o fim. Só assim é possível garantir a interrupção do ciclo de transmissão da doença. Por isso, é importante que seja feito o acompanhamento de um médico-veterinário.

Como se trata de uma zoonose, a esporotricose também pode ser transmitida aos seres humanos. O contágio se dá, principalmente, quando uma pessoa é mordida ou arranhada por um animal infectado. As lesões na pele são os principais sintomas e o tratamento também é feito com medicamento antifúngico.


Urbanização

A esporotricose foi considerada por muito tempo uma doença ocupacional, associada a atividades de agricultura e floricultura, sendo conhecida como a “doença do jardineiro”. A infecção era geralmente causada a partir do contato com solo, plantas ou matéria orgânica contaminada.

Com o avanço das cidades houve uma diminuição do contato direto das pessoas com o fungo causador da esporotricose. Por outro lado, pôde-se observar um aumento no número de gatos infectados, que passaram a atuar de forma mais consistente como intermediários no ciclo de transmissão da doença.


Prevenção

Para evitar o contágio é preciso adotar algumas precauções, como:

·         utilizar luvas em atividades de jardinagem ou afins;

·         manter os animais domiciliados; 

·         manter uma boa higienização do ambiente;

·         tratar e não abandonar os animais doentes;

·         castrar os felinos.

A Dra. Adriana ressalta ainda que é preciso dar a destinação adequada aos animais que evoluírem para óbito. “Não é recomendado enterrar ou jogar o corpo em terrenos baldios, por exemplo” orienta. O correto, neste caso, é entrar em contato com o órgão responsável na cidade para recolhimento da carcaça.






CRMV-SP


Meu pet está com pancreatite, o que fazer?



Mais comum do que parece, a doença se manifesta, principalmente, em animais obesos e com alimentação rica em gordura.

Cuidados com a rotina e visitas periódicas ao veterinário são fundamentais para reduzir as incidências da doença. Veja como agir.



A inflamação do pâncreas em pets é um dos quadros mais comuns entre os atendidos em clínicas veterinárias nos últimos tempos. Os sintomas podem ser notados através do vômito, diarreia e dor abdominal. Mas essas manifestações podem ser confundidas com outras doenças. Apesar da incerteza sobre sua origem, sabe-se que, principalmente, hábitos alimentares do animal, como dietas muito gordurosas, tendem a provocar o aparecimento de inflamações facilmente relacionadas à pancreatite. Diabetes, insuficiência renal ou cardíaca podem, também, influenciar no aparecimento da doença, além da ingestão de medicamentos que tenham como efeito colateral o desenvolvimento de doenças inflamatórias crônicas.

Como agir quando perceber comportamentos estranhos no seu pet?

Os principais sintomas relacionados ao adoecimento são dor no abdômen, vômito e diarreia. Por isso, os tutores devem ficar atentos a esses sinais e, caso o animal apresente algum deles, é sempre recomendável consultar o médico veterinário o mais rápido possível. Segundo Mário Marcondes, médico veterinário, associado da Comac e Diretor Clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira, “procurar um serviço veterinário com estrutura de laboratório e de diagnóstico por imagem é a melhor opção”. 


Meu pet está com pancreatite, o que fazer?

O tratamento para a pancreatite requer internação do pet para fluidoterapia, administração de antibióticos, protetores de mucosa, e também de medicamentos que aliviam o enjoo e vômitos, além de analgésicos quando houver dor abdominal. A administração de ração especial com baixo teor de gordura é outra orientação importante. E todos esses procedimentos devem ser seguidos com orientação e supervisão especializada.


Quais os cuidados para o pós-tratamento?

Depois de recuperado, o pet pode receber alta, mas deve ter sua rotina alimentar alterada. Rações com baixo teor de gordura são as mais indicadas para evitar a reincidência e a evolução para pancreatite crônica ou insuficiência pancreática exócrina. Nesse caso, o exame de sangue TLI auxilia no diagnóstico, além do ultrassom.

A pancreatite, se não tratada, pode afetar o funcionamento de outros órgãos do animal e agravar seu quadro clínico geral. Se o pet for diagnosticado no início e tratado em ambiente hospitalar com internação, as chances de recuperação são muito mais favoráveis.

Cuidados constantes e por toda a vida do pet são fundamentais devido às chances de reincidência. Assim, os tutores precisam estar atentos aos comportamentos e atitudes do animal de estimação. Se diagnosticado com antecedência, o tratamento será precoce e o pet poderá ter uma vida melhor.






COMAC
Comissão de Animais de Companhia do SINDAN - Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal



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