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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Os impactos rápidos e práticos da Internet das Coisas nos negócios



O conceito de Internet das Coisas (IoT) tem ganhado cada vez mais destaque e está presente na vida de muita gente. De acordo com o Gartner, até 2020, teremos mais de 20 bilhões de coisas conectadas. Se considerarmos os mais de sete bilhões de habitantes no planeta, haverá quase três vezes mais coisas conectadas do que pessoas.

Quando olhamos a evolução da tecnologia, percebemos que um houve um avanço acelerado nos últimos anos, se comparado com décadas anteriores. Hoje, com a popularização da mobilidade, quase todo mundo tem acesso a um dispositivo móvel. O surgimento da nuvem facilitou o investimento de pessoas e empresas em inovações, como inteligência artificial, social e etc. Em resumo, a tecnologia está mais acessível.

Por trás de tudo isso, e muitas vezes não visível aos nossos olhos, está a velocidade de processamento dos dispositivos, que tem ficado cada vez mais acessível em função da escala. A conexão com a internet melhorou e o custo baixou, isso no mundo todo. Esses dois fatores, bom processamento e a possibilidade de conectar as coisas com mais agilidade e um valor menor, criou um cenário propício para explorar a internet nas coisas.

As tais coisas conectadas já estão disponíveis no mercado, são relógios, equipamentos fitness, geladeira, ar condicionado, uma série de objetos inteligentes com acesso à web e às infinitas possibilidades que ela proporciona. Viveremos em um planeta com bilhões desses objetos que, em um futuro próximo, terão uma influência maior no nosso cotidiano - até mais do que as próprias pessoas.

No mundo dos negócios não será diferente e a IoT terá um impacto significativo em todos os segmentos. As coisas conectadas estão provendo uma série de informações que antes não existiam ou demandavam um esforço enorme para se obter. No varejo, por exemplo, os dispositivos inteligentes serão os responsáveis por identificar o perfil de cada consumidor de uma loja - desde o sexo e faixa etária, até a frequência de visitas ao local. Tudo isso, sem ter que ficar buscando dados em diferentes sistemas ou aplicando pesquisas com os clientes. E esse tipo de informação tornará possível um planejamento mais direcionado.

Vamos imaginar um estabelecimento que comercializa cosméticos e usa sensores de IoT. Por meio de uma câmera inteligente, o gerente saberá quem são as consumidoras presentes no exato momento em que elas estão no estabelecimento. Monitorando esse tráfego, ele poderá ver que às 15h, a maioria das mulheres que estão no local tem acima de 40 anos. Não seria um bom momento para fazer uma promoção relâmpago de cremes anti-idade? Ou ainda, enviar uma mensagem de texto sugerindo um produto com desconto que a consumidora demostrou interesse no e-commerce? Aqui, o objetivo, além de conquistar a fidelidade, é proporcionar uma experiência multicanal –começou no online e terminou na loja física.

Viabilizar esse tipo de inovação, seja em um estabelecimento comercial ou uma fábrica, requer a adoção de sensores inteligentes, um gateway e uma plataforma para gerenciar tudo. São estes 3 componentes que armazenam, trafegam e analisam os dados. Porém, de nada adianta ter os dados, mas não os utilizar de uma maneira que traga benefícios para o negócio. Nesse ponto, a figura da plataforma IoT é essencial, pois é ela que vai analisar as informações e dar os insights necessários para que se extraia valor dos dados.

Ou seja, para usufruir dos benefícios de um mundo conectado nos negócios, não basta ter uma câmera inteligente, é necessário que ela esteja conectada à um gateway e ele à uma plataforma. Parece uma dinâmica complexa, mas na prática é muito mais simples, desde que o seu parceiro tecnológico conheça os caminhos das pedras e te entregue tudo pronto no modelo PaaS (sigla em inglês, para plataforma como serviço). Já a plataforma, precisa contar com uma interface simples e intuitiva para que soluções de negócios deslanchem.

Como qualquer novidade, no começo, é difícil enxergar quais serão os benefícios que a tecnologia trará – foi assim até com o celular. O mercado ainda tem dificuldade para entender que esse investimento traz um retorno rápido, não só em vendas, mas em experiência para o consumidor - cada dia mais digital e ávido por um atendimento personalizado. E o resultado prático disso é: operar com mais eficiência, ser mais lucrativo e, por que não, criar novas fontes de receita?






Eros Jantsch - CEO da Bematech e vice-presidente de Micro e Pequenos Negócios da TOTVS



Cuide das obrigações fiscais da sua PME



Muito se fala sobre a necessidade das pequenas e médias empresas (PMEs) investirem em inovação para crescerem e se destacarem no mercado. Contudo, antes de buscar o crescimento, as empresas de menor porte devem se estruturar e ter uma boa organização fiscal e financeira - garantindo um futuro promissor, saudável e sem sustos. Por isso, vale se atentar as exigências tributárias de cada município e estado e as que são comuns a todos os empresários do Brasil. Somente com um bom conhecimento das obrigações fiscais é possível ter um negócio bem sucedido.

Um exemplo foi a adesão ao Cupom Fiscal Eletrônico (CF-e-SAT), que passou a ser obrigatória para todo o comércio varejista do Estado de São Paulo em 2017. Sua empresa já está de acordo com está exigência? Espero que sim. Basicamente, o cupom fiscal documenta e comprova uma transação comercial realizada entre um estabelecimento e o consumidor final, o que é importante para que o fisco analise o pagamento de impostos e tributos de produtos. E a única forma de um comércio emitir este documento dentro da lei é seguindo as regras da Secretaria da Fazenda. Caso contrário, pode ser autuado ou receber multas durante uma fiscalização.

Vale ressaltar ainda os esforços do governo para modernizar o sistema tributário e cruzar as informações, diminuindo os erros e garantindo que todos os empresários paguem corretamente os impostos. E essas iniciativas do governo não acontecem à toa. Um levantamento realizado pela Receita Federal e divulgado no início deste ano mostrou que nos últimos dez anos, o Brasil perdoou R$ 176 bilhões em juros e multas de dívidas tributárias - valor que é praticamente o mesmo do rombo nas contas da Previdência no ano passado.

Estas informações não têm a intenção de assustar os micro e pequenos empresários, mas sim alertar para a importância de cuidar da saúde financeira e fiscal do seu negócio com seriedade. Certamente, são muitas as preocupações de um empresário e nem sempre é possível se dedicar ou ter um funcionário que possa cuidar exclusivamente das questões legais. Por isso, nesta hora vale contar com o apoio da tecnologia. Existem diversos sistemas de gestão (ERP) disponíveis no mercado e - o mais importante! - para todos os bolsos. Pesquise e encontre um que seja de fácil entendimento e atenda as necessidades do seu negócio. A tecnologia vem a cada dia ajudando empresários dos mais variados segmentos e com as empresas de menor porte não é diferente.

Com organização é possível planejar o crescimento. Uma pesquisa realizada pela Desenvolve SP ao longo de 2017 com PMEs teve como objetivo entender o perfil dos empreendedores do estado e mostrar as suas percepções sobre inovação e as principais dificuldades de investimento. Neste quesito, foram apontadas três principais dores: 24% dos entrevistados destacaram “obter linhas de crédito ou outras fontes de financiamento”, a “carga tributária, impostos, legislação e burocracia” veio logo na sequência com 23% das citações, e por último, a “incerteza sobre o futuro do país”, com 14%.

Outra questão que vale ser mencionada são os fatores que determinam o fechamento de uma empresa. O estudo sobre a “Sobrevivência das empresas no Brasil”, realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae em 2016, mostrou que não há apenas um fator determinante do fechamento das empresas e sim uma combinação de “fatores contribuintes”. Os principais são o tipo de ocupação dos empresários antes da abertura (se desempregado ou não); a experiência/o conhecimento anterior no ramo; a motivação para a abertura do negócio; o planejamento adequado do negócio antes da abertura; a qualidade da gestão do negócio; e também a capacitação dos donos em gestão empresarial.

Daí a importância de uma gestão eficiente. Ambos os levantamentos confirmam a importância da organização financeira e tributária de um negócio - tanto para se manter no mercado como para crescer e inovar.







Robinson Idalgo – fundador da SoftUp – empresa brasileira criadora do sistema de gestão* (ERP) grátis. Mais informações no site: www.sistemagratis.com.br

28 de fevereiro: dia para conscientizar sobre doenças raras



Dificuldade de manter uma vida saudável acompanha pacientes e seus famílias desde o nascimento


O Dia Mundial da Doença Rara, em 28 de fevereiro, tem o objetivo de conscientizar sobre as dificuldades que estas pessoas enfrentam todos os dias para ter uma vida saudável. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma doença é considerada rara quando afeta uma a cada duas mil pessoas. 

- O número exato de doenças raras ainda é desconhecido, mas abrange aproximadamente oito mil tipos. Mais de 80% delas são causadas por alterações genéticas e os outros 20% por fatores imunológicos, infecciosos, reumatológicos e cânceres - salienta a presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica (SBGM), Carolina Fischinger Moura de Souza.

Muitos pais e/ou familiares reclamam da demora no diagnóstico preciso do paciente. A dificuldade em identificar uma doença genética é grande. A começar pelo número de médicos geneticistas, responsáveis pelo diagnóstico, que ainda é reduzido para a necessidade de um país continental como o Brasil: são menos de 250 médicos, o que colabora para a demora no reconhecimento das enfermidades. Além dos poucos especialistas, a falta de conhecimento, da sociedade e dos profissionais de saúde, e o preconceito são outros problemas que impedem o paciente de ser diagnosticado. Depois do longo percurso do diagnóstico, se inicia a busca por possibilidades de tratamento. Isto porque, por serem genéticas, não há cura para tais doenças e as terapias visam trazer a melhor qualidade de vida possível para o paciente.

- 95% das doenças raras não têm tratamento medicamentoso e das 5% que possuem, 2% necessitam de medicamentos órfãos que não são atendidos por políticas públicas. A questão fica ainda mais complexa quando observamos que são enfermidades de progressão rápida e o acesso ao tratamento se torna uma questão de vida ou morte. Segundo pesquisa da Interfarma, 75% dos pacientes diagnosticados com doenças raras são crianças e 30% deles não passam dos cinco anos de idade – afirma.

Entre uma das brasileiras que enfrentam o problema está a Isabelle Morales de Souza Napp, de apenas seis meses. A mãe, Rejane Moraes, de 39 anos, descobriu que a filha tinha Síndrome Cornélia de Lange apenas quando a pequena nasceu, em agosto de 2017.

- Na gravidez, os médicos só sabiam que a minha filha poderia nascer com alguma alteração nos braços e nas pernas, mas não sabiam qual seria a síndrome. Quando ela nasceu, foi um choque. Ficamos um pouco assustados, pois ela não conseguia mamar. Nós não sabíamos nem falar o nome da síndrome e fomos aprendendo sobre isso nestes cinco meses. Agora, sabemos que traz um monte de consequências, tanto físicas com mentais. Depois do susto, vamos levando e vendo casos mais graves do que os nossos. Ficamos mais tranquilos conversando com médicos e com outras famílias – relata.

Para tentar fazer com que a filha tenha uma vida mais saudável, Rejane leva a menina em diversos especialistas. Além do médico geneticista, Isabelle vai ao pediatra, neurologista, cardiologista, ortopedista, nutróloga, nefrologista, fonoaudióloga e ao dentista. Com seis meses, a pequena tem 46cm e apenas 2,800Kg, bem abaixo do tamanho ideal de uma criança desta idade.

A dificuldade de alimentação trouxe outro problema para a família, que mora em Porto Alegre (RS). Isabelle se alimenta por sonda e necessita de um leite especial para evitar que continue perdendo peso. Porém, com os pais desempregados, quem ajuda no sustento da casa são parentes próximos (enquanto a família aguarda o leite via pedido judicial). O alimento custa cerca de R$ 100 (lata de 400mg), que deve durar dez dias.

O diretor da SBGM, Rodrigo Fock, salienta que a Síndrome Cornélia de Lange é genética e tem algumas características que ajudam na identificação ainda na gestação, como a restrição de crescimento com dificuldade de ganhar peso ainda na barriga da mãe. Além disso, já é possível observar defeitos na formação de membros, como foi o caso da Isabelle.

- A síndrome é uma alteração genética e o diagnostico preciso vai ser feito após o nascimento, com a característica clínica e o exame molecular. As principais características são a restrição de crescimento, a dificuldade em ganhar peso e estatura, o corpo com bastante pelos, a sobrancelha unida, o lábio superior é mais fino, e os defeitos nos membros. Essa lista não aparece em todos os casos e pode variar de criança para criança – explica.

O médico geneticista salienta, ainda, que esta síndrome acarreta atraso no desenvolvimento e, geralmente, acaba ocorrendo um atraso no desenvolvimento intelectual.




Mariana da Rosa



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