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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Como a mulher conquista a autoconfiança?



A presença da mulher empreendedora cresce a cada ano no país
 
Com o avanço da tecnologia e as novas formas de trabalho desenvolvidas ao redor do mundo, é possível perceber uma grande mudança no cenário econômico ao longo dos anos. O papel antigo da mulher no mercado de trabalho caiu por terra. Hoje a mulher conquistou a independência financeira, formação, casa, carro e até um negócio. No dia 8 de Março comemora-se o Dia Internacional da Mulher e essa data reforça a mulher como empresária, empreendedora, sem deixar de ser mãe e de dona de casa.

Um diagnóstico elaborado pelo Sebrae em parceria com o Dieese para o Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas de 2013 aponta que o número de mulheres empreendedoras cresceu 21,4% nos últimos dez anos. A pesquisa aponta ainda que dentre elas, 41,3% têm entre 18 e 39 anos e 52% têm entre 40 e 64 anos. Além disso, cerca de 40% delas são chefes de família, sendo que a maioria, cerca de 70%, tem ao menos um filho.

Os dados indicam a maior capacidade da mulher em se assumir como responsável por gerir o seu próprio negócio. Segundo o psicólógo e coach João Alexandre Borba, "uma pessoa autoconfiante acredita em si mesma e na sua postura. A autoconfiança se desenvolve ao longo da vida, nas conquistas e até mesmo nas derrotas, pois pressupõe-se um desafio não-vencido. É importante que a pessoa em busca da autoconfiança tenha consciência de quais são as suas qualidades e capacidades". São essas atitudes que posicionam a mulher no mercado de trabalho e transmitem confiança para o consumidor.

Um fator importante para conquistar a autoconfiança é o posicionamento. De acordo com o especialista, "antes de mais nada é preciso ser otimista, acreditar na própria capacidade em obter êxitos nos objetivos estipulados, o que tende a gerar bons resultados". O foco, diante disso, é a solução, uma ação eficaz que vai ajudar a conquistar os planos feitos para a vida.   





João Alexandre Borba - Master Coach Trainer, Psicólogo Clínico e Desportivo
jaborba@bol.com.br
www.facebook.com/joaoalexandre.c.borba




Você é uma pessoa tímida?



Grande parte dos jovens ainda diz ter dificuldades de falar em público e de se expor no meio profissional


A comunicação é uma das principais habilidades para quem deseja se destacar tanto na vida pessoal, quanto profissional. Contudo, ainda é um empecilho para boa parte das pessoas, as quais têm receio, ou dificuldade de se expor. Pensando nessa realidade, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios fez um levantamento para descobrir: “Você se considera uma pessoa tímida?”. O resultado dividiu opiniões.

O estudo ocorreu entre 29 de janeiro e 9 de fevereiro e contou com a participação de 4.357 jovens, entre 15 e 26 anos, em todo o país. Do total, 31,65%, ou 1.379 pessoas, responderam “depende de quem está ao meu lado”. Para Jéssica Alves, analista de treinamento do Nube, o maior medo dos envergonhados é o de serem julgados. “Por esse motivo, prendem-se a deduções de como o outro os verá e creem no fato de suas inseguranças virem à tona ao se comunicarem”, avalia. Logo, sentem-se mais confortáveis com quem já possuem intimidade. Nesse caso, a dica é agir com naturalidade, buscar apresentar-se com clareza, com voz e postura firmes.

Na sequência, 30,34% (1.322), disseram: “não, busco fazer contatos e isso me deixa mais tranquilo”. Fazer network é muito importante, pois possibilita uma relação de troca, na qual pode-se fornecer e receber informações, conhecimentos e agregar coisas positivas. “Muito além da quantidade de conhecidos, a qualidade é o mais importante nessa rede. Então, busque criar conexões com quem tem interesses em comum, ou alguma outra forma de somar valores à sua vida corporativa!”, incentiva.

Também demonstrando firmeza, 19,39% (845) afirmaram: “não, sou bastante seguro e confiante”. Para quem deseja ser assim, é essencial ter noção de todos os seus pontos fortes e também os de melhoria. “É preciso dispor de um tempo para realizar uma autoanálise e, por meio dela, listar em um caderno os cinco principais focos de cada. Depois, basta determinar um plano de ação para se aprimorar”, comenta a especialista.

Na contramão, 18,62% se autointitulam tímidos. Desses, 13,98% (609) disseram: “sim, isso me prejudica muito ao falar em público, em quaisquer situações” e 4,64% (202) revelaram: “sim, principalmente no meio profissional”. Para os primeiros, a melhor maneira de lidar com essa dificuldade é saber a respeito das próprias ponderações, para ter mais convicção ao se expressar. Já para os demais, a timidez se tornará um fator prejudicial quando o indivíduo deixar de se colocar e expor seu potencial no ambiente corporativo. “Portanto, é válido seguir três passos: ter autoestima, lembrando ser tão capaz quanto qualquer outro; buscar se atualizar, para ter domínio dos assuntos nas conversas e treinar, afinal a prática leva à perfeição”, finaliza Jéssica.

Para quem tem interesse em se aperfeiçoar na arte de se expressar, o Nube disponibiliza um treinamento gratuito, com o tema: “Falar em público: vença esse desafio”. Basta se cadastrar no sitewww.nube.com.br. Ao final, é gerado um certificado digital, válido para horas complementares.



Fonte: Jéssica Alves - analista de treinamento do Nube

Apesar de incentivos, maioria das vagas em tecnologia ainda é ocupada por homens




Para reverter esse quadro, empresas estão quebrando paradigmas


Os números não são novos e nem impressionam: conforme Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada em 2016, as mulheres ocupam apenas 20% das posições de trabalho na área de tecnologia no Brasil – e a média mundial também não difere muito. A baixa porcentagem não é pela falta de familiaridade ou uso de dispositivos eletrônicos, já que elas representam 48% dos usuários de jogos em computadores e videogames, segundo a Entertainment Software Association, e já compram mais on-line do que os homens, conforme pesquisa realizada pela Ebit. Então, o que leva a essa desigualdade em pleno século XXI, momento em que o empoderamento feminino está em alta?

A resposta é simples, mas acaba reforçando que alguns dos padrões já deveriam ser extintos no mercado de trabalho. O primeiro fator que influencia esse cenário é cultural. Nas últimas décadas, enquanto meninos eram estimulados a desafios, as meninas eram incentivadas a atividades mais cotidianas, tornando a tecnologia um ser estranho para elas. Em seguida, o sexismo velado do mercado de trabalho e a atuação em uma área competitiva. Ainda hoje, a possibilidade de ter filhos é vista por alguns como incapacidade de dedicação, e o fato de não fazer parte do “clube do bolinha”, motivo para dúvidas sobre desempenho.

Mas, como fazer com que esse cenário seja realmente parte do passado? Segundo a analista de sistemas do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI), Mariane Ramalho de Carvalho, 31 anos, é importante que o contato com a tecnologia seja incentivado desde a infância, tornando-se uma rotina. No caso dela, isso ajudou: aos 10 anos de idade ela passou a se interessar pela área, quando sua mãe comprou um computador. “Eu digitava trabalhos e, em seguida, aprendi a programar em VBA para manter histórico de meus clientes. Foi assim que eu me apaixonei pela área de programação e por computadores”, destaca. Quando chegou a hora de ir para a faculdade, ela não teve dúvidas e optou por cursar Sistemas de Informação na Faculdade de Educação, Administração e Tecnologia de Ibaiti (PR).

A conquista do primeiro emprego foi facilitada porque Mariane recebeu a indicação de uma professora, mas os primeiros anos de trabalho, nos quais era um “faz tudo” na parte de tecnologia da informação, não foram fáceis. “No início, parece que as pessoas têm uma certa desconfiança, como se questionassem o tempo inteiro o trabalho efetuado por mulheres”, comenta. Mesmo com as dificuldades, ela nunca pensou em desistir, mas confessa que teve que adotar uma postura mais objetiva e autoritária para conquistar seu espaço. Sobre o assunto, ela ainda diz: “Já vejo uma melhora na maneira como as mulheres são tratadas. Porém, ainda é necessário provar para muita gente que somos boas no que fazemos”.


Poucas profissionais no mercado, poucas contratações


O problema do número escasso de profissionais femininas aptas a trabalhar com tecnologia começa na universidade. Por exemplo, no último vestibular da Universidade Positivo, apenas 12% das inscrições para os cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Gestão de Tecnologia da Informação e Sistemas de Informação eram de mulheres. Sobre o assunto, a analista de Recursos Humanos do ICI, Maysa Gonçalves de Souza, comenta: “Em geral, os homens se interessam mais cedo pela tecnologia e apresentam uma vivência maior com programação e, consequentemente, um nível maior de conhecimento. Acredito que no futuro conseguiremos equilibrar esse cenário, mas ainda levará algum tempo até que haja um número suficiente de mulheres nesse mercado”. A analista ainda destaca que a empresa tem a intenção de contratar mais mulheres para posições técnicas. Entretanto, recebem poucas candidaturas quando há alguma oportunidade, o que dificulta atingir o objetivo.

Para compensar a falta feminina em posições mais técnicas, a aposta tem sido em equilibrar o gênero de seus colaboradores como um todo. No ICI, por exemplo, as mulheres já ocupam 42,75% das posições. “Buscamos inserir as mulheres no ambiente de TI em posições de análise e acompanhamento de dados técnicos, para, desse modo despertá-las para esse viés”, comenta Maysa. “Ainda temos um grande caminho a ser percorrido, mas esse tipo de ação já aproxima as mulheres à tecnologia, sendo um grande passo”, completa .

E como mudar esse quadro? Incentivo. Empresas como Microsoft e Google possuem programas gratuitos voltados para o sexo feminino, disponíveis on-line e adaptados para o português. Também há iniciativas como a rede TechLadies e o PrograMaria, que visam conectar mulheres que se interessam por tecnologia, além de compartilhar conhecimentos sobre o assunto. O que falta é apenas as famílias aprenderem que programar é, sim, brincadeira de menina – e que pode virar profissão.






ICI – Instituto das Cidades Inteligentes


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