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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Como entender os rótulos de vinhos e nunca mais ficar confuso



Sommelier Rodrigo Bertin ensina a diferença entre rótulos de vinhos e dá o guia pra não errar na escolha


Basta pegar um vinho na mão que muitos já surtam: o que são todas essas informações no rótulo? O sommelier Rodrigo Bertin, especialista em harmonizações e criador do projeto Vinho Mais, conta que bastam algumas dicas para aprender a analisar o rótulo de um vinho. “O primeiro passo é verificar se é um vinho do velho mundo, ou seja, a Europa, ou do que chamamos de novo mundo, que são todos os outros continentes, incluindo Ásia e Oceania”, conta. No entanto, o especialista destaca que as regras apontadas são apenas convenções, e podem variar conforme a marca. “Um produtor de vinho pode criar o rótulo que achar melhor, mas a maioria segue um determinado padrão”, conta.


Informações comuns em todos os rótulos

Independente da origem, do tipo e da qualidade do vinho, existem algumas informações comuns a todos os rótulos. “A primeira delas é a safra, que mostra de que ano é o vinho”, explica, alertando que 80% de tudo o que é produzido deve ser consumido ainda jovem. “Nem sempre o vinho mais antigo é o melhor, salvo raras exceções, por isso dizemos que na maioria dos casos o vinho branco deve ser consumido em até 3 anos, e o vinho tinto em até 5 anos”, resume.

A graduação alcoólica e o volume da garrafa também são informações presentes em todos os rótulos. “A graduação alcoólica dá uma ideia do quanto encorpado é o vinho (mais leves quando com menos de 12,5% e mais encorpados quando com mais de 13,5%), e o volume padrão das garrafas é de 750ml, mas há as meias garrafas com 375ml e as opções de 1,5L, mas são mais incomuns”.


Velho Mundo X Novo Mundo:

Segundo o sommelier, os vinhos franceses, italianos, e de outros países da Europa, trazem o nome da vinícola em destaque. “Os rótulos dos vinhos dos continentes americano e africano, por exemplo, geralmente nomeiam o vinho e o usam como marca, deixando o nome da vinícola em menor destaque, mais embaixo, enquanto os europeus apenas se orgulham do nome da vinícola”, explica. O especialista ainda ressalta que a região de produção dos vinhos, abaixo do nome da vinícola, são características dos vinhos europeus. “Normalmente os rótulos do velho mundo não colocam nem mesmo a uva utilizada, pressupondo que o consumidor vai saber qual é só de ver a região, diferente dos rótulos do novo mundo, que sempre indicam se é Merlot, Cabernet Sauvignon, Malbec, entre outras”, ensina o sommelier.

Rodrigo ensina também que os vinhos da Europa costumam ter uma sigla que funciona como Apelação de Origem. “A sigla DOCG, por exemplo, significa Denominação de Origem Controlada e Garantida, e indica uma qualidade criteriosa de avaliação do vinho”, explica, destacando que as bebidas de fora do velho mundo costumam não ter a sigla, que também pode ser IGT (ou IGP) e DOC (ou DOP) no velho mundo.

Por fim, o especialista conta que tanto os vinhos do velho mundo quanto os do novo mundo podem apresentar classificação de qualidade, como Reservado (apenas no "novo mundo), Varietal, Roble, Crianza, Reserva (ou Riserva em italiano), Gran Reserva, e por último a classificação Premium ou Reserva Especial. “Os rótulos do velho mundo seguem regras muito rígidas do governo dos países, que controlam a qualidade do vinho que consta essas classificações, mas no caso do novo mundo, o padrão é menos rígido e pode haver variação na qualidade apesar do nome”, explica.

Questionado se o maior controle e tradição dos vinhos europeus faz deles melhores, o especialista não hesita. “Existem vinhos melhores ou piores em todos os continentes, de todas as uvas e estilos”, conta, reforçando que a definição de qual vinho é melhor deve ser feita por quem bebe. “No fim das contas, é você quem define pelo seu paladar qual vinho prefere”, explica.





Casamento: O calendário de beleza ideal para as noivas




Especialistas parceiros do iCasei elaboram programação de 6 meses para tratar pele, corpo e cabelo

Com o objetivo de programar e simplificar a agitada rotina matrimonial, o iCasei (www.icasei.com.br), plataforma referência em serviços de casamento, reuniu especialistas de beleza para discutir um calendário ideal de cuidados com a pele, o cabelo e a maquiagem das noivas. De acordo com esses profissionais, os procedimentos devem começar, no mínimo, com seis meses de antecedência.

Caso a noiva queira fazer um corte ou uma coloração mais ousados, esse é o primeiro passo. "Se ela deseja cortar as madeixas ou até mesmo deixar de ser loira ou morena, precisa fazer isso com tempo suficiente para se acostumar com o novo visual e poder voltar atrás, caso se arrependa", esclarece a hair stylist Nadja Vasconcelos.


Quando faltam cinco meses para o casamento, é hora de iniciar os cuidados com a pele e investir em um peeling facial para suavizar cicatrizes e eliminar descolorações. Para haver tempo de correções e mudanças, este também é o momento de buscar um designer de sobrancelhas, já que esses pelos demoram a crescer.

Às noivas que desejam perder uns quilinhos, os especialistas parceiros do iCasei indicam a lipomodelagem 4D. A esteticista Paula Lacerda afirma que, por meio deste procedimento, “é possível perder medidas, eliminar líquido retido, firmar a pele e dar adeus ao aspecto casca de laranja, pois a técnica atende as quatro disfunções estéticas: gordura localizada, celulite, flacidez e desintoxicação tecidual”. A indicação é que a lipomodelagem seja feita com três meses de antecedência do casamento, juntamente com tratamentos capilares.

A limpeza de pele, procedimento padrão, deve ser feita com pelo menos um mês de antecedência – mesmo período que vale para a drenagem linfática, se for o caso. Mais próximo à data da cerimônia, por volta de 15 dias antes, a noiva deve fazer os testes de penteado, maquiagem e unhas. “Embora possa parecer muito em cima da hora, esse intervalo é ideal pelo fato de a pele ou o cabelo não sofrerem mudanças significativas”, lembra Flavia Fiorillo, especialista do iCasei.

Uma semana antes do evento, tudo deve estar encaminhado para que a noiva possa relaxar – o que fica para a véspera é somente o alongamento de cílios e, no máximo, um banho de lua para clarear os pelos.

Os procedimentos de beleza finais, no dia do casamento, serão uma hidratação e lifting faciais e uma massagem relaxante. Tudo para que a noiva esteja radiante e calma enquanto caminha em direção ao altar.





iCasei





A crise dos 30, um dilema contemporâneo



Processos de transformação, sejam eles de qualquer natureza, não costumam ser fáceis. Aos 30 anos chega o momento de tomar mais uma de tantas decisões importantes ao longo da vida: crescer ou não crescer. É uma fase de retrospectiva e introspecção, o balanço do que foi vivido. A vida adulta é um chamado e ao mesmo tempo uma encruzilhada, sem placas indicativas de qual caminho é o mais seguro, prazeroso, mais curto ou dificultoso, tampouco onde este percurso levará.

Aos 30, há um convite mais claro para descobrir sua real identidade, potencialidades e o seu verdadeiro caminho. Ou para entrar de vez na engrenagem social, cumprindo as etapas que os outros esperam que você cumpra sem apropriar-se realmente das escolhas e responsabilizar-se pela própria vida. Algumas pessoas fazem esse balanço por convicção, outras porque realmente já passaram de seus limites.

Ao mesmo tempo em que já amadureceram e deram frutos no aspecto profissional, em outras esferas continuam imaturas, pois existem outras fragilidades que não habitam a casa da carreira. Estas fragilidades nascem da compensação em relação ao excesso de energia destinada às conquistas profissionais, típicas da primeira metade da vida.

Um dos gatilhos para a crise profissional é a constatação de que os outros estão “na frente”, enquanto a pessoa se sente “para trás” e, de alguma forma, inferiorizada. Um amigo que ganha um salário muito maior, outro que casou e já teve filhos, ou ainda alguém que comprou uma casa.

Embora a constatação de tantas mudanças, internas e externas, seja um ponto comum entre os adultos de 30 anos, a falta de clareza sobre o que significa essa fase da vida pela perspectiva psicológica e biológica pode aumentar a sensação de desencaixe. Atravessar a fronteira de três décadas de existência muitas vezes é um processo doloroso. Porém, pode ser também positivo e fortemente transformador. Uma grande oportunidade de mergulhar em si mesmo a convite da crise para, então, reorganizar e ressignificar as experiências do passado e os projetos do futuro.

É possível que a vontade de mudar, de jogar tudo para o alto, de fazer diferente existisse com a mesma intensidade nas gerações que hoje já passaram dos 30 e naquelas que têm essa idade agora. Porém, há 50 anos, não havia espaço para discussões nem “plano B”. Nem tudo parecia possível. Não tínhamos tantas possibilidades e, em muitos casos, o caminho já estava pré-determinado.

Encarar a próxima fase, o crescimento e tudo o que vem com ele vale a pena. Está pronto? Nunca estamos, mas não tem escolha, temos que crescer, a vida só tem um sentido... pra frente.





Bruna Tokunaga Dias - psicóloga, autora do livro A crise dos 30 – A adolescência da vida adulta. Especialista em Orientação Profissional e mestre em Psicologia clínica: questões de carreira na atualidade pela PUC-SP






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