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terça-feira, 17 de maio de 2016

Nova Lei Antiterrorismo é aprovada, mas passa despercebida em meio as notícias sobre o impeachment de Dilma.





Depois de agudas pressões de organismos externos, preocupados com a segurança nas Olimpíadas do Rio, o governo resolve sancionar a nova Lei Antiterrorismo (Lei nº 13.260/16) com a finalidade de regulamentar o art. 5º, inc. XLIII da Constituição Federal.

O diploma elencou os atos de terrorismo, conceituou organizações terroristas e disciplinou a investigação e o processo contra esses criminosos. Entretanto, excluiu de sua abrangência a ocorrência de condutas análogas, individuais ou coletivas, praticadas em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais, religiosos, de classe ou de categoria profissional.

O assunto é bastante relevante, uma pena que ficou as sombras da luminosidade causada pelas notícias sobre o impeachment de Dilma.



Orlando de Carvalho Sbrana - Doutor em Direito Penal pela Faculdade de Direito da USP e Professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Insônia pode estar ligada a falhas em conexões cerebrais




Especialista do Alta Excelência Diagnóstica fala sobre fatores que também podem prejudicar o sono

Recente pesquisa divulgada pela revista New Scientist aponta que falhas nas conexões cerebrais podem impactar no sono, causando a temida insônia. Segundo o estudo, pessoas com quadro de insônia grave – que apresentam dificuldade para dormir por mais de um mês -, têm as regiões do hemisfério direito ligadas ao aprendizado, emoção, memória e olfato mal conectadas. Segundo a Dra. Rosa Hasan, neurologista que integra o corpo clínico do Alta Excelência Diagnóstica, a insônia tem sido um quadro cada vez mais comum, e podemos considerar vários fatores como responsáveis pelo problema. 

Estresse, ansiedade, variações hormonais e até má alimentação estão entre os fatores associados à insônia. “Quando o indivíduo não dorme bem, ele também não consegue executar bem suas atividades durante o dia. Em longo prazo, ele pode desenvolver uma série de problemas recorrentes a má qualidade do sono, como problemas cardiovasculares”, alerta a especialista.

Segundo estudo epidemiológico publicado em 2010, a incidência de insônia crônica entre os paulistanos chega a 10%; cerca de 45% dos paulistanos têm queixa de insônia. Já a incidência de apneia do sono também é muito alta em São Paulo: segundo o mesmo estudo, 32% dos paulistanos sofrem com esse problema.

Dra. Rosa explica que há uma série de fatores que podem implicar em quadros de insônia e apneia do sono. Além da flacidez da musculatura da faringe, que prejudica a respiração durante a noite, ganho de peso, menopausa, aumento da necessidade de urinar nos idosos, e o próprio envelhecimento podem interferir na qualidade do sono.

“Quanto antes o paciente tiver o diagnóstico dos motivos que prejudicam o seu sono, mais precocemente pode ser iniciado o tratamento, que muitas vezes será baseado em pequenas mudanças de hábito”, afirma Dra. Rosa.

Diagnóstico
Para realizar a detecção precisa do distúrbio do sono, o Alta Excelência Diagnóstica, acaba de disponibilizar o exame de Polissonografia Domiciliar, procedimento indicado para pacientes que sofrem de insônia e apneia do sono. O objetivo da realização do exame em casa é tornar ainda mais cômodo e acurado o diagnóstico dos distúrbios relacionados ao sono.

O Alta passa a realizar também a Poligrafia, (monitorização cardiorrespiratória do sono), na qual o paciente recebe orientações de um técnico especialista sobre como instalar o aparelho no laboratório e leva-lo para sua residência. Essas orientações permitem maior flexibilidade ao paciente, que pode levar o equipamento casa, implementando-o somente na hora de dormir – o que também permite mais conforto na realização deste procedimento.

Conforme explica Dra. Rosa, a principal vantagem da Polissonografia realizada em casa é que o paciente se sente mais à vontade e não tem o sono prejudicado por estar em outro ambiente. Além disso, não precisa se deslocar e alterar sua rotina para dormir em uma clínica, bem como respeita seus horários habituais de dormir e acordar. “A Polissonografia analisa a qualidade do sono do paciente, problemas respiratórios, agitação excessiva e movimentação das pernas enquanto o paciente está dormindo”, complementa a especialista.

A Polissonografia domiciliar não tem contraindicações e pode ser feita a partir dos 12 anos.  


As novas famílias e seus direitos




Sem uma legislação que aborde questões como pluripaternidade e adoção homoafetiva, advogados e juristas enfrentam desafios

"Núcleo social de pessoas unidas por laços afetivos, que geralmente compartilham o mesmo espaço e mantém entre si uma relação solidária". Essa é a nova definição do dicionário Houaiss para o verbete "família". Essa alteração reflete as mudanças de uma sociedade que, já há algum tempo, entende que o conceito de família não se restringe a pai, mãe e filhos. Mas, no que diz respeito à legislação, as novas configurações aparecem em velocidade maior do que o Poder Legislativo poderia acompanhar, o que resulta em paradigmas no direito de família. 

Para que a justiça seja feita, segundo o diretor-adjunto de Direito de Família do Instituto dos Advogados de Minas Gerais, Luiz Fernando Valladão, é preciso bom senso, de acordo com o contexto de cada situação. “Não dá para definir as relações de família considerando, por exemplo, se a paternidade deve ser concedida aos pais biológicos ou de acordo com as relações socioafetivas, sem analisar o conjunto”, comenta o advogado, que aposta na afetividade como um critério jurídico. Valladão lembra que o direito é uma ciência humana e não exata, portanto, tópicos além da legislação pura e simples devem ser observados.

Valladão cita a jurisprudência recente para exemplificar situações outrora atípicas, mas cada vez mais recorrentes. “No ano passado, foi reconhecido o direito de um casal homossexual de adotar uma criança. Foi uma decisão histórica e inédita da ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, que registrou no acórdão que a Constituição Federal não faz a diferenciação baseada na sexualidade”, cita o advogado. Trata-se do caso de Toni Reis e David Harrad, pais de três filhos adotivos.
“Esse tipo de decisão ainda causa espanto, mas é totalmente natural, considerando que, desde o berço, todos aqueles nomes relacionados na certidão da criança estarão em sua vida como familiares”, pondera Valladão. Ele lembra que tais decisões não beneficiam somente casais homoafetivos, mas também famílias formadas por casamentos pós-divórcio. 

“Existem casos em que os padrastos criam as crianças como deles próprios e querem as garantias legais a esses, que consideram filhos; porém, os pais biológicos não precisam perder a paternidade por isso”, exemplifica o professor e advogado. Para ele, mais importante do que a configuração familiar é a manutenção dos diretos dos membros dessas famílias, sejam elas tradicionais ou não.

Livro discute desafios do direito de família
Análises de casos como o citado acima e outros, que tratam os preceitos do direito de família em face das frequentes mudanças da sociedade brasileira estão recém lançado livro “Regime de Bens – Direito de Família e Sucessões”, organizado por Luiz Fernando Valladão. Publicada pela editora Del Rey, a obra reúne artigos de 17 especialistas.



Luiz Fernando Valladão Nogueira - advogado, procurador do Município de Belo Horizonte; diretor-adjunto do Instituto dos Advogados de Minas Gerais (IAMG); professor de Direito Civil e Processo Civil na Faculdade de Direito da FEAD; professor e coordenador de Pós- Graduação na Faculdade de Direito Arnaldo Janssen; autor de diversas obras jurídicas, dentre elas "Recursos em Processo Civil" e "Recurso Especial" (ed. Del Rey);  membro do Conselho Editorial da Revista Brasileira de Direito Processual – RBDPro. 

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