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terça-feira, 17 de maio de 2016

Impacto das drogas lícitas e ilícitas no coração




Cocaína é consumida por cerca de 14 milhões de pessoas em todo o mundo, com idades entre 15 e 64 anos, e é responsável por 20% a 35% dos infartos em jovens

A cocaína é consumida por cerca de 17 milhões de pessoas em todo o mundo, com idades entre 15 e 64 anos, e é responsável por 20% a 35% dos infartos em jovens, explica o cardiologista, Rui Fernando Ramos, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP). O uso da cocaína é responsável por cerca de um quarto dos ataques cardíacos em pessoas com idade inferior a 45 anos.
Conforme relata o médico, "aproximadamente dois terços dos infartos ocorreram em até três horas após o consumo de cocaína, variando de um minuto a quatro dias, e por volta de 25% ocorreram no prazo de 60 minutos".  

A droga que ceifa milhões de vida é uma das mais procuradas pelos jovens. Em 2013, o vocalista Chorão da banda Charlie Brown Jr., foi encontrado morto pelo excesso do uso de cocaína. O consumo da droga e o coração comprometido foram fatais para o músico.

De acordo com Ramos, a pessoa que utiliza cocaína normalmente fuma, o que potencializa o estreitamento da artéria. “A ingestão de álcool potencializa em três vezes a ação da droga por formar um composto ativo chamado cocaetileno. Por esse motivo, ocorrem em indivíduos jovens, infarto e/ou arritmia, apesar deles terem poucas lesões ou nenhuma lesão nas coronárias”.

Ainda conforme com o especialista, independentemente do perfil do paciente com suspeita de infarto, a rapidez em procurar um médico é crucial para evitar maiores sequelas no coração. A identificação e tratamento do infarto no início pode proporcionar que o coração fique quase completamente saudável.
Rui ainda destaca que o infarto é provocado pela falta de sangue  oxigenado em uma parte do coração. Além disso, a arritmia grave também é comum em usuários de cocaína e anfetaminas, pois há uma sobrecarga que provoca um esforço maior do que o suportado.  

Para oferecer à população um atendimento de qualidade e discutir esse e outros temas, nos dias 26 a 28 de maio, a SOCESP realizará o 37º Congresso de Cardiologia, que terá como tema central A Cardiologia Atual e Futura. O evento acontece no Transamerica Expo Center. 

Um dos pontos altos do evento é a mesa-redonda que discutirá os "Efeitos das drogas lícitas e ilícitas no coração", que acontece na quinta-feira (26), no auditório 04, das 15h às 16h30.  
O cardiologista e presidente do Congresso, Dr. Rui Fernando Ramos, será responsável por argumentar sobre os riscos da cocaína e anfetaminas para a saúde do coração. Na mesa, haverá também representantes da SOCESP falando sobre anabolizantes, álcool e energéticos. 

O objetivo do evento é que seja realizada uma discussão verticalizada, levando o assunto ao que há de mais recente e acompanhando a evolução da prática cardiológica. Seguindo esse padrão de abordagem, o médico exporá de maneira clara os efeitos das drogas no organismo, explicando as principais causas e consequências nos usuários. 

O  Congresso da SOCESP de 2016 contará com a parceira da American College of Cardiology Foundation e receberá diversos profissionais renomados do Brasil e dos Estados Unidos os doutores Carl Michael Valentine, Peter Libby e Robert C. Hendel e do Canadá Carlos Morillo. Apesar da crise que passamos há expectativa de que nesta edição, o número de participantes aumente em relação 2015 com aproximadamente 7 mil participantes.


XXXVII Congresso da SOCESP (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo) 
Data: 26 a 28 de maio
Local: Transamerica Expo Center 
Endereço: Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro - CEP 04757-020
Acesso pela Av. das Nações Unidas (Marginal Pinheiros), Ponte Transamérica

Abuso de medicamentos e alimentação inadequada podem desencadear crises de labirintite




Muito conhecido pelo sintoma de tontura que o quadro popularmente conhecido como labirintite apresenta, o distúrbio do equilíbrio pode ser resultado de alimentação incorreta, consumo excessivo de cafeína, tabagismo, jejum prolongado, abuso de medicamentos, entre outros. Mais frequente em mulheres e idosos, pode vir acompanhado também de sintomas como sudorese, náuseas e vômito, zumbidos nos ouvidos, desequilíbrio e alteração na audição.       

             "Quando falamos em labirintite, estamos pensando na inflamação ou infecção do labirinto - estrutura interna do ouvido -, que é pouco frequente. A popularmente conhecida pelas tonturas e náuseas causadas, na verdade, é a labirintopatia ou distúrbio do equilíbrio, que pode vir ou não acompanhada de sintomas", explica Maria Cecília Greco, fonoaudióloga e professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

           Cerca de 30% dos brasileiros sofrem com o distúrbio do equilíbrio, segundo última constatação, em 2014, da Sociedade Brasileira de Otologia (SOB). Em sua maioria, estão pessoas entre 40 e 60 anos.

          "Muitos problemas metabólicos podem desencadear tonturas e afetar o labirinto. Nem sempre isso significa labirintite ou labirintopatia. Para a confirmação do diagnóstico, é necessário que se faça o levantamento do histórico daquele paciente, se tome conhecimento dos sintomas e da frequência com que ocorrem, além de alguns exames, entre eles o otoneurológico", comenta a professora.

          Para o tratamento, é necessário acompanhamento do otorrinolaringologista juntamente com medicamentos e dieta rigorosa. Em alguns casos, a labirintopatia demanda cirurgia ou reabilitação vestibular.

             A professora Maria Cecília finaliza, comentando que em crises do distúrbio do equilíbrio é necessário que o paciente recorra imediatamente ao pronto-socorro para o atendimento adequado durante aquele período.


Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - www.fcmsantacasasp.edu.br

"O SUS é uma cláusula da constituição, um direito garantido", diz ministro



Ricardo Barros reafirma o compromisso com o acesso universal à saúde e ressalta que buscará recompor o orçamento de 2016 junto à equipe econômica 

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, reafirmou o compromisso com o direito de acesso à saúde pública e a continuidade do Sistema Único de Saúde (SUS) nesta terça-feira (17), durante encontro de especialistas sobre a situação da malária no país, em Brasília (DF). “O SUS é uma cláusula da constituição, um direito garantido, que prevê saúde universal, para toda a população”, destacou. A sua prioridade neste momento é exatamente buscar junto à equipe econômica do governo federal o que foi previsto no orçamento de 2016 para garantir o financiamento das ações de saúde.

“Eu não tenho nenhuma pretensão de redimensionar o SUS. O que nós precisamos é capacidade de financiamento para atender suas demandas. Agora, só conseguiremos isso, espaço fiscal para a saúde, se nós conseguirmos repactuar os gastos que estão sendo excessivos na previdência”, ressaltou Barros. Atualmente, a previdência consome 50% da arrecadação federal, comprometendo as demais áreas sociais. O ministro reforça que esse foi o conteúdo da entrevista concedida à imprensa, embora o título da matéria publicada nesta terça-feira não reflete exatamente as suas declarações.

Dos R$ 118 bilhões aprovados pelo Congresso Nacional para a saúde, R$ 5,5 bilhões foram contingenciados pelo governo anterior. “Minha tarefa agora é buscar recompor esse valor junto ao Planejamento”, disse. Está sendo discutido pela equipe econômica do governo federal a repactuação da previdência, assim como ocorreu em Portugal e na Grécia nas recentes crises que esses países passaram. “Há um momento em que isso precisará ser resolvido. É uma das prioridades do presidente Michel Temer, sem que nenhum dos direitos adquiridos seja atingidos. Esse assunto será tratado pela área econômica”, ressalta.

A falta de equilíbrio fiscal no país impacta diretamente o financiamento da SUS e outras áreas sociais. “Sabemos das dificuldades de financiamento do SUS, que tem funcionado com os recursos disponíveis, atendendo ao máximo de pessoas com as melhores condições possíveis. Não espero ter ampliação de recursos, mas vamos buscar o que já está autorizado”, disse.

 

Agência Saúde

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