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sexta-feira, 17 de julho de 2015

Ensaio sobre a amizade






 “A gente só conhece bem as coisas que cativou.
Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma.
Compram tudo prontinho nas lojas.
Mas como não existem lojas de amigos,
os homens não têm mais amigos.
Se tu queres um amigo, cativa-o!”
(Antoine de Saint-Exupéry, em “O pequeno príncipe”)


Quando crianças, temos um mundo inteiro para descobrir e explorar. E este mundo parece não ter fronteiras, tamanha sua vastidão. Olhamos ao redor e tudo o que vemos é a linha do horizonte.

Mas há um aspecto muito bem delimitado. Ele corresponde à amizade. Nossos amigos são poucos e estão sempre próximos. Acompanham-nos à escola, curtem o recreio conosco, partilham a merenda. Ao lado deles fazemos as tarefas, estudamos para as provas, praticamos esportes e brincamos.

A idade avança e somos contemplados com o rótulo de adultos. Mudam nossos propósitos, responsabilidades e prioridades. E, quase que invariavelmente, também mudamos de casa, de bairro, talvez de município, Estado ou mesmo país.

Nosso mundo, agora, fica bem delineado. Passamos a tratar com mais e mais pessoas e, paradoxalmente, cultivamos menos amizades porque nossas relações são todas marcadas com o lacre da superficialidade.

Pessoas entram e saem de nossas vidas. Muitos se tornam nossos conhecidos, de um vizinho que mora na casa ao lado ou no apartamento do andar de cima, a profissionais que vemos em reuniões de negócios ou congressos. Sobre estes, pouco ou nada sabemos, nem mesmo o nome.

Já alguns viram nossos colegas. Dividem o tempo e o espaço conosco, sobretudo no ambiente de trabalho. Por conta deste vínculo, temos objetivos comuns, metas a serem alcançadas, até valores corporativos alinhados. Sabemos seus nomes, seus cargos, suas atribuições, mas podemos conviver por anos separados por uma única divisória ou porta sem conhecer suas preferências, sua família, sua história de vida.

De tanto refletir, descobri algumas coisas que dizem respeito à amizade.

Amigos são pessoas que compartilham com alegria as nossas vitórias, mas que nos acolhem despretensiosamente nos maus momentos. Nós os descobrimos na adversidade e na infelicidade. São apoiadores por natureza, mesmo quando discordam de nossas posições. Bons ouvintes, concedem-nos atenção e sabem que muitas vezes não queremos opiniões ou comentários, mas apenas sermos ouvidos com paciência.

Adeptos da diversidade, pouco lhes importa aspectos como raça, credo ou condição socioeconômica, pois respeitam nossas diferenças antes mesmo de desfrutar as semelhanças. Surpreendem-nos com regularidade e são admiráveis confidentes, compartilhando seus segredos – e os nossos.

Não existem bons ou maus amigos, sinceros ou dissimulados. Por definição, um amigo é verdadeiro, honesto, leal e digno de honra e admiração. Lembro-me de Publius Syrus: “A amizade que acaba nunca principiou”.

Melhor do que conquistar novos amigos é conservar os velhos. Por isso, visite seus amigos com frequência. Os escandinavos dizem que o mato cresce depressa nos caminhos pouco percorridos.

Relacionamentos não se constroem por telefone ou e-mail. São bons expedientes para manter uma amizade, mas precisamos mesmo é estar “cara a cara” com as pessoas que apreciamos. Olhos que brilham, braços que envolvem, palavras que acalentam. Vale o alerta de Fred Kushner: “Eu deveria ter visitado mais meus amigos e lhes contado como me sentia em vez de só encontrá-los em enterros”.

A amizade torna as pessoas mais amenas, gentis, generosas e felizes. Mas, para ter amigos, é preciso antes ser um. E isso envolve atitude...

Começar junto e terminar junto. Assim se edifica uma sólida amizade.


 Tom Coelho - educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.


Saiba como cuidar corretamente dos óculos de grau




Especialista do Hospital CEMA dá dicas de como fazer a manutenção do acessório


Os registros sobre esse acessório datam de 500 A.C. Foram os chineses os pioneiros na invenção daquele objeto que é até hoje essencial na vida de algumas pessoas. Os óculos de grau foram utilizados por muito tempo como símbolo de nobreza, inteligência e diferenciação social. No entanto, atualmente, esse acessório  é o salva-vidas de milhares de pessoas que, sem ele, não conseguem, por exemplo, ler este texto. Estima-se que 2,5 milhões de pessoas sofram com problemas de visão no Brasil, segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Dada a importância dos óculos, vale a pena cuidar com zelo deles. O oftalmologista do Hospital CEMA, Omar Assae, enumera os principais cuidados a serem adotados para conservar os óculos por mais tempo.


LIMPEZA
Não tem muito segredo. Pingue um pouco de detergente neutro e lave com água corrente. Para secar use uma flanela de microfibra (aquela que vem na caixinha dos óculos). A rotina deve ser seguida sempre que necessário.


MANUSEIO
O oftalmologista explica que aquele hábito de ficar girando os óculos pelas hastes deve ser evitado, pois elas são relativamente frágeis e podem ser desalinhadas.


HASTES
Evite ficar “girando” os óculos pelas hastes, pois estas são relativamente frágeis. Também é importante, sempre que possível, manusear os óculos com as duas mãos, pois assim a força aplicada na armação é igualmente distribuída e não sobrecarrega apenas um lado. Se os óculos entortarem, nada de tentar endireitar por conta própria. O ideal é levar a ótica de confiança.

HÁBITOS
Mesmo não se aguentando de cansaço, não durma de óculos. “Além do risco de se machucar, existe a possibilidade de desalinhar a armação, o que para um paciente portador de astigmatismo, por exemplo, pode significar desconforto visual, já que haverá alteração no eixo dos óculos”, afirma o médico.

Outro conselho do especialista é não guardar os óculos no bolso da calça. O local é apertado e pode entortar a armação. Sempre que possível, use a caixinha que o acompanha.

Evite também deixar terceiros usarem os óculos. “Existe um fator que é importantíssimo na confecção dos mesmos, que é a distância naso-pupilar, ou seja, a distância da pupila do paciente até o nariz, que é algo individual. Por isso não devemos usar os óculos de outra pessoa”.

PRAZO DE VALIDADE      
E quanto à validade, há um prazo para fazer a troca? “Validade não, mas o oftalmologista deve ser consultado regularmente de modo a verificar o grau de refração”, finaliza Assae.

Fazer trinta minutos de atividade física por dia pode prolongar a vida em até quatro anos




De acordo com o especialista Cristiano Parente, eleito o melhor personal trainer do mundo, estão incluídos nessa contagem não só os exercícios realizados em academia, mas também os movimentos do dia a dia em casa e no trabalho
Estudos e recomendações médicas indicam a importância de se movimentar e fazer exercícios durante o dia, inclusive no trabalho. Uma pesquisa do Departamento de Saúde Pública da Inglaterra indicou que o ideal é que trabalhadores de escritório fiquem em pé por pelo menos duas horas durante o expediente. As conclusões foram publicadas pelo "British Journal of Sports Medicine". Segundo os especialistas que desenvolveram o estudo, fazer as pessoas ficarem de pé durante suas horas de trabalho pode ser um objetivo mais fácil de atingir do que garantir que todos comecem a se exercitar.
Na visão do coach, educador físico e atual melhor personal trainer do mundo, Cristiano Parente, a pesquisa atesta a importância de se movimentar no cotidiano. "Seja no trabalho ou em casa, é importante inserir efetivamente no dia a dia novas formas de se movimentar. As pessoas que ficam em pé no trabalho ou que sobem e descem escadas diariamente terão, certamente, uma vida mais ativa e um metabolismo mais saudável", afirma. 
De acordo com o campeão mundial, diversos estudos constataram que as pessoas que conseguem somar cerca de 30 minutos de atividade física diária, seja no trabalho, em casa ou na academia, "conquistam um corpo mais saudável e chegam a prolongar a sua vida por mais três ou quatro anos".
Além disso, a evolução no esforço pode melhorar ainda mais o cenário. “O corpo tem uma capacidade adaptativa muito alta. Logo, com o passar do tempo, tentar aumentar sempre um pouquinho o grau de dificuldade do esforço torna-se importante fator de contribuição para as melhorias na saúde e qualidade de vida" afirma Parente. O especialista ainda completa: "quando temos uma intensidade mais alta ainda, com menos do que 30 minutos também é possível obter resultados tão interessantes quanto".
Cristiano Parente ressalta que nosso corpo responde de forma mais positiva quando realizamos qualquer movimento e esforço além do que já estamos acostumados. "A atividade física bem controlada só nos traz reflexos positivos. Qualquer tipo de atividade que englobe um esforço físico maior terá como resultado uma musculatura mais forte, uma melhor circulação do sangue e um maior consumo de energia, com resultados muito claros quando acompanhados de alimentação e descanso adequados. O que resulta em uma série de benefícios para a saúde ao longo da vida", aponta.

Cristiano Parente - Eleito o melhor personal trainer do mundo em concurso realizado no final de 2014 em Nova York (EUA) pela Life Fitness, maior fabricante de equipamentos de academia do mundo, o brasileiro superou mais de 1.700 treinadores de 43 países na competição.Cristiano tem três graduações pela Universidade de São Paulo (USP) – Bacharelado em Educação Física, Bacharelado em Esporte e Licenciatura em Educação Física -, além de quatro pós-graduações. É um dos sócios da Koatch Academia, sediada em São Paulo e especializada em atendimento personalizado há mais de dez anos.

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