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terça-feira, 14 de julho de 2015

Levantamento realizado pela SulAmérica aponta que acidentes em imóveis são mais comuns no período de férias



Seguradora alerta para os cuidados necessários no dia a dia da casa e durante as viagens, quando o imóvel fica vazio por mais tempo 



 As férias de julho já chegaram e junto com elas a preocupação em proteger a residência durante as viagens. Nesse período do ano, os danos à residência devido a problemas elétricos e vazamentos são bastante comuns. Isso ocorre porque o imóvel fica vazio por mais tempo, sem a vigilância e a manutenção dos moradores. De acordo com um levantamento da SulAmérica, os meses de julho, dezembro, janeiro e fevereiro costumam ser os que mais têm sinistros, como danos elétricos e outros eventos. Em 2014, a média das ocorrências nos quatro meses foi 25% mais alta do que a média do ano.
Ainda de acordo com a seguradora, os serviços mais procurados durante esses meses são: eletricista, reparos hidráulicos (bombeiro e desentupimento), chaveiro e conserto de eletrodomésticos (máquina de lavar, máquina de secar, fogão, micro-ondas, geladeira e freezer). Em julho de 2014, os reparos hidráulicos foram os mais acionados, representando 32% de todas as solicitações feitas. O mesmo ocorreu no mês de janeiro de 2015, quando também foi o principal acionamento, com 29%. 
“Acreditamos que o imóvel deve estar protegido durante o ano todo. Mas, claro que, ao ficar vazia durante o período de férias, a residência fica mais vulnerável e exposta a acidentes. Por isso, aproveitamos o momento para reforçar a importância de se ter um seguro Residencial, que, além de oferecer coberturas abrangentes, disponibiliza vários serviços de assistência. Com eles, é muito mais fácil garantir a segurança e manutenção do lar”, explica o Vice-Presidente de Auto e Massificados da SulAmérica,Eduardo Dal Ri.
A contratação de seguros residenciais é uma forma de aumentar a segurança nas residências. Além de indenizar danos que podem ser provocados por incêndios, raios, explosões, entre outros, o seguro também oferece serviços de manutenção para que pequenos defeitos, como os elétricos e hidráulicos, não se transformem em ocorrências mais graves.  
A SulAmérica ressalta a importância do seguro Residencial e incentiva seus segurados a manter uma rotina de cuidados que, além de simples, podem manter a residência mais protegida, especialmente durante o período de férias.
Dicas de prevenção de acidentes elétricos:
- Evite ligar muitos aparelhos eletrônicos no mesmo benjamin. A sobrecarga de energia pode ocasionar aquecimento dos equipamentos e fios, provocando incêndios.
- Não deixe itens de fácil combustão, como papéis e tecidos, em contato ou muito próximos de lâmpadas.
- Certifique-se que não há risco de animais domésticos mastigarem ou urinarem em fios e objetos elétricos.
- Não deixe adaptadores para eliminar mosquitos perto de cortinas e móveis. Coloque-os em tomadas seguras.
- Garanta que não haja contato de tomadas e interruptores com água, tendo cuidado sempre que limpar a casa.
- Mantenha as instalações elétricas em bom estado. Isso evita mau contato, sobrecarga ou curto circuito.
- Realize a manutenção periódica da rede elétrica, de ar-condicionados e outros equipamentos. Também não faça instalações irregulares, conhecidas como “gatos”. O risco de acidente é muito maior.
- Se a casa for ficar muito tempo desocupada, desligue a chave elétrica principal.
Dicas de prevenção de acidentes com gás:
- Os botijões de gás devem ser guardados em locais limpos e bem ventilados. De preferência, do lado de fora de casa, mas protegido contra chuva, sol e fontes de calor. Também procure fechar o registro quando ele não estiver em uso.
- Certifique-se de que o regulador de pressão do botijão, a mangueira e a braçadeira do botijão de gás estão bem ajustados. Para testar se há vazamentos, uma forma usual é passar uma esponja com detergente ou sabão nas conexões do regulador de pressão e da mangueira e ver se alguma bolha aparece. Caso isso ocorra, é sinal de que há algum vazamento e que é preciso apertar as conexões.
- Sempre olhe a validade do regulador de pressão e da mangueira do botijão de gás. O regulador de pressão, por exemplo, é válido por cinco anos.
- Para uma maior segurança, cômodos com aparelhos de gás devem ter ventilação permanente.
- Caso sinta cheiro de gás, não risque fósforos e nem acenda ou apague luzes. Abra as portas e janelas para aumentar a circulação de ar e resolva o vazamento o mais rápido possível. Caso não seja possível, fique longe do local e chame os bombeiros.
Outras formas de prevenir acidentes dentro de casa:
- Dificulte o acesso de crianças a objetos que produzam fogo, como isqueiros e fósforos, e iniba o contato delas com esses itens.
- Nunca deixe o ferro ligado sem estar no mesmo cômodo.
- Velas não devem estar acesas sem supervisão.
- Tenha cuidado com cigarros mal apagados jogados na lixeira ou cinzas que podem voar ainda acesas.
- Antes de sair de casa, verifique se desligou todos os aparelhos e que não há nenhum elemento de risco, como velas acesas.
- Evite utilizar produtos inflamáveis na faxina, como álcool e querosene

Acordo nuclear com o Irã: cedo ou tarde demais?




O acordo nuclear finalmente alcançado entre o Irã e as potências ocidentais expõe destrezas e fraquezas de ambos os lados, o que dificulta uma prévia análise do fato. Seria imprudente comemorar tal fato – apesar de não deixar de ser um ganho diplomático importante para as partes envolvidas – justamente pelos efeitos que o citado acordo irá (ou não) surtir. Abaixo seguem pontos relevantes a respeito: 
Uma questão de sobrevivência
Que este acordo vem melhorar relações bem estremecidas, sem dúvidas. Entretanto, o programa nuclear iraniano é a barganha política para a sobrevivência do regime em Teerã. E isto não tem nada a ver com ameaças a Israel ou retóricas antiocidentais, que frequentemente são ecoadas pelo governo iraniano, mas sim com política doméstica. O regime teocrático do Irã é extremamente impopular entre a população – já são 34 anos de vários tropeços sociais, políticos e econômicos. Apesar do país ser signatário do TNP (Tratado de Não-Proliferação Nuclear, o que teoricamente compromete o desenvolvimento de armas atômicas) e de ter declarado uma “fatwa” (condenação islâmica) ao desenvolvimento de tais artefatos, uma eliminação do programa nuclear deixaria o regime iraniano politicamente mais vulnerável, para a alegria do Ocidente e de boa parte da sua própria população. 
Importante para quem? 
Lá pelos idos de 2010, quando vivia em Teerã, lembro da Declaração de Teerã sendo concluída entre Itamaraty e os persas, na presença do ex-presidente Lula, e as indagações dos iranianos com relação ao assunto: “Mas por quê vocês ocidentais se importam tanto com algo que nós não damos a mínima? Nem lembramos que isso existe!”. Os iranianos, de modo geral, pouco se interessam, nem dão importância, pelo fato de seu país desenvolver tecnologia nuclear. O rechaço vem, sobretudo, da única potência nuclear da região, Israel, coincidentemente arquirrival política da nação persa. A agitação política regional, ressoada na mídia internacional, com base no desespero israelense em ver seu vizinho desenvolver um programa atômico faz com que o Irã seja pressionado com sanções ocidentais que afetam diretamente sua saúde econômica.
Fazendo as contas
O Congresso norte-americano tem ainda 60 dias para ratificar tal acordo. Caso isso seja alcançado, a remoção das sanções (prevista no acordo) será uma questão gradual de tempo. Com a ausência de sanções, empresas europeias (e triangulações de outras norte-americanas), bem como empresas de todo o mundo, voltarão a operar no Irã e injetar bilhões na economia persa. Ganham a diplomacia norte-americana e o Ocidente – lucrando ainda mais, e ganha o regime teocrático de Teerã – um fôlego extra. Perdem Israel e os países árabes, que sempre viram o regime como uma ameaça existencial. Afinal, o Irã é o maior país em território do Oriente Médio, com 75 milhões de consumidores jovens (70% da população tem menos de 35 anos), com uma renda média razoável, ávidos por adquirirem bens ocidentais. Um enorme mercado.
Mudança para quê? 
Politicamente falando, nada substancialmente muda no governo teocrático iraniano, para a infelicidade de seus inimigos internos e externos. Nada muda para os Estados Unidos e seus aliados, que voltarão a lucrar naquele imenso mercado pago em petrodólares. Os iranianos continuarão a viver sob um regime o qual estão extremamente cansados, seu programa nuclear será deveras diminuído (mas não interrompido) e o Ocidente, ao comando de Israel, continuará demonizando o governo de Teerã. O que deveria ter um impacto político, acaba mais como um acordo econômico. Sendo assim, excluindo o fato diplomático louvável, pergunto se não está tarde demais para celebrarmos uma boa intenção que chega já fora de tempo, tardia.

Jorge Mortean: - Geógrafo, bacharel pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Estudos Regionais do Oriente Médio. Pesquisador das relações diplomáticas entre a América Latina e o Oriente Médio, é doutorando em Geografia Política, também pela USP e Professor do curso de Relações Internacionais da FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado. www.linkedin.com/in/jorgemortean

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