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quarta-feira, 4 de setembro de 2019

8 mudanças que prometem revolucionar o futuro do trabalho


PageGroup lista as transformações que devem impactar as relações trabalhistas

A dinâmica de trabalho que conhecemos hoje promete mudar drasticamente nos próximos anos. É o que mostra o PageGroup, referência mundial em recrutamento especializado de executivos de todos os níveis hierárquicos. De acordo com a companhia, tendências como maior concorrência no mercado de trabalho, transformação constante de carreiras e empresas, aprendizado e modificação de rotina com mais frequência e horário de trabalho flexível são algumas das mudanças que devem movimentar o mercado e as relações trabalhistas nos próximos anos.
“É comum que o mercado de trabalho passe por transformações ao longo dos anos. Porém, notamos que essas transformações vêm acontecendo com mais velocidade graças ao rápido desenvolvimento da tecnologia e da ciência. O desafio para os executivos é se adaptar aos novos tempos e absorver de forma dinâmica novas demandas e foco no aprendizado contínuo”, explica Gil van Delft, presidente do PageGroup no Brasil.
Confira as oito mudanças que devem impactar o mercado de trabalho:

1) Maior concorrência no mercado de trabalho

Esqueça classe social e econômica, orientação sexual e gênero ou distância do local de trabalho. As empresas irão selecionar o candidato que julguem mais atrativos para a vaga em aberto, sem se importar com essas questões. A seleção de perfil será mais criteriosa e estritamente baseada no conhecimento técnico. “A concorrência cada vez mais é global. Vários empregos e atividades podem ser feitos no Brasil, Índia, México ou outra localidade. A pessoa não concorre apenas dentro do seu setor ou empresa, e sim com outros países e candidatos que podem executar a mesma atividade. Outro aspecto que deve ser considerado é a concorrência com robôs ou sistemas de automação, que farão boa parte das atividades operacionais hoje feitas por humanos”, destaca Gil.

2) Carreira numa mesma empresa?

A dinâmica de trabalho em sintonia com a evolução tecnológica e cientifica irá permitir aos profissionais buscarem projetos específicos que agradem seu perfil. Por isso, a troca de empregos será mais natural. As empresas terão de se adaptar a essa dinâmica e buscar novos caminhos para atrair e reter os melhores profissionais do mercado. “As empresas terão de se adaptar também às dinâmicas que os profissionais buscam. Hoje buscam trabalhos de curta duração e projetos com início e fim. Aí surge um desafio para as empresas em atração e retenção e provocar maior produtividade desses profissionais”, conta o executivo.

3) Mais estudos

Para se manterem relevantes no mercado, os profissionais terão que aperfeiçoar seus conhecimentos com mais frequência. Esqueça a rotina e longa duração dos cursos de graduação. Atualizações pontuais e cursos de reciclagem com duração rápida e on-line ditarão o aprendizado do profissional do futuro. “A tecnologia vai exigir atualização mais constante das pessoas não apenas sobre novas tecnologias, mas também como utilizá-las. A liderança terá um desafio de como construir uma empresa e mantê-la competitiva num mercado que está em constante movimentação”, analisa Gil.

4) O escritório do futuro será onde o profissional quiser

Tem uma viagem no meio da semana, mas não pode ir por conta do trabalho? Isso é passado. No futuro, trabalhar de qualquer lugar fora do escritório será comum. A prática permitirá à empresa poupar gastos e ao profissional tocar novos negócios e expandir sua dinâmica de trabalho. O modelo de escritório físico irá mudar drasticamente e em alguns casos poderá ser itinerante, com espaços esporádicos de coworking servindo para reuniões. “A tecnologia com vídeo conferência é um grande facilitador para que o profissional do futuro possa trabalhar de onde quiser. A troca de arquivos em nuvem, sem perder qualidade ou agilidade, também mudou o panorama nesse sentido,” explica Gil Van Delft.

5) As oito horas de trabalho diárias serão extintas

Flexibilidade para entrar e sair do trabalho, cargas menores no expediente e horas reduzidas serão fatores imprescindíveis para os profissionais do futuro escolherem uma empresa para trabalhar. O profissional do futuro irá considerar inadequada a prática de estar presencialmente nas companhias oito a nove horas por dia. “Uma das prerrogativas da diminuição da carga horária é o bem-estar familiar e pessoal. O profissional do futuro, além das atribuições técnicas, também terá foco em realizações pessoais, como trabalhos sociais e qualidade de vida”, diz.

6) A tecnologia será uma forte aliada

A automatização dos processos é uma realidade. Porém, a procura por profissionais que saibam manejar as novas tecnologias irá aumentar consideravelmente. As empresas do futuro irão promover sinergia entre fator humano e automação. Os colaboradores que souberem trabalhar em harmonia com as novas tecnologias, promovendo maior produtividade e mudanças positivas, estarão em evidência.

7) Globalização econômica

Por um tempo globalização foi a palavra que mais ouvimos falar. Hoje os limites geográficos, quando falamos de empregos e negócios, não são mais um entrave. É importante que o profissional fique atento aos novos mercados que irão surgir que, hoje em dia, não são tão falados. Pense em rotas comerciais, e-commerce e costumer experience de uma forma mais interativa e entrega de produtos consideravelmente mais prática e rápida. “Nesse sentido, como citei, o profissional que estiver alinhado a tecnologia de forma que otimize os negócios, terá destaque no mercado de trabalho. O ideal é que a tecnologia seja uma aliada e não concorrente”, discorre Gil.

8) Novas profissões

Algumas profissões que ainda não foram criadas já estão em constante mudança. O avanço científico e tecnológico começa a mudar o perfil das profissões que ainda estão sendo desenvolvidas. A evolução é tamanha que cerca de 70% das crianças de hoje em dia trabalharão em profissões que ainda não existem.

ME economiza mais de R$ 12 milhões/ano com uso de TI


Além de mais barato, atendimento ao cidadão ficou mais rápido


O Ministério da Economia do Governo Federal economiza mais de R$ 12 milhões por ano, desde 2017, com a implantação de soluções tecnológicas que modernizaram o atendimento para mais de 1,5 milhão de cidadãos e usuários de seus serviços. A implantação da Central Única de Serviços, ferramenta da tecnologia da informação que reuniu os 11 sistemas estruturantes (SICONV, SCDP, SIASG, PEN, SIOP, DEPEX, SIPEC, SPU, CSC, INOVA, SI-SISP) da pasta, em uma única interface, trouxe uma grande diferença nos custos de atendimento para o ministério. Ao eliminar formulários e acabar com o entupimento de caixas de e-mail e congestionamentos em ramais telefônicos dos servidores, que ocasionavam verdadeiro caos, a automatização dos serviços informatizados geridos pelo ME rendeu, ainda, maior fluidez e otimização para as suas rotinas internas. O uso da tecnologia acabou com a demora ou atraso na prestação de serviços ao substituir um método ineficaz, que não comportava qualquer gestão e controle de prazos do serviço, por modernas ferramentas de integração e atendimento.

O ganho que a Tecnologia da Informação proporcionou não foi só para o ME, mas beneficiou, principalmente, a população. O cidadão, que antes não tinha qualquer controle de suas solicitações ou retorno satisfatório de suas demandas, hoje pode solicitar e acompanhar a evolução dos serviços de maneira eletrônica, sem precisar sair de casa. O acompanhamento on-line permite economia no deslocamento e reduz o tempo de espera em longas filas, o que ajuda, também, a desafogar a rotina dos servidores.

A modernização do Ministério da Economia se tornou possível com a implantação de sistemas informatizados de atendimento direto ao cliente. O Portal de Serviços – espaço para o autoatendimento, que inclui, também, o Teleatendimento – permitiu que todos os serviços do ministério fossem interligados. Em aproximadamente 3 meses, foi desenvolvido um modelo de atendimento para integrar grandes sistemas com mais de 2.180 serviços oferecidos por sistemas estruturantes. Também foram implantados os Assistentes Virtuais (Chatbots), para ampliar e facilitar o alcance da informação aos usuários, através de artifícios tecnológicos.

Os sistemas estruturantes compõem a forma tecnológica que dá suporte ao funcionamento dos sistemas estruturadores (mecanismos de organização) do governo. Sem eles, a administração do estado brasileiro seria bem mais complexa, devido ao grande volume populacional e extensão territorial. Os sistemas estruturantes apoiam, por meio da Tecnologia da Informação, atividades como a execução financeira e orçamentária do Governo Federal, a administração de pessoal, contabilidade, auditoria e serviços gerais.

“Este projeto é um elo que aproxima o Governo do cidadão, desburocratizando os processos de atendimento. ”

Edercio Bento, Coordenação-Geral de Serviços aos Sistemas Estruturantes Ministério da Economia


Assistentes Virtuais – Exemplo prático da eficácia que a Tecnologia da Informação provocou dentro do Ministério da Economia ocorreu com a substituição do canal de atendimento Alô Segep, que fazia cerca de 9 mil atendimentos por mês, pela Central Sipec (Sistema de Pessoal Civil da Administração Pública Federal). Além de ampliar o atendimento para a mais de 11 mil aposentados, pensionistas e anistiados, as demandas passaram a ser resolvidas já no momento do contato.

A Central Sipec possuí outros canais para atendimento, como o 0800, Portal de Serviços e a Assistente Virtual Cessi, que atende aposentados e pensionistas em tempo real. Além deste, foram implantados outros Chatbots denominados Lia, Beta e Isis. Outro robô, a Lúcia, da Plataforma Digital Inova, atende a mais de 72 milhões de usuários prestando informações sobre alistamento militar, Enem, Passe Livre Estudantil, Prouni, entre outros.

Tempo de atendimento - As iniciativas digitais do Governo Federal em busca de maior eficiência se traduzem também em outros números. Em setores do ME foi reduzido em 50% - de 16 para 8 minutos - o tempo médio de atendimento do usuário. O uso da inteligência artificial facilitou o acesso dos cidadãos aos serviços e informações de toda a pasta - orçamento, estatística, administração financeira, contabilidade, auditoria, Tecnologia da Informação, transferências de recursos, emendas parlamentares e serviços gerais, para toda a administração pública federal, municipal, estadual e Distrito Federal - nas 24 horas do dia, durante os 7 dias da semana e em qualquer hora. Para o Secretário de Gestão, Cristiano Heckert, a introdução da inteligência artificial traz a redução de custos. “Estimamos uma redução de pelo menos R$ 1,5 milhão em cada uma dessas plataformas por ano à medida que os atendimentos vão migrando para o assistente virtual”, afirma o secretário.

O processo de informatização e modernização do Ministério da Economia foi desenvolvido pela empresa brasiliense Central IT. A empresa se utilizou da solução de Gestão de Serviços, CITSmart, para atender às necessidades do ministério e possibilitar a extração de relatórios com informações compiladas e estruturadas, em tempo real, que contribuem para o gerenciamento dos processos. O contrato abre novas possibilidades de crescimento e modernização tecnológica para o ME.


Central IT e Ministério da Economia

A parceria contemplou a contratação de serviços técnicos, sob demanda, para implantação de sistemas informatizados para o serviço de atendimento direto ao cliente.

Em aproximadamente 3 meses de projeto, foi estruturado um modelo de atendimento para integrar 6 grandes sistemas mapeados em mais de 2180 serviços oferecidos pelos portfólios dos sistemas estruturantes, permitindo o repasse de informações atualizadas e precisas, de forma coerente e fácil.

Logo no início do projeto foram identificados os principais desafios, como a escolha do desenho do modelo de atendimento para atingir ao maior número de pessoas. A intenção, neste ponto, era promover acesso aos serviços com rapidez e alto índice de satisfação, através da utilização dos sistemas estruturadores, porém, sem deixar de lado a qualidade do serviço prestado e a economia para administração pública.

“Cabe ressaltar que, além da tecnologia envolvida, o projeto também utiliza um modelo inédito de remuneração à empresa. Nestes moldes, a empresa é remunerada pelo esforço dispensado no atendimento, de acordo com a complexidade de resolução do atendimento. Dessa forma, o Ministério da Economia pode adequar suas demandas conforme a sazonalidade anual dos atendimentos. Por outro lado, Central IT pode adequar sua equipe. Essa flexibilização gera maior gestão do contrato e cumpre os princípios da administração pública” acrescenta o Coordenador-Geral de Serviços aos Sistemas Estruturantes Ministério da Economia, Edercio Bento.

Empoderamento feminino na gestão das empresas



Novíssimo relatório da ONU Mulheres — que antecede à comemoração de 25 anos, em setembro de 2020, da antológica Declaração e Plataforma de Ação de Pequim de 1995, um marco do empoderamento feminino — aponta com clareza alguns desafios ainda a serem vencidos para a conquista da igualdade de gênero no mercado de trabalho. As dificuldades partem da persistente carga extra de trabalho e responsabilidades inerentes ao cargo de "dona de casa".

O estudo, intitulado O progresso das mulheres no mundo 2019-2020, observa: "Pouco mais da metade da população feminina com idades entre 25 e 54 anos é economicamente ativa, proporção que sobe para dois em cada três no caso das solteiras. Por sua vez, 96% dos homens casados estão economicamente ativos. Uma das principais causas dessas desigualdades é que as mulheres continuam a realizar trabalho doméstico triplo e cuidados não remunerados".

Parece que o problema agrava-se nas conjunturas de crise econômica, como se observa no Brasil. É o que se depreende na análise do Relatório sobre Disparidade de Gênero do Fórum Econômico Mundial. Em sua última edição, divulgada em dezembro de 2018, o Brasil havia caído cinco colocações e recuado para o 95º lugar. Nosso país manteve a lacuna entre homens e mulheres no maior nível desde 2011. No ranking geral, aparece com 0,681 ponto, em uma escala que vai de zero a um.

É importante salientar que são muitos os avanços na igualdade de gênero, em especial a partir da segunda metade do século passado e nas duas primeiras décadas do atual. No entanto, dada a dimensão milenar e grave das desigualdades, ainda há muito o que avançar. A sensação é de que os progressos são muito lentos ante o passivo histórico existente e os retrocessos conjunturais que ocorrem. Porém devem ser comemorados e colocados como parâmetros para a continuidade da mobilização em favor da igualdade de gênero.

Observa-se um desses avanços em área relevante para o empoderamento feminino, que é a gestão de empresas. A 12ª edição do estudo A Governança Corporativa e o Mercado de Capitais Brasileiro, elaborado pelo ACI Institute em parceria com o Board Leadership Center, ambas iniciativas exclusivas da KPMG, mostra que sete por cento é a média de participação de mulheres nos Conselhos de Administração das 223 grandes companhias analisadas. O número é 1% maior em relação a 2016. Em 2013, quando o dado foi avaliado pela primeira vez, o índice era de 6,25%. Na mesma direção, dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) mostram que o índice de mulheres de 30 a 49 anos ocupando cargos de gerência e diretoria cresceu de 32,3% e 31,9%, respectivamente, em 2003, para 39,2% e 42,4%, em 2017.

É animador observar tais avanços no Brasil, pois são uma evidência de que podemos progredir ainda mais no contexto de um direito humano fundamental. À medida que mais mulheres, por absoluto mérito, passem a ocupar cargos de gerência e direção de empresas, inclusive grandes companhias, elas próprias serão protagonistas na busca pela paridade de oportunidades e de salários e da igualdade de gênero em todos os seus aspectos.




Verônica Szuster - mestre em Serviço Social e pós-graduada em Educação (PUC-Rio), palestrante da ONU e consultora técnica da Comissão Nacional dos Direitos Humanos do Governo Federal, é sócia-diretora da MedLevensohn.


Plano de Saúde é utilizado por 88% dos beneficiários, aponta IESS



Pesquisa realizada pelo Ibope indica que planos são contratados para serem usados, diferente de outros tipos de seguro


Em média, 88% dos beneficiários de planos médico-hospitalares utilizam serviços de saúde todo ano. O dado consta em pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência a pedido do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) e revela que o desejo de ter um plano de saúde, o 3° maior do brasileiro segundo a mesma pesquisa, é justificado também pelo uso dos serviços de assistência médica.

A pesquisa indica que 86% dos beneficiários destes planos de saúde passaram por ao menos uma consulta nos últimos 12 meses; 78% realizaram exames diagnósticos; e, 17% foram internados. "O resultado indica claramente que o brasileiro adquire um plano de saúde na quase certeza de que terá necessidade de utilizá-lo assim que tiver cumprido as carências", avalia José Cechin, superintendente executivo do IESS. "Isso vale tanto para os novos adquirentes quanto para todos os que já têm plano ou seguro de saúde, pois 88% de todos eles percebem a necessidade de utilizá-lo a cada ano", completa.

O comportamento é bastante diferente daquele encontrado em outros segmentos de seguro. Por exemplo, o total de solicitações para cobertura de sinistros automobilísticos está ao redor de 29% de toda a carteira segurada, de acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), autarquia vinculada ao Ministério da Economia que é responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Ou seja, de cada 100 veículos segurados, 29 buscam atendimento de algum sinistro junto ao segurador.

Cechin reforça que a diferença é positiva. "Enquanto ninguém quer usar o seguro do automóvel, porque isso significa que a pessoa se envolveu em um acidente, a maioria dos beneficiários recorre à serviços de assistência à saúde, inclusive procedimentos preventivos, a cada ano", comenta. "Isso significa que os beneficiários estão se cuidando mais e terão mais qualidade de vida no futuro", prevê.

O levantamento do Ibope revela, ainda, que ter segurança e respaldo com relação à saúde é o principal motivo para ter um plano de acordo com 48% dos beneficiários. Já 34% dos entrevistados apontam a qualidade do atendimento como o principal motivo para a posse de um plano.

O IBOPE Inteligência ouviu 3,2 mil pessoas (1,6 mil beneficiários e 1,6 mil não beneficiários) em oito regiões metropolitanas do País (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Brasília e Manaus) entre abril e maio de 2019. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos porcentuais (p.p.) para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.


Saiba transformar conflitos empresariais em oportunidades



Este tempo de transição nos têm obrigado a rever nosso modelo de relação com o mundo, com as pessoas e conosco. Somos provocados diariamente a reconsiderar uma certa forma linear de pensamento para uma abordagem sistêmica e complexa de lidar com as situações mais rotineiras.

Nas organizações, os tempos parecem ainda mais desafiadores. Um ambiente de incertezas, ambiguidade e complexidade, no qual temos que lidar com um alto nível de estresse cotidiano, numa busca frenética pelo atingimento de mais resultados no menor tempo possível.

Esse cenário contribui imensamente para uma incapacidade de relacionamentos conectados e autênticos. Nesta emergência, na qual parece não haver mais o tempo da Presença, da Reflexão, do Diálogo ou da Empatia, nos perdemos em nossos sentimentos, nas expectativas, nos julgamentos, nas necessidades, percepções e ações.

Vivemos ainda hipnotizados pela tecnologia, que nos permite estar em vários lugares ao mesmo tempo. Tudo é muito rápido, com distanciamento, individualismo, superficialidade nas relações e ilusão de que somos separados uns dos outros. Enfim, são muitos os fatores que provocam relações conflituosas.


Personificamos os conflitos” e “coisificamos” as pessoas

O conflito está presente nas relações humanas, é natural e pode ser compreendido como positivo ou negativo, de acordo com cada experiência. Os aspectos negativos do conflito são bastante conhecidos para todos nós e tomam corpo efetivamente quando o espírito da competição supera o da cooperação, transformando os personagens do conflito em adversários e inimigos.

Personificamos os conflitos e “coisificamos as pessoas” quando mergulhamos nas polaridades, aumentando o grau de agressividade e violência. Seja por vaidade, interesses pessoais, agendas ocultas, ignorância, percepções equivocadas, cristalização dos pontos de vista, falta de contato com nossas próprias necessidades e sentimentos ou, ainda, ausência de empatia, gerando uma grande desconexão entre as pessoas.

Entretanto, também é possível experimentar o conflito como uma experiência positiva e transformadora, na qual liberamos poderosas energias criadoras que podem ser convertidas em diferentes resultados e gerar oportunidades nas organizações.


O conflito gerando oportunidades nas organizações

Em uma organização que necessita do trabalho coletivo para o atingimento de objetivos comuns, a abordagem positiva de conflitos oportuniza diálogos mais abertos e autênticos. Considera a ambiguidade, a complexidade a volatilidade, as incertezas e as múltiplas inteligências.

O conflito é vivenciado como uma janela de oportunidade para um pensar mais avançado. Convida a decisões mais compartilhadas e inclusivas. Com isto, promove a busca criativa por soluções mais abrangentes. Uma cultura que acolhe o conflito como uma possibilidade de aprender promove relações de confiança e maturidade.

Em uma de suas obras, o economista Friedrich Glasl afirmou que somente quando as pessoas forem hábeis em conflitos, conseguirão trabalhar construtivamente com diferenças, atritos e tensões. Ele aponta as seguintes habilidades como imprescindíveis para uma convivência positiva com conflitos:

1 - Perceber claramente, o quanto antes, fenômenos de conflito em si mesmo e nos arredores (observar-se e observar o outro com curiosidade, suspendendo julgamentos)

2- Entender os mecanismos que ajudam a intensificar os conflitos e conduzem ao envolvimento (arrebatamento)

3- Saber utilizar métodos para expressar os próprios objetivos (cuidando para não piorar a situação)

4- Conhecer caminhos e saber utilizar métodos que ajudem a esclarecer pontos de vista e situações (compreendendo as várias facetas, inclusive as emocionais)

5- Reconhecer bem os limites do próprio conhecimento e da aptidão, percebendo quando será necessário buscar ajuda externa.

O potencial transformador e positivo do conflito passa por sua desmistificação. Por refletirmos amplamente sobre suas causas e efeitos, exercitarmos a suspensão de julgamentos, compreendendo pontos de vista diferentes.

Passa por mudar a visão do outro como um adversário para um parceiro de conflitos. Por aprender a dialogar. Por ouvir mais e falar menos. Por investigar mais e responder menos. Pelo autoconhecimento.


Passa, enfim, por “abrirmos mão, pelo menos temporariamente, das nossas flechas envenenadas”, e conversarmos, conversarmos, conversarmos... Curiosos por buscar um ponto de solução e reconciliação para as relações que seguem na organização.






Vivian Wolff - Coach de Vida e Carreira pelo Integrated Coaching Institute (ICI); formada em Mindfulness pela Georgetown University Institute for Transformational Leadership, Washington DC; com MBA em Marketing Estratégico pela University de Catalunya, Barcelona.

Oceanos são o verdadeiro pulmão do mundo, diz pesquisador


Durante o evento Conexão Oceano, realizado no Rio de Janeiro, cientistas, atletas, jornalistas, influenciadores e artistas discutiram a importância dos ecossistemas marinhos para a sobrevivência na Terra


As algas marinhas são responsáveis pela produção de 54% do oxigênio do mundo e os mares atuam como reguladores do clima no planeta. Os dados são do Instituto Brasileiro de Florestas. Sem os serviços prestados pelo oceano, a temperatura poderia ultrapassar 100ºC e inviabilizar a vida na Terra. Além disso, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) indica ainda que peixes e frutos do mar são a principal fonte de proteína para uma em cada quatro pessoas no mundo.

Diante da importância de um oceano saudável para a vida, cerca de 350 pessoas estiveram reunidas na última terça-feira (3/9), no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, para participar do Conexão Oceano. Entre os condutores do debate e da sensibilização da plateia estavam personalidades de diferentes setores, como o ator Mateus Solano, as jornalistas Sônia Bridi e Paula Saldanha, a atriz Maria Paula Fidalgo, a velejadora olímpica Isabel Swan, o empresário Vilfredo Schurmann, o surfista Rico de Souza, os pesquisadores Frederico Brandini, Alexander Turra e Ronaldo Christofoletti, entre outras.

Durante o encontro, os participantes debateram os impactos sofridos pelos mares, além de compartilharem formas de engajar a sociedade em torno do tema, que é de extrema relevância para a sobrevivência e para o desenvolvimento econômico e social. O público foi formado principalmente por comunicadores, empresários, representantes da sociedade, pesquisadores e estudantes.

Professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), Frederico Brandini destacou o importante papel dos oceanos, lembrando que eles são o verdadeiro pulmão do mundo. "Neles é que estão as algas marinhas responsáveis pela produção da maior parte do oxigênio consumido no planeta. Se quisermos continuar usufruindo da generosidade oceânica, precisamos melhorar o currículo didático do ensino fundamental. Além da educação, outra forma de preservar os mares é comunicando mais e melhor”, enfatizou.

Durante sua fala, Mateus Solano lembrou que os humanos não são donos do planeta. "Somos filhos dele. Precisamos dar alguns passos atrás e entender quais caminhos errados tomamos no decorrer da história. Um deles foi utilizar tanto plástico. Se não repensarmos tudo isso, a natureza continuará sofrendo. E é importante lembrar que ela não precisa de nós. A gente é que precisa dela", ressaltou.

De acordo com a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Malu Nunes, o objetivo principal do evento – promovido pela entidade em conjunto com a Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO, a UNESCO no Brasil e o Museu do Amanhã – foi aproximar as pessoas dos oceanos. “Temos o compromisso de proteger os mares, engajar a sociedade e ajudar a ter uma economia mais forte, bem-estar amplo e vida marinha conservada. A ideia foi detectar os principais desafios e ‘inputs’ para cumprirmos esse objetivo”, disse.


Comunicação

O evento foi o primeiro realizado no Brasil voltado a comunicadores, influenciadores e pesquisadores, com o objetivo de estruturar diretrizes para engajar a sociedade sobre a importância do oceano. “A comunicação é um fator importantíssimo para a conservação da saúde oceânica. Por isso, os meios de comunicação têm papel preponderante na conscientização da população nesta causa. O impacto da não conservação afeta não apenas quem vive no litoral, mas também quem está no interior”, lembrou o vice-presidente da COI/UNESCO na América Latina e Caribe, Frederico Saraiva Nogueira.

Outro ponto importante apresentado no evento é que os oceanos enfrentam problemas que podem influenciar negativamente na segurança alimentar dos seres humanos. "Precisamos reverter esse quadro urgentemente, pois a tragédia é iminente. O Acordo de Paris e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) devem ser cumpridos mundialmente e o Brasil tem um papel fundamental nessas metas, pois tem uma diversidade marinha fantástica, além de grande dependência do sistema marinho. Essa iniciativa de realizar o evento tem um papel preponderante, pois vai ajudar a propagar esse conteúdo e despertar nas pessoas o compromisso de defender o oceano, tão importante para nosso futuro", disse por vídeo o secretário especial das Nações Unidas para o Oceano, Peter Thomson.

Para Alexander Turra, Cátedra UNESCO para Sustentabilidade dos Oceanos, é preciso relacionar mais a vida do oceano com a vida da sociedade. “Os cientistas precisam ser cada vez mais protagonistas da informação. Não adianta ficar apenas dentro dos laboratórios e não interagir com a sociedade. É preciso comunicar de forma simples e objetiva aquilo que nós defendemos”, afirmou o membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza.

Já Vilfredo Schurmann destacou que “o mar está perdendo fôlego devido ao excesso de poluição. E pude ver isso ao redor do mundo”. Especializada em coberturas ambientais, Sônia Bridi afirmou que “a civilização depende barbaramente da preservação do meio ambiente e algo precisa ser feito”. As ideias surgidas no decorrer do Conexão Oceano farão parte de estratégias de comunicação em prol da conservação e sustentabilidade dos oceanos e da vida marinha, tema da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, declarada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o período de 2021 a 2030.




Sobre a Fundação Grupo Boticário

A Fundação Grupo Boticário é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário. A instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial. A Fundação Grupo Boticário apoia ações de conservação da natureza em todo o Brasil, totalizando 1.600 iniciativas apoiadas financeiramente. Protege 11 mil hectares de Mata Atlântica e Cerrado, por meio da criação e manutenção de duas reservas naturais. Atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos negócios e nas políticas públicas, além de contribuir para que a natureza sirva de inspiração ou seja parte da solução para diversos problemas da sociedade. A instituição defende que o patrimônio natural bem conservado é a base para o desenvolvimento econômico e bem-estar social. Também promove ações de engajamento e sensibilização, que aproximam a natureza do cotidiano das pessoas.


Justiça fixa termo inicial para incidência de juros de mora em casos de desistência de imóvel



Em julgamento recente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que, nos casos de desistência da aquisição de imóvel por parte do comprador, os juros de mora incidentes sobre o valor a lhe ser restituído deverão ser contados a partir da data do trânsito em julgado da sentença ou acórdão, e não a partir da data da citação da construtora ou incorporadora ré no processo.

Embora o relator, ministro Moura Ribeiro, tenha defendido a incidência dos juros de mora desde a data da citação, para evitar a interposição de recursos meramente protelatórios, ou seja, que teriam por objetivo tão somente postergar a restituição ao comprador, prevaleceu o entendimento contrário, defendido pela ministra Isabel Gallotti e seguido pelos demais ministros julgadores.

Não é novidade que o Brasil vem enfrentando uma crise político-econômica que, dentre outros efeitos, acarretou o aumento do número de ações judiciais propostas por compradores de imóveis que não possuem mais condições de arcar com o pagamento das parcelas ou que viram os preços caírem e avaliaram que as aquisições feitas no passado deixaram de valer a pena.

Por outro lado, a nossa crise político-econômica também acarretou sérios prejuízos às construtoras e incorporadoras com respectivas restituições, em especial considerando que tais valores são corrigidos monetariamente e acrescidos de juros de mora, o que tem impactado o fluxo de caixa dessas empresas, abalado as suas relações com clientes e investidores, bem como comprometido o crescimento do mercado imobiliário no Brasil.

Assim, nesse cenário, a decisão recente do STJ mostra-se importante porque, ao balizar a questão do momento de incidência dos juros de mora nos casos de desistência da aquisição de imóvel, garante maior razoabilidade e segurança jurídica para ambas as partes. 

Por consequência, acredita-se que referida decisão deve assegurar o direito de restituição dos compradores e, ao mesmo tempo, amenizar os prejuízos das construtoras e incorporadoras.




Gustavo Milaré Almeida - advogado, mestre e doutor em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e sócio de Meirelles Milaré Advogados


João Pedro Alves Pinto


Dois terços dos brasileiros preferem lidar com os bancos de forma digital, revela pesquisa

A pesquisa foi feita com 600 brasileiros e encomendada
pelo fornecedor
global de tecnologia de serviços financeiros Fiserv 

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Mais de 75% dizem que provavelmente considerariam mudar de instituição financeira se não conseguissem gerenciar sua conta facilmente no dispositivo móvel
 


Em um mundo em rápida evolução, estar sempre conectado é fundamental. O número de pessoas que trabalham em horários “comuns” está diminuindo à medida que os fusos horários internacionais e as taxas de câmbio se tornam mais importantes. Os recursos de smartphones e serviços bancários móveis estão ajudando as instituições financeiras a atender às crescentes demandas dos clientes, além de permitir que eles se destacem de seus concorrentes.

No Brasil, dois terços da população (66%) preferem interagir com sua organização financeira principal por meio de dispositivos móveis ou online, de acordo com uma nova pesquisa. Mais de 75% dos entrevistados chegaram ao ponto de dizer que provavelmente considerariam mudar de instituição financeira se não conseguissem gerenciar sua conta facilmente no dispositivo móvel.

A pesquisa feita com 600 brasileiros, encomendada pelo fornecedor global de tecnologia de serviços financeiros Fiserv, Inc. (NASDAQ: FISV) e realizada pela Toluna Insights, revelou que 42% dos entrevistados preferem usar seu smartphone, tablet ou dispositivo vestível, como um smartwatch, para interagir com suas instituições financeiras. 24% preferem seus laptops ou desktops. Apenas 16% preferem visitar uma filial tradicional e, menos de 10%, falar com um representante por telefone.

Geralmente, os entrevistados mais jovens preferem usar um dispositivo móvel, com 43% entre 18 e 34 anos, enquanto a mesma porcentagem foi registrada entre as pessoas de 35 e 54 anos que preferem smartphones, tablets ou dispositivos vestíveis. No entanto, o mobile banking não é apenas para as gerações mais jovens. Enquanto 28% dos brasileiros com mais de 55 anos ainda preferem o método tradicional de visitar uma agência, 33% responderam que atualmente preferem o banco via smartphone, tablet ou dispositivo vestível.

Rodrigo Silva, vice-presidente da América Latina e do Caribe da Fiserv, empresa sediada em Wisconsin que entrou no Brasil em 2009, diz que a importância que os brasileiros atribuem à conectividade constante deve representar para as instituições financeiras um recado para que se concentrem em melhorar suas opções digitais para reter e crescer sua base de clientes.

"Clientes de todas as idades estão percebendo a conveniência dos serviços bancários por meio de dispositivos digitais", diz. "Por meio da tecnologia, as instituições financeiras podem estar abertas o tempo todo, tornando a localização e o horário de trabalho de um cliente irrelevantes. Se os bancos se concentrarem em garantir que sua presença digital seja simples e abrangente, continuarão aptos a atender clientes existentes e atrair novos clientes, mesmo que as preferências pelo setor bancário evoluam” afirma.

A tecnologia digital da Fiserv ajuda a automatizar os processos dos bancos, qualificando a conveniência e o facilidade para os clientes. A plataforma digital da empresa atua como um orquestrador omni-channel, criando experiências seguras e intuitivas, com pontos de acesso físico e digital fáceis de configurar para clientes pessoais e empresariais por meio de uma interface sofisticada e elegante.


Celulares em alta

De acordo com uma pesquisa divulgada no recente Congresso da Federação dos Bancos do Brasil, realizado em São Paulo em junho passado, a atividade móvel está em forte ascensão. Em 2018, as transações com smartphones cresceram 80% em comparação com o mesmo período de 2017 e provavelmente superarão em breve as transações feitas via Internet banking. Enquanto as transações com computadores cresceram de 3,5 bilhões para 3,9 bilhões em 2018, as transações móveis aumentaram de 1,7 bilhões para 3 bilhões.

"O celular é o presente e o futuro", disse Silva. “No Brasil, o número de pessoas que usam dispositivos portáteis para completar suas necessidades bancárias está aumentando a cada dia. As instituições financeiras que desejam liderar e crescer devem atender às expectativas dos clientes e atualizar continuamente sua tecnologia móvel. A plataforma da Fiserv coloca o banco digital literalmente nas mãos dos clientes bancários, permitindo que eles gerenciem suas finanças quando e onde estiverem”. 

Com Parecer de Arnaldo Jardim, deputados aprovam Pagamento por Serviços Ambientais


Com parecer favorável do deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira, 3 de agosto, o Projeto de Lei 312/15, que institui a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais (PNPSA). O objetivo do projeto é o de recompensar financeiramente o produtor rural por suas iniciativas de preservação ou recuperação ao meio ambiente em sua propriedade ou posse.

"Essa legislação que queremos aprovar cria o reconhecimento e pode abrir caminho para que isso aconteça. Precisamos de iniciativas positivas e construtivas e de projetos dessa natureza para mostrar o protagonismo do Parlamento", apontou o deputado. Para ele, a aprovação do projeto será uma oportunidade para reforçar a importância da agricultura sustentável.

O parecer apresentado em plenário pelo deputado Arnaldo Jardim incorporou alterações propostas tanto na Comissão de Agricultura quanto na Comissão de Meio Ambiente.  

De autoria do deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR) e do Deputado Arnaldo Jordy (Cidadania/PA), o projeto prioriza o auxílio a pequenos produtores, indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais na conservação áreas de vegetação nativa. A proposta será enviada ao Senado Federal para votação.
Esse programa terá foco nas ações de manutenção, recuperação ou melhoria da cobertura vegetal em áreas consideradas prioritárias para a conservação, nas ações de combate à fragmentação de habitats e para a formação de corredores de biodiversidade e para a conservação dos recursos hídricos.

A proposta visa principalmente estimular a implantação de projetos privados voluntários de provimento e pagamento por serviços ambientais, envolvendo iniciativas empresariais, de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) e outras organizações não governamentais.  Para participar, o interessado deverá se enquadrar em uma das ações definidas para o programa, comprovar uso ou ocupação regular do imóvel rural e inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR), além de assinar um contrato.


Pagamento

O pagamento dependerá da verificação e comprovação das ações, conforme regulamento. Para o financiamento do programa, a União poderá captar recursos de pessoas físicas e jurídicas   e nesse sentido sugerimos que o poder público possa conceder incentivos tributários aos financiadores, a ser definido pelo Poder Executivo.

O pagamento pelos serviços ambientais poderá ser de várias formas: direto (monetário ou não); prestação de melhorias sociais a comunidades rurais e urbanas; compensação vinculada a certificado de redução de emissões por desmatamento e degradação; comodato e Cota de Reserva Ambiental instituída pelo Código Florestal (Lei 12.651/12).

Receitas obtidas com a cobrança pelo uso dos recursos hídricos, de que trata a Lei 9.433/97, poderão ser usadas para o pagamento desses serviços ambientais, mas dependerão de decisão do comitê da bacia hidrográfica. A inclusão desse dispositivo vai garantir a manutenção dos programas de produtor de água, implementado pela ANA e que tanto tem contribuído pra a qualidade da água em bacias críticas.  Outras modalidades de pagamento poderão ser estabelecidas por atos normativos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que será o órgão gestor da política nacional.

No caso dos valores financeiros recebidos, o substitutivo prevê que eles não farão parte da base de cálculo de tributos federais como o Imposto sobre a Renda, a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), o PIS/Pasep e a Cofins, como forma de reduzir os custos de transação dos contratos de PSA, assegurando maior renda ao provedor.

Além dessas medidas, o Poder Executivo poderá conceder incentivos tributários para promover mudanças nos padrões de produção e de gestão dos recursos naturais para incorporação da sustentabilidade ambiental e fomentar a recuperação de áreas degradadas.

Outra forma de benefício é a concessão de créditos com juros diferenciados para a produção de mudas de espécies nativas, a recuperação de áreas degradadas e a restauração de ecossistemas em áreas prioritárias para a conservação, em áreas de preservação permanente (APPs) e em reserva legal em bacias hidrográficas consideradas críticas.

Estão englobadas como medidas de incentivo também a assistência técnica para o manejo sustentável da biodiversidade; programas de educação ambiental voltados a populações tradicionais e agricultores familiares; e incentivos a compras de produtos sustentáveis associados a ações de conservação e prestação de serviços ambientais na propriedade ou posse.

O Projeto de Lei nº 312, de 2015, institui a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais (PNPSA), por meio da qual se busca premiar as ações voltadas para defesa do meio ambiente. O princípio do PSA é reconhecer as iniciativas individuais ou coletivas que favoreçam a manutenção, a recuperação ou a melhoria dos serviços ecossistêmicos, por meio de remuneração financeira ou outra forma de recompensa.

            Essa estratégia nasceu na Costa Rica em 1997, como uma política orientada para estimular a conservação de florestas por meio de pagamentos feitos diretamente a donos de terras que optavam voluntariamente por não se engajar em ações de desmatamento. Dados mostram que o programa conseguiu reverter um quadro agudo de desmatamento que vinha ocorrendo na Costa Rica desde a década de 1960, contribuindo até para uma expansão da área florestada do país.

No ordenamento jurídico brasileiro, estímulos econômicos à conservação ambiental não são novidade. Experiências de pagamento por serviços ambientais vêm sendo desenvolvidas também pela Agência Nacional de Águas em bacias críticas, em Municípios dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Rio e Janeiro e Santa Catarina.

Na esfera federal, a Lei nº 12.512, de 2011, que instituiu o Programa de Apoio à Conservação Ambiental, concede R$ 300,00 ("Bolsa Verde") para famílias de assentados, ribeirinhos, extrativistas, populações indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais que mantenham a cobertura vegetal de sua propriedade, explorando o ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais.

É importante observar que a legislação ambiental brasileira é detalhada, abrangente e rigorosa, sendo orientada por uma concepção de comando e controle, que visa reduzir os impactos negativos da ação do homem sobre o meio ambiente por meio de penalizações, multas - é o princípio do "poluidor-pagador".  Além disso, a regulamentação de comando e controle é inflexível, não oferecendo incentivos para melhorar a qualidade do meio ambiente para além dos padrões definidos por lei.

A Politica Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais, ao contrário, busca inserir o princípio do estímulo e indução como forma de mudar comportamentos nocivos ao meio ambiente por meio da recompensa. O PSA constitui, assim, uma estratégia complementar à legislação de comando e controle, haja vista que a preservação ambiental terá maior eficácia quando se utilizar políticas de incentivo, como aquela baseada no principio do "provedor-recebedor".

Considerando que, segundo dados da Embrapa, 30,2% do nosso território conserva sua vegetação nativa, o pagamento por serviço ambiental surge, para o produtor rural, como uma grande oportunidade, uma vez que ele não é mais apenas produtor de bens agropecuários, mas também de serviços ambientais.  Especialistas encaram o pagamento por serviços ambientais como uma forma eficiente de incentivar a preservação ambiental uma vez que concilia atividades de preservação com geração de renda principalmente no meio rural onde, geralmente, a manutenção de áreas preservadas é encarada como prejuízo pelos produtores.


Em resumo, esta proposta poderá se constituir em um dos programas mais relevantes de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, com um componente ambiental claro de adoção concreta do conceito de serviço ambiental, de redução de emissões de gases de efeito estufa, de mudança conservacionista do uso da terra e de inclusão social.

Hotel Pullman São Paulo Ibirapuera recebe day party do Inner Circle


A sede para o próximo encontro dos membros do aplicativo de relacionamento Inner Circle será o Pullman São Paulo Ibirapuera. O hotel mais próximo ao Parque do Ibirapuera recebe os convidados em evento exclusivo para usuários da plataforma no dia 07 de setembro de 2019, a partir das 17h.

O Inner Circle foi criado em 2012 e está presente em 30 países. Com mais de 46 mil usuários ativos em São Paulo, o aplicativo cria um ambiente digital exclusivo para os usuários se relacionarem individualmente ou em grupos de amigos. O diferencial do aplicativo é que ele atua com nichos específicos de interesse de cada pessoa e tem os espaços de convivência fixos indicados pelo aplicativo para encontros, além de promover eventos como esta day party para que os usuários se conectem pessoalmente.

O Pullman São Paulo Ibirapuera, escolhido como local da festa, terá ação Do Disturb – Make Yourself a Cocktail, no deck do hotel o mixologista irá ensinar os participantes a criar o seu próprio drink. Com finger foods e welcome drink, o evento ainda conta com dois DJs. Este é o segundo grande encontro do Inner Circle em São Paulo, sendo exclusivo para os usuários da plataforma com nome na lista.




Serviço:

Pullman São Paulo Ibirapuera – Day Party Inner Circle
Local: Rua Joinville, 515 – Vila Mariana



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