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terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Verão sem sustos: cuidados com alinhadores, aparelhos e placas de bruxismo durante as férias

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Especialistas explicam como proceder diante de quebras, extravios e deformações de dispositivos odontológicos durante as viagens — e como agir em cada situação

 

 

Com a chegada das férias de verão – e a combinação de rotina mais leve, viagens e alimentação fora do habitual - cresce o número de pacientes que enfrentam imprevistos com aparelhos ortodônticos e dispositivos odontológicos. Os casos vão desde alinhadores que desaparecem no hotel até braquetes que se soltam durante um mergulho.

Segundo o especialista Marcelo Moreira, cirurgião dentista da clínica Ateliê Oral, a regra número um é evitar retrocessos no tratamento. “Mesmo durante as férias, é fundamental manter a higiene bucal e o uso correto dos dispositivos, respeitando o tempo recomendado”, explica.

No caso dos alinhadores, o especialista reforça que o paciente deve sempre levar o par anterior na mala e, no caso do alinhador atual quebrar, trincar ou sumir, utilizar o conjunto anterior até conseguir orientação do ortodontista. “É uma medida de contingência simples que evita perda de semanas de avanço no tratamento”, diz Moreira.

Já para quem utiliza aparelho fixo, a recomendação é redobrar os cuidados com alimentos duros, pegajosos ou crocantes, que aumentam o risco de deslocar braquetes ou entortar o arco. Caso um braquete se solte, o ideal é não tentar recolocá-lo em casa. A orientação é usar cera ortodôntica – um material à base de silicone ou parafina que cria uma barreira protetora entre o aparelho e a mucosa – para reduzir o incômodo e procurar ajuste profissional assim que possível.

As placas de bruxismo merecem atenção especial durante as férias. Moreira faz um alerta sobre a exposição ao calor: “quando uma placa de bruxismo é exposta ao calor excessivo, como acontece com frequência durante viagens e períodos de férias, o material pode amolecer e sofrer deformações que comprometem sua adaptação. Uma placa deformada altera o encaixe da mordida e pode provocar dor na articulação temporomandibular, aumento do apertamento, tensão muscular e ferimentos na gengiva. Nesses casos, a orientação é suspender imediatamente o uso e aguardar a avaliação presencial do dentista, evitando dormir com o dispositivo deformado para não intensificar dores ou agravar desalinhamentos. Por isso, na hora de arrumar a mala, sempre viajar com o estojo rígido.

Para todos os casos, Moreira reforça que é importante não tentar soluções caseiras. Existem, em situações de urgência, canais de atendimento remoto disponíveis para orientar o paciente à distância. “Aqui na Clínica, por exemplo, disponibilizamos nosso número e mantemos um profissional de plantão durante os feriados de fim de ano. Além disso, participamos de um grupo global com 300 dentistas parceiros de diferentes países. Assim, caso o paciente esteja viajando, conseguimos acionar um bom profissional o mais próximo possível de sua localidade para que, se necessário, sejam enviados exames digitais imediatamente por aplicativo”, complementa o especialista.


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