Especialistas
explicam como proceder diante de quebras, extravios e deformações de
dispositivos odontológicos durante as viagens — e como agir em cada situação
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Com a chegada das férias de verão – e a combinação
de rotina mais leve, viagens e alimentação fora do habitual - cresce o número
de pacientes que enfrentam imprevistos com aparelhos ortodônticos e dispositivos
odontológicos. Os casos vão desde alinhadores que desaparecem no hotel até
braquetes que se soltam durante um mergulho.
Segundo o especialista Marcelo
Moreira, cirurgião dentista da clínica Ateliê
Oral, a regra número um é evitar retrocessos no tratamento.
“Mesmo durante as férias, é fundamental manter a higiene bucal e o uso correto
dos dispositivos, respeitando o tempo recomendado”, explica.
No caso dos alinhadores, o especialista reforça
que o paciente deve sempre levar o par anterior na mala e, no caso do alinhador
atual quebrar, trincar ou sumir, utilizar o conjunto anterior até conseguir
orientação do ortodontista. “É uma medida de contingência simples que evita perda
de semanas de avanço no tratamento”, diz Moreira.
Já para quem utiliza aparelho
fixo, a recomendação é redobrar os cuidados com alimentos
duros, pegajosos ou crocantes, que aumentam o risco de deslocar braquetes ou
entortar o arco. Caso um braquete se solte, o ideal é não tentar recolocá-lo em
casa. A orientação é usar cera ortodôntica – um material à base de silicone ou
parafina que cria uma barreira protetora entre o aparelho e a mucosa – para
reduzir o incômodo e procurar ajuste profissional assim que possível.
As placas de bruxismo
merecem atenção especial durante as férias. Moreira faz um alerta sobre a
exposição ao calor: “quando uma placa de bruxismo é exposta ao calor excessivo,
como acontece com frequência durante viagens e períodos de férias, o material
pode amolecer e sofrer deformações que comprometem sua adaptação. Uma placa
deformada altera o encaixe da mordida e pode provocar dor na articulação
temporomandibular, aumento do apertamento, tensão muscular e ferimentos na
gengiva. Nesses casos, a orientação é suspender imediatamente o uso e aguardar
a avaliação presencial do dentista, evitando dormir com o dispositivo deformado
para não intensificar dores ou agravar desalinhamentos. Por isso, na hora de
arrumar a mala, sempre viajar com o estojo rígido.
Para todos os casos, Moreira reforça que é
importante não tentar soluções caseiras. Existem, em situações de urgência,
canais de atendimento remoto disponíveis para orientar o paciente à distância.
“Aqui na Clínica, por exemplo, disponibilizamos nosso número e mantemos um
profissional de plantão durante os feriados de fim de ano. Além disso,
participamos de um grupo global com 300 dentistas parceiros de diferentes
países. Assim, caso o paciente esteja viajando, conseguimos acionar um bom
profissional o mais próximo possível de sua localidade para que, se necessário,
sejam enviados exames digitais imediatamente por aplicativo”, complementa o
especialista.
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