Condição afeta
milhões de brasileiros, aumenta gastos em saúde e demanda tratamento adequado
Com a
proximidade das festas de fim de ano, muitas pessoas intensificam compromissos
sociais, viagens e mudanças na rotina, fatores que podem agravar quadros de dor
persistente. No Brasil, estima-se que cerca de 40% da população conviva com dor
crônica, condição que impacta o trabalho, o humor, o sono e a rotina diária. Em
um período marcado por maior desgaste físico e emocional, reconhecer e cuidar
desse problema torna-se ainda mais importante.
A dor
crônica é definida como aquela que permanece por mais de três meses, mesmo após
o tempo previsto de recuperação de um tecido ou lesão. Diferente da dor aguda,
que funciona como um mecanismo de alerta do organismo, ela se transforma em uma
condição própria, podendo ser contínua ou intermitente. Está frequentemente
ligada a problemas musculoesqueléticos, artrite, lesões antigas, alterações da
coluna e, em muitos casos, não tem uma causa única identificável. Seu impacto
vai além do físico, afetando também a vida emocional, social e produtiva das
pessoas.
Para a
médica Simone Kushida, é preciso tratar o tema com seriedade. “A dor crônica
precisa ser encarada como uma doença, não como um sintoma isolado. Sem
tratamento adequado, ela gera um ciclo que compromete a função física, o estado
emocional e aumenta de forma relevante a busca por serviços de saúde”, afirma.
“É um problema silencioso, mas com enorme impacto na vida do paciente.”
Embora seja
comum, a dor crônica não deve ser negligenciada. A médica reforça que buscar
avaliação médica é fundamental para identificar a causa e interromper o ciclo
de dor. “O acompanhamento adequado permite definir tratamentos individualizados
e evita que o quadro se agrave ao longo do tempo”, conclui.
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