Especialista traz
sugestões para evitar crises alérgicas e atenuar os sintomas
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Com a chegada da primavera, o aumento da temperatura
e a floração intensa trazem não apenas mais cores e aromas ao ambiente, mas
também uma série de gatilhos para alergias respiratórias e cutâneas. A
liberação de pólen por gramíneas, arbustos e árvores se intensifica, e
partículas microscópicas se dispersam facilmente pelo vento, penetrando nas
vias aéreas e provocando crises de espirros, congestão nasal, coceira nos olhos
e lacrimejamento. No Brasil, a incidência desse tipo de caso possui foco maior
na região Sul, demandando maior atenção.
Ao mesmo tempo, a elevação da umidade em alguns
dias e a maior circulação de ar quente favorecem a proliferação de fungos, como
o mofo, cujos esporos desencadeiam sintomas como tosse persistente, chiado no
peito e irritação na garganta. Somam-se a isso os insetos mais ativos nesta
época, capazes de causar reações cutâneas que vão desde vermelhidão e coceira
até inchaços dolorosos, especialmente em pessoas com pele sensível ou
predisposição a reações exageradas.
“Quando entendemos quais são os principais
alérgenos dessa época e nos antecipamos com cuidados simples, conseguimos
reduzir bastante a frequência e a intensidade das crises”, explica Julinha
Lazaretti, bióloga e cofundadora da Alergoshop, rede especializada no
desenvolvimento de cosméticos hipoalergênicos. Ela recomenda associar limpeza
direcionada, barreiras físicas e tratamento imediato dos sintomas para manter o
bem-estar.
A seguir, estão orientações práticas que ajudam a
manter o ambiente e o corpo protegidos durante a estação.
Utilize um acaricida e um fungicida
A aplicação de soluções específicas
para ácaros e fungos reduz significativamente a presença desses
micro-organismos no ambiente. Produtos como sprays antiácaros eliminam
partículas acumuladas em tapetes, sofás, cortinas e roupas, prevenindo a
reinfestação por até dias após a aplicação.
“Manter a casa limpa e controlada minimiza crises
de rinite e asma, especialmente em quartos e áreas de descanso, onde a
exposição aos alérgenos é maior”, acrescenta Julinha. O uso contínuo desses
produtos em superfícies de contato frequente, combinado com ventilação
adequada, impede que esporos se concentrem, criando um ambiente mais seguro
para pessoas sensíveis. A aplicação deve ser uniforme, respeitando a distância
indicada pelo fabricante, e repetida periodicamente para garantir eficácia
prolongada.
Garanta que os lençóis e
fronhas estejam limpos e os colchão protegidos com capas especiais.
Manter roupas de cama limpas e protegidas cria uma
barreira física contra ácaros e partículas de poeira acumuladas. Capas
de colchão e travesseiro com tecidos especiais bloqueiam a passagem de
alérgenos sem comprometer o conforto ou a respirabilidade, enquanto a
higienização regular de lençóis reduz a quantidade de micro-organismos
presentes.
“O cuidado com a cama vai além da estética, ele é
parte fundamental da prevenção de crises respiratórias”, comenta Lazaretti. Ela
destaca que tecidos adequados permitem uma boa noite de descanso sem
irritações, protegendo especialmente quem tem histórico de alergias.
Trate as picadas de insetos
imediatamente
As picadas de insetos podem gerar inflamação
localizada, coceira intensa e vermelhidão que se espalha com facilidade.
Aplicar um gel calmante
logo após notar o ferimento reduz o desconforto, acalma a pele e diminui o
risco de irritações mais graves.
O produto deve ser usado em pequenas quantidades
diretamente sobre a região afetada, massageando suavemente até completa
absorção. A aplicação frequente é indicada se a coceira persistir ou houver
inchaço considerável.
Ventile e higienize ambientes
internos
A circulação de ar e a limpeza de superfícies
reduzem a concentração de pólen, mofo e poeira no ambiente. Abrir janelas em
horários estratégicos, utilizar aspiradores de pó com filtro HEPA e higienizar
prateleiras e superfícies com um pano umedecido evita o acúmulo de partículas
suspensas no ar e sobre móveis, tapetes e estofados.
“A presença de ventilação cruzada, aliada à limpeza
profunda, garante que a concentração de alérgenos seja mantida em níveis
baixos, prevenindo crises respiratórias e irritações oculares”, atesta Julinha.
Proteja-se ao ar livre
Quando a exposição ao pólen ou a insetos for inevitável,
usar barreiras simples como roupas de mangas compridas, chapéus e óculos de
proteção ajuda a reduzir o contato direto. Planejar atividades ao ar livre para
horários de menor liberação de pólen diminui a intensidade da exposição. Ao
sair, utilizar óculos de sol e evitar andar de moto ou bicicleta sem proteção
para os olhos também contribui para reduzir o impacto do pólen.
Vale ressaltar que higienizar roupas e lavar áreas
expostas da pele após voltar para casa remove partículas que poderiam causar
irritações. Além disso, manter janelas fechadas à noite, utilizar
ar-condicionado com filtro quando possível, e manter as janelas do automóvel
fechadas ajuda a reduzir a entrada de pólen em ambientes internos. “É
recomendável permanecer o maior tempo possível dentro de casa durante os dias
de maior concentração polínica — geralmente ensolarados, quentes, secos e
ventosos — e evitar atividades como cortar grama, passeios em clubes de campo
ou serviços de jardinagem”, recomenda Lazaretti.
A especialista reforça se houver possibilidade, é
indicado programar férias em regiões com baixa concentração de pólen, como
praias ou locais onde não há polinose.
https://alergoshop.com.br/
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