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terça-feira, 23 de setembro de 2025

Pólen, mofo e insetos - saiba como lidar com os principais alérgenos manifestados na primavera

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Especialista traz sugestões para evitar crises alérgicas e atenuar os sintomas

 

Com a chegada da primavera, o aumento da temperatura e a floração intensa trazem não apenas mais cores e aromas ao ambiente, mas também uma série de gatilhos para alergias respiratórias e cutâneas. A liberação de pólen por gramíneas, arbustos e árvores se intensifica, e partículas microscópicas se dispersam facilmente pelo vento, penetrando nas vias aéreas e provocando crises de espirros, congestão nasal, coceira nos olhos e lacrimejamento. No Brasil, a incidência desse tipo de caso possui foco maior na região Sul, demandando maior atenção.

Ao mesmo tempo, a elevação da umidade em alguns dias e a maior circulação de ar quente favorecem a proliferação de fungos, como o mofo, cujos esporos desencadeiam sintomas como tosse persistente, chiado no peito e irritação na garganta. Somam-se a isso os insetos mais ativos nesta época, capazes de causar reações cutâneas que vão desde vermelhidão e coceira até inchaços dolorosos, especialmente em pessoas com pele sensível ou predisposição a reações exageradas.

“Quando entendemos quais são os principais alérgenos dessa época e nos antecipamos com cuidados simples, conseguimos reduzir bastante a frequência e a intensidade das crises”, explica Julinha Lazaretti, bióloga e cofundadora da Alergoshop, rede especializada no desenvolvimento de cosméticos hipoalergênicos. Ela recomenda associar limpeza direcionada, barreiras físicas e tratamento imediato dos sintomas para manter o bem-estar.

A seguir, estão orientações práticas que ajudam a manter o ambiente e o corpo protegidos durante a estação.

 

Utilize um acaricida e um fungicida

A aplicação de soluções específicas para ácaros e fungos reduz significativamente a presença desses micro-organismos no ambiente. Produtos como sprays antiácaros eliminam partículas acumuladas em tapetes, sofás, cortinas e roupas, prevenindo a reinfestação por até dias após a aplicação.

“Manter a casa limpa e controlada minimiza crises de rinite e asma, especialmente em quartos e áreas de descanso, onde a exposição aos alérgenos é maior”, acrescenta Julinha. O uso contínuo desses produtos em superfícies de contato frequente, combinado com ventilação adequada, impede que esporos se concentrem, criando um ambiente mais seguro para pessoas sensíveis. A aplicação deve ser uniforme, respeitando a distância indicada pelo fabricante, e repetida periodicamente para garantir eficácia prolongada.

 

Garanta que os lençóis e fronhas estejam limpos e os colchão protegidos com capas especiais.

Manter roupas de cama limpas e protegidas cria uma barreira física contra ácaros e partículas de poeira acumuladas. Capas de colchão e travesseiro com tecidos especiais bloqueiam a passagem de alérgenos sem comprometer o conforto ou a respirabilidade, enquanto a higienização regular de lençóis reduz a quantidade de micro-organismos presentes.

“O cuidado com a cama vai além da estética, ele é parte fundamental da prevenção de crises respiratórias”, comenta Lazaretti. Ela destaca que tecidos adequados permitem uma boa noite de descanso sem irritações, protegendo especialmente quem tem histórico de alergias.

 

Trate as picadas de insetos imediatamente

As picadas de insetos podem gerar inflamação localizada, coceira intensa e vermelhidão que se espalha com facilidade. Aplicar um gel calmante logo após notar o ferimento reduz o desconforto, acalma a pele e diminui o risco de irritações mais graves.

O produto deve ser usado em pequenas quantidades diretamente sobre a região afetada, massageando suavemente até completa absorção. A aplicação frequente é indicada se a coceira persistir ou houver inchaço considerável.

 

Ventile e higienize ambientes internos

A circulação de ar e a limpeza de superfícies reduzem a concentração de pólen, mofo e poeira no ambiente. Abrir janelas em horários estratégicos, utilizar aspiradores de pó com filtro HEPA e higienizar prateleiras e superfícies com um pano umedecido evita o acúmulo de partículas suspensas no ar e sobre móveis, tapetes e estofados.

“A presença de ventilação cruzada, aliada à limpeza profunda, garante que a concentração de alérgenos seja mantida em níveis baixos, prevenindo crises respiratórias e irritações oculares”, atesta Julinha.

 

Proteja-se ao ar livre

Quando a exposição ao pólen ou a insetos for inevitável, usar barreiras simples como roupas de mangas compridas, chapéus e óculos de proteção ajuda a reduzir o contato direto. Planejar atividades ao ar livre para horários de menor liberação de pólen diminui a intensidade da exposição. Ao sair, utilizar óculos de sol e evitar andar de moto ou bicicleta sem proteção para os olhos também contribui para reduzir o impacto do pólen.

Vale ressaltar que higienizar roupas e lavar áreas expostas da pele após voltar para casa remove partículas que poderiam causar irritações. Além disso, manter janelas fechadas à noite, utilizar ar-condicionado com filtro quando possível, e manter as janelas do automóvel fechadas ajuda a reduzir a entrada de pólen em ambientes internos. “É recomendável permanecer o maior tempo possível dentro de casa durante os dias de maior concentração polínica — geralmente ensolarados, quentes, secos e ventosos — e evitar atividades como cortar grama, passeios em clubes de campo ou serviços de jardinagem”, recomenda Lazaretti.

A especialista reforça se houver possibilidade, é indicado programar férias em regiões com baixa concentração de pólen, como praias ou locais onde não há polinose.

 

Alergoshop
https://alergoshop.com.br/


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