domingo, 31 de agosto de 2025

Como cuidar do pet durante a quimioterapia? Entenda o que fazer e evitar

Reprodução
Nouvet
Um em cada quatro cães desenvolve câncer, segundo a Veterinary Cancer Society. Cuidados podem aumentar a sobrevida, garantindo o bem-estar 

 

Receber o diagnóstico de câncer em um animal de estimação é sempre um momento delicado. Segundo a Veterinary Cancer Society (EUA), aproximadamente 25% dos cães desenvolvem algum tipo de câncer ao longo da vida, destacando a importância do tratamento adequado. Mas a boa notícia é que, assim como na medicina humana, a oncologia veterinária evoluiu significativamente. 

"Atualmente, a quimioterapia se tornou uma ferramenta eficaz para oferecer mais tempo e qualidade de vida aos pets. O tratamento usa medicamentos específicos para combater as células cancerígenas, sendo indicada principalmente quando a cirurgia não é possível ou quando o tumor não responde à radioterapia", explica o Dr. Nazilton de Paula Reis Filho, responsável pelo setor de oncologia do Nouvet, centro veterinário de nível hospitalar de São Paulo. 

A quimioterapia para pets também pode ser recomendada após operações, para evitar que o câncer volte ou se espalhe. O protocolo é sempre personalizado, levando em conta o tipo de tumor, o estágio da doença e, claro, o conforto do animal. 

Para cuidar do pet durante a quimioterapia e minimizar os efeitos adversos do tratamento, Dr. Nazilton explica os principais cuidados a serem seguidos. Confira:

 

Como lidar com os efeitos colaterais do tratamento?

Ao contrário do que muitos pensam, cães e gatos geralmente toleram bem a quimioterapia. “Embora possam ocorrer efeitos como vômito, diarreia ou apatia, geralmente são leves e transitórios. No entanto, se esses sintomas persistirem por mais de 24 horas ou forem intensos, é crucial procurar imediatamente o veterinário”, aconselha o especialista. 

Para ajudar no manejo desses efeitos, é recomendado oferecer alimentos mais palatáveis, como ração úmida, caldo de carne sem tempero ou até pequenas porções de sorvete de creme sem açúcar - alimentos gelados ajudam a aliviar a náusea. 

Quanto aos vômitos, ele orienta: "Se ocorrerem de uma a três vezes, suspenda alimento e água por 4-6 horas antes de reintroduzi-los gradualmente. Mais de três episódios exigem avaliação profissional". Já em relação à diarreia, o veterinário indica a hidratação do pet com água de coco como uma forma de repor líquidos e sais minerais. Mas atenção à presença de sangue nas fezes, isso indica que algo não vai bem. Nesse caso, ou se o animal tiver episódios persistentes, busque ajuda do veterinário. 

Outro dos efeitos colaterais possíveis, e do qual os tutores relatam certo receio, é a queda de pelos. O veterinário reforça que o efeito é raro e, quando ocorre, os pelos voltam a crescer com a interrupção do tratamento.

 

Rotina do animal

Embora alguns cuidados sejam necessários, não é preciso mudar a rotina. Por exemplo, o animal pode continuar comendo a mesma ração, a não ser que o veterinário recomende alguma alteração na dieta ou que o pet esteja passando mal, como mencionado acima. 

Os banhos também estão liberados, desde que sejam dados em casa. Não é indicado levar seu cão ou gato ao pet shop, para evitar contato com outros bichos, especialmente porque pode haver animais que não estão vacinados e isso é perigoso. O mesmo vale para os passeios. Embora o tutor possa levar seu cão para caminhar, é bom manter a cautela, evitar outros animais e locais em que haja risco de doenças. O cruzamento também não é recomendável.
 

Cuidados de higiene

“Por cerca de cinco dias após a quimioterapia, é muito importante que o tutor use luvas para manusear as fezes e a urina do seu pet”, aconselha o veterinário do Nouvet. O ambiente onde ele faz suas necessidades precisa ser descontaminado com uma limpeza bem feita, sendo importante usar luvas e calçados fechados.

 

Medicamentos

Os medicamentos usados para tratar câncer em pets devem ser mantidos refrigerados, em um recipiente plástico com tampa e longe dos alimentos e bebidas. É fundamental que o tutor manipule esses medicamentos apenas com luvas e nunca abra as cápsulas. Também é importante que mulheres grávidas e pessoas portadoras de doenças autoimunes evitem manipular a medicação. 

O especialista explica que não é recomendado flexibilizar a prescrição medicamentosa sem uma autorização expressa do médico. Todas as decisões devem ser tomadas pelo veterinário.

 

Outros cuidados

O veterinário vai definir a frequência das consultas conforme as necessidades de cada animal. Além disso, exames de sangue são necessários antes de cada sessão de quimioterapia. 

É importante entender que é natural o animal apresentar apatia nas primeiras semanas após o tratamento. Contudo, se ele apresentar apatia severa, é preciso consultar um veterinário. Também é necessário procurar ajuda especializada se o animal parar de se alimentar dentro de 24 horas ou se tiver mais de três episódios de vômito ou diarreia. 

"É uma jornada de cuidado, mas com o acompanhamento especializado, atenção aos detalhes e muito carinho, é possível proporcionar ao pet qualidade de vida durante esse período", finaliza Nazilton.

 

 Nouvet

 

Avaliação por inteligência artificial indica nível de estresse de peixe amazônico cultivado

No alto, um tambaqui recém-saído de tanque normal de criação. Logo abaixo,
 o mesmo animal mais estressado e escuro depois de 10 dias
 em tanque de confinamento de 2 mil litros
 (
foto: Celma Lemos/Caunesp)
Pesquisadores da Unesp com colaboração da Embrapa desenvolvem ferramenta que pode ser usada para aumentar bem-estar animal ao avaliar tambaquis por meio da coloração da metade inferior do corpo; Brasil é o maior produtor mundial da espécie

 

Um grupo liderado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Jaboticabal, em colaboração com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), desenvolveu uma ferramenta de inteligência artificial (IA) para avaliar o estresse do tambaqui (Colossoma macropomum), peixe nativo mais produzido no Brasil. O estudo foi publicado na revista Aquaculture.

Os resultados podem ter impacto tanto para o aumento do bem-estar dos animais quanto para a seleção de exemplares mais tolerantes ao ambiente de cultivo. O tambaqui é uma espécie amazônica cultivada sobretudo nos Estados da região Norte. O Brasil é o maior produtor mundial da espécie, fornecendo 110 mil toneladas em 2022 (leia mais em: agencia.fapesp.br/54167 e agencia.fapesp.br/37902).

“Primeiro verificamos que, em uma condição estressante, ou seja, em um ambiente mais confinado do que o normal, os peixes ficavam mais escuros. Depois, que a adição de um hormônio ligado ao estresse também alterava a coloração nas escamas. Então treinamos um software com mais de 3 mil imagens para chegarmos num limiar de estresse que pudesse orientar piscicultores e programas de seleção genética, pois vimos que essa é uma característica herdável”, explica Diogo Hashimoto, professor do Centro de Aquicultura da Unesp (Caunesp), que coordenou o estudo.

O trabalho tem como primeira autora Celma Lemos, que realiza doutorado na instituição, e integra projeto apoiado pela FAPESP no âmbito de um acordo com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Para desenvolver a ferramenta, os pesquisadores fotografaram 3.780 tambaquis de duas populações, uma do Caunesp (1.280 indivíduos) e outra da Embrapa Pesca e Aquicultura, em Palmas, no Tocantins (2.500 indivíduos), com a colaboração da equipe coordenada pela pesquisadora Luciana Shiotsuki.

Em seguida, cada imagem teve marcada a região que deveria ser avaliada pelo software, a metade inferior do corpo. O contraste com a coloração da parte superior é bastante comum em peixes, provavelmente um atributo da seleção natural, que resultou numa espécie de camuflagem. O “countershading”, como é chamado em inglês, pode ser observado, por exemplo, em tubarões, que têm o ventre mais claro do que as costas.

Os pesquisadores treinaram então um modelo de aprendizado profundo (deep learning) para chegar a um limiar que indica, pelo número de pixels pretos em relação aos brancos da imagem, o grau de estresse dos tambaquis.

Uma vez que os exemplares do Tocantins tinham sido marcados quanto à sua ascendência, foi possível saber quanto a característica pode ser passada adiante. “Calculamos que a tolerância ao estresse é uma característica moderada a altamente herdável. Isso se reflete em ganho de peso e tolerância a doenças, abrindo caminho para termos gerações com cada vez mais bem-estar em ambiente de cultivo”, avalia Hashimoto.

Mecanismos fisiológicos

A mudança na coloração sob estresse é uma característica encontrada em diversas espécies de peixe, mas ainda não havia sido comprovada no tambaqui. No caso das que se tornam mais escuras à medida que estão mais estressadas, como a tilápia (Oreochromis niloticus), um hormônio envolvido no estresse promove a expansão dos melanóforos, células que, a olho nu, são pequenas pintas pretas.

Para comprovar o efeito no tambaqui, os pesquisadores coletaram escamas de seis indivíduos, da população de Jaboticabal, e as mergulharam em duas soluções. Numa delas, havia uma solução neutra e o α-MSH, uma versão do hormônio estimulante de melanóforos. Na outra, apenas a solução neutra. Depois de 30 minutos, os autores observaram que as banhadas no hormônio estavam mais escuras, com os melanóforos expandidos.

Escamas antes e depois de 30 minutos mergulhadas em solução com hormônio
 ligado a estresse: indicado pela seta, expansão de melanóforos gera
coloração mais escura
(foto: Celma Lemos/Caunesp)

Em outro experimento, seis tambaquis foram retirados dos tanques normais de criação, de 200 metros quadrados, fotografados e divididos em três reservatórios redondos muito menores, de 2 mil litros (85 centímetros de altura e 1,66 metro de diâmetro). Depois de dez dias, foram novamente fotografados e a diferença de coloração era evidente, confirmando que a espécie também fica mais escura à medida que se estressa.

“A ferramenta de IA pode ser usada para monitorar o estresse dos peixes cultivados, num momento em que se cobra cada vez mais bem-estar animal. Apenas avaliando as fotos dos animais, seria possível obter essa medida e melhorar as práticas quando necessário, como reduzir o número de indivíduos por tanque, por exemplo”, diz o pesquisador.

O artigo Deep learning approach for genetic selection of stress response in the Amazon fish Colossoma macropomum pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0044848625007343.
  

André Julião

O sentimento que a morte produz nos tutores de animais

A morte de um animal de estimação significa a perda de um amor incondicional

 

O luto é um sentimento profundo oriundo de uma perda importante na vida. Pessoas enlutadas experimentam traumas tanto físicos quanto emocionais, enquanto tentam adaptar suas vidas aos abalos trazidos pela perda.

 

Há muito tempo os psicólogos reconheceram que o luto experimentado pelos tutores de animais após a morte destes, é o mesmo experimentado após a morte de uma pessoa. A morte de um animal de estimação significa a perda de um amor incondicional.

 

Segundo a editora da Revista Ecotour News, Vininha F. Carvalho, - esses sentimentos podem ser especialmente intensos nos idosos, nas crianças e nos casais sem filhos.

 

Até os três anos, a única coisa que a criança entende é que o animal não estará lá mais com ela, mas não percebe que a morte é irreversível. A partir dos sete anos a criança já entende melhor o conceito da perda.

 

Depois dos 12 anos, ela tem capacidade para entender e aceitar todo o processo da perda. É importante que seja esclarecido neste período de luto, que a morte faz parte do ciclo da vida, é algo natural que vai acontecer com todos os seres vivos. Não é aconselhável se apressar para dar outro animal.

 

O ideal é que a criança consiga recordar as histórias do animal que perdeu, valorizando-o e não o vendo como objeto. Deixe que ela chore não a force a sentir-se melhor. As crianças necessitam de mais tempo para compreender o que é morte. Deve-se falar sempre a verdade para a criança, evitando que ocorram traumas no futuro.

 

As crianças tendem a ficar enlutadas por um período mais curto, mas a sua dor não é menos intensa. Crianças, também, tendem a voltar ao assunto com mais frequência e, precisam ser encorajadas a falar livremente sobre o animal, oferecendo-lhe muito carinho e conforto”.

 

A conscientização neste processo educativo deve enfocar que assim como as listras das zebras são iguais as impressões digitais dos humanos, no caso dos cães, a impressão digital fica no focinho, provando desta forma, que cada animal é único e insubstituível.

 

A tristeza causada pela sua falta do animal de estimação aos idosos pode ocasionar inúmeras reações, surgindo sentimentos de culpa ou medo. Não existe mais para o proprietário aquele ser especial que lhe oferecia amor e proteção. A pessoa enlutada se sente extremamente triste, desesperançada, inútil e cansada. Muitos adquiriram seu animal para combater a solidão, pois muitos são viúvos, divorciados e não possuem parentes e, viviam felizes na companhia deste amigo inseparável.

 

Após a morte do animal, é preciso que seja encontrado um novo estímulo, para que a pessoa continue se exercitando e cuidando da higiene da casa. A adoção de um novo animal é uma boa opção para restabelecer o equilíbrio emocional.

 

"A observação do ciclo de vida de um animal ajuda-nos a entender melhor as nossas próprias fases da vida. O luto é provavelmente a sensação mais confusa, frustrante e dolorosa que uma pessoa pode sentir. É ainda mais para tutores de animais. A sociedade, em geral, não dá a essas pessoas "permissão" para demostrar a sua dor abertamente. Dessa forma, os proprietários frequentemente se sentem isolados e sozinhos”, enfatiza Vininha F. Carvalho.

 

Del Valle Editoria
news@revistaecotour.tur.br


Por que alguns cães comem fezes? Alerta para tutores sobre nutrição e comportamento

Especialista explica motivos do comportamento, orienta tutores sobre prevenção de coprofagia e cuidados adequados com a nutrição cães e gatos 

 

A coprofagia, hábito de ingerir fezes, é um comportamento que preocupa muitos tutores e pode estar associado tanto a questões nutricionais quanto comportamentais. A prática é mais frequente em cães, mas também pode ocorrer em gatos, trazendo riscos sérios à saúde dos animais. Segundo a professora de Medicina Veterinária da Una Itumbiara, Isadora Martins, compreender os fatores envolvidos é essencial para garantir bem-estar e qualidade de vida dos pets. 

 

Fatores nutricionais 

A relação entre desnutrição e coprofagia é direta em muitos casos. “A falta ou a má absorção de nutrientes pode levar o animal a ingerir suas fezes”, explica Martins. Deficiências de proteínas, vitamina B1 e minerais estão entre as mais comuns, assim como problemas gastrointestinais que prejudicam a absorção de nutrientes, envolvendo órgãos como fígado, pâncreas, estômago e principalmente o intestino.  

Além disso, sinais de desnutrição devem ser observados de perto pelos tutores. “O animal pode apresentar perda de peso, queda de pelos, desânimo, perda de apetite, vômitos, diarreia ou até desidratação”, alerta a especialista. 

 

Alimentação adequada e prevenção 

Uma dieta equilibrada é a base da prevenção. “É importante considerar porte, raça, idade e possíveis necessidades especiais que o animal possa ter, como por exemplo, alterações hepáticas, ou renais que necessitam de dietas específicas. Em alguns casos, a suplementação pode ser necessária e pode corrigir deficiências nutricionais que levam à coprofagia”, orienta a professora.    

Por outro lado, erros na alimentação caseira são frequentes. O oferecimento de alimentos ricos em açúcar, processados, com temperos ou excesso de óleo, são prejudiciais à saúde do pet. Temos também alimentos que são tóxicos, como é o caso da cebola, do alho e do chocolate, este último, possui uma substância chamada teobromina que dependendo da quantidade ingerida, pode ser até letal. O manejo inadequado também interfere: “Fornecer a comida certa, mas em intervalos muito longos, pode comprometer a absorção de nutrientes e favorecer a desnutrição”, destaca. 

 

Predisposição e aspectos comportamentais 

Além das causas nutricionais, existem também os aspectos comportamentais. “A coprofagia pode estar associada à busca por atenção, estresse, ansiedade, tédio ou até medo de punição. Não é um comportamento realizado por diversão, mas como resposta a algo que está acontecendo na vida do pet”, esclarece.  

Embora qualquer pet possa desenvolver o hábito, existem raças mais predispostas, como Labrador, Golden Retriever, Pug, Maltês, Shih-tzu, Spitz Alemão e Yorkshire. A idade também influencia: filhotes entre 6 e 8 meses apresentam maior incidência. 

 

Cuidado e acompanhamento veterinário 

A ingestão de fezes pode causar infecções gastrointestinais, infecções na boca e até transmissão de verminoses. Por isso, ao perceber esse comportamento, o tutor deve procurar orientação profissional. A avaliação veterinária envolve uma análise do histórico, hábitos do pet, exames físicos e, quando necessário, complementares.  

O acompanhamento veterinário é essencial para garantir uma nutrição adequada. Além de indicar a ração ou dieta mais apropriada, o profissional pode recomendar ajustes que previnem carências e orientam o tutor sobre manejo alimentar e cuidados com o comportamento do animal. “Seja qual for a causa, a coprofagia tem tratamento e precisa ser investigada com atenção”, conclui Martins. 

 

Centro Universitário Una


Seu pet sofre quando você sai de casa? Veja como aliviar a ansiedade de separação com apoio do canabidiol

banco de imagem

Latidos, miados, destruição de objetos e até problemas de saúde podem ser sinais do transtorno, que já pode ser tratado com acompanhamento veterinário e uso de canabidiol

 

Quem convive com cães e gatos sabe o quanto eles são carinhosos e apegados aos tutores. Esse vínculo, no entanto, pode se transformar em desafio quando o animal precisa ficar sozinho. A chamada ansiedade de separação é hoje um dos transtornos comportamentais mais relatados em clínicas veterinárias, e seus sinais vão muito além de uma “manha” passageira: incluem latidos ou miados excessivos, destruição de objetos, xixi fora do lugar, vômitos e até comportamentos repetitivos.

A boa notícia é que existem formas de ajudar o pet a lidar com esse sofrimento. Entre as estratégias recomendadas por especialistas estão a estruturação de uma rotina previsível, o enriquecimento ambiental com brinquedos e estímulos, além de técnicas de adestramento positivo. Mais recentemente, o canabidiol (CBD) também passou a ser utilizado como ferramenta complementar nesse cuidado.

O CBD é um composto natural extraído da Cannabis sativa, sem efeito psicoativo, que atua no sistema endocanabinoide presente em todos os mamíferos. Essa ação contribui para reduzir o estresse, promover a calma e melhorar o sono, ajudando cães e gatos a se adaptarem melhor à ausência dos tutores. Desde outubro de 2024, a Anvisa autoriza médicos veterinários a prescreverem cannabis medicinal para animais, o que abriu caminho para tratamentos mais seguros e regulamentados no país.

“O CBD já é estudado no mundo inteiro como uma alternativa segura e complementar no cuidado com a saúde. Com a regulamentação da Anvisa, os veterinários podem prescrever o composto de forma legal no Brasil, o que abre espaço para que mais animais recebam terapias baseadas em evidências”, afirma João Drummond, COO da Click Cannabis.

Relatos de tutores e profissionais da área já apontam melhorias significativas no bem-estar dos pets, com redução de agitação, menos vocalizações excessivas e comportamentos destrutivos mais controlados.

A Click Cannabis, healthtech brasileira dedicada a democratizar o acesso à cannabis medicinal, reforça que informação de qualidade é parte essencial desse processo. “Nosso compromisso é tornar o uso medicinal da cannabis mais acessível, confiável e baseado em evidências científicas. No campo veterinário, acreditamos que informação de qualidade é essencial. Por isso, a Click se posiciona como fonte de conhecimento e orientação para tutores e profissionais interessados em entender melhor esse tema, contribuindo para que mais animais possam se beneficiar de cuidados fundamentados em ciência”, complementa Drummond

A ansiedade de separação pode ser um desafio, mas não precisa ser uma sentença de sofrimento. Com paciência, técnicas adequadas e o uso responsável do CBD, tutores podem oferecer mais conforto, equilíbrio e qualidade de vida aos seus companheiros de quatro patas.


São Paulo aprova lei que proíbe uso de correntes em pets e prevê punições para quem descumprir

Regra vale para tutores e abrigos. “A lei não quer punir quem cuida bem, mas acabar com práticas cruéis”, diz especialista


Entenda a legislação aprovada em São Paulo que proíbe uso de correntes e situações em que ela deve ser aplicada. A Lei 18.184/2025, sancionada pelo governador do Estado, Tarcísio de Freitas, proíbe manter cães e gatos acorrentados permanentemente ou em espaços inadequados, obrigando tutores e abrigos a oferecerem condições mínimas de bem-estar.
 

“O objetivo da lei é simples: proteger cães e gatos contra maus-tratos causados pelo acorrentamento. Isso significa que não é mais permitido manter o animal preso permanentemente com correntes, cordas ou coisas semelhantes”, explica Stefano Ribeiro Ferri, advogado, especialista em Direito do Consumidor, assessor da 6ªTurma do Tribunal de Ética da OAB/SP e membro da comissão de Direito Civil da OAB - Campinas. 

A norma estabelece que os animais devem ter liberdade mínima de movimento, espaço compatível com o porte, abrigo contra sol e chuva, além de acesso contínuo a água limpa, comida e higiene. “Ou seja, não basta alimentar e dar água: o ambiente deve permitir uma vida saudável e digna”, acrescenta Ferri.

 

Sanções

Quem descumprir a lei pode ser enquadrado no crime de maus-tratos previsto na Lei Federal de Crimes Ambientais (9.605/1998). As penalidades incluem detenção de 3 meses a 1 ano, multa e até perda da guarda do animal. Em caso de reincidência, as consequências podem ser ainda mais severas.

“Quem descumprir a lei pode responder por crime de maus-tratos. As consequências vão desde detenção, multa, até a perda da guarda do animal”, alerta o advogado.

 

Avanço

Para o especialista, a lei vai além da proteção animal e reflete valores sociais. “Porque reconhece que animais sentem dor e sofrimento. O uso de correntes causa lesões, estresse, isolamento e pode gerar até agressividade. Para a sociedade, é um avanço civilizatório: quanto mais protegemos os animais, mais refletimos valores de respeito, empatia e convivência saudável”, afirma Ferri. 

Portanto, tutores e abrigos devem ficar atentos às mudanças. “A lei não busca punir quem cuida bem dos animais, mas acabar com a prática de deixá-los presos em correntes permanentemente, sem dignidade. Ela cobra o básico: liberdade de movimento, ambiente adequado e respeito ao bem-estar”, finaliza Ferri.

  

Tire suas dúvidas

 1)“Posso prender meu cachorro no quintal com corrente o dia todo?”

Não. Isso é exatamente o que a lei quer evitar.

 

2)“E se eu precisar prender meu cachorro rapidinho para colocá-lo no carro ou receber uma visita?”

Pode, mas só de forma temporária e com corrente vaivém, coleira adequada, abrigo e água disponíveis.

 

3)“E abrigos de animais, que lidam com muitos cães?”

Precisarão repensar seus espaços. “Não podem manter os animais em alojamentos pequenos, sem proteção, sem higiene ou acorrentados”, destaca o advogado.

  

Saiba o que fazer

>Prefira cercados ou canis adequados ao porte do animal, em vez de correntes. 

>Se for necessário conter o animal temporariamente, use corrente do tipo vaivém e nunca enforcadores. 

>Garanta sempre água limpa, comida e abrigo contra sol, chuva e frio. 

>Revise periodicamente o espaço e a saúde do pet. 

>Em abrigos, treine a equipe e adapte as instalações para cumprir a lei.

 

Fonte:

Stefano Ribeiro Ferri - Especialista em Direito do Consumidor. Assessor da 6ªTurma do Tribunal de Ética da OAB/SP. Membro da comissão de Direito Civil da OAB –Campinas. Formado em direito pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP)


Mercado pet: crescimento acelerado enfrenta desafio tecnológico na distribuição


O setor pet no Brasil está em plena expansão. Uma pesquisa da Quaest realizada em 2024 mostra, num universo de 1.001 entrevistados, que 72% possuem um pet em casa, com os tutores gastando, em média, R$ 300 por mês com seus animais. Isso posiciona o país como a terceira maior população de animais de estimação do mundo, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. 

Atualmente, o mercado nacional de artigos para pets ocupa essa mesma posição no ranking mundial, segundo a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação). Com um faturamento de R$ 75,4 bilhões em 2024, o setor teve um crescimento de 9,6% em relação a 2023, mostrando que a atividade econômica do setor é robusta e promissora. 

Esse cenário, no entanto, esconde um paradoxo: enquanto a demanda cresce de forma acelerada, a estrutura de distribuição e comercialização ainda está em uma fase inicial de desenvolvimento de uma cultura tecnológica, o que a torna especialmente suscetível a pressões de preço, regulamentação e competitividade intensa entre indústrias e distribuidores concorrentes. 

É nesse ponto que a tecnologia emerge não apenas como um suporte, mas como um imperativo estratégico para as distribuidoras. A seguir, destaco boas práticas para a modernização dos sistemas e processos que vão apoiar às distribuidoras na superação desses obstáculos e no impulsionamento do crescimento.

  1. Potencialização da força de vendas: ferramentas de automação para equipes de vendas externas são essenciais, tornando o processo de venda mais fácil e intuitivo, o que permite ao vendedor acessar informações como estoque, campanhas promocionais e metas. A Inteligência Artificial (IA) embarcada nessas soluções pode sugerir vendas com base no histórico do cliente, no mix ideal de produtos ou até em cestas de produtos recomendadas por indústrias, enriquecendo o pedido e potencializando as vendas.

    Além disso, funcionalidades de inteligência geográfica apoiam os vendedores na identificação e prospecção de novos clientes em sua área, expandindo a cobertura. A agilidade na aprovação de descontos ou bonificações diretamente no aplicativo é um diferencial. Essas ferramentas garantem que a equipe de vendas não apenas venda, mas também construa relacionamento e retenha clientes, cumprindo objetivos de visita e garantindo a execução em campo, mesmo em modo offline.
     
  2. Otimização logística: soluções de roteirização e planejamento de rotas podem montar trajetos em segundos, otimizando rotas para reduzir o tempo de viagem e os gastos com combustível, além de considerar a capacidade do veículo e até a experiência do motorista. O monitoramento em tempo real da execução do romaneio, permite auditoria do trabalho e a visibilidade do status das entregas, com comunicação direta com o cliente final sobre o andamento do pedido. Ferramentas que possibilitam o recebimento de pagamentos via Pix ou cartão diretamente no ponto de entrega agilizam o processo e trazem segurança. A comprovação de entrega com assinatura digital e registro fotográfico de avarias também são funcionalidades que agregam transparência e controle.
     
  3. Inteligência operacional e de gestão: plataformas de gestão comercial e operacional oferecem um "cockpit" completo para a tomada de decisões. Elas transformam dados operacionais em insights estratégicos, consolidando informações de campo e também de sistemas de gestão empresarial (ERPs) e ferramentas de Business Intelligence (BI). Isso permite que gestores analisem indicadores-chave como mix de vendas, desempenho de rotas, contas correntes de clientes e o progresso em relação às metas. A capacidade de criar e compartilhar relatórios e dashboards personalizados elimina a dependência de planilhas e e-mails, descentralizando informações de forma segura para toda a cadeia.
     
  4. Apoio ao trade marketing: ferramentas específicas para a gestão de promotores de vendas permitem coletar informações detalhadas dos pontos de venda, incluindo pesquisas personalizadas com fotos. Um diferencial importante é a capacidade de alertar sobre rupturas de produtos e integrar essa informação diretamente com a força de vendas, permitindo uma ação rápida para reabastecer as gôndolas e evitar perdas de vendas.

A transição para um modelo mais tecnológico pode ser desafiadora devido à cultura, mas o apoio de parceiros tecnológicos que oferecem capacitação contínua e suporte humanizado é fundamental para o sucesso da implantação. O retorno sobre o investimento é geralmente rápido, com melhorias perceptíveis na redução de custos e otimização do tempo em poucos meses.

Equipar as distribuidoras do setor pet com a tecnologia é uma necessidade para prosperar em um mercado tão dinâmico. É por meio da inovação e da digitalização que o setor continuará a crescer e, ao mesmo tempo, atender cada vez melhores tutores e seus animais de estimação.


Turismo pet friendly tem potencial, mas esbarra na falta de serviços


Cãomigo
divulgação

A empresa Cãomigo percebeu essa demanda e tem desenvolvido roteiros em diferentes regiões do país com o suporte de restaurantes e hotéis que embarcaram na ideia

 

Programar uma viagem é um grande desafio, e a tarefa fica ainda mais complicada para tutores de animais de estimação, que precisam buscar hotéis, restaurantes e atividades que aceitem seus pets. De olho nessa dificuldade, e com base nas próprias experiências, Sharlene Irente fundou a Cãomigo em 2017, empresa especializada em turismo para cachorros. Mais tarde, em 2023, Maria Paula Mansur Mader entrou como sócia no negócio. 

“Eu já fazia esse tipo de atividade com meus filhos de quatro patas e comecei a perceber que outras pessoas desejavam fazer o mesmo”, conta Sharlene. Os passeios organizados por ela iniciaram em cidades do interior de São Paulo, como Jundiaí e Cabreúva, como atividades que buscavam promover o bem-estar dos tutores e dos cachorros.

“Em 2017, a oferta de restaurantes e pousadas que aceitavam animais de estimação era menor. Então, tivemos que realizar uma busca ativa nas cidades por estabelecimentos dentro do roteiro que tinham essa abertura”, recorda Sharlene. Atualmente, essa busca é realizada pelos guias de turismo parceiros da empresa, que realizam a prospecção de hotéis, restaurantes e pontos turísticos de acordo com cada passeio.

Os roteiros são pensados para oferecer experiências novas
aos pets, como nadar pela primeira vez
 Cãomigo
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Os roteiros envolvem trilhas, banhos em cachoeira, dia na praia, banho em represa, entre outras atividades pensadas para envolver os animais. Hoje, os passeios chegam a 13 regiões brasileiras e são divididos em três grupos: passeios de um dia, geralmente em cidades próximas de onde o cliente reside, que costumam ser de fácil acesso e ocorrem em grupo; passeios de final de semana, onde são selecionados restaurantes e pousadas; e os passeios privativos, que atendem a uma necessidade específica do cliente e possuem atividades personalizadas. 

“Às vezes o cachorro não se dá bem com outros animais ou o tutor deseja um roteiro apenas com a família e recorre ao tipo de passeio personalizado”, diz Maria Paula. Mas, segundo ela, o carro-chefe da empresa ainda são os passeios em grupo.

Com faturamento anual de R$ 97 mil em 2024, a Cãomigo realizou mais de 200 passeios desde que iniciou as atividades, entre viagens e trilhas, e até a metade do segundo semestre de 2025 havia realizado 177.

Os roteiros são uma oportunidade de os tutores fornecerem novas experiências aos seus cachorros, como nadar ou ter contato com a natureza. “Uma experiência marcante se deu quando um cachorro chamado Happy entrou na água pela primeira vez. Ele estava com medo, arranhou a tutora inteira quando foi entrar no rio, mas ela estava com um sorriso enorme e só dizia ‘ele nadou, ele nadou’. Outro dia tivemos uma tutora que chorou muito porque a Golden dela de dez anos nadou pela primeira vez”, conta Sharlene.

Todos os passeios são pensados para garantir o bem-estar dos pets. “Costumo dizer que cachorro nós amamos como filho, mas entendemos que são cães. Por isso, é importante respeitar o limite de cada animal para não os colocar em situações que geram estresse”, diz.

Ainda que os roteiros sejam elaborados para oferecer experiências aos cachorros, eles também buscam uma interação entre os tutores dos animais, com brunchs e passeios por pontos turísticos das cidades.

 

O carro-chefe da Cãomigo são os passeios em grupo, nos
quais os animais podem interagir
Cãomigo
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Multiplicadores

Além dos roteiros, a Cãomigo oferece capacitação em turismo voltado para animais de estimação. A proposta é suprir a falta de bons profissionais nesse mercado. Apesar da crescente demanda por serviços pet friendly, a oferta ainda é pequena e com qualidade duvidosa, diz Sharlene. “Falta capacitação no mercado, é algo muito amador. Encontramos muita informação de influenciadores que se denominam especialistas no assunto, mas nunca passaram por uma capacitação voltada ao turismo”, diz.

Segundo as sócias, lidar com fornecedores e parceiros locais nesse mercado é mais desafiador do que lidar com os cachorros por conta dos preconceitos que muitos ainda têm do trabalho envolvendo animais, por temerem que eles estraguem algo, o que dificulta a oferta de hotéis e restaurantes dentro do roteiro turístico. 

Segundo Maria Paula, os tutores são consumidores exigentes, que esperam que seus animais sejam bem tratados nos estabelecimentos, “mas acabam se deparando com prestadores de serviços amadores, que têm placa de pet friendly no estabelecimento, mas não possuem higiene ou serviços adequados para o animal.”

Para tentar melhorar esse cenário, a Cãomigo elaborou o programa de capacitação, que envolve parceiros da empresa que desejam utilizar a marca para oferecer o serviço em suas cidades. Para realizar o treinamento, é necessário que o candidato seja formado no curso técnico de turismo, no qual aprende a criar roteiros, entre outras funções de um guia.

A capacitação envolve um curso de 30 horas, entre vídeos e treinamentos práticos, para que o guia aprenda sobre turismo multiespécie e também a lidar com situações que podem prejudicar a saúde do animal, entendendo como reagir nesses casos.

“Quando esse profissional é capacitado para atender a uma família multiespécie, ele entende que às vezes é preciso adaptar o passeio, que uma rota com uma escada pode não ser legal para o animal”, explica Sharlene. 

As sócias fazem a seleção dos potenciais parceiros e fornecem o curso de capacitação, a marca, site, acesso à comunidade de guias da Cãomigo e sistema de pagamento. Já o parceiro fecha um contrato de exclusividade com a marca e fica proibido de compartilhar o curso de capacitação com outras pessoas.

Segundo as sócias, trata-se de uma relação de troca, uma vez que o parceiro é quem conhece os pontos turísticos das cidades, restaurantes e pousadas. Por sua vez, a Cãomigo oferece todo o suporte na hora de o guia preparar o roteiro e fica responsável pela venda dos ingressos. A Cãomigo fica com 20% do ticket vendido e o restante é repassado ao parceiro. A expectativa da empresa é chegar a 20 parceiros até o final de 2025.

“Temos um único parceiro em cada uma das 13 regiões onde atuamos, para que eles não concorram entre si. Além disso, são residentes da região e oferecem serviços apenas dentro da sua própria cidade”, diz Sharlene.

Ela compartilha que muitas pessoas não entendem o objetivo do turismo pet friendly e julgam o serviço caro. “Uma vez, uma cliente disse que estava muito caro ver o pôr do sol. Mas não é apenas assistir ao pôr do sol, tem um profissional que abdicou de seu tempo para estudar aquela trilha”, diz. “Apesar de alguns não entenderem isso, nós temos uma forte recorrência de clientes”, completa Sharlene.

Desafios 

No Brasil, há mais de 164 milhões de animais de estimação, segundo dados do Instituto Pet Brasil junto à Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). O setor pet deve encerrar o ano de 2025 com um faturamento de R$ 78 bilhões, crescendo em relação a 2024 (R$ 75,4 bilhões).

Caio Villela, presidente-executivo do Pet Brasil, enxerga o segmento de turismo pet como uma das maiores oportunidades de crescimento dentro do setor. “Os animais estão sendo incluídos em todos os aspectos do lar e, naturalmente, isso se estende às atividades de lazer e turismo”, diz.

Segundo Villela, a demanda no segmento já está consolidada, uma vez que as famílias desejam seus companheiros por perto em todos os momentos, inclusive nas férias e passeios, representando o futuro do turismo familiar. “Sabemos que o pet não é mais um extra, é parte integrante da família. Por isso, o setor desenvolve serviços e experiências que atendam a essa necessidade real e crescente do mercado."

Ainda que o segmento apresente forte potencial, Villela comenta que o principal desafio enfrentado é a alta carga tributária, que impede um maior crescimento. Segundo um estudo apresentado pelo instituto em 2024, uma redução de 60% na carga tributária setorial poderia gerar uma alta de 210% na arrecadação devido ao aumento no consumo.

Além disso, destaca que o câmbio é outro desafio para o crescimento do setor, uma vez que os insumos importados encarecem a produção de produtos pet, pressionando toda a cadeia, promovendo um ambiente desafiador para investimentos. “Precisamos ser realistas: sem mudanças estruturais no ambiente tributário, o cenário continuará restritivo. O turismo pet pode crescer, mas dentro de um mercado que encolhe em termos reais”, diz. 

 

Rebeca Ribeiro

https://www.dcomercio.com.br/publicacao/s/turismo-pet-friendly-tem-potencial-mas-esbarra-na-falta-de-servicos