sábado, 23 de novembro de 2024

 

 Incentivar os filhos a viajar sozinho pode colaborar no desenvolvimento e melhorar a autonomia dos adolescentes   

 

Especialista da Forma Turismo explica como as experiências fora do lar e longe dos olhos dos pais podem colaborar para o desenvolvimento pessoal dos jovens 

 

Nos últimos anos, o tema "adultescência", vem ganhando espaço nas discussões sobre a relação entre pais e filhos. O termo se refere a pessoas que já passaram pela infância e pela adolescência, porém, não amadureceram emocionalmente e não se identificam como adulto e não se sentem capazes de gerir sua própria vida. A dependência que os jovens da geração Z, nascidos entre 1995 e 2009, têm de seus pais e o excesso de zelo e proteção desses pais, muitas vezes impedindo que sua prole assuma responsabilidades que eles já tinham na mesma idade, se tornou assunto entre gerações.  

“Houve uma mudança de comportamento não só dos filhos, mas, também dos pais, que passaram a blindar cada vez mais os jovens, muitas vezes os impedindo de assumir responsabilidades. Esse padrão de proteção excessivo reforça a construção de adultos mais dependentes, desencadeando uma reação de efeito dominó: eles passam a sair de casa cada vez mais tarde, assumir responsabilidades financeiras cada vez mais velhos e tendo menos oportunidades de desenvolver habilidades para uma vida autônoma”, afirma Paulo Fernandes da Forma Turismo.  

O especialista afirma que incentivar experiências em que os jovens entendam que precisam se virar “sozinhos” desde a adolescência, como por exemplo, as viagens entre amigos, são iniciativas que podem colaborar com a preparação dos filhos para superarem situações em que eles estiverem sem seus genitores, mas, sabendo como agir de forma segura e respeitosa. 

“As viagens realizadas sem a companhia dos pais promovem, além de lazer e interação social, uma oportunidade única de amadurecimento”. Segundo especialistas da Forma Turismo, uma das principais empresas do setor, estas experiências permitem aos jovens explorar a sua própria autonomia num ambiente seguro e estruturado, oferecendo uma verdadeira preparação para a vida adulta. 

“Dentro do processo de amadurecimento de qualquer pessoa, as situações inesperadas vão acontecer com certa frequência, então é necessário que os jovens tenham em mente que eles precisam saber como agir. É importante estimular experiências que reforcem a sensação de responsabilidade e dentro desse contexto, as viagens estudantis, que acontecem sem a presença dos pais, porém com supervisão e monitoramento, são uma maneira interessante de proporcionar essas vivências”, reforça.   

O mercado de turismo estudantil tem crescido nos últimos anos, não apenas em volume, mas também em relevância para as famílias e para os próprios jovens.  

"O turismo estudantil oferece uma das poucas oportunidades para que adolescentes vivam a independência de forma controlada e segura. A partir do momento em que eles precisam lidar com situações e decisões cotidianas, sem o apoio imediato dos pais, eles aprendem lições de responsabilidade e autonomia que são extremamente valiosas para sua formação. Durante a adolescência, sair de casa e explorar um novo ambiente ajuda os jovens a ganhar autoconfiança, lidar com frustrações e desenvolver habilidades interpessoais que são fundamentais tanto para a vida pessoal quanto para uma futura carreira”, explica o porta-voz da Forma Turismo.  

Para que os jovens possam se beneficiar dessas experiências, é fundamental que os pais estejam interessados em apoiar essa busca pela independência, mantendo um equilíbrio saudável entre proteção e liberdade. Embora seja natural o desejo de garantir o bem-estar dos filhos, criar espaços para que eles possam fazer escolhas, errar e aprender, é uma etapa essencial para que cresçam como adultos resilientes e independentes. 

"Cada viagem é uma oportunidade para os pais confiarem e acreditarem no desenvolvimento de seus filhos. Acreditamos que a experiência, especialmente em um ambiente preparado e com a supervisão adequada, ajuda a fortalecer essa relação de confiança entre pais e filhos, mostrando que é possível conceder autonomia sem abrir mão da segurança", finaliza Fernandes. 


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