Especialista em educação, Juliana Storniolo, explica a importância do processo de adaptação para o desenvolvimento dos alunos
Com o período da
volta às aulas se aproximando, a comunidade escolar se depara com um novo ciclo
educacional, no qual pais, alunos, professores e gestores sentem a necessidade
de incorporar as mudanças que surgem nesse recomeço. Seja por estar em uma nova
escola com novos professores e colegas, seja pelos desafios típicos de um ano
letivo, é preciso diminuir as ansiedades e a apreensão de todos os envolvidos.
Diante desse
cenário, o papel dos educadores ganha mais importância. São eles os
responsáveis pela construção de um ambiente de aprendizado organizado,
cooperativo e estimulante. Segundo Juliana Storniolo, Diretora de Ensino da FourC
Bilingual Academy e da FourC Learning, as ações realizadas nas
primeiras semanas dentro desse novo ambiente são fundamentais para a adaptação
dos estudantes.
“É preciso que o
estudante se sinta seguro, consiga se posicionar, aprender a aprender e, muitas
vezes, buscar ajuda, o apoio do outro, conhecer os recursos que têm e saber
como utilizá-los da melhor maneira. Tudo isso perpassa por um processo de adaptação,
principalmente quando os alunos iniciam um novo ciclo escolar, por isso é
necessária uma atenção redobrada de toda a equipe pedagógica da escola durante
esse período”, comenta a diretora de ensino.
Para isso, a
diretora explica que algumas instituições de ensino desenvolvem processos e
metodologias que servem como norteadoras neste início. “Na FourC Learning,
ensinamos um método que chamamos de seis semanas. Há, inclusive, estudos que
certificam que para adquirirmos um hábito, precisamos de 22 dias. Nossa
metodologia é retratada no livro “The First Six Weeks of School” (As
seis primeiras semanas de escola), escrito pelas educadoras Paula Denton e
Roxann Kriete. Trata-se de um período planejado para integração e adaptação dos
alunos, que começa a partir do primeiro dia do ano letivo”, explica Juliana.
Durante esse
período, a diretora afirma que os alunos são estimulados a refletirem sobre o
que é necessário para uma aprendizagem de descobertas ao longo do ano.
“Trazemos para eles alguns pontos, questionando como é possível criar um
ambiente organizado em que todos aprenderão juntos, quais serão os nossos
combinados para que isso aconteça, o que preciso explorar nessas seis semanas
para conhecer meu ambiente ou o que buscar para ser mais autônomo durante o meu
ano. Esses são alguns exemplos que demonstram o trabalho feito com eles para
que saibam onde queremos chegar ao final do ciclo”, afirma.
As respostas e os
combinados, feitos por meio do diálogo, buscam estimular o protagonismo do
aluno e sua autonomia em um ambiente em que ele se sinta bem e também que
conheça o que é esperado dele. Juliana ressalta que, trabalhando esses
conceitos junto a atividades escolares, é possível visualizar uma evolução
clara dos estudantes.
“Os alunos
aprendem a se organizar e a organizar o ambiente, trabalhar em grupo, pedir e
dar ajuda quando necessário, ter responsabilidades com as tarefas, se planejar
e a manter a disciplina para que tenham um ambiente coletivo harmonioso. Assim,
eles são estimulados para se tornarem cidadãos conscientes de suas atitudes e
dispostos a aprender sempre. Mostramos que agir com autonomia dentro da
educação é a habilidade de governar a si mesmo com a consciência das
necessidades individuais, mas também das coletivas”, finaliza Storniolo.
FouC Bilingual
Academy
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