Foto por vkstudio em freepik |
Médica-veterinária
explica o que fazer antes, durante e depois da mudança de residência para uma
adaptação tranquila e segura de cães e gatos
Mudar de residência é algo que faz parte da vida de
todos. Alguns de mudam mais, outros mudam menos, mas independente da frequência
na qual isso ocorre, a dinâmica da mudança interfere na vida de todos da casa,
incluindo os pets.
“Cães e gatos gostam de rotina e previsibilidade,
além de serem territorialistas. Eles se sentem seguros em seu território e
qualquer mudança nesta dinâmica pode promover estresse e desencadear problemas
comportamentais e de saúde”, alerta Nathalia Fleming, médica-veterinária
gerente de produtos Pets da Ceva Saúde Animal.
O momento da mudança pode ser um cenário
desafiador, mas algumas atitudes podem favorecer a adaptação do pet ao novo
ambiente antes, durante e depois de que tudo esteja entregue no novo endereço.
O pet precisa conhecer o local
antes
Provavelmente você irá visitar sua nova residência
algumas vezes antes de mudar. Se possível, leve o pet junto. Leve também
algumas das coisas que fazem parte do dia a dia dele, como se fosse um passeio.
Caixa de areia ou tapete higiênico, potes de água e comida, panos e brinquedos
devem fazer parte destes momentos.
“É importante para o animal desbravar o novo
ambiente com calma, conforme ele for ganhando confiança. Estas visitas não
precisam ser longas, podem durar até 1 hora, se possível em diferentes horas do
dia e, de preferência, sem que esteja ocorrendo obras ou com pessoas diferentes
indo e vindo do lugar. Pelo menos 3 ou 4 visitas assim já ajudam o pet a se
acostumar com o novo local”, Nathalia comenta.
Segundo a profissional, cães costumam a agir melhor
nestes momentos, uma vez que o instinto curioso tende a superar o medo do novo
muito rapidamente. Já no caso de gatos, eles precisam de tempo para dominar o
espaço, processar cheiros e ruídos novos do local.
“No caso dos gatos, o processo é mais demorado e é
importante não ter pressa. Não conduza o pet pelos ambientes, deixe que ele
explore sem pressão e o acompanhe. Antes de apresentar a nova residência ao
pet, certifique-se de que todas as janelas e varandas são teladas e não há
risco de que o felino fuja”, explica.
Participação do pet na mudança
Os dias de preparação para a mudança podem ser
confusos e bagunçados, mas não pense que deixar o pet em um hotelzinho ou na
casa de algum amigo ou familiar é o melhor para o animal. Lembre-se de que é importante
manter ao máximo a rotina, por isso, programe um passeio entre uma caixa
embalada e outra, além de fornecer a alimentação no horário habitual e brincar
com o pet.
“No dia em que a mudança ocorre de verdade, em que
as coisas são retiradas da casa, a casa fica bagunçada e cheia de pessoas
diferentes circulando. Este momento em específico pode ser bastante estressante
para os peludos, por isso é importante que o tutor esteja por perto. Mantenha o
pet isolado em um cômodo da casa enquanto as coisas são retiradas dos outros
ambientes, este ambiente deve estar com os pertences do pet e com a casinha de
transporte. Este deve ser o último cômodo a ser mexido na casa, de preferência
apenas pelos tutores”, Nathalia reforça.
Neste momento, para auxiliar o pet a se sentir
calmo e acolhido, os tutores podem deixar na tomada os difusores de análogos
sintéticos de feromônios específicos para os animais - para os cães, o análogo
sintético do feromônio materno e para os gatos o análogo do odor facial felino.
“Estes produtos auxiliam na manutenção do bem-estar dos animais, dando o
suporte necessário para que eles passem por situações adversas do dia a dia,
como mudanças, chegada de novos membros na família e transportes sem estresse.
É importante lembrar que eles são específicos para cada espécie, então o tutor
precisa ficar atento a isso!”, a médica-veterinária complementa.
Assim que tudo já estiver pronto, o pet vai para a
caixinha de transporte e segue, junto com os tutores, para sua nova moradia!
Os primeiros passos na casa
nova
Ao chegar na nova residência, faça o processo
semelhante à saída da casa anterior: deixe o pet e todos os pertences dele em
um único cômodo, de preferência com o difusor de feromônio já ligado na tomada.
Mantenha o pet isolado ao menos durante todo o período de entrega de mobílias e
caixas, para que ele não se sinta intimidado pela movimentação de pessoas –
sempre com a companhia de um tutor!
Nathalia explica que a liberação de acesso aos
outros ambientes deve acontecer conforme o pet se mostrar interessado e
confortável: “Normalmente os cães ficam mais curiosos para reconhecer todos os
ambientes, mas os felinos e os cães mais velhos tendem a se sentir perdidos ou
desconfortáveis com muitas novidades e sem ter algum ponto de segurança ao qual
estejam adaptados. Para eles, a liberação gradual dos espaços para explorar é o
mais indicado e deve ser feita apenas quando o pet já tiver cheirado e
percorrido todo o cômodo em que ele chegou, permitindo o acesso a um outro
cômodo, e assim sucessivamente”.
Nos primeiros dias, dar atenção ao pet é essencial
e manter a atenção redobrada também, já que quando não se sentem em um ambiente
seguro os animais muitas vezes acabam fugindo. Por isso, manter uma coleira de
identificação com os dados dos tutores atualizados é importante.
“Logo no primeiro dia, recrie a rotina do pet, com horário específico de alimentação e rotina de passeio para os cães, assim eles passam a conhecer melhor a vizinhança e retornam à programação ao qual já estavam adaptados. Se a nova residência for afastada da anterior, é interessante que o tutor também procure saber a localização do veterinário mais próximo e que possa socorrer o pet em caso de alguma urgência ou emergência. Ter paciência e estar preparado para imprevistos é essencial para que as mudanças ocorram com sucesso e não sejam traumáticas para ninguém”, finaliza.
Ceva Saúde Animal
www.ceva.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário