Principais crises de empresas estão intimamente ligadas aos
pilares de sustentabilidade.
Muitas
organizações levantam bandeiras, afirmam lutas, divulgam ações ligadas ao ESG -
Ecoambiental, Social e Governança; este é, afinal, o “trunfo” do século. Porém,
ao trabalhar as práticas de ESG, quem não começar pelo G, terá um resultado sem
consistência, podendo gerar riscos de imagem e reputação. É possível quase
afirmar que todas as crises do tipo são, em sua essência, crises que se
encontram dentro dos pilares socioeconômicos e socioambientais que, de fato,
não são praticados pelas empresas.
Uma pesquisa realizada pela OnePoll e pela Navex Global, nos EUA, mostra que diversas companhias têm projetos ou programas voltados ao ESG, principalmente em relação às métricas ambientais, porém, menos de 40% afirmaram o mesmo sobre o cumprimento de metas sociais e de governança. Rompimento de barragens, corrupção, negacionismo da pandemia são exemplos de como esse dado pode ser considerado grave para gerar uma crise de reputação. “Levam-se anos para construir uma boa imagem, e só é preciso de cinco minutos para degradá-la. Ativos intangíveis como a reputação chegam a corresponder a até 80% do valor de mercado de uma instituição e as expectativas que os stakeholders possuem em relação às instituições afetam diretamente o que elas representam para o mercado”, afirma Hugo Bethlem, CPO da Bravo GRC, uma consultoria em tecnologia para GRC e ESG.
E
a reputação é algo que custa caro, muito caro. As organizações despencam de
posições nas quais antes figuravam, dentro das nas principais listas de
negócios bem-sucedidos ou milionários, porque não possuem uma governança
consistente com as práticas de ESG. Um exemplo disso é a imagem arranhada de
uma grande rede de supermercados que estampou noticiários e redes sociais com
acusações de racismo e até maus tratos aos animais. Os fatos geraram duas
grandes crises e servem de lição para outras empresas, sejam elas pequenas,
médias ou grandes, sobre as suas políticas internas de mitigação de riscos
ligadas aos pilares de sustentabilidade.
Ou
seja, muito mais do que “levantar a bandeira”, é preciso mostrar e explicar
como e por que se faz. “A transparência é um dos pilares da Governança
Corporativa que, por sua vez, faz parte do atual conceito do ESG. As empresas
deixam de focar apenas na propaganda por si só, e começam a pensar na
construção dessa reputação muito ligada aos apelos emocionais. Uma marca pode
ser a representatividade de qualidade de produtos e serviços, mas é também
aquela que respeita ou não o cumprimento das suas promessas”, analisa
Bethlem.
Quais
são as expectativas dos stakeholders com relação aos negócios? Como a agenda
ESG se aplica ao negócio e como ele pode gerar valor compartilhado em toda essa
cadeia de parceiros? Quais são os riscos existentes que precisam ser mitigados
e gerenciados para não impactar a reputação, principalmente quando organizações
pregam uma coisa mas não conseguem efetivamente realizá-la dentro de si mesmas?
Afinal, o que realmente precisa ser feito para que os critérios ecoambientais,
sociais e de governança tenham cumprido suas métricas? Estas são algumas das
questões que toda empresa deveria colocar em pauta nas mesas de conselhos e
administração, enquanto diretoria e gerência, e que deveriam estar no dia a dia
de qualquer bate-papo de almoço entre colaboradores.
Bravo GRC - consultoria em tecnologia
especializada em Governança, Riscos, Compliance e ESG, que integra pessoas e
processos para elevar o grau de conhecimento e consciência das organizações,
garantir mecanismos de controle e proteger a integridade e reputação dos
clientes e dos seus colaboradores.
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