Amanhã, sexta-feira, 26 de novembro, é dia de Black Friday -
prática que se iniciou nos Estados Unidos, inaugura a temporada de vendas
natalinas e se estendeu a diversos países do mundo. A data tem se consolidado
como um dia de grande importância para o setor varejista porque, ao mesmo tempo
que representa ganhos para consumidores (que têm boas oportunidades de compra),
resulta em ganhos para os lojistas (que aumentam substancialmente suas vendas
neste dia.
No Brasil, as expectativas de compra e venda se mantêm altas em
2021. Além de uma oportunidade de potencializar as vendas, a Black Friday tem
sido considerada uma oportunidade de movimentar a economia brasileira. Apesar
das altas expectativas, a data deve ter, esse ano, ofertas limitadas em
comparação com anos anteriores em razão da conjuntura econômica nacional.
De um lado, os gargalos da estrutura produtiva nacional (que não
recuperou a capacidade produtiva anterior à pandemia), aliada a escassez de
insumos em escala global, limitaram a oferta de produtos. Assim, o nível geral
de estoque é baixo em comparação com anos anteriores.
De outro lado, a inflação alta e as incertezas econômicas
reduziram a intenção de compra de uma parcela substancial dos consumidores.
Ainda assim, a demanda reprimida em razão da pandemia, deve garantir as vendas
do período, mesmo que com ofertas mais tímidas.
Em tempos de instabilidade econômica, cabe ao consumidor muito
planejamento e organização para fugir das compras por impulso. Além da
tradicional pesquisa de preços, é importante que o consumidor liste os produtos
que intenciona comprar. Outro recurso bastante útil são as ferramentas de
monitoramento de preços.
Leila Pellegrino - professora de Economia e
coordenadora do curso de Administração da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Campinas.
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