quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Dia do Idoso: 6 sinais de alerta para perceber situações de desnutrição

No mundo, dependendo da localização de moradia, o número de idosos desnutridos pode variar de 15 a 60%


Envelhecer é sinônimo de vida longa e envelhecer com saúde significa qualidade de vida. No Dia do Idoso, comemorado em 1 de outubro, a Amparo Saúde , healthtech referência em cuidado humanizado e prevenção de saúde no Brasil, traz a reflexão para o cuidado preventivo e acompanhamento recorrente de idosos, principalmente sob o aspecto alimentar. Isso porque muitas das doenças sofridas por idosos estão relacionadas a fatores alimentares e a desnutrição pode gerar diversos problemas de forma silenciosa.

Pesquisas mundiais revelam que o número de idosos desnutridos varia de 15 a 60% e isso depende do local onde cada um vive. No Brasil, não existem muitas pesquisas específicas sobre o tema, mas um levantamento realizado em 2010, e que consta na Pesquisa de Orçamentos Familiares, mostra que 9% dos idosos têm déficit de peso.

"O déficit de peso no idoso pode estar associado a vários fatores, que nem sempre serão de ordem fisiológica. Podemos citar por exemplo, a dificuldade de acesso aos alimentos, alterações no estilo de vida, depressão, falta de conhecimentos nutricionais, institucionalização e baixo poder aquisitivo. Entre os fatores apenas fisiológicos, podemos citar o acometimento por doenças neurológicas, redução da capacidade cognitiva, a dentição incompleta ou uso de prótese dentária, alteração das papilas gustativas que conferem uma maior dificuldade de sentir o sabor dos alimentos, a menor absorção de algumas vitaminas e minerais devido alteração de ph gástrico ou consumo de alguns medicamentos, alteração da deglutição, perda de massa muscular, redução da capacidade olfativa, que também interfere no apetite, necessidade de restrições alimentares devido doenças como hipertensão e diabetes, entre outros", afirma Thaís Carretoni, nutricionista na Amparo Saúde.

Vale lembrar que a importância do acompanhamento nutricional não se dá apenas para obter hábitos alimentares saudáveis e manter glicemia, colesterolemia e valores de pressão arterial adequados, mas também pelo fato de que devido aos inúmeros fatores intrínsecos ao processo de envelhecimento, o idoso está sujeito a um processo silencioso de desnutrição, o qual nem sempre é percebido por seus familiares. 

"Muitas vezes, o fato de o idoso alimentar-se menos, ter pouco apetite e demonstrar-se seletivo a alguns alimentos, é considerado como normal do envelhecimento, não necessitando de maiores preocupações. O que não é bem uma verdade, pois apesar de tais comportamentos serem explicados pelas alterações fisiológicas decorrentes dessa faixa etária, é necessário uma maior atenção, uma vez que um estado nutricional inadequado nos idosos pode acarretar em consequências desfavoráveis, como aumento da probabilidade de acometimento por infecções, recuperação mais lenta de doenças ou lesões, maior fragilidade e aumento da mortalidade no geral", finaliza a nutricionista.

 

Para evitar o desenvolvimento do quadro de desnutrição em idosos, a Amparo Saúde reuniu uma lista com 6 sinais de alerta para a família:

 

- Falta de apetite

Uma série de alterações comuns e esperadas no envelhecimento, como a diminuição do paladar e do olfato, podem levar os idosos a apresentarem uma diminuição no apetite.

 

- Uso exagerado de sal e açúcar

A diminuição do paladar também pode levar ao uso exagerado de ingredientes como sal e açúcar, o que pode ser bastante prejudicial para o controle de doenças crônicas muito prevalentes em idosos como diabetes e pressão alta.

 

- Dificuldade para mastigar ou engolir

A perda da dentição, diminuição das massas muscular e óssea, ou ainda próteses mal ajustadas são comuns nessa fase da vida e podem gerar problemas de mastigação e/ou deglutição, prejudicando a alimentação dos idosos.

 

- Monotonia alimentar

Geralmente os idosos têm hábitos alimentares muito bem estabelecidos que associados com à perda de paladar, entre outros aspectos, podem fazer com que eles consumam uma variedade muito pequena de alimentos. O que aumenta as chances de deficiência de vários nutrientes.

 

- Baixo consumo de proteína

É bem comum que idosos consumam menos proteína do que necessitam, o que geralmente está ligado à dificuldade de mastigação e à monotonia alimentar e pode levar a uma perda de massa muscular maior do que a esperada para a idade.

 

- Baixa ingestão de água

Idosos têm maior dificuldade de manter uma boa hidratação e isso está relacionado tanto com a baixa ingestão de líquidos, muitas vezes associada à falta de sede, quanto com ao aumento da eliminação de água através da urina, associado a condições específicas de saúde e ao uso de medicações diuréticas. 

Por fim, é importante estar atento ao surgimento desses sinais e buscar ajuda profissional com nutricionistas, médicos, fonoaudiólogos e dentistas especializados no cuidado com idosos.


Idoso: risco de doença renal é maior com o avanço da idade

 Além do processo de envelhecimento natural dos rins, fatores como diabetes, obesidade e hipertensão arterial podem comprometer a função do órgão. Médico orienta como prevenir e diagnosticar a doença na terceira idade.


 

O envelhecimento se apresenta como um tema bastante atual, considerando que a população mundial alcança cada vez mais a longevidade inédita na história. Atualmente, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) cerca de 29 milhões de brasileiros têm 60 anos ou mais. Vinculada ao aumenta da longevidade a maior probabilidade de acometimento da população pelas doenças crônicas não transmissíveis, como exemplo, a doença renal crônica.

 

A Doença Renal Crônica (DRC) é uma epidemia silenciosa e atinge 1 em cada 10 pessoas em todo o mundo. Esse percentual pode variar de 30% a 50% em pessoas com mais de 65 anos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). Na Fundação Pró-Rim, referência nacional em tratamento e transplante de rins, dos 701 pacientes renais crônicos atendidos em suas unidades, cerca de 40% são pacientes entre 60 a 90 anos.

 

O nefrologista e presidente da Pró-Rim, Dr. Marcos Vieira, alerta que envelhecer é um processo natural, porém algumas condições favorecem o comprometimento dos rins. “Os principais problemas que atingem a saúde dos rins nos idosos são o descontrole da diabetes, a obesidade e a hipertensão arterial. Essas doenças levam à perda progressiva e irreversível das funções renais. Mas, também é preciso dizer que o rim envelhece, assim como nós. Por isso o acompanhamento médico regular em pessoas acima de 60 anos é fundamental”, explica o médico.

 

Segundo Dr. Marcos, ao envelhecer a pessoa está mais propensa a desenvolver alguma doença renal, que pode evoluir para a Insuficiência Renal Crônica (IRC), ou seja, a parada no funcionamento dos rins e a necessidade da terapia renal substitutiva. Atitudes simples como controlar o consumo de sal e açúcar, não fumar, praticar atividades físicas e realizar periodicamente exames de urina, glicemia e de creatinina podem prevenir essas doenças ou ainda mantê-las sob controle, para evitar que levem também a lesão nos rins.


 

Diagnóstico

 

Para detectar a doença renal crônica, o especialista recomenda realizar periodicamente exames de sangue e de urina, e medir a pressão arterial, em especial entre a população de risco, como diabéticos, hipertensos, maiores de 65 anos, aqueles que tenham tido algum episódio cardiovascular, familiares de pacientes que sofrem dos rins, fumantes e pessoas sedentárias. “Existem muitas possibilidades terapêuticas em pacientes com idade avançada, porém, é de extrema importância o diagnóstico precoce e medidas de prevenção para evitar o avanço da doença”, explica.


 

Tratando a insuficiência renal

 

Diante do diagnóstico da insuficiência renal, o paciente será encaminhado para a terapia renal substitutiva, podendo ser indicada a hemodiálise, a diálise peritoneal e o transplante renal. O tratamento mais adequado vai depender do quadro de saúde do paciente, além de outros aspectos sociais e psicológicos.


 

Como ter rins saudáveis na Terceira Idade:


·        Beba água diariamente,

·        Mantenha o peso saudável;

·        Controle o diabetes;

·        Acompanhe a pressão arterial;

·        Evite o excesso de sal na alimentação;

·        Tenha uma alimentação equilibrada;

·        Pratique regularmente exercícios físicos;

·        Preste atenção na cor e aspecto da sua urina;

·        Não use medicamentos sem orientação médica;

·        Não fume;

·        Faça exames preventivos: urina e creatinina;

·        Consultar seu médico regularmente.

 

 

Fundação Pró-Rim foi fundada em 1987, em Joinville  - SC

www.prorim.org.br


30% das mortes no Brasil são ocasionadas por doenças cardiovasculares

Cardiologistas alertam que o estilo de vida é o principal responsável pelo quadro e é cada vez mais comum que pessoas jovens sofram de problemas cardíacos


A cada 90 segundos, um brasileiro morre em decorrência de alguma doença cardiovascular, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). As mortes por complicações do sistema cardíaco equivalem a 30% do número total, chegando a 400 mil óbitos por ano.

De acordo com o cardiologista André Gabriel Correa Neto, que atua no AME Itu, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", estima-se que, anualmente, cerca de 17 milhões de pessoas no mundo morram em função de infarto, hipertensão, insuficiência cardíaca, entre outras doenças cardiovasculares.

"Em uma sociedade que, a cada ano, cresce e envelhece mais, como é o caso da brasileira, o cuidado com a saúde cardíaca e a valorização do médico cardiologista são fundamentais para garantir a longevidade e bem-estar da população", alerta o Dr. André.

Segundo o médico, entre os problemas cardíacos que mais atingem os brasileiros está a doença isquêmica do coração, relacionada ao infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca e ao acidente vascular encefálico. Dr. André ressalta ainda que condições patológicas como hipertensão arterial, dislipidemia - distúrbios do colesterol /triglicerídeos -, diabetes mellitus e a obesidade devem ser intensamente combatidas, pois são os maiores responsáveis pelo desencadeamento das doenças cardiovasculares.

"A melhor forma de evitar agravamento dos problemas cardíacos é fazer a prevenção, além de adotar o hábito de visitar periodicamente o cardiologista".

O especialista explica que durante a transição para a terceira idade, entre os 50 e 70 anos, é quando as pessoas têm uma disposição maior para o aparecimento dos sintomas cardíacos. Mas, em decorrência do estilo de vida, essa faixa-etária tem diminuído.

"Atualmente, podemos observar pessoas jovens, entre os 40 e 50 anos, com problemas do coração em função do estilo de vida. O infarto, por exemplo, pode ocorrer em pessoas ainda mais novas. Nesses casos, muitos por associação ao uso de drogas ou trombofilias, que são distúrbios hereditários da coagulação", explica.

Segundo Dr. André, até os 60 anos os homens têm mais chances de terem infartos, mas, a partir dos 70, os riscos se igualam e as mulheres passam a ter a mesma propensão.


Prevenção

Como a maioria dos problemas relacionados ao coração são causados pelo acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos, algo que se inicia desde a infância, quanto antes forem adotadas medidas preventivas, menores serão as chances de o indivíduo desenvolver um infarto.

Segundo o cardiologista, esses hábitos incluem ter uma vida saudável, com a prática regular de atividade física e uma dieta balanceada, sem gordura, açúcar em excesso, massas e alimentos ultra processados.

Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e manter a boa gestão emocional, bem como o sono reparador, podem ser bons aliados. Por fim, o médico alerta para o abandono ao tabagismo para as pessoas que buscam ter um coração saudável.


Tratamentos

As doenças cardiovasculares mais comuns pertencem ao grupo das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e costumam ser degenerativas e progressivas. Não existe cura plena, mas é possível conter a progressão do quadro por meio de tratamentos.

Existem quadros leves e moderados, nos quais predominam as condições de vida normal ou bem próxima de tal, proporcionando a adoção de uma rotina bem saudável. Para casos mais graves ou terminais, quando há comprometimento da expectativa de vida, pode ser recomendada a realização de procedimentos e até de um transplante de coração.

"Cardiopatias graves podem levar à incapacidade na vida pessoal e profissional do paciente. Isso também gera desgaste físico e emocional, trazendo uma limitação laboral e, consequentemente, a aposentadoria, muitas vezes precoce", explica. A ciência e a tecnologia evoluíram muito e existem diversos tratamentos disponíveis para tratar os problemas cardiovasculares. Apesar disso, a recomendação do Dr. André é que, na medicina como um todo, a prevenção sempre é melhor opção.

 


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"


Leucemia: Hematologista do IGESP explica os principais aspectos da doença

A leucemia é uma doença maligna e rara, que atinge as células do sangue e pode ser classificada como aguda ou crônica. As agudas são caracterizadas pela presença de novas células brancas chamadas de blastos, já as leucemias crônicas apresentam células atípicas, como linfocíticas ou mieloides anômalas, de diferentes tamanhos que podem estar presentes no sangue ou na medula óssea.


Incidências e tipos

De acordo com a Dra. Youko Nukui, hematologista do hospital IGESP, as crianças são acometidas pela leucemia linfoblástica aguda, sendo um pouco mais frequente em meninos, com poucos casos observados após os 60 anos. "A leucemia linfoblástica é mais comum em crianças e jovens até os 15 anos de idade por ser uma doença que atinge células mais imaturas. Ela corresponde a um quarto de todos os cânceres infantis e três quartos de todas as leucemias nessa faixa etária. O pico ocorre entre os 2 e 4 anos de idade", esclarece.

No caso da leucemia linfoblástica crônica, a incidência é mais comum em adultos acima de 50 anos na sociedade ocidental e é incomum em asiáticos. Já no caso das leucemias mieloides, tanto a aguda quanto a crônica, são mais comuns em adultos.


Sintomas

A médica explica que os sintomas mais comuns são de anemia, manifestados por palidez cutânea, fadiga e letargia. Nos idosos, geralmente, aparecem falta de ar, cefaléia e dor no peito. No caso de alguma infecção vigente, podem aparecer sangramentos e febre. Alguns pacientes, também, podem apresentar adenomegalias, condição que ocorre quando os gânglios linfáticos aumentam de tamanho.

Segundo a especialista, é importante que as pessoas fiquem atentas a quaisquer sintomas atípicos, desde uma náusea e vômitos até alterações neurológicas e renais, e procurem um médico para investigação.


Diagnóstico

O diagnóstico é realizado por meio do hemograma completo, que analisa os níveis de células vermelhas, brancas e plaquetas. Quando o exame está alterado pode demonstrar aumento do número de leucócitos com blastos. Para que o diagnóstico seja confirmado é necessário avaliação dos exames de medula óssea. Em caso positivo para leucemia, o paciente deve procurar por um hematologista para identificar o tipo de leucemia e iniciar o tratamento.


Tratamento

A especialista explica que, normalmente, o tratamento é a quimioterapia, mas para cada uma das leucemias existe um tipo de tratamento específico. "A escolha está vinculada aos tipos de células brancas anômalas envolvidas."

Em casos avançados da doença, a hematologista recomenda que os pacientes evitem exposição às doenças infectocontagiosas, atualizem as vacinas e sejam amparados por medidas de suporte domiciliar ou hospitalar, como nutricional, transfusional e de uso de antibióticos, além de receber todo o conforto paliativo, quando necessário.


Existe prevenção?

Dra. Youko explica que não há medidas preventivas para evitar a leucemia, mas comenta que existem situações clínicas mais suscetíveis. "Crianças com síndrome de Down têm de 10 a 30 vezes mais chances de ter leucemia linfoblástica aguda e, em pequena porcentagem, de apresentar a leucemia mieloide aguda. Pacientes com imunodeficiência congênita, alterações mutacionais ou genéticas podem ser mais predispostos. Irradiação e contato com benzeno podem, também, desencadear a doença."


Avanços nos tratamentos

Atualmente, novos tratamentos estão sendo pesquisados, mas como todos os medicamentos, levam anos para serem comercializados, como explica a hematologista. "O tratamento clássico de pacientes com leucemias agudas é composto de uma fase de indução, consolidação e de manutenção. Nos últimos anos, as leucemias crônicas foram as mais beneficiadas com um número maior de tratamento e ótimos resultados", finaliza.



Hospital IGESP

www.hospitaligesp.com.br


Oncoguia e Outubro Rosa | Veja nosso conteúdo sobre câncer de mama

http://www.oncoguia.org.br/cancer-home/cancer-de-mama/20/12/

http://www.oncoguia.org.br/cancer-de-mama-avancado/


 

Matérias em nosso portal e porta-vozes estão à disposição da imprensa


Existem vários tipos de câncer de mama e maneiras diferentes de descrevê-los. O tipo de câncer de mama é determinado pelas células específicas da mama afetadas. A maioria dos cânceres de mama são carcinomas, que são tumores que começam nas células epiteliais que revestem órgãos e tecidos do corpo. Quando os carcinomas se formam na mama, geralmente são um tipo específico denominado adenocarcinoma, que começa nas células de um ducto mamário ou nas glândulas produtoras de leite (lóbulos).


Câncer de mama in situ versus Câncer de mama invasivo

O tipo de câncer de mama também pode se referir se o câncer se disseminou ou não. O câncer de mama in situ é um câncer que começa no ducto de leite e não cresce no restante do tecido mamário. O termo câncer de mama invasivo (ou infiltrante) é usado para descrever qualquer tipo de câncer de mama que se disseminou no tecido mamário circundante.


  • Carcinoma ductal in situ (DCIS). Também conhecido como carcinoma intraductal é considerado não invasivo ou câncer de mama pré-invasivo.
     
  • Câncer de mama invasivo. O câncer de mama invasivo (ou infiltrante) é aquele que se disseminou pelo tecido mamário adjacente. Os tipos mais comuns são o carcinoma ductal invasivo e carcinoma lobular invasivo. O carcinoma ductal invasivo representa entre 70 a 80% de todos os cânceres de mama.


Tipos especiais de câncer de mama invasivo

Alguns cânceres de mama invasivos têm características especiais ou se desenvolvem de maneiras diferentes que afetam seu tratamento e prognóstico. Esses cânceres são menos comuns, mas podem ser mais graves do que outros tipos de câncer de mama.

  • Câncer de mama triplo negativo. O câncer de mama triplo negativo é um tipo agressivo de câncer de mama invasivo, representa cerca de 15% dos cânceres de mama. É um câncer difícil de ser tratado.
    • Câncer de Mama Inflamatório. O câncer de mama inflamatório é um tipo raro de câncer de mama invasivo, que representa de 1 a 5% dos cânceres de mama.


Tipos menos comuns de câncer de mama

Existem outros tipos de câncer de mama que afetam outros tipos de células na mama. Esses cânceres são muito menos comuns e às vezes precisam de diferentes tipos de tratamento.

    • Doença de Paget. A doença de Paget começa nos dutos mamários e se dissemina para a pele do mamilo e para a aréola. É raro, representando de 1 a 3% dos casos de câncer de mama.
       
    • Angiossarcoma. Os sarcomas da mama são raros, representando menos de 1% dos cânceres de mama. O angiossarcoma começa nas células que revestem os vasos sanguíneos ou linfáticos. Pode envolver o tecido mamário ou a pele da mama. Alguns podem estar relacionados ao tratamento radioterápico prévio dessa região.
       
    • Tumor Filoide. É um tipo de tumor de mama muito raro, que se desenvolve no tecido conjuntivo (estroma), em contraste com os carcinomas, que se desenvolvem nos ductos ou lóbulos. A maioria é benigna, mas existem outras que são malignas (câncer).


Sinais e Sintomas do Câncer de Mama

Os sinais e sintomas do câncer podem variar, e algumas mulheres que têm câncer podem não apresentar nenhum desses sinais e sintomas. De qualquer maneira, é recomendável que a mulher conheça suas mamas, e saiba reconhecer alterações para poder alertar o médico.

A melhor época do mês para que a mulher que ainda menstrua avalie as próprias mamas para procurar alterações é alguns dias após a menstruação, quando as mamas estão menos inchadas. Para as mulheres que já passaram a menopausa, o autoexame pode ser feito em qualquer época do mês.

Qualquer alteração que você venha a observar deve ser comunicada imediatamente ao seu médico, mesmo que elas tenham aparecido pouco tempo depois da última mamografia que você realizou ou do exame clínico das mamas feito por um médico.

O sintoma mais comum do câncer de mama é o aparecimento de um nódulo ou massa. Um nódulo sólido, indolor e com bordas irregulares é muito provável que seja um tumor maligno, mas os cânceres de mama podem ser sensíveis ao toque, macios ou redondos. Eles podem até ser dolorosos. Por esse motivo, é importante que qualquer nova massa, nódulo ou alteração na mama seja examinada por um médico.

O câncer de mama também pode apresentar vários sinais e sintomas, como:

  • Inchaço de toda ou parte de uma mama (mesmo que não se sinta um nódulo).
  • Nódulo único endurecido.
  • Irritação ou abaulamento de uma parte da mama.
  • Dor na mama ou mamilo.
  • Inversão do mamilo.
  • Eritema (vermelhidão) na pele.
  • Edema (inchaço) da pele.
  • Espessamento ou retração da pele ou do mamilo.
  • Secreção sanguinolenta ou serosa pelos mamilos.
  • Linfonodos aumentados

Vale a pena lembrar que na grande maioria dos casos, vermelhidão, inchaço na pele e mesmo o aumento de tamanho dos gânglios axilares são provocados por processos inflamatórios ou infecção (mastite, por exemplo), especialmente se acompanhados de dor.

Mas como existe uma forma rara de câncer de mama que se manifesta como inflamação, esses achados devem ser relatados ao médico imediatamente e a mulher deve realizar um exame clínico, obrigatoriamente.

Apesar da importância do diagnóstico precoce para aumentar e melhorar as chances de cura e sobrevida para as mulheres com câncer de mama, muitos casos ainda são diagnosticados em estágios avançados, inclusive com metástases, que é quando o tumor já se espalhou para outros órgãos. Nesses casos, os sinais e sintomas, além dos descritos acima, podem variar de acordo com a área afetada pelo avanço do câncer. As metástases do câncer de mama em geral atingem os ossos, fígado, pulmões ou cérebro.


Como o Câncer de Mama se Dissemina

O câncer de mama pode se disseminar quando as células cancerígenas entram no sangue ou no sistema linfático e são transportadas para outras partes do corpo.

A pele, a aréola, o tecido subcutâneo e o parênquima mamário são drenados por vasos linfáticos, que se dispõem da superfície à profundidade, formando uma rede linfática que se comunica entre si. É importante entender o sistema linfático para compreender a forma como a doença pode se disseminar. Esse sistema tem várias partes.

Os linfonodos são pequenas coleções de células do sistema imunológico, em forma de feijão, conectados pelos vasos linfáticos. Os vasos linfáticos são como pequenas veias, que drenam a linfa da mama. A linfa contém líquido e detritos, bem como células do sistema imunológico. As células cancerígenas da mama podem entrar nos vasos linfáticos, chegar até os gânglios linfáticos e crescer neles. A maioria dos vasos linfáticos da mama drena para os:

  • Linfonodos axilares.
  • Linfonodos supraclaviculares e infraclaviculares.
  • Linfonodos da cadeia mamária interna.

Se as células cancerígenas se disseminarem para os linfonodos, existe uma chance maior de que as células possam ter percorrido o sistema linfático e se disseminado (metástase) para outras partes do corpo. Quanto mais células cancerígenas da mama houver nos linfonodos, maior a probabilidade da doença ter se disseminado também para outros órgãos. Encontrar células cancerígenas em um ou mais linfonodos influencia o esquema de tratamento a ser adotado. Geralmente, a cirurgia para retirar um ou mais linfonodos será necessária para saber se a doença está disseminada.

Entretanto, nem todas as mulheres com células cancerígenas nos linfonodos apresentam metástases, e outras que não tinham doença nos linfonodos podem desenvolver metástases posteriormente.

 


Fonte: Luciana Holtz de Camargo Barros (Presidente e Diretora Executiva, Psicóloga, Psico-Oncologista, Especialista em Bioética). Temos também médicos oncologistas onluntários e podemos ajudar na busca por pacientes para personagem.

 

Oncoguia


Dia do Idoso - 1º/10

 Entenda como cuidar da visão na terceira idade


Consultas regulares ao oftalmologista, alimentação rica em vitaminas e uso de equipamentos adequados de proteção ajudam a chegar na ‘melhor idade’ com a saúde ocular em dia


A realização de exames oftalmológicos é essencial em qualquer faixa etária e, quando se aproxima o Dia do Idoso, celebrado em 1º de outubro, a especialista da Olhar Certo lembra da importância do acompanhamento da saúde ocular para evitar o aparecimento de doenças entre a geração prateada. Assim, exames de rotina, medida da pressão ocular e fundo de olho são os mais indicados, mesmo em pacientes assintomáticos. "Pessoas acima de quarenta anos precisam realizar consultas oftalmológicas de rotina. Além dos exames mais comuns, em casos considerados fatores de risco para determinadas doenças, o médico oftalmologista poderá ampliar os exames para acompanhamento", diz Priscilla Drudi, oftalmologista e sócia-proprietária da rede de clínicas oftalmológicas Olhar Certo.

Entre as doenças mais comuns que atingem pessoas com mais de 60 anos está a catarata. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), três em cada quatro casos de deficiência visual é em decorrência da catarata ou pela falta de acesso a óculos. "A catarata é a doença oftalmológica mais prevalente entre os idosos e é a cirurgia mais realizada no mundo. O procedimento com remoção do cristalino e sua substituição por uma lente intraocular é capaz de devolver a qualidade visual do paciente que não apresente outras comorbidades", afirma Priscilla.

A especialista também destaca que o glaucoma, as degenerações da retina relacionadas à idade, bem como retinopatia diabética também são comuns em idosos. "O glaucoma, por exemplo, pode não apresentar sintomas no início. O seu avanço, pode levar à cegueira e, consequentemente, a perda de qualidade de vida e até sobrevida no idoso. No entanto, tanto esta como as outras doenças podem ser evitadas com um acompanhamento regular de um oftalmologista", completa.


Cuidados extras

Além dos exames de rotina, o consumo de vitaminas e o uso de acessórios para a proteção dos olhos em determinadas situações podem auxiliar na manutenção da saúde ocular. "A ingestão de alimentos como fígado, gemas de ovo e óleos de peixe, ricos em vitamina A, proteção dos olhos contra excesso de exposição à raios ultravioletas, uso de equipamentos de proteção individual para profissões de risco, somados às consultas regulares ao oftalmologista são fatores que ajudam a conservar a saúde ocular, não só na terceira idade, mas também ao longo da vida", conclui a oftalmologista.

 


Olhar Certo


Outubro Rosa: Cirurgião Plástico Luiz Haroldo Pereira esclarece mitos e verdades sobre implantes de silicone e mamografia

Pixabay
‘O câncer de mama, quando diagnosticado precocemente, tem um índice muito grande de cura. Infelizmente essas lendas sobre o assunto acabam comprometendo o diagnóstico precoce e dificultando o tratamento’, afirma o médico da SBCP


O Brasil é considerado o país campeão na realização de cirurgias plásticas no mundo. As próteses de silicone nos seios estão entre as cirurgias mais procuradas pelas brasileiras. Com isso, é natural que algumas dúvidas acabem surgindo, e uma das mais comuns é se as próteses de silicone podem atrapalhar ou não a realização de exames de imagem das mamas, como a mamografia. Aproveitando a chegada do mês de outubro e, com ele, a campanha do Outubro Rosa, que busca conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção do câncer de mama, Luiz Haroldo Pereira, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, esclarece mitos e verdades sobre o assunto.

 

O médico, com mais de 40 anos de experiência e pioneiro na lipoaspiração no Brasil, reforça a importância sobre os exames preventivos e a necessidade de desmistificar certas lendas envolvendo a prótese de silicone: “O câncer de mama, quando diagnosticado precocemente, tem um índice muito grande de cura. Infelizmente essas lendas sobre o assunto, como a de que quem tem prótese não pode fazer mamografia, acabam comprometendo o diagnóstico precoce e dificultando o tratamento”.

 

O cirurgião plástico conta que a mamografia é indicada a partir dos 40 anos, mas que o autoexame e a ultrassom, devem ser feitas a partir dos 18 anos: “Na faixa de 40 a 50 anos, a indicação é que a mulher se submeta a esse método a cada dois anos, se não houver nenhuma alteração. A partir dos 50 anos, a mamografia deve ser anual. Já mulheres com histórico de câncer na família, ou seja, cujas mães, avós ou irmãs tiveram câncer de mama, devem iniciar a mamografia mais cedo, aos 35 anos, por conta do fator hereditário. O exame de mamografia é uma das principais armas de combate ao câncer de mama e temos que nos munir dela”.

Pixabay

Confira a lista com mitos e verdades realizada pelo Dr. Luiz Haroldo Pereira: 

 

1- Quem tem silicone não pode fazer mamografia 

Mito! Todas as mulheres, quando na idade indicada, podem e devem fazer a mamografia anualmente. E o fato de terem próteses de silicone não impede em nada que esse importante exame de prevenção seja feito.

 

2- Silicone pode prejudicar o exame de mamografia

Mito! A primeira coisa que é preciso saber e deixar claro é que a mamografia pode ser feita em mulheres com próteses de silicone normalmente. No entanto, alguns cuidados são necessários no momento da realização do exame. 

 

3- O silicone pode romper durante a mamografia

Mito! Nos casos em que a mulher possui próteses de silicone, o aparelho de mamografia é ajustado para fazer uma pressão menor do que em mulheres sem implantes e assim evitar o risco de que o silicone se rompa.

 

4- A mamografia pode ser dolorida 

Verdade! O exame de mamografia consiste na compressão das mamas para obtenção das imagens. Sendo assim, é possível que o exame cause certo desconforto em algumas mulheres, independentemente da presença ou não dos implantes.

 

5. Fazer mamografia todos os anos é necessário para detectar tumores

Verdade! A mamografia é a principal forma de diagnóstico precoce da doença. Quem tem histórico familiar deve fazer o exame a partir dos 25 anos. As demais, após os 35, 40. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura.

 

6- A localização do implante pode influenciar no exame 

Verdade! Há duas posições básicas de inserção do implante mamário: atrás da glândula mamária – o chamado implante retroglandular – e atrás do músculo peitoral – a posição retromuscular. 

 

Quem define a posição do implante é o cirurgião plástico, pois depende da conformação, do tamanho da mama e do que se espera do resultado estético. Do ponto de vista radiológico, os implantes colocados atrás do músculo peitoral são os que possibilitam melhor deslocamento posterior com exposição completa da glândula mamária para a realização da mamografia. 

 

7. Faço o autoexame em busca de caroços. Não preciso de outros exames

Mito! O autoexame das mamas é uma prática positiva, que deve ser estimulada. Contudo, ele não é capaz de detectar vários tipos de tumores, especialmente aqueles em fase inicial, com maiores chances de cura.

 



Dr. Luiz Haroldo Pereira - que atende em Copacabana, no Rio de Janeiro, é referência em cirurgia corporal e face no Brasil. Ele se especializou na França, onde participou da equipe do Dr. Pierre Fournier. O médico tem mais de 25 artigos publicados nas mais diversas e importantes revistas nacionais e internacionais sobre cirurgia plástica e é autor de vários capítulos de livros sobre lipoaspiração, lipoenxertia, próteses de silicone, cirurgias de face e gluteoplastia, sendo considerado fonte no Brasil para todos estes assuntos. Já foi presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) do Rio Janeiro, participou da banca de exames para título de especialista em cirurgia plástica durante 12 anos e, desde 2006, é membro da comissão de avaliação para médicos que desejam se torna titulares da SBCP, capacitados para realizar as cirurgias de abdominoplastia, lipoaspirações, implantes de silicone e outros procedimentos.

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