Variação
hormonal ao longo da vida é um dos fatores para a condição
Cuidados com a saúde e com o
corpo são essenciais na vida de qualquer pessoa, porém pouco se fala da real
importância da saúde bucal. Desde crianças aprendemos que devemos escovar os
dentes sempre após as refeições e por isso, crescemos achando que a saúde bucal
se resume somente as escovações.
Ter dentes brancos é o sonho
de muita gente, porém não é só questão de estética e deve ser sempre tratado
com atenção. Mau hálito, placas bacterianas e o aparecimento de cáries, são
apenas alguns dos problemas que podem aparecer ao longo da vida quando a
higienização da boca não é realizada de forma correta ou mesmo quando as
visitas ao dentista não são frequentes.
Porém, problemas mais sérios
como fortes dores nos dentes, desconfortos, feridas e até mesmo a perda dos
dentes são recorrentes e super possíveis de acontecer. Biologicamente, devido
as condições hormonais que variam muito ao longo da vida, as mulheres sofrem
mais com problemas dentários e, em especial, com a perda dos dentes.
Segundo uma pesquisa do
IBGE, por meio da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013, e respondida por
mais de 60 mil pessoas, 11% da população com 18 anos ou mais, perderam todos os
dentes, sendo maior a proporção entre as mulheres. Apesar delas, de forma
geral, serem mais cuidadosas, elas compõem o maior percentual de 13,3% de
indivíduos sem nenhum dente.
“Por conta dos hormônios, as
mulheres são muito mais suscetíveis a problemas dentários e o período da
gravidez, por exemplo, é especialmente delicado para a saúde bucal”, explica o
cirurgião dentista, Dr. Arthur Iera, especialista em implantodontia.
Durante o período de
gestação, a mulher recebe uma carga intensa de hormônios como estrogênio e
progesterona, promovendo modificações vasculares e facilitando o ataque de
bactérias nas gengivas. Isso significa que a região fica menos protegida e com
menor capacidade de regeneração, causando a famosa gengivite, podendo inclusive
induzir o parto prematuro.
Outro fator importante nesse
período é a diminuição do fluxo e da ação protetora da saliva, que gera um
aumento da acidez na boca, o que facilita a desmineralização dos dentes e a
formação de cáries.
Já na idade madura, a
modificação hormonal reflete em todo o organismo e a incidência de danos à
saúde bucal aumenta. Com a menopausa, a gengiva diminui de volume e se retrai,
podendo afetar a sustentação dos dentes, além da osteoporose, que é uma
condição mais comum em mulheres acima dos 45 anos que deixa os ossos frágeis e
porosos.
De acordo com o Dr Arthur Iera, a solução para esse tipo
de perda é o implante dentário, uma vez que é muito difícil o tecido ósseo
afetado crescer novamente. Já para a prevenção, além da higienização bucal
diária com a escovação e o uso de fio dental e enxaguante bucal, a visita ao
dentista de 6 em 6 meses, pelo menos, é de suma importância, pois além da
manutenção realizada dentro do consultório, o diagnóstico precoce é essencial
para uma melhor resposta ao tratamento.
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