sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Hábitos saudáveis e informação reduzem risco de AVC e podem salvar vidas


 No dia 29 de outubro ajude a prevenir a segunda maior causa de morte e a primeira causa de incapacidade do País. Não seja uma estatística


Um dos lados do corpo começa a perder força e sensibilidade. A boca fica torta e é difícil falar ou pensar normalmente. Esses são alguns dos sintomas mais comuns de um AVC, o Acidente Vascular Cerebral, que acontece quando algum vaso sanguíneo do cérebro entope ou se rompe. Dia 29 de outubro é o Dia Mundial do AVC e o Hospital Brasília adere à campanha, que será realizada no mundo inteiro, para conscientizar o público sobre a doença e informar sobre prevenção e tratamento.

O AVC é grave e comum: no Brasil, é a segunda maior causa de morte e a primeira de incapacidade, tirando cerca de 100 mil vidas todos os anos. A cada seis segundos, independentemente da idade ou sexo, alguém, em algum lugar, morre de um acidente vascular cerebral (AVC).

No entanto, é importante lembrar que cerca de 90% dos casos estão ligados a fatores de risco controláveis. Segundo a neurologista Letícia Rebello, do Hospital Brasília, "é possível diminuir drasticamente as chances de sofrer um AVC ao adotar um estilo de vida saudável, controlando a pressão arterial, o diabetes e o peso, fazendo exercícios físicos, reduzindo o colesterol, o consumo de álcool e evitando o tabagismo". 

A neurologista explica que existem dois tipos de acidente vascular cerebral: "O mais comum é o isquêmico, que ocorre em cerca de 85% dos casos. Ele surge quando um vaso sanguíneo é obstruído por um coágulo, por exemplo. Com o fluxo de sangue interrompido, a região do cérebro que era dependente desse vaso começa a morrer. Estima-se que 120 milhões de neurônios sejam destruídos por hora durante um acidente vascular cerebral, o que equivale a 3,6 anos de envelhecimento natural. O segundo tipo é o AVC hemorrágico, que ocorre quando um vaso se rompe e o sangue extravasa pelo cérebro", explica. Esta condição ocorre em cerca de 15% dos casos e tem a tendência de ser mais preocupante, porque seus sintomas progridem mais rapidamente e podem levar à morte ou sequelas graves.

"É extremamente importante buscar ajuda médica nas primeiras horas do aparecimento dos sintomas", alerta Letícia Rebello. "Quanto maior a demora, maiores os danos causados pelo AVC. O ideal é chamar uma ambulância e não tentar chegar ao hospital de carro ou ônibus, uma vez que o tempo é fundamental no atendimento e recuperação", completa.

Família e amigos são personagens essenciais na percepção dos primeiros sintomas, para retratá-los de forma correta no momento do atendimento médico. Além disso, é fundamental a informação do horário de início dos sintomas. Para ajudar a entender o AVC e a diminuir os números assustadores, o Hospital Brasília lança a campanha "Não seja uma estatística", que contém vídeos explicativos na web e material informativo sobre os primeiros sinais de alerta, resumidos em 3F´s e 1 T:

F de face: Peça à pessoa para sorrir. O rosto está paralisado de um lado?

F de força no braço: Peça à pessoa para elevar os braços. Algum deles está dormente?

F de fala: Peça à pessoa para repetir uma frase simples. A voz está enrolada? A pessoa consegue repetir as palavras, ou é difícil de entender?

T de tempo: Hora de chamar o SAMU: Se a pessoa tiver um destes sintomas o tempo é fundamental. Ligue 192 para a pessoa ser transportada para o hospital o mais rapidamente possível.



Para conhecer mais sobre a campanha do Hospital Brasília, clique aqui: http://www.facebook.com/HospitalBrasilia/
A equipe de Neurologia do Hospital Brasília faz parte da Rede Brasil AVC. Mais informações sobre a doença e sobre o Dia Mundial do AVC 2018, você pode encontrar no site da organização - http://www.redebrasilavc.org.br/


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