sexta-feira, 28 de julho de 2017

Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais chama atenção para a doença



 Especialista do Hospital Samaritano explica como prevenir o problema


A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 400 milhões de pessoas no mundo sejam portadoras de algum dos tipos de vírus da hepatite. Apenas uma em cada 20 pessoas sabe que tem a doença e só uma a cada 100 inicia o tratamento. No mês do Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais (28/7), Marcus Túlio Haddad Filho, gastroenterologista do Hospital Samaritano de Botafogo (localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro), alerta que os tipos mais prevalentes no Brasil são A, B e C (existem ainda os tipos D e E) e explica como prevenir a doença.

De acordo com o médico, o tipo A é predominante em países com baixo nível socioeconômico e condições sanitárias ruins, sendo transmitido através de alimentos contaminados ou maus hábitos de higiene. Já as hepatites B e C são transmitidas por meio de contato sexual; transfusão sanguínea; compartilhamento de agulhas e objetos cortantes; ou, ainda, da mãe para o feto, durante a gestação.

Caracterizada por inflamações no fígado, a doença pode ser prevenida com medidas simples, que reduzem consideravelmente os riscos. “Hábitos de higiene pessoal diminuem a transmissão de hepatite A, assim como a proteção nas relações sexuais e os cuidados com a exposição a secreções humanas diminuem os riscos de contágio com o vírus das hepatites B e C”, informa Marcus. O especialista explica ainda que outra forma eficaz de prevenir a doença é a imunização pelas vacinas contra os tipos A e B.                                   

O médico também alerta que, na maioria das vezes, a hepatite não apresenta sinais ou se manifesta através de sintomas comuns a outras viroses, como falta de apetite, fraqueza física e febre. No entanto, uma característica bastante comum é quando a pele fica amarela. “O diagnóstico de uma hepatite viral é feito por exame laboratorial de sangue, que é importante principalmente nos casos das hepatites B e C, que podem se apresentar de forma fulminante, levando à insuficiência aguda do fígado, à cirrose e até ao óbito”, aponta.

O tratamento da doença varia de acordo com o tipo do vírus: a hepatite A exige apenas repouso, além de cuidados para evitar a transmissão. Já os tipos B e C podem demandar o uso de antivirais. O especialista também informa que as hepatites D e E são menos comuns no Brasil. “A hepatite D somente se manifesta em conjunto com a B, enquanto a transmissão do vírus da E se dá pela ingestão de água contaminada com coliformes fecais e alimentos contaminados”, finaliza. 






Mamas em risco durante o Pré-Natal



Estudo diz que 60% das mulheres não tiveram as mamas examinadas no pré-natal


Na semana do aleitamento materno, um estudo traz uma realidade vivida por várias mulheres durante a gestação. Boa parcela das grávidas entrevistadas afirmou não ter sido examinada e também não ter recebido nenhum pedido de exame para as mamas. Para a Sociedade Brasileira de Mastologia – SBM esses dados representam uma grande preocupação que merece a atenção das autoridades.

         De acordo com o mastologista Dr. Anastasio Berrettini Jr., membro da SBM e autor do estudo, a pesquisa foi realizada em pacientes de 18 cidades da Região Bragantina, a 40 quilômetros de São Paulo, dentro da maternidade com gestantes e mulheres que acabaram de ganhar o bebê. “Além da maioria não ter a mama examinada, apenas 20% receberam orientações sobre a higiene das mamas, o que poderia diminuir as taxas de mastite (inflamação das mamas) durante a amamentação”, afirma o médico.

         Segundo ele, o levantamento foi concentrado no Hospital Universitário São Francisco, em Bragança Paulista. “Foram avaliadas 255 pacientes, 92% delas provenientes do SUS e 8% de consultórios particulares”, explica Berrettini, acrescentando que o exame físico adequado das mamas deve compreender: a retirada da blusa, examinar a paciente deitada, palpar as mamas e palpar as axilas.

O Mastologista diz que o estudo também se ateve a esse detalhe. Das que foram examinadas, 85% tiraram as blusas, 81% deitaram na maca e 69% e 95% tiveram as axilas e as mamas, respectivamente examinadas.

No entanto, outro ponto do estudo chamou a atenção do mastologista. Apenas 37, das 255 entrevistadas, receberam orientações sobre aleitamento, algo primordial para as mães. “Vale ressaltar que não são apenas os recém-nascidos que se beneficiam da amamentação. Ela também é fundamental para a saúde das mães e auxilia na diminuição da chance de aparecimento do câncer de mama”, alerta o médico lembrando a Semana Mundial de Aleitamento Materno (1 a 8 de agosto).

Ele enfatiza que as mulheres que amamentam por um período maior do que seis meses têm menos chances de desenvolver a doença devido à substituição de tecido glandular por gordura nas mamas. Além disso, em caso de desenvolvimento de câncer de mama, a amamentação protege contra os tipos mais agressivos do tumor. “A amamentação é uma proteção natural para a mulher”, alerta o médico.

Berretini aponta ainda outros cuidados que se deve ter durante o período de aleitamento para preservar a saúde mamária, como evitar tudo que possa sensibilizar a região, ou seja, o uso de cremes e pomadas nas mamas – que, por hidratar a pele, as deixa mais sensível às fissuras durante a amamentação. ”Expor as mamas ao sol e ajudar o bebê a mamar da maneira adequada também previnem machucados e a mastite”, indica.

         Por fim, o mastologista afirma que a realização das consultas é o único contato da mulher com o serviço de saúde, momento no qual se devem promover as orientações e cuidados. “Recomendamos o exame clínico das mamas ao menos uma vez por trimestre. A amamentação ofusca o diagnóstico precoce do câncer de mama, portanto o exame delas no período da gravidez é de extrema importância”, conclui.





Anejaculação: especialista explica por que alguns homens desenvolvem esse distúrbio



Alguns homens sofrem com distúrbios sexuais, a ejaculação precoce e disfunção erétil são os mais comuns. Mas já ouviu falar sobre anejaculação? Você pode sofrer dessa disfunção e nem faz ideia que precisa ser tratado. Neste caso, o indivíduo que apresenta o distúrbio não consegue chegar a ejaculação. Por ser um tema pouco discutido, especialista em sexualidade explica causas do problema e tratamentos.

A fisioterapeuta e sexóloga Fabiane Dell’ Antônio comenta que a anejaculação é a dificuldade ou ausência total da ejaculação, mas a sensação do orgasmo é preservada. “As principais causas que levam homens a desenvolverem essa disfunção são fatores emocionais, como não ejacular para não provocar a gravidez, insegurança, estresse e ansiedade. Medicamentos, alterações hormonais, uso excessivo de drogas e lesões de nervos após cirurgias pélvicas também podem influenciar”, destaca.

Devido a anejaculação, alguns homens também adquirem disfunção erétil por sentirem a falta de algo e que estão com problemas sexuais. “O homem deve buscar ajuda com médico urologista para diagnosticar a causa, conversar com a parceira ou parceiro e realizar outros tratamentos, caso necessário”, completa especialista.

A anejaculação atinge uma faixa etária ampla. Alguns casos manifestam-se desde o início da vida sexual e outros em homens mais velhos que realizaram a cirurgia de retirada da próstata. 

A especialista explica que o tratamento para a disfunção depende da causa do problema, a saúde geral do homem, idade e estado emocional. “Já em casas após retirada de próstata não tem tratamento”. 

Mas Fabiane tranquiliza casais que sofrem com esse distúrbio. “É necessário compreender a causa e esta situação, ter diálogo entre o casal, inovar nas práticas sexuais e ter consciência que não ejacular não interfere na masculinidade e prazer do homem”, conclui.


Algumas dicas para enfrentar a anejaculação

Incentivar o parceiro a procurar tratamento médico com o urologista para diagnosticar a disfunção na ejaculação e descobrir a causa;

Compreender que o orgasmo e desejo podem continuar normalmente;

Dialogar sobre a vida sexual do casal;

Procurar tratamento com psicólogo e fisioterapeuta quando necessário, visto que afeta o emocional e aspectos anatômicos;

Inovar a vida sexual, usar de criatividade e produtos sensuais com dicas de um sexcoach.