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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Pandemia afeta qualidade de vida de crianças com doenças crônicas, como hemofilia e diabetes

Pais de João Lucas e Luiza Vaz relatam dificuldades enfrentadas dentro de casa e estratégias utilizadas para cuidar melhor da saúde de seus filhos

 

O distanciamento social, imposto pela pandemia do coronavírus, afetou o dia a dia de toda a população, que precisou se adaptar à nova realidade. No caso de crianças com doenças crônicas, como hemofilia e diabetes, os desafios foram ainda maiores, como ocorreu com o filho de oito anos do Lucas Schirmer, João Lucas, que tem hemofilia A grave com inibidor, no qual o sangue não coagula adequadamente, levando a sangramentos espontâneos e por vezes de difícil controle; e com a filha de seis anos da Cláudia Vaz, Luiza Vaz, com diabetes tipo 1, caracterizado pelo excesso de açúcar no sangue, que requer tratamento com insulina.

Em quarentena, Lucas Schirmer e sua esposa notaram que a falta de atividades extracurriculares e convivência levaram os dois filhos a comportamentos agitados, o que resultou em um machucado no pé de João Lucas, um risco por conta de sua condição de saúde. Com isso, adotaram uma estratégia diferente, de continuar com o distanciamento social, mas incluir atividades que usam o corpo e a criatividade, para gastar energia com qualidade, com passeios pelas áreas comuns do condomínio e nas proximidades do bairro. O contato com um médico de confiança também foi essencial para esclarecer dúvidas sobre as dificuldades e os incidentes que podem acontecer. "Procuro equilibrar as restrições do meu filho com as atividades comuns a uma criança de oito anos, e tomo cuidado com a mensagem que passo, pois acredito que uma postura negativa em relação à hemofilia pode influenciar sua personalidade e a forma de lidar com a doença", afirma o pai Lucas Schirmer.

A mãe das gêmeas Camily e Luiza Vaz, Cláudia Vaz, também enfrentou dificuldades com uma das filhas que possui diabetes. A pandemia coincidiu com o início de terapia com a bomba de insulina para Luiza. O começo foi mais difícil, mas conseguiram se adaptar. Neste momento, as doses precisaram de ajustes específicos, já que estão em casa, com pouca atividade física e comendo um pouco mais. "...A terapia nutricional é a contagem de carboidratos e a Luiza se alimenta normalmente dentro das limitações para a idade dela, seguindo regras e exceções. A bomba de insulina foi ótima, pois trouxe mais flexibilidade. Independentemente de qualquer problema, o cuidado com o diabetes é nossa prioridade, porém sem tirar nossa alegria e liberdade. Acho que melhor maneira de lidar com uma doença crônica é a aceitação, é preciso tornar os cuidados uma condição para viver melhor a cada dia...", conta a mãe Cláudia Vaz.

Segundo a hematologista pediatra, doutora Christiane Pinto é possível as crianças com hemofilia terem uma boa qualidade de vida com o tratamento adequado, desde que sejam tomados alguns cuidados. "Traumas, batidas ou quedas, por exemplo, são perigosas, pois podem levar a sangramentos. A permanência dentro de casa, pode causar ansiedade e agitação. Por isso, é importante um olhar atento dos pais e um bom diálogo", reforça.

Já em situações de crianças com diabetes, é necessário que a rotina seja mantida, com cumprimento exemplar do plano alimentar, dos esquemas de aplicação de insulina e da prática de atividades físicas, em casa. "É muito importante manter o acompanhamento, mesmo em tempos de pandemia. Aplicativos e softwares de análise são úteis para os pacientes compartilharem seus dados de glicemia e bomba de insulina com seus profissionais de saúde mesmo à distância. Seu médico será fundamental para trazer tranquilidade em tempos incertos", orienta Mariana Pereira, endocrinologista e consultora da Roche Diabetes.

De acordo com a terapeuta ocupacional e pedagoga do Ambulatório de Hemofilia da Unicamp, Ariane Stefanelli, estabelecer uma nova rotina para os pais e para as crianças pode ser uma boa saída também. "A escola precisa estar incluída no dia a dia, mas a brincadeira e a tranquilidade devem estar presentes. É preciso ser criativo, fugir dos aparelhos eletrônicos, com jogos e brincadeiras, adaptar atividades físicas", explica.

No caso de crianças com doenças crônicas o cuidado precisa ser maior. "Desde muito cedo trabalhamos a conscientização da hemofilia e agora é o momento para reforçá-la por meio da conversa. Com seis anos, por exemplo, os pacientes se comparam com os amigos e podem desenvolver comportamentos ruins para o controle da doença, como esconder os machucados, não querer fazer o tratamento. Então, é importante explicar de forma didática, com abordagens lúdicas e criativas, apostar em jogos de tabuleiros e culturais". Ariane Stefanelli acredita que este é o momento do fortalecimento do vínculo familiar, a valorização do simples e do afeto. "Os pais hoje precisam de um outro olhar e tolerância para a criança, reaprender com a limitação que seu filho tem", conclui.

 

 


Roche

http://www.roche.com.br


Os Efeitos Colaterais Da Quarentena Para a Saúde Mental


Se a quarentena, ainda mais em sua versão lockdown, foi vista e sentenciada como a solução para a contenção da Covid19, infelizmente esqueceram de nos avisar sobre os seus efeitos colaterais.

 

Depois de meses, desde o início a pandemia, quando o mundo foi obrigado a enfrentar uma quarentena sem precedentes na história humana, a sociedade se depara hoje com os efeitos negativos do isolamento social.

Impacto na Saúde Mental já é alarmante em todo o mundo e ainda precisamos muito falar sobre isso.

Em primeiro lugar, precisamos entender que o ser humano é um ser gregário, que precisa estar em sociedade. Desde os primórdios da humanidade, para o homem sobreviver em um ambiente hostil, ele precisou se organizar em pequenos grupos e comunidades, levando ao nascimento das primeiras cidades. A conexão entre as pessoas é própria da natureza humana.” – Explica a Neuropsiquiatra Gesika Amorim


Com o isolamento social surgiram novos problemas relacionados ao emocional, ocorrendo uma piora do quadro da saúde mental, com os atendimentos reduzidos ou interrompidos em 93% dos países do mundo. Segundo a pesquisa da OMS; nos países das Américas, houve uma interrupção de 100% em pelo menos algum serviço de atendimento à saúde mental.

Entre os problemas mentais mais específicos, a ansiedade e a depressão aumentaram consideravelmente, inclusive em pessoas que nunca apresentaram nenhum sintoma; Além da insônia e do aumento do consumo de álcool e drogas.

A ansiedade e a depressão tiveram seu aumento em boa parte causado pelo medo gerado através das mídias ao apresentar um panorama apocalíptico 24h por dia e também pela  quebra de rotina e o  afastamento do afeto presencial dos familiares, principalmente entre os idosos, considerados grupos de risco, e entre outros grupos sensíveis, como os autistas.

Os Idosos tornaram-se inativos, longe das atividades anteriormente prazerosas. Ficaram enclausurados, sem família, longe do afeto de filhos e netos e amedrontados frente a REAL possibilidade da morte bater em sua porta a qualquer instante. Imagine quase 10 meses nesse ritmo?

Os autistas também sofreram as consequências, uma vez q perdeu-se completamente um dos fatores primários para o equilíbrio emocional desse grupo: A Rotina. 

Sem a escola, as terapias, o convívio dos colegas, as visitas ao avós, os passeios de bicicleta, caminhadas e o clube por exemplo. tudo por um tempo muito prolongado, gerando uma nova realidade, cada vez mais difícil de ser aceita e uma multiplicação dos casos de ansiedade, pânico, depressão, fobias, entre outros transtornos”, explica a Dra Gesika Amorim, Médica Neuropsiquiatra, especialista em Tratamento Integral do Autismo e Neurodesenvolvimento.

A saúde mental de grande parte de toda população em geral, está sendo afetada de forma nociva; seja pelo medo da contaminação, pela quebra na economia e aumento do desemprego, ou mesmo pela falta de perspectiva no futuro” – completa a Neuropsiquiatra.

Os níveis de casos de suicídio também aumentaram. Os dados quantitativos sobre as vítimas ainda são incertos, porém, mais de 35% dos países apresentaram interrupções nas intervenções de emergências, além daquelas pessoas que tiveram convulsões prolongadas ou síndromes de abstinência por uso de substâncias. Na Itália houve 71 casos de suicídio e 46 tentativas relacionadas aos efeitos da quarentena e do isolamento, e os serviços de saúde mental antes oferecidos nas redes de ensino, com o fechamento integral das escolas na maioria dos países; foram os mais afetados.

78% dos países relataram o impacto no atendimento a crianças e adolescentes, sendo que 7 em cada 10 países interromperam totalmente os serviços de saúde mental antes realizados nas escolas.

Para minimizar os impactos negativos do isolamento social, o atendimento remoto surgiu como alternativa para os países e regiões mais desenvolvidos. Se dentre os 80% dos países de renda alta foi oferecido a alternativa da telemedicina e da terapia online para atender a população, apenas 50% dos países de baixa renda implantaram essa alternativa.


No entanto, as alternativas on-line, como trabalho home-off, vem apresentando quadros preocupantes no que tange a saúde mental. A queixa dos pacientes por causa do excesso de reuniões por videoconferência vem aumentando. Psiquiatras vem percebendo e acompanhando essas queixas, no que passou a se chamar de “Fadiga do Zoom”, devido ao uso desse aplicativo, um dos mais usados para encontros on-line. Pacientes tem apresentado sintomas de ansiedade e fadiga, e isso tem adoecido as pessoas. A prescrição de medicamentos controlados aumentou 62%. As próprias empresas tem registrados um crescimento nos casos de doenças psiquiátricas entre seus funcionários.

O excesso de telas também está prejudicando profundamente os alunos, principalmente crianças e adolescentes, por causa das aulas on-line, e essa sobrecarga está afetando de forma nociva a saúde mental desses alunos.

Segundo a Dra. Gésika - “Esse problema se complica ainda mais quando se trata de alunos autistas que precisam ser disciplinados para não passarem muito tempo em frente as telas”.

Enquanto isso o Brasil segue entre os países com maior índice de pessoas que sofrem de ansiedade, cerca de 18,6 milhões de vítimas, além dos transtornos depressivos, que perdemos apenas para os EUA.

No Brasil a discrepância no acesso as classes, tornou ainda maior o abismo que existe entre os alunos. Obviamente o aluno que mora no grande centro conseguirá um rendimento e aprendizado muito mais eficiente que o nativo do interior do Amazonas. No sertão nordestino como se dará esse acesso? Famílias que moram em comunidades com 4 ou 5 alunos e apenas um telefone? quem assistira aula e quando? Todos esses fatores nos levam a questionar: Realmente existiu um “ano letivo”? Quem aprendeu e quanto? Como isso será avaliado?

O descaso com tratamento de saúde mental tornou-se ainda mais gritante, ao ser considerado também o pífio financiamento administrado por esses países: Apenas 2% das verbas de saúde destinados à prevenção ou ao tratamento de distúrbios mentais, e menos de 1% de ajuda internacional.

Estudos apontam que 1 dólar gasto em tratamento de ansiedade e depressão, produz ao final um ganho de 5 dólares ao evitar ou amenizar as perdas de produtividade ou evitando os problemas mais graves, segundo a OMS. Porém, não parece ser essa a preocupação dos principais gestores.

Neste momento, a maioria das pessoas estão saindo desta quarentena desesperançadas, machucadas, muitos desempregados, desestruturados, enlutados, enfim...a verdade é que nunca uma sociedade inteira esteve com a saúde mental tão abalada como estamos neste momento e por isso, agora, mais do que nunca, é importante que a qualquer sinal de esgotamento, tristeza persistente, ansiedade, sentimento de que você está só e que não vai dar conta, sensação de que vai explodir- Peça ajuda! Procure uma unidade de CAPS mais próxima a você ou o seu médico e ele saberá o que fazer. No mais, dentro do possível e não só neste momento, mas por toda sua vida: Exercite seu corpo, procure fazer uma atividade que lhe de prazer, faça meditação, preces, yoga ou algo que eleve seu espírito, que possa lhe dar paz, evite álcool e outras drogas, durma bem, treine sua mente, esteja próximo a pessoas queridas e vamos juntos aguardar e unidos, juntar nossos cacos para tratar essa sociedade adoecida.” – diz a Dra Gesika Amorim

 

 


Dra Gesika Amorim - pediatra com ênfase em saúde mental e neurodesenvolvimento infantil. Neuropsiquiatra, pós graduada em psiquiatria, e neurologia clínica. É também referência no Tratamento de TEA- Transtorno do Espectro Autista com utilização de HDT – Homeopatia Detox – Tratamento Integral do Autismo E Medicina Integrativa .

www.dragesikaamorim.com.br

Instagram: @dragesikaautismo

 

5 hábitos para manter sua mente saudável

Mente sã, corpo são. Já dizia o velho provérbio. Mas falar é fácil, difícil é aplicar essa ideia na nossa rotina, não é mesmo? 


Manter a mente saudável é um desafio diário que precisamos travar. A boa notícia é que, se conseguirmos vencê-lo, estaremos mais perto da nossa própria felicidade e nos prevenindo contra os altos índices de Burnout - assunto frequentemente discutido aqui no blog.

Por isso, quero compartilhar aqui alguns insights e pequenas estratégias que podemos adotar no nosso dia a dia para manter a nossa mente saudável. Vamos juntos? 



1. Durma bem

A primeira dica para quem quer ter uma mente saudável é dormir bem. Parece fácil, mas para muitas pessoas a simples atividade de dormir está longe de ser bem-executada.

1. Vá dormir sempre no mesmo horário - regularidade é importante: não importa se é dia de semana ou final de semana.

2. Mantenha a temperatura do seu corpo estável, de preferência fresco - alguns especialistas indicam que a temperatura ideal é de 18 graus Celsius.

3. Prefira ambientes escuros - por conta da alta exposição diária à luminosidade, seja das telas de computador ou celular, seja da luz natural, nosso corpo precisa de escuridão especificamente durante à noite para acionar a liberação da melatonina - hormônio do sono.

4. Não fique muitas horas acordado na cama - se você não está conseguindo dormir, levante, faça outra coisa completamente diferente e depois volte. O cérebro é como se fosse um dispositivo que aprende a associar a cama ao gatilho de acordar. Por isso é preciso "quebrar" essa associação.

5. Monitore a quantidade de álcool e cafeína que você ingere - a regra básica é: fique longe da cafeína à noite e tente não ir pra cama embriagado.

6. Tenha uma rotina desacelerada - Apesar de muita gente acreditar que ir dormir tarde é sinônimo de boa coisa, acredito, não é. Dormir é um processo fisiológico parecido com aterrissar um avião: é gradual até que caia no sono profundo. Por isso, nos últimos 20 minutos ou até mesmo meia hora antes de ir dormir, desconecte-se do computador, celular e tente fazer algo relaxante. 



2. Treine seus sentimentos e emoções

"A forma como encaramos nosso mundo interior condiciona tudo". Esta frase de Susan David explica muito bem a relação que existe entre os nossos sentimentos e a forma como reagimos aos acontecimentos externos.

Se estamos tristes, nossos relacionamentos serão tristes. Se estamos com raiva, iremos tratar os colegas de trabalho de forma áspera e por aí vai.

O fato é que não existem emoções positivas ou negativas, boas ou más. Emoções são emoções. Sentimentos são sentimentos. Nada é preto no branco.

É preciso enxergar as coisas com mais flexibilidade e parar de nos auto julgar. Se nós quisermos ter uma mente saudável, precisamos mantê-la longe da rigidez emocional.

Precisamos treiná-la para que se torne mais ágil a fim de identificar sentimentos e emoções com rapidez e assim tentar controlá-los de maneira a reduzir o nosso sofrimento.

E aqui vai uma dica: esse tipo de treinamento geralmente vai acontecer durante as situações mais críticas da nossa vida: aquelas nas quais nos sentimos mais fragilizados e vulneráveis.

Treinar nossa mente para ter agilidade emocional não é fugir dos sentimentos, mas encará-los tal como eles são.

Se estamos diante de um sentimento como frustração, medo ou tristeza, por exemplo, não devemos negar que eles existem, muito menos fingir que estamos bem ou inabaláveis.

Precisamos identificar os sentimentos e decidir o que vamos fazer com eles. Em muitos casos vamos precisar dar espaço para o autoperdão e a prática de falar sobre nossos sentimentos. 



3. Pare de procurar a felicidade e comece a fazer escolhas conscientes

Primeiro, pare de procurar a vida perfeita: empregos com zero estresse não existem, bem como o(a) namorado(a) sem defeitos, e nem o apartamento no bairro de luxo, etc. O que acontece é que, ao invés de se sentir satisfeito(a) isso pode te gerar ainda mais ansiedade.

Dados científicos já mostraram que quanto mais entramos nessa busca incessante por felicidade, menos conseguimos alcançá-la. A taxa de suicídio mundial infelizmente atingiu seu maior pico nos últimos 30 anos nos Estados Unidos, mesmo com a melhora significativa dos padrões de vida, mais pessoas se sentem sem esperança e solitárias.

O que causa uma situação crítica como essa? E a falta de sentido para a vida. Segundo a pesquisadora e jornalista Emily Esfahani, a principal diferença entre felicidade e sentido para a vida é que, enquanto a busca da felicidade envolve alcançar um estado de conforto e relaxamento momentâneos, a busca por dar sentido à vida vai muito além, pois envolve a doar-se de forma voluntária para outra causa, ou seja, usar nossos pontos fortes para servir os outros.

E isso não necessariamente acontece por meio do trabalho. Tem mais a ver com, aproveitar os momentos transcendentais da nossa vida, quando nos desconectamos do nosso eu, para dar espaço para algo maior. 



4. Pratique a filosofia estoica

O estoicismo afirma que as virtudes devem ser baseadas nos comportamentos ao invés das palavras. Portanto, se você tem um propósito claro de onde quer chegar comece a agir para fazer isso acontecer.

Agir de acordo com o que você acredita te fortalecerá e te blindará de forma poderosa contra os obstáculos e frustrações que virão pela frente. Além disso, precisamos admitir que está tudo bem não conseguir controlar tudo que é externo e não depende de nós.

Afinal, todas as nossas angústias derivam do fato de que passamos grande parte das nossas vidas tentando controlar o que é incontrolável. 



5. Prepare sua mente para as situações mais críticas

Em 2014 a pesquisadora de resiliência Lucy Hone perdeu a filha de 12 anos em um duro acidente de carro que também levou a melhor amiga dela e a filha. Durante seu processo de luto ela descobriu três estratégias que a ajudaram a sair de seus piores dias e a encarar situações de extrema tristeza:

1) Esteja consciente que coisas ruins podem acontecer. O sofrimento faz parte da vida, da existência humana. Saber disso evita que você se sinta discriminado. Ao invés de se perguntar: "Por que eu?" pergunte-se: "Por que não eu?"

2) Saiba escolher cautelosamente a que dar atenção. Julgue as hipóteses de maneira realista, foque naquilo que você pode mudar e tente aceitar aquilo que você não pode. Como seres humanos temos a tendência de dar mais ênfase às coisas negativas O nosso foco na ameaça, a resposta ao nosso estresse, fica ligado permanentemente. Não devemos ignorar isso, mas devemos encontrar formas de nos conectar com as coisas boas.

3) Pergunte-se sempre: "o que eu estou fazendo está me ajudando ou prejudicando?" Esse pensamento pode ser usado em diferentes contextos da sua vida, seja na sua tentativa de conseguir promoção, seja para passar em uma prova ou até mesmo para se recuperar de uma doença e te ajuda a te colocar novamente no controle sobre si mesmo.

Lembre-se que nada disso vai funcionar se não se tornar um hábito. E para mudar um hábito é preciso persistência e foco no propósito que você quer atingir. Não é fácil - muito pelo contrário - mas acredito que valerá a pena o esforço.





Virginia Planet - sócia-fundadora da House of Feelings - primeira escola de sentimentos do mundo - www.houseoffeelings.com

 

Adolescência: primeiro passo é pensar antes de agir

A vida dos adolescentes deixou de ser um parque de diversões sem compromisso. Ela tem se transformado em uma selva, com decisões difíceis a serem tomadas, pressão dos colegas, insegurança pessoal e ansiedade em relação ao que os outros pensam. Considerando ainda sentimentos de depressão, inferioridade, comparações e outras atitudes autodestrutivas como: pornografia, vandalismo, drogas e gangues. Ou seja, é importante que pais e responsáveis repensem suas ações. 

De fato, não é uma tarefa das mais fáceis. Mesmo enquanto pais amorosos e preocupados, cobrar ações positivas e compromisso não são atitudes que os seres humanos estão à vontade para desenvolver nem mesmo com sua prole. Portanto, educar, nesse sentido, torna-se uma tarefa penosa e cansativa. Os discursos se repetem, irritantemente e se tornam cansativos para pais e filhos. Também não há receita de sucesso. Todos nós estamos à mercê de experiências vividas e influências do meio. Assim, cumprir a missão de orientador é um processo diário. 

A dica é passar para os rebentos, agora quase adultos, a maior quantidade de informações possíveis e acompanhá-los de perto, bem perto. Coloquem-se como pais e mães que dialogam e, principalmente, que ouvem os filhos. Para começar, deixe claro que eles são responsáveis por suas próprias vidas, que devem definir junto com os pais uma missão e meta a ser seguida com planejamento e foco. Nesse contexto entram: conhecimento de profissões, escolhas acadêmicas, relacionamentos com familiares, namoradas (os) e amigos; ou seja, priorizar o que é importante nessa fase. 

Incentive-os a ouvir atentamente principalmente os adultos, que colaboram com o seu desenvolvimento. Mostre, também, que é muito importante manter o respeito pelos profissionais educadores e que, muitas vezes, ouvir e compreender vem antes do ser compreendido. Essas são atitudes com as quais todos ganham e há outras, que se bem colocadas, farão com que os adolescentes se sintam inseridos na sociedade, como compartilhar, dividir, trabalhar em conjunto, harmonizar-se. 

Oferecer ferramentas para que os adolescentes saibam lidar com os problemas de modo eficaz é uma forma de ajudar esses jovens a melhorar o desempenho geral do ser humano que está em construção. Educadores, orientadores e responsáveis atentos colaboram ao oferecer essas ferramentas e ajudam a reduzir conflitos, a melhorar a cooperação e o trabalho em equipe entre familiares, adolescentes e professores. 

Desenvolvendo hábitos saudáveis, os adolescentes tendem a se conectar e nutrir mudanças comportamentais de dentro para fora. Assim, conquistam mais o controle de suas vidas, melhoram seu relacionamento com a família e com os amigos, aumentam sua autoconfiança e autoestima, além de se sentirem melhor preparados para tomar decisões mais inteligentes, alicerçadas em valores importantes. Esses são fatores essenciais nessa fase para equilibrar escola, trabalho, amigos e tudo mais. Assim, aos poucos, vão aumentando a autoconfiança, sentem-se mais felizes e seus objetivos se tornam realidade, proporcionando uma paz interior que se conquista no passo a passo. 

 


Sueli Bravi Conte - especialista em educação, mestre em neurociências, psicopedagoga, diretora e mantenedora do Colégio Renovação, instituição com mais de 35 anos de atividades do Ensino Infantil ao Médio, com unidades nas cidades de São Paulo e Indaiatuba. 


Mitos e verdades sobre a frieira: entenda as principais causas e como tratar o problema


• Sete em cada dez pessoas já contraíram frieira em algum momento da vida

• Com o tratamento adequado, o alívio dos sintomas é rápido, mas deve ser seguido até o fim do período indicado para que seja eficaz

• Lavar e secar bem os pés, manter os calçados em local arejado e evitar andar descalço em vestiários e banheiros compartilhados ajudam a prevenir a infecção

 

Coceira intensa nos dedos e nos pés, vermelhidão, sensação de queimação, dor e surgimento de bolhas. Esses são alguns dos incômodos sintomas da frieira - popularmente conhecida por "pé de atleta". A doença é uma infecção nos pés causada por fungos, é altamente contagiosa e comum: sete em cada dez pessoas vão enfrentar o problema pelo menos uma vez na vida.

A boa notícia é que a frieira pode ser tratada com facilidade. Para identificá-la, o diagnóstico deve ser feito por um especialista, por meio da observação clínica, mas também pode ser necessário fazer teste laboratorial. Se a micose for recente, de pequena intensidade ou causada por um fungo não resistente ao tratamento tópico, o médico poderá recomendar o uso de um antifúngico, como Canesten®, cujo principal ingrediente ativo, o clotrimazol, erradica os fungos causadores da infecção e oferece alivio nos sintomas desde a primeira aplicação².

Segundo a dermatologista Juliana Machado Canosa, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologista e Gerente Médica da Bayer, é importante ressaltar que "mesmo que a frieira pareça estar sumindo, o tratamento deve ser seguido até o fim do período indicado, para garantir que a infecção seja corretamente tratada".

Por ser um problema tão frequente, que afeta muitas pessoas, a frieira é cercada de dúvidas sobre porque, de fato, elas ocorrem, e quais as melhores maneiras de tratá-las e evitar o seu aparecimento. Para esclarecer algumas dessas questões, conversamos com Juliana Machado Canosa, médica dermatologista e gerente médica da Bayer, que explicou o que é mito e o que é verdade quando o assunto é micose nos pés. Confira abaixo.


A frieira só ocorre entre os dedos dos pés

Mito. Embora costume ocorrer entre os dedos, a frieira também pode aparecer na sola, no calcanhar e nas laterais dos pés, podendo se espalhar para as unhas, que ficam descoloridas, grossas e quebradiças. Este tipo de micose também pode se espalhar para as mãos e aparecer em áreas de dobras, como virilhas, axilas e embaixo das mamas. Para evitar que isso aconteça, caso esteja infectado, use toalhas diferentes para os pés e para o resto do corpo, e lave sempre as mãos depois de aplicar qualquer medicamento.


Frequentar piscinas pode causar frieira

Verdade. Altamente contagiosa, a frieira pode ser transmitida, principalmente, em áreas comuns como piscinas, vestiários e saunas. Uma pessoa fica suscetível ao contágio quando seus pés entram em contato com água contaminada ou superfícies em que haja a presença do fungo. Para evitar a contaminação, proteja os pés com chinelos e mantenha-os secos.


O pé de atleta só se propaga no verão

Mito. A infecção pode se desenvolver em qualquer época do ano. Durante o inverno, por exemplo, o uso de botas e meias sintéticas fazem com que os pés retenham o suor, deixando-os abafados e mais úmidos, o que favorece a proliferação dos fungos. Por isso, é importante optar pelas meias de algodão, seda ou lã, que absorvem o suor e deixam a pele respirar. Além disso, trocar as meias todos os dias e não utilizar o mesmo calçado por dois ou mais dias seguidos - colocando-os no sol com frequência -, também são fundamentais na prevenção do problema.


Pessoas com baixa imunidade ficam mais predispostas à ocorrência de frieiras

Verdade. Quando uma pessoa está com o sistema imunológico debilitado, o corpo enfrenta dificuldades para combater infecções. Como o pé de atleta é uma infecção por fungos, a pessoa com imunidade baixa tem maior risco de incidência de frieira.


As frieiras melhoram com o tempo e não precisam de um tratamento específico

Mito. Por se tratar de uma infecção causada por fungos, esses microrganismos podem continuar infectando a pele por tempo indeterminado. Para tratar a micose, é preciso utilizar um remédio antifúngico. O quanto antes a pessoa iniciar o uso do medicamento adequado, mais rápido a frieira será eliminada.


Frieiras são mais preocupantes em pessoas com diabetes

Verdade. Algumas pessoas, mesmo tomando os devidos cuidados, acabam ficando mais suscetíveis à infecção. Pacientes com diabetes, por exemplo, devem estar mais atentos e enxergar a frieira como um sinal de alerta. A diabetes pode reduzir a sensibilidade nas extremidades do corpo e complicar quadros infecciosos. Manter os pés sempre arejados e secos e sempre que observarem alterações na pele dos pés ou unhas, os diabéticos devem procurar o atendimento médico.

Passar talco entre os dedos e nos pés pode ajudar no tratamento da frieira

Mito. O uso de talco vai auxiliar no controle de umidade nos pés, mas não será capaz de combater os fungos. Somente o tratamento com antifúngico poderá eliminar os microrganismos que causam o pé de atleta.


É possível pegar frieira usando o sapato de alguém que tenha a infecção

Verdade. Não apenas sapatos, mas compartilhar esteiras, tapetes, roupas de cama e vestimentas com alguém infectado, além de andar descalço em áreas onde a infecção pode se espalhar, como vestiários, saunas, piscinas, banheiras e chuveiros comuns, podem desencadear o desenvolvimento da infecção. A susceptibilidade individual também é um fator importante.


Quem tem frieira não pode fazer exercícios físicos

Mito. A pessoa pode praticar esportes, mas tomando os devidos cuidados para evitar a propagação da doença. Não fique descalço em vestiários, capriche na higiene, lavando e secando bem os pés, e lembre-se de optar pelo uso de meias de algodão. A única ressalva é para a prática de natação, que, deve ser evitada, já que a frieira é altamente contagiosa.


Lavar e secar bem os pés ajudam a prevenir frieiras

Verdade. Manter os pés limpos e secos é essencial para a prevenção da doença. Lembre-se de secar bem entre os dedos e não compartilhe toalhas, calçados ou meias com outras pessoas, além de ser recomendado realizar a limpeza frequente desses itens.


Frieira é um problema simples e eu posso me automedicar

Mito. As frieiras podem ser causadas por diferentes fungos e fatores, por isso, consulte um médico se não tiver certeza do diagnóstico ou se os sintomas persistirem após o tratamento. A prescrição médica irá indicar, além do remédio, a dosagem e o tempo adequado para o tratamento, que pode ser diferente de uma pessoa para outra.

 


Sobre Canesten® é um tratamento de infecções fungicas de pele e mucosa causada por dermatófitos, leveduras e outros microoranismos, como nas dermatomicoses, no pé de atleta, na tínha da mãos, tínha do corpo, tínha da virilha, micose de praia e candidíase cutânea. O produto está disponível nas versões creme, spray e solução e pode ser encontrado em farmácias de todo o país.

 


Bayer

http://www.bayer.com.br



Artigo: Ilkit, M & Durdu, M. (2014). Tinea pedis: The etiology and global epidemiology of a common fungal infection. Critical reviews in microbiology.
² Alívio sensorial da descamação com o uso do creme.

 

Mitos x verdades sobre a saúde bucal infantil

 Cirurgiã-dentista da GUM esclarece principais dúvidas sobre o tema


Priorizar os cuidados bucais logo nos primeiros anos de vida é uma medida fundamental para garantir a qualidade e saúde dos dentes. Quando se trata da higiene dos pequenos nesse sentido, toda atenção é necessária para evitar complicações futuras.

É comum que nessa fase sejam recomendadas "dicas infalíveis" de cuidados bucais para as crianças que, às vezes, não são de fato eficazes. Para ajudar a esclarecer algumas dúvidas, a Dra. Brunna Bastos, cirurgiã-dentista da GUM , marca americana de cuidado bucal, alguns temas acerca do assunto. Confira:

• A higiene bucal deve começar apenas após o nascimento do primeiro dente

Mito. Os cuidados devem acontecer já no pré-natal. "O mais indicado é que a mamãe realize o pré-natal Odontológico, pois será nesta consulta em que o Dentista orientará sobre a higienização bucal do bebê, incentivará a amamentação e sanará eventuais dúvidas sobre uso de chupeta ou outros hábitos de sucção não nutritivo.

• Crianças não devem consumir açúcar

Verdade. Deve-se evitar o consumo exacerbado de açúcar uma vez que a dieta rica em açúcar é um dos fatores predisponentes para a doença cárie. "A cavidade bucal infantil possui uma maior disposição para o desenvolvimento de cárie com alimentos ditos cariogênicos, ricos em açúcar, uma vez que o ácido gerado pela bactéria na metabolização promoverá uma queda do pH na boca o que pode levar a um processo de desmineralização do dente, principalmente quando não ocorre uma adequada higienização bucal. Por isso, é importante além de equilibrar o consumo de alimentos cariogênicos na dieta, como balas, bolachas recheadas e doces no geral, não deixar a higiene bucal de lado", orienta.

• A chupeta pode interferir na dentição no futuro

Verdade. A chupeta é muito utilizada para acalmar o pequeno em momentos de agitação. No entanto, se o uso permanecer após os 2 anos de idade levará a consequências no correto posicionamento dos dentes. "Hábitos de sução não nutritivo como uso da chupeta ou sucção digital pode levar a uma má oclusão. Utilizá-la por muito tempo pode causar deformidade na arcada, atrapalhando tanto o desenvolvimento dos dentes quanto fala e respiração da criança", esclarece.

• Leite materno pode causar cárie

Mito. Quando a criança é alimentada exclusivamente pelo leite materno. O que ocorre geralmente até os 6meses de idade, não é necessário realizar a higienização bucal, uma vez que o leite materno contém enzimas e anticorpos que protegem a cavidade bucal e saúde do bebê. "Se o aleitamento se prolongar até a fase de erupção dos dentes, após os 6 meses, o que é totalmente recomendado é necessário, entretanto iniciar a escovação dos dentes, uma vez que nessa idade ocorre a introdução de outros tipos de alimentos. A partir do nascimento do primeiro dentinho é necessário a escovação com gel dental fluoretado, em concentração de 1.000 a 1.500 ppm de flúor e na quantidade adequada, equivalente a um grão de arroz cru. ", ressalta.

• Crianças com dente de leite não devem usar aparelhos ortodônticos

Mito. Existem diversas opções de aparelhos e, geralmente, as que são utilizadas em crianças corrigem muito mais do que a posição dos dentes, atuando também no crescimento e desenvolvimento dos ossos maxilares. "Se alguma alteração for diagnosticada e houver indicação para o uso de aparelho, o tratamento pode ser sim iniciado", finaliza

 


GUM

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Ressecamento vaginal causado pelo tratamento do câncer tem solução

 Falta de hidratação leva ao surgimento de úlceras e fissuras que causam dor durante a relação sexual


No Brasil, o câncer de mama é o que mais acomete as mulheres. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), somente em 2020, já são 66.280 novos casos diagnosticados, seguidos de 20.470 de câncer no cólon e reto, e 16.710 no colo do útero. A luta contra essa doença é um processo muito difícil e doloroso. E, como se não bastasse, durante e após o processo, a mulher pode sofrer com os diversos efeitos colaterais do tratamento, que inclui o ressecamento vaginal.

A maioria dos casos é recorrente, pois todos os tipos de tratamento da doença que causam alterações na função ovariana, como a anexectomia, radioterapia e quimioterapia, resultam em um quadro chamado atrofia vaginal. A complicação pode impactar diretamente no desejo e vida sexual da mulher.

A ginecologista e assessora médica da FQM, Dra. Ana Carolina Gabina Lazari, explica que quando o epitélio vulvovaginal (tecido que reveste a vulva e a vagina) encontra-se mais fino e não existe lubrificação, é bastante possível o surgimento de úlceras e fissuras locais, que causam dor durante a relação sexual. Assim, o vaginismo – espasmos dolorosos da musculatura vaginal – pode ocorrer, pelo estado de ansiedade pela expectativa de dor durante o ato.

“Essa combinação de fatores leva a transtornos de desejo sexual hipoativo. Podemos acrescentar a esses termos as mudanças no corpo da mulher referentes ao climatério e/ou as alterações decorrentes de procedimentos cirúrgicos, como mastectomia, a fibrose e o encurtamento da vagina por lesões radio-induzidas”, afirma a especialista.

Na busca por soluções, mulheres em tratamentos oncológicos acabam recorrendo aos lubrificantes íntimos que, apesar de trazer uma solução momentânea durante o ato sexual, não proporciona um resultado duradouro. O hidratante vaginal, por sua vez, é um tratamento que restaura, de forma natural, a umidade local. “Os hidratantes vaginais são livres de hormônio, podem ser usados independente do ato sexual e promovem uma ação de longa duração”, esclarece a Dra. Lazari.

Hidrafemme é o gel hidratante vaginal da FQM, grupo farmacêutico que atua no Brasil desde 1932. O produto é composto por três polímeros que aumentam a adesividade da mucosa e maximizam a hidratação vaginal. Já o lactato de sódio, presente em sua fórmula, reduz o pH vaginal e promove o equilíbrio da microbiota da região íntima. Dessa forma, previne a infecção vaginal e urinária.

Hidrafemme deve ser usado continuamente ou quando houver necessidade, com aplicação duas vezes na semana, ou de acordo com a indicação do ginecologista. O produto pode ser encontrado nas principais farmácias brasileiras. Saiba mais sobre o produto em www.hidrafemme.com.br e no Instagram e Facebook.

 


FQM


Segunda doença que mais mata no Brasil tem seus atendimentos reduzidos em até 60% durante a pandemia


A cada hora de atraso no tratamento de um AVC, cerca de 120 milhões de neurônios morrem e aumentam as sequelas


Pesquisa feita pela Organização Mundial de Derrames (WSO) apontou que os atendimentos a casos de AVC diminuíram em 60% durante os primeiros meses da pandemia do novo Coronavírus. A redução da quantidade de atendimentos se deveu principalmente pelo medo de contágio pela COVID-19. Segundo a Coordenadora de Neurologia do Hospital Marcelino Champagnat, Lívia Figueiredo, muitas pessoas interromperam consultas de rotina e alguns pacientes deixaram de buscar atendimento mesmo apresentando sintomas graves de AVC. 

Todos os anos cerca de 100 mil pessoas perdem a vida por causa do acidente vascular cerebral, segundo dados do Ministério da Saúde. Essa doença silenciosa é a segunda causa de morte no país, ficando atrás apenas das doenças cardíacas. Mesmo com a frequência de acometimento maior em pessoas acima de 60 anos, com as mudanças da rotina, o AVC vem sendo observado em adultos com média de idade de 45 anos.

Normalmente, a pessoa sente fraqueza súbita em um lado do corpo, dificuldade para falar e em muitos casos a perda de visão. “Além disso, outros sintomas comuns são perda de coordenação e equilíbrio, boca torta e dor de cabeça que se inicia de forma súbita e já de forte intensidade. E, nesse momento, o socorro médico deve ser imediato. Quanto mais rápido for realizado o tratamento, maiores são as chances de recuperação completa e menores os riscos de sequelas” comenta a neurologista. 

Vale lembrar também que estudos recentes têm mostrado que pacientes com COVID-19 podem ter uma maior incidência da doença. Muitas pesquisas, entre elas a realizada numa força-tarefa entre profissionais de saúde do Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba, e pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), apontam que a COVID-19 também é uma doença vascular, além de pulmonar. Os estudos são feitos com base em análises, autorizadas por familiares, de pacientes internados no hospital ou que morreram pela doença e que tinham comorbidades como hipertensão arterial, diabetes e obesidade. 


Principal causa de invalidez no mundo

A paralisia causada pelo acidente vascular cerebral ocorre pela interrupção de fluxo sanguíneo para o cérebro, seja por entupimento ou rompimento dos vasos. E sem suprimento de sangue, parte do cérebro sofre isquemia e deixa de funcionar. O AVC isquêmico, tipo mais comum e que acomete cerca de 85% dos pacientes, ocorre quando há redução do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral por oclusão do vaso por um trombo/coágulo. Já o AVC hemorrágico ocorre por rompimento de uma artéria do cérebro, por exemplo, por uma rotura de aneurisma e acontece com menos frequência.

As sequelas da doença podem trazer diversas incapacidades, sendo que podem acometer uma em cada quatro pessoas e dependem da parte do cérebro que foi afetada pelo AVC, podendo ser graves e incapacitantes. A neurologista explica que quanto antes for feito o socorro e o atendimento, maiores são as chances de recuperação. A cada minuto sem suprimento sanguíneo, temos a morte de quase 2 milhões de neurônios. Portanto, quanto mais cedo for realizado o tratamento, a recuperação e a redução de sequelas serão mais efetivas.

Hoje, 90% dos casos de AVC estão ligados aos hábitos cotidianos que poderiam ser modificados, de acordo com a Academia Brasileira de Neurologia. Entre eles: evitar o consumo de álcool, parar de fumar, praticar atividade física, manter dieta saudável, realizar o check up de rotina e controlar a pressão arterial.

 



Hospital Marcelino Champagnat

 

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