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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Três em cada quatro mulheres têm medo de receber diagnóstico de algum câncer, mostra pesquisa da Ipsos


 Em meio ao Outubro Rosa, entrevistadas demonstraram conhecer principais sintomas de câncer de mama


O medo de receber um diagnóstico de algum câncer aflige três em cada quatro mulheres, segundo pesquisa da Ipsos. Para 69% das entrevistadas, o câncer de mama é o diagnóstico mais frequente no Brasil. A doença é a segunda com maior incidência, perdendo para o câncer de pele não melanoma, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer).

Os principais sintomas conhecidos pelas mulheres como sinais que demandam uma investigação médica para saber se é câncer de mama são: nódulos, vermelhidão, inchaço, calor e dor na pele da mama. Elas também elencaram o aparecimento de nódulos e inchaço nas axilas como fator de risco. 

A pesquisa também revela que, se suspeitassem de um câncer de mama, as entrevistadas procurariam um mastologista (46%), um oncologista ou ginecologista (ambos com 22%). Os dados do Inca mostram que 70% dos diagnósticos são realizados por não-oncologistas.

A Ipsos realizou 250 entrevistas online com mulheres de 18 a 55 anos de todo o Brasil, entre 27 de setembro e 2 de outubro de 2018. A margem de erro é de 6,2 pontos percentuais e o intervalo de confiança da pesquisa é de 95%.  




Ipsos
Ipsos Brasil - New, Fresh & Digital https://youtu.be/AWD_nwkXrpM
Ipsos Brasil – Diferenciais https://youtu.be/gSWOO5KunKI
Ipsos Brasil – Curiosidade https://youtu.be/eEm9dve420s


12% das mortes por câncer de mama são por falta de atividade física, revela pesquisa


A atividade física ajuda na prevenção de diversos problemas, como a diabetes, a hipertensão, a obesidade e tantos outros. Uma pesquisa, divulgada nesta sexta-feira (19/10), revelou que em média 12% das mulheres vítimas de câncer de mama, ou seja uma em cada dez, falece por causa do sedentarismo

O estudo, intitulado Mortality and years of life lost due to breast cancer attributable to physical inactivity in the Brazilian female population (1990–2015)", divulgado na Revista Nature, contou com a colaboração do Ministério da Saúde. Segundo o trabalho, no ano de 2015, mais de duas mil mortes poderiam ser evitadas se as pacientes fizessem ao menos uma caminhada, de 30 minutos por dia, cinco vezes por semana, como recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A OMS aconselha 150 minutos por semana de atividade física moderada ou 75 minutos de exercícios intensos. O médico oncologista Márcio Almeida, da Aliança Instituto de Oncologia, explica que a atividade física é uma importante aliada não apenas para prevenir a incidência de diversos cânceres, mas também para melhorar a qualidade de vida durante e depois do tratamento dos tumores. "O exercício físico é uma das poucas coisas que podemos afirmar com segurança que diminui a reincidência de câncer. Além disso, durante o tratamento, se o paciente for liberado pelo médico, os exercícios podem melhorar a disposição, o apetite, bem estar e aumentar a força muscular, que é comprometida durante a quimioterapia", destaca.

Para o preparador físico da Academia Bodytech de Brasília, Talles Sucesso, não existe um tipo de exercício específico para pacientes em tratamento ou pós tratamento de câncer. "O ideal é se preocupar com a regularidade das atividades que devem ser aplicadas de forma gradual. Manter os exercícios é fundamental", afirma o personal.

A prática de exercícios reduz a gordura corporal total, o nível de colesterol ruim e, consequentemente, elimina as substâncias que colaboram para o desenvolvimento do câncer. Numa campanha de conscientização, que alerta para a prevenção do câncer de mama e próstata, e apoia pacientes em tratamento, a Aliança Instituto de Oncologia promove a terceira edição da corrida solidária Aliança pela Vida-Corrida Contra o Câncer.



Mitos e verdades sobre o câncer de pulmão


 Só quem fuma corre o risco de desenvolver o tumor maligno que mais mata no mundo? Saiba mais.


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a estimativa é que sejam diagnosticados mais de dois milhões de novos casos de câncer de pulmão no mundo em 20181, sendo 31.270 no Brasil2. O câncer de pulmão pode ser assintomático em estágios iniciais3, ou até confundido com outras doenças, uma vez que os sintomas mais frequentes - tais como tosse, falta de ar, dor no tórax e escarro com sangue4 – são comuns em outros problemas respiratórios. Assim sendo, o diagnóstico tende a ser desafiador e, consequentemente, tardio.
O fator de risco mais frequente é o tabagismo, responsável por 90% dos casos5, mas será que não fumantes também podem desenvolver a doença? O médico oncologista Diogo Bugano, coordenador do ambulatório de câncer de pulmão do Hospital Vila Santa Catarina, e oncologista do Hospital Albert Einstein, esclarece alguns mitos e verdades sobre o câncer de pulmão. Confira abaixo.

  • O câncer de pulmão só afeta fumantes.
MITO. Toda pessoa exposta à fumaça - de lenha, cigarro, charuto, narguilé, entre outros - pode desenvolver doenças respiratórias, incluindo o câncer de pulmão5. "Cerca de 15% dos casos de câncer de pulmão ocorre em não fumantes5. Além da exposição passiva às diversas formas de fumaça, não-fumantes podem desenvolver mutações genéticas específicas que levam ao câncer de pulmão", explica o Dr Diogo.
Com base nisso, é importante lembrar que, apesar do tabagismo ser responsável pela maioria dos casos, não fumantes também podem desenvolver esse tipo de câncer. Ao perceber algum sintoma recorrente comum da doença, é fundamental que o paciente procure um médico.

  • Existem mais de 10 subtipos do câncer do pulmão.
VERDADE. A doença é dividida em dois grandes grupos: pequenas células e não- pequenas células. O Dr Diogo explica que no grupo de câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) existem diversos subtipos. "A classificação dos subtipos é feita de acordo com os tipos de células do tumor", afirma o oncologista. Os dois subtipos mais comuns são o adenocarcinoma, responsável por 50% dos casos de CPNPC, e o carcinoma escamoso, que corresponde a 42,1%6. "O adenocarcinoma é o subtipo mais frequente, e também pode ocorrer em não fumantes e ex-fumantes".

  • Existe um subtipo de câncer de pulmão mais frequente em não fumantes.
VERDADE. Mais de 90% dos não-fumantes desenvolvem adenocarcinomas. Entre eles, 22-33% dos casos terá uma alteração genética específica em uma proteína da membrana celular das células tumorais conhecida como receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR)7. "Essa alteração praticamente não existe em fumantes, acontecendo em 5-10% dos casos8"

  • O câncer de pulmão não tem tratamento.
MITO. O Dr. Diogo afirma que o tratamento do câncer de pulmão tem avançado nos últimos 10 anos. "Mesmo sendo uma doença agressiva, tumores não-metastáticos são curados com uma combinação de cirurgia, quimioterapia, radioterapia e imunoterapia. Mesmo tumores mais avançados têm tratamentos que garantem a sobrevida por anos e com ótima qualidade de vida", esclarece.

  • O único tratamento para o câncer de pulmão é a quimioterapia.
MITO. Atualmente, uma pequena parcela dos pacientes receberá apenas quimioterapia. Alguns receberão apenas imunoterapias, outros, quimioterapia associada a imunoterapia e outros drogas-alvo, que são medicamentos orais que bloqueiam alterações específicas de cada tumor, poupando as células sadias. "Por este motivo, hoje em dia todos os tumores metastáticos devem ser submetidos a testes em laboratório para determinar o tratamento mais adequado", explica o Dr Diogo.

Entre os pacientes com mutações de EGFR, como explicado acima, o tratamento com drogas-alvo leva a um controle de doença por anos, sem a necessidade de quimioterapia. "Esta é uma área que vem avançando muito. Recentemente tivemos a aprovação no Brasil do afatinibe, uma droga de 2ª geração que garante que alguns pacientes sigam com a doença controlada por até 2 anos10, algo que não imaginávamos 5 anos atrás", comemora o médico.






Boehringer Ingelheim
www.boehringer-ingelheim.com.br e www.facebook.com/BoehringerIngelheimBrasil



Referências:
1. Bray F, Ferlay J, Soerjomataram I, Siegel RL, Torre LA, Jemal A Global cancer statistics 2018: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries CA Cancer J Clin, Published online 12 September 2018.
2. Instituto Nacional do Câncer (Inca). Disponível em: http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/casos-taxas-brasil.asp . Acesso em setembro de 2018.
3. A.C. Camargo Cancer Center. Disponível em: http://www.accamargo.org.br/tipos-de-cancer/pulmao. Acesso em setembro de 2018
4. Mascarenhas E, Lessa G. Perfil clínico e sócio-demográfico de pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células atendidos num serviço privado. J Bras Oncol Clin. 2010;7(22):49-54.
5. De Souza MC, Vasconcelos AG, Rebelo MS, Rebelo PA, Cruz OG. Profile of patients with lung cancer assisted at the National Cancer Institute, according to their smoking status, from 2000 to 2007. Rev Bras Epidemiol. 2014;17(1):175-88.
6. Costa G, Thuler LC, Ferreira CG. Epidemiological changes in the histological subtypes of 35,018 non-small-cell lung cancer cases in Brazil. Lung Cancer. 2016;97:66-72.
7. Araujo LH, Baldotto C, Castro G, et al. Lung cancer in Brazil. J Bras Pneumol. 2018;44(1):55-64.
8. Shi Y, Au JS, Thongprasert S, et al. A prospective, molecular epidemiology study of EGFR mutations in Asian patients with advanced non-small-cell lung cancer of adenocarcinoma histology (PIONEER). J Thorac Oncol. 2014;9(2):154-62.
9. World Health Organization. (2015). The selection and use of essential medicines. Twentieth report of the WHO Expert Committee 2015 (including 19th WHO Model List of Essential Medicines and 5th WHO Model List of Essential Medicines for Children). World Health Organization.
10. Park K, Tan EH, O'byrne K, et al. Afatinib versus gefitinib as first-line treatment of patients with EGFR mutation-positive non-small-cell lung cancer (LUX-Lung 7): a phase 2B, open-label, randomised controlled trial. Lancet Oncol. 2016; 17 :577-89.


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