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segunda-feira, 22 de outubro de 2018


Lei antibullying: omissão dos gestores públicos e processos judiciais

Não é novidade no Brasil que diretores de escolas particulares e secretários municipais e estaduais de educação, em muitos casos, não gostam, por motivos óbvios, de divulgar ocorrências de casos envolvendo violência escolar, como bullying, indisciplinas, incivilidades, etc. Eles acreditam que a divulgação desses dados acaba gerando uma imagem negativa para o seu trabalho.

Todavia, com o advento da Lei Federal 13.185/15, a Lei Antibullying, criou-se uma obrigação específica para os agentes públicos gestores da educação (secretários estaduais e municipais), que determinou em seu artigo 6º, que serão produzidos e publicados relatórios bimestrais das ocorrências de intimidação sistemática (bullying) nos estados e municípios para planejamento das ações. Até o presente momento, você e eu devemos estar nos perguntando: onde estão esses resultados? A Lei Federal descumprida é de 2015. Já se passaram três anos e o silêncio ainda impera.

A obrigação da transparência na condução das políticas públicas de combate à violência na educação é o grande propósito desses relatórios antibullying e é obrigação tanto das escolas públicas quanto particulares. A Lei alterou a LDB (Lei de Diretrizes de Base e Educação) e determinou que todas as escolas, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de violência, estabelecendo ações destinadas a promover a cultura de paz.

Passados três anos da sanção da “Lei Antibullying”, desconhece-se o cumprimento efetivo das obrigações determinadas da produção de relatórios bimestrais por parte dos secretários de educação, tanto municipais como estaduais em todo o Brasil. Provavelmente, alguns apresentarão relatórios apontando nenhuma ocorrência, e caso isso apareça, dependendo do tamanho do universo de alunos envolvidos, é o caso de se olhar com mais atenção. Inclusive, pode haver eventual responsabilidade de agente público tentando “maquiar” a realidade escolar sob sua direção para fins, não de interesse do povo, mas da administração local, com o objetivo de evitar desgastes de imagem com os pais dos alunos e a sociedade civil.

Segundo relatório da UNESCO,Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, de janeiro de 2017, milhões de meninas e meninos sofrem violência relacionada ao ambiente escolar todo ano. Cerca de 34% dos estudantes entre 11 e 13 anos de idade relataram terem sofrido bullying no mês anterior, de acordo com dados de 19 países de baixa e média renda analisados pelo estudo “School Violence and Bullying: Global Status Report” (Violência Escolar e Bullying: Relatório da Situação Global, em tradução livre).

Ainda no mesmo documento, a UNESCO informou que o Relatório da Situação Global destaca que a violência escolar é impulsionada por dinâmicas de poder desiguais, que muitas vezes são reforçadas por normas e estereótipos de gênero, orientação sexual e demais fatores que contribuem para a marginalização, como pobreza, identidade étnica ou idioma. Em uma pesquisa de opinião sobre experiência com bullying,realizada em 2016 e respondida por 100 mil jovens de 18 países, 25% relataram que sofreram bullying em decorrência de sua aparência física, 25% em decorrência de seu gênero ou orientação sexual e 25% em decorrência de sua origem étnica ou nacionalidade.

O surgimento de relatórios antibullying com nenhuma ocorrência, realizados às pressas, ou com documentações pífias, sem credibilidade e dotadas de nenhum apoio no mundo real (pesquisas, questionários etc.), a meu ver, pode configurar fraude contra as leis antibullying e improbidade administrativa. O assunto é extremamente sério, urgente e deve ser objeto de atenção imediata por parte dos envolvidos.

O descumprimento da obrigação específica do artigo 6º da Lei Antibullying, que determina a produção efetiva de relatórios, baseados em metodologias que possam ser comprovadas e conferidas posteriormente - inclusive pelo Poder Judiciário caso o fato seja levado aos tribunais - traz prejuízos para milhões de estudantes por todo o país.

Enfim, a ausência desses relatórios efetivos dificulta o gestor público adotar medidas concretas e bem direcionadas para reduzir a violência no meio escolar. Além disso, esse desrespeito pode caracterizar dolo na omissão de se cumprir efetivamente as Leis Federais 13.185/15 e 13.663/18, além de descumprimento do princípio da legalidade, previsto na Lei Federal 8.429/92 (Improbidade Administrativa), sujeitando esses agentes públicos a processos judiciais, já que trazem obrigações específicas para os secretários municipais e estaduais de educação.  



Sobre o livro: Ao longo de mais de 10 anos atuando na defesa da infância e da juventude, o promotor de justiça Lélio Braga Calhau, que é graduado em Psicologia e Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UGF-RJ, se deparou com inúmeros casos de bullying. A vivência o inspirou a se aprofundar no assunto e o resultado é o livro “Bullying: o que você precisa saber”, que acaba de ser lançado pela editora Rodapé. Trata-se uma obra simples, direta e objetiva, sugerindo medidas para identificar, prevenir e combater o problema.

Segundo o autor, bullying é o ato de “desprezar, denegrir, violentar, agredir, destruir a estrutura psíquica de outra pessoa sem motivação alguma e de forma repetida”. E, cabe destacar que não se tratam de pequenas brincadeiras próprias da infância, as chamadas “microviolências”, mas sim de casos de violência física e/ou moral, muitas vezes velada.





Lélio Braga Calhau - Promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais. Graduado em Psicologia pela UNIVALE, é Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UFG-RJ. É também autor do livro “Bullying: o que você precisa saber”.




TEMPO DE “LACRAR” A ERA DA IRRESPONSABILIDADE


        Nesta eleição, contra quase tudo e quase todos, o povo brasileiro, promoveu uma grande faxina eleitoral. Se lamentamos a preservação de certos mandatos, simbolizados pelos de Renan Calheiros, Jader Barbalho e Ciro Nogueira, é forçoso reconhecer que sempre haverá eleitores com tais imagens e semelhanças. Por outro lado, três em cada quatro colegas da trinca sinistra foram devolvidos à planície. E muitos à justiça dos homens.

        Diversos indicativos deste pleito sugerem haver chegado ao fim a era da irresponsabilidade. Até o indulgente e leniente STF será atingido com mudanças no seu perfil. Nos próximos quatro anos, duas ou três substituições por aposentadoria conduzirão a alterações no perfil do colegiado. Isso poderá levar, entre outras consequências, à maior valorização da colegialidade e à coibição do uso abusivo de prerrogativas individuais por seus membros.
        A era da irresponsabilidade quebrou o país. Impulsionado pela influência positiva de um ciclo de crescimento da economia mundial, o petismo fez explodir a despesa pública. Já no fim do ciclo, para preservar a bolha da aparente prosperidade geral, o próprio gasto das famílias passou a ser estimulado. Consequências: recessão, êxodo de investimentos, 14 milhões de desempregados, dívida da União próxima do PIB anual e, em julho deste ano, 63,4 milhões de brasileiros com contas atrasadas! São produtos da falta de juízo que casou o keynesianismo de alguns economistas de esquerda com o insaciável populismo eleitoreiro do petismo.
        Simultaneamente, o aparelho estatal brasileiro, que já era tamanho XL, passou para a categoria XXL. Povoadas por companheiros, criaram-se 41 novas estatais. Na década petista anterior a 2015, o funcionalismo federal cresceu 28%. Contrataram-se centenas de obras que permanecem paralisadas. A irresponsável Copa de 2014, de tão má memória, desencadeou uma gastança altamente comissionada por todo o país (entre elas as famosas “obras da Copa”). A insanidade atingiu seu ápice com a simultânea realização dos Jogos Olímpicos que deixam reminiscências na crise do Rio de Janeiro e nas já ruinosas instalações esportivas.
        A era da irresponsabilidade é um mostruário de lições penosas que – espera-se – tenham cumprido função pedagógica. O Estado brasileiro assumiu um peso insustentável. Também para ele falta dinheiro porque todo item de despesa criado pelo poder público adquire uma espécie de dimensão imanente da eternidade. Subsistirá até a ressurreição dos mortos.  Daí a contenção de gastos. Daí, também, os crescentes bolsões de miséria salarial e material em serviços voltados ao atendimento da população nas áreas de segurança, saúde e educação. Simultaneamente, bem à moda da casa, preservam-se no aparelho de Estado núcleos de opulência que, por pura “coincidência”, correspondem aos centros de poder e decisão. Claro.
        A mesma sociedade que, nos limites do possível, promoveu sua lava jato eleitoral precisa, agora, cobrar dos futuros detentores de poder todas as providências necessárias para “lacrar” em definitivo a era da irresponsabilidade.




Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

CNJ Serviço: Não é fácil alterar o texto constitucional


A Constituição Federal de 1988 (CF/88) é a lei brasileira de maior importância no ordenamento jurídico. No entanto, não é imutável. Para estar sempre atualizada com os anseios da população, ela pode ser alterada. A diferença é que essa alteração deve seguir necessariamente um rito legislativo especial que começa com uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC).


É importante saber que não é qualquer um que pode propor uma PEC ao Congresso Nacional. Pelas regras determinadas na própria CF/88, uma PEC pode ser proposta pelo presidente da República, ou por 1/3 dos deputados ou senadores, ou mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação (manifestando-se, em cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros). A população não pode sugerir alterações na CF/88.

A CF/88 previu a possibilidade de alteração de seu texto no inciso I do artigo 59. Todavia, há limites, pois o § 4º do artigo 60 dispõe que não serão sequer objeto de deliberação emendas tendentes a abolir a forma federativa de Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos poderes e os direitos e garantias individuais. Essas são as chamadas cláusulas pétreas, assim denominadas por não poderem ser suprimidas da constituição.

Com exceção das cláusulas pétreas, os demais temas podem ser objeto de discussão de uma PEC. Após apresentado o texto da PEC, há uma tramitação especial descrita no artigo 60 da Constituição. Primeiramente é analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) na Câmara dos Deputados, quanto à sua admissibilidade. Esse exame leva em conta a constitucionalidade, a legalidade e a técnica legislativa da proposta. Se for aprovada, a câmara criará uma comissão especial para analisar o conteúdo.

A comissão especial terá o prazo de 40 sessões do Plenário para proferir parecer. Depois, a PEC deverá ser votada pelo Plenário em dois turnos, com intervalo de 5 sessões entre uma e outra votação. Para ser aprovada, precisa de pelo menos 308 votos (3/5 dos deputados) em cada uma das votações.

Depois de aprovada na câmara, a PEC segue para o Senado Federal, onde é analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e depois pelo plenário, onde precisa ser votada novamente em dois turnos. Se o senado aprovar o texto como o recebeu da câmara, a emenda é promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (as duas casas legislativas). Se o texto for alterado, volta para a câmara, para ser votado novamente. A proposta vai de uma casa para outra (o chamado pingue-pongue) até que o mesmo texto seja aprovado pelas duas casas. Após a aprovação pelas duas casas, a Emenda Constitucional entra em vigor imediatamente, não sendo necessária a sanção presidencial. Se uma PEC é rejeitada, somente poderá ser apresentada novamente na próxima sessão legislativa.


Proibição

O § 1º do artigo 60 da CF/88 proíbe que a Constituição seja emendada durante intervenção federal, estado de defesa ou estado de sítio.

A intervenção federal ocorre quando a União, de forma excepcional, intervém nos Estados, Distrito Federal (art. 34 da CF/88) e nos Municípios localizados em Territórios Federais (art. 35 da CF/88), visando o interesse maior de preservação da própria unidade da Federação.

Quanto ao estado de defesa, o art. 136 caput da CF/88 traz de modo taxativo, as hipóteses em que o Presidente da República poderá anunciar tal medida, são elas: para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.

No caso de estado de sítio, ele só poderá ser acionado nos casos de comoção grave de representação nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa ou declaração de estado de guerra ou resposta a agressão estrangeira, conforme prevê o artigo 137, caput, da CF/88.




Agência CNJ de Notícias

Planejamento tributário e escolha do profissional, tudo o que é preciso para um processo migratório bem-sucedido


Quando se pensa em mudar de país, é preciso entender que visto não é causa e sim consequência. E quem está assessorando o solicitante também precisa ter isso em mente, se não há o risco deste profissional se tornar apenas uma máquina de preencher formulários, escrever petições e protocolar processos.

Caso o especialista escolhido não domine os diversos campos ligados a negócios como operação, mercado, dinheiro e muito menos sobre o que você vai fazer, qual estrutura será utilizada e capacidade de produçao, reforço que essa pessoa irá somente elaborar processos. Infelizmente, há muitos escritórios e falsas consultorias se aventurando nessa empreitada, sem nunca ter frequentado a faculdade, ou às vezes, simplesmente não conhece as leis, normas ou até mesmo consequências de um planejamento migratório desastroso.

E como avaliar esse profissional? Se essa pessoa não tem currículo, experiência, conhecimento técnico, estudo, consequentemente não sabe os caminhos para ajudar você a alcançar o objetivo. Eu tenho medo daqueles que nunca se depararam com problemas complexos, porque fatalmente não vai saber como lidar com o inesperado. Ou pior, achar porque deu certo com um, pode dar certo com outro. Afinal, não estamos falando de receita de bolo.

Analise se ele tem capacidade técnica, que é basicamente resultado. Veja quais projetos foram implantados e seus resultados, quais técnicas domina, como é a sua estruturação de ideias, em qualquer área. Outro detalhe importante é a empatia que você vai ter com esse profissional, é preciso que ele transmita segurança com o que está propondo.

Após esta etapa, pense para onde você, e a sua família, querem ou pretendem ir. Se for Europa, estude o mercado europeu, e assim vale para outros países, mas a verdade é que esses comércios se ramificam muito. Por exemplo, se a ideia é ir para a Flórida você tem que saber sobre as peculiaridades, preferencias daquela comunidade e características do lugar, que são diferentes de outros cidades e estados. Mesmo depois de realizar esse extenso levantamento, se ainda persistir dúvidas, uma boa conversa com profissionais especializados que conheça este cenário e suas tendências, pode afastar ou até mesmo diminuir incertezas.

É preciso também saber qual visto que se adapta melhor ao país pretendido. Por mais que se tenha alguma noção, permita que o profissional adeque às modalidades disponíveis ao seu perfil. Ele trará a melhor aplicação, porque devido a prática e experiência em todo os tramites que envolvem este processo, consegue enxergar uma possibilidade que pode ser muito mais adequado inclusive ao negocio pretendido. Vá com a cabeça aberta e ouça-o.

Muitos pensam em migrar e contam os dias para deixar de vez o país, mas se esquecem de inúmeros detalhes importantes. Ignoram questões como por exemplo, planejamento tributário. Percebam a importância de ter um amplo respaldo que vai amarrar todas as pontas? Lembrem-se de que visto não é causa, é consequência. Quem vai dar a causa, terá ligação com a consequência? Há uma grande importância do entrosamento dessas suas fases.

Faça as coisas acontecerem. Não tenha medo, se traçou um objetivo, comece. Dê o primeiro passo, vá para frente. A insegurança trava você e eventualmente quem está te defendendo. Às vezes, de tanto planejar, a gente não sai do lugar e o mercado internacional não espera, apenas simplesmente acontece e quando as pessoas entendem isso, passam se estruturar para trabalhar, ganhar dinheiro e alcançar o resultado esperado. 





Daniel Toledo - advogado especializado em direito internacional, consultor de negócios e sócio fundador da Loyalty Miami. Para mais informações, acesse: http://www.loyalty.miami ou entre em contato por e-mail contato@loyalty.miami. Toledo  também possui um canal no YouTube com mais de 55 mil seguidores https://www.youtube.com/loyaltymiamiusa com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender nos Estados Unidos. A empresa agora possui sede em Portugal e na Espanha.

Mal-estar psíquico em tempos de crise



Segundo dados do IBGE divulgados em julho deste ano, o número de desempregados no país atinge atualmente a casa dos 13 milhões, a maior taxa desde 2012. O desemprego e a falta de recursos para prover o sustento mínimo são, sem dúvida, importantes causas de sofrimento e adoecimento mental. Insônia, isolamento e desesperança vão se acumulando e proporcionando o aparecimento de doenças mentais, sobretudo a ansiedade e a depressão.

Um estudo realizado na Inglaterra, em 2013, estimou que mais de 1.100 mortes por ano são causadas pelo desemprego, tanto em decorrência de doenças mentais como pela falta de suporte adequado no sistema de saúde ao desempregado (Möller e cols, 2013). No Brasil, alguns estudos apontam para a gravidade do impacto negativo na vida e na saúde mental de pessoas desempregadas (Barros e Oliveira, 2009).

A tendência, sobretudo nesse período de grande instabilidade política, é que as pessoas se sintam cada vez mais ameaçadas e assombradas com a possibilidade de a miséria voltar a bater na porta dos brasileiros, fato que tem sido identificado nos índices mais recentes, como aponta o IBGE. Essa angústia também induz as pessoas a escolherem governantes autoritários e aparentemente paternalistas, num afã de sentirem-se protegidos. É a tal escolha por um “salvador da pátria”, como se um único governante tivesse, sozinho, a capacidade de resolver todos os problemas de um país tão grande, num mundo de relações tão complexas.

É fato que o crescente desemprego deveria ser uma preocupação primordial para nossos governantes, porque isso impacta direta e muito negativamente nos índices de bem-estar da população, aumentado os problemas de saúde e a violência, uma conta bem mais cara a ser sanada no cenário brasileiro. Infelizmente, não é o que observamos. Vemos de perto o aumento da pobreza, do endividamento e a piora da saúde, com aparecimento cada vez mais frequentes de quadros psiquiátricos associados a esse elevado sofrimento.

Como se não bastasse, vemos o Sistema Único de Saúde cada vez mais bombardeado e desmantelado, dificultando ainda mais o acesso já precário para as pessoas que mais necessitam. Entretanto, mesmo com dificuldades em encontrar atendimento psiquiátrico e suporte psicológico, a pessoa que se encontra nessa situação de precarização da vida pode e deve procurar ajuda. Atualmente, várias iniciativas de organizações não governamentais e grupos de terapeutas desenvolvem projetos sociais em várias partes do país, como o Movimento de Psicanálise de Rua, em São Paulo, através do qual diversas pessoas podem ter acesso a atendimento psicanalítico gratuito numa praça na região central da cidade. Em outros serviços substitutivos, como os centros de convivência, há grupos de apoio e terapêuticos gratuitos em diversas localidades.

Quanto ao desemprego propriamente dito, que muitas vezes não se resolve em curto prazo, um eficiente apoio psicológico pode ajudar as pessoas a desenvolverem estratégias de geração de renda que podem garantir o sustento e a melhoria da qualidade de vida, melhorando, consequentemente o sofrimento psíquico e reestabelecendo pessoas. Em tempos de crise, é preciso reunir forças e buscar apoio para se reinventar, com criatividade, para enfrentar os problemas que batem à nossa porta.



Marcelo Niel - Médico Psiquiatra - CRM 97.875 / Doutor em Ciências pela UNIFESP. 

Garoto da Sétima série visa melhorar o tratamento do câncer de pâncreas usando inteligência artificial


 Rishab Jain nomeado o melhor cientista jovem da América


Garoto da Sétima série visa melhorar o tratamento do câncer de pâncreas usando inteligência artificial

Rishab Jain nomeado o melhor cientista jovem da América por sua invenção do sistema de aprendizagem profunda do câncer de pâncreas no Desafio Jovem Cientista do Discovery Education 3M de 2018

A Discovery Education nomearam Rishab Jain, de 13 anos, vencedora do Desafio Jovem Cientista do Discovery Education 3M de 2018 (#YoungScientist). Rishab criou um algoritmo para tornar o tratamento do câncer de pâncreas mais eficaz usando inteligência artificial para localizar e rastrear com precisão o pâncreas em tempo real durante a radioterapia por ressonância magnética.

O câncer de pâncreas é a terceira principal causa de mortes relacionadas ao câncer nos Estados Unidos, de acordo com o site pancreatic.org. Um desafio inerente ao tratamento com radiação para o câncer de pâncreas reside em atacar o próprio pâncreas. Em primeiro lugar, é muitas vezes obscurecido pelo estômago ou outros órgãos próximos, tornando o pâncreas difícil de localizar e segundo, a respiração e outras alterações anatômicas podem fazer com que o pâncreas se mova na área abdominal. Como resultado, o tratamento de radioterapia pode atingir e impactar inadvertidamente as células saudáveis.

Rishab desenvolveu e testou seu algoritmo usando imagens do sistema digestivo humano, e descobriu que ele poderia detectar corretamente o pâncreas com uma taxa de sucesso de 98,9%. A inovação visa melhorar a precisão, reduzir a invasividade e aumentar a eficiência durante o tratamento, resultando em melhor qualidade de vida e chance de sobrevivência entre os pacientes.

Aluna da sétima série na Stoller Middle School em Portland, Oregon, Rishab competiu ao lado de outros nove finalistas durante uma competição ao vivo no 3M Innovation Center em St. Paul, Minn. Ele recebeu o título de "Melhor Jovem Cientista da América" e recebeu um prêmio de US $ 25.000.

Durante o verão, os finalistas tiveram a oportunidade exclusiva de trabalhar com cientistas da 3M para desenvolver suas inovações como parte de um programa exclusivo de orientação. A Rishab foi emparelhada com o Dr. Döne Demirgöz, um faixa preta da cadeia de suprimentos corporativa da 3M e especialista em desenvolvimento e pesquisa de produtos que leva os produtos desenvolvidos nos laboratórios da 3M e os traz para o mercado.

Os finalistas apresentaram suas invenções a um estimado painel de cientistas e líderes da Discovery Education e da 3M. Além disso, eles competiram em dois outros desafios que combinaram várias tecnologias da 3M para resolver um problema do mundo real.

"Todos os finalistas do Top Young Scientist da América incorporam a mesma curiosidade, criatividade e paixão que a 3M usa quando aplicamos a ciência à vida", disse Paul Keel, vice-presidente sênior de desenvolvimento de negócios e vendas de marketing da 3M. “Esses talentosos rapazes e moças estão apenas começando suas vidas como cientistas. Estou animado com as infinitas possibilidades que esperam por cada um deles. Desejamos a eles toda a alegria e sucesso que vem de uma jornada de exploração ao longo da vida. ”

Os nove finalistas receberam US $ 1.000 e uma variedade de prêmios da Discovery Education e da 3M. O segundo, terceiro e quarto vice-campeões também participaram de uma gravação de um programa na família de redes do Discovery.

Esses finalistas incluem:


Em segundo lugar: Mehaa Amirthalingam, aluno da oitava série da Sartaria Middle School, de Sugar Land, Texas, desenvolveu um sistema de descarga de vasos sanitários que utiliza água fresca e reciclada para reduzir o consumo de água em casa.


Em terceiro lugar: Leo Wylonis, aluno da oitava série da Tredyffrin-Easttown Middle School em Berwyn, Pensilvânia, projetou um dispositivo para asas de avião que imita o movimento de torção de um pássaro em vôo, aumenta a eficiência de combustível e reduz as emissões de carbono.


Em quarto lugar: Sriram Bhimaraju, aluno da sexta série da Harker Middle School em Cupertino, Califórnia, desenvolveu um aplicativo do Archery Assistant que melhora a precisão de um arqueiro, corrigindo a forma em tempo real usando um sensor Bluetooth.

Os vencedores do quinto ao décimo lugar receberam um prêmio de $ 1.000 e um cartão de presente de excitação de $ 500. Esses finalistas, em ordem alfabética pelo sobrenome, são:



Anna Du, aluna do sexto ano da Andover School of Montessori em Andover, Massachusetts, Anna criou um dispositivo subaquático que usa luz infravermelha para detectar microplásticos nocivos no oceano.

Julia Gelfond, aluna do sétimo ano da Silver Creek Middle School em Chevy Chase, Md. Julia inventou um uso inovador de gel solúvel que pode preencher uma cavidade dental depois de ter sido extraída para aliviar a dor, a infecção e o sofrimento.



Zachary Hessler, aluno da sétima série na Gifford Middle School em Vero Beach, na Flórida, desenvolveu um método usando tecnologia leve para reduzir a poluição sonora.



Theodore Jiang, aluno do oitavo ano da Escola Paul Revere Charter, em Santa Monica, Califórnia. Theodore inventou o Textricity, um case de smartphone que coleta energia de toques de dedo na tela para carregar a bateria do telefone.
Cameron Sharma, aluno da oitava série do George H Moody Middle School, em Glen Allen, Virgínia Cameron, criou o uFlu, um algoritmo que usa inteligência artificial e aprendizado de máquina para identificar vacinas personalizadas contra a gripe.



Krish Wadhwani, aluno do oitavo ano da DeSana Middle School em Alpharetta, Geórgia, desenvolveu uma medicação que poderia potencialmente curar a doença de Huntington, uma doença degenerativa do cérebro que atualmente não tem cura conhecida.

"Inspirando milhões de alunos na última década para desenvolver novas inovações e soluções que resolvem problemas do mundo real, o Desafio Jovem Cientista do Discovery Education 3M incentivou as crianças a adquirir valiosas habilidades de pensamento crítico e busca de soluções para a vida", disse Lori McFarling. vice-presidente sênior e diretor de marketing da Discovery Education. “Parabéns pelo nosso mais novo Top Young Scientist Rishab e todos os finalistas do YSC 2018 em seus incríveis esforços. A Discovery Education tem a honra de fazer parte de uma parceria que não apenas incentiva, mas fornece as ferramentas necessárias para que a próxima geração de jovens inovadores seja bem-sucedida em sua busca de aprender como tornar o mundo um lugar melhor ”.

Desde a sua criação, o Desafio Jovem Cientista do Discovery Education 3M concedeu centenas de milhares de dólares em prêmios para estudantes, juntou estudantes com cientistas de renome mundial para fornecer insights do mundo real e distribuiu recursos científicos necessários a milhões de alunos, professores e professores. famílias em todo o país.Segundo a médica Fernanda Tórtima da clínica cdmcdm.com.br,clínica especializada em medicina nuclear, a iniciativa é muito nobre e liga o campo da medicina com o que há de mais avançado em computação. Atinge os alunos nos anos em que a pesquisa indica que o interesse pela ciência começa a diminuir e os incentiva a explorar conceitos científicos e a comunicar criativamente suas descobertas. Os vencedores foram apresentados na lista anual “30 Under 30” da revista Forbes, falam em frente a congressistas e participantes das Nações Unidas, se reúnem com o presidente dos Estados Unidos e demonstram invenções em programas nacionais de televisão, como o ABC. World News Tonight, Fox & Friends e The Ellen DeGeneres Show.

A competição anual premier reconhece o pensamento científico e a imaginação nos alunos de 5 a 8 anos, que criam uma solução para um problema cotidiano que, em última análise, poderia remodelar e melhorar a maneira como vivemos nossas vidas.




sábado, 20 de outubro de 2018

Parque das Bicicletas recebe 1ª Caminhada Nacional de Combate à Obesidade neste domingo


A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) promove, no dia 21 de outubro (domingo), às 9hs,  a 1ª Caminhada Nacional de Combate à Obesidade. Em São Paulo, a concentração acontece no Parque das Bicicletas (Alameda Iraé, 35 - Moema), na capital paulista, à partir das 8 horas.

O evento será realizado, simultaneamente, nas cidades de  Salvador, Recife, Goiânia, Brasília, São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, João Pessoa, Fortaleza, Manaus, Porto Velho, Vitória, Bauru, Campinas, São José do Rio Preto, Campina Grande (PB) e Porto Alegre.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site da SBCBM. Mais de 5 mil pessoas já confirmaram a participação na ação, de aproximadamente 50 minutos, que  acontece em comemoração ao Dia Nacional de Prevenção da Obesidade – 11 de outubro.

O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Caetano Marchesini, conta que a iniciativa quer estimular a prática de atividade física nos pacientes bariátricos e na população em geral. "É uma Caminhada pela saúde e pela qualidade de vida", diz Marchesini.

COMO SERÁ – A Caminhada está sendo coordenada por cirurgiões, educadores físicos e profissionais multidisciplinares associados à SBCBM que atuam nas diferentes cidades do Brasil. Na oportunidade serão promovidas orientações para diagnóstico de sobrepeso e obesidade. A campanha trabalha quatro princípios básicos para manter a saúde e o peso saudável: comer bem, movimentar-se, beber água e dormir bem.

"O sobrepeso e a obesidade tem origem numa série de fatores, mas principalmente no hábito do mundo moderno de consumir cada vez mais produtos processados - com a adição de substâncias que os torna mais duráveis, palatáveis e atraentes, normalmente derivadas de gorduras e açúcares. Ao desequilíbrio na balança, soma-se a vida sedentária", completa o presidente do Capítulo da Sociedade em São Paulo, Dr. Marçal Rossi.

Inscreva-se pelo site: https://www.sbcbm.org.br/evento/sites/caminhadaSP/

Confira os outros locais em que a caminhada será realizada e participe: www.sbcbm.org.br





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