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sábado, 30 de setembro de 2017

Dia Internacional do Idoso: Especialistas alertam para os riscos de doenças pulmonares na primavera



Pessoas com mais de 60 anos são as mais atingidas pela Fibrose Pulmonar Idiopática, uma doença respiratória grave que se intensifica ao ser negligenciada


Conhecida como a estação das flores, a chegada da primavera traz consigo um clima agradável e úmido em substituição ao inverno seco. Apesar de ser muito esperada pelo brasileiro, as mudanças de temperatura ao longo do dia e o aumento de substâncias irritantes no ar, como pólen, ácaro, poeira e outros agentes causadores de alergias, provenientes justamente das flores da estação, exigem cuidado redobrado com a saúde respiratória, principalmente dos idosos, que são mais propensos a doenças pulmonares e os mais afetados pelas alterações climáticas.

Segundo a médica Cláudia Costa, coordenadora da disciplina de Pneumologia e Tisiologia da UERJ – Universidade do Estado de Rio de Janeiro, os sinais como tosse seca, falta de ar, maior frequência de resfriados, cansaço constante ou indisposição para realizar as atividades rotineiras, falta de apetite e perda de peso podem ser atribuídos aos efeitos naturais do envelhecimento, mas não devem ser negligenciados pois são sintomas comuns da Fibrose Pulmonar Idiopática, uma doença sem cura e não infecciosa em que o tecido do pulmão é recoberto por cicatrizes, prejudicando assim a sua capacidade para realização das trocas gasosas e oxigenação do sangue. “Indícios de problemas respiratórios nos idosos são, muitas vezes, deixados de lado. Essa atitude pode esconder doenças crônicas e até mesmo graves, que devem ser tratadas de forma rápida e eficaz para evitar complicações”, reforça a especialista.

Dados do Ministério da Saúde revelam que as doenças do aparelho respiratório são a segunda maior causa da morte de idosos no Brasil¹, população que totaliza 23,5 milhões de pessoas no país². A Dra. Cláudia reforça que o diagnóstico precoce faz toda a diferença. “A fibrose pulmonar idiopática, por exemplo, não tem cura, mas o tratamento em fase inicial pode retardar a progressão da doença”, explica. 

No caso de Renato Menezes, diagnosticado aos 58 anos de idade, a doença começou com uma tosse que o acompanhava há anos, mas que foi ignorada pelo histórico de tabagismo. “Como fumei por 35 anos e parei há oito, pensei que a tosse iria embora com o cigarro. Mas no final de 2013, o sintoma se agravou e começou a incomodar, além da voz falhar, eu não conseguia completar frases", relata Renato. 

A consulta ao pneumologista, especialista mais indicado para tratar a doença, pode tornar o diagnóstico mais rápido e assertivo. “Estou tentando não mudar muito o meu estilo de vida, faço fisioterapia, exercícios respiratórios e até comprei uma esteira para fazer caminhadas com auxílio de oxigênio, assim posso continuar passeando com a minha família, coisa que mais gosto de fazer”, conta o aposentado.      


Sobre FPI       
 
A fibrose pulmonar idiopática é uma doença rara que na maioria das vezes atinge pessoas acima de 60 anos, principalmente homens. Sem causas clínicas comprovadas, a experiência de especialistas aponta que o tabagismo pode ser um dos fatores de risco para o diagnóstico. 

A doença não tem cura e somente um número restrito de pacientes tem a indicação de transplante de pulmão para combater esta enfermidade. A sobrevida média é de 3 anos após o diagnóstico. Estatísticas mais otimistas apontam que entre 20% a 40% dos pacientes vivam até cinco anos, quando não recebem nenhum tratamento. 

Em 2016, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou Esbriet® (pirfenidona), medicamento oral da farmacêutica Roche, líder mundial em inovação em saúde, para o tratamento da fibrose pulmonar idiopática (FPI). A droga foi a primeira no mundo a comprovar que conseguia, de maneira eficaz e segura, combater a doença letal. 

A progressão da FPI varia de acordo com cada caso e tem curso imprevisível. A expectativa é que, com o tratamento e a maior geração de dados, seja possível conhecer ainda mais sobre a progressão e evolução da enfermidade, que é considerada pela classe médica como mais agressiva do que muitos tipos de cânceres.









Quedas são a maior ameaça ao bem-estar dos idosos



 Maior parte dos traumas que levam a fraturas ocorre em casa. Saiba o que fazer para evitar


O Brasil tem, hoje, 8,46% de sua população na faixa etária acima de 65 anos. Até 2030, a previsão é que esse índice seja de mais de 13%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostram, ainda, que a expectativa de vida ao nascer – hoje, de 76 anos, em média – poderá chegar a 78,5 anos no final da próxima década. Com esse aumento, cresce também a atenção ao bem-estar de pessoas idosas. Evitar traumas causados por quedas é um dos principais fatores para isso e deve começar em casa.

Fraturas como as de quadril, além de limitarem a mobilidade e a execução de tarefas do dia a dia por longos períodos, podem, até mesmo, colocar em perigo a vida do paciente. Um levantamento publicado na Revista Brasileira de Ortopedia apontou índice de mortalidade de 23,6% entre pessoas com idade superior a 65 anos, internadas por esse problema.

“O risco de morte de uma mulher de 50 anos, por exemplo, após quebrar o fêmur, é o mesmo que se apresentaria caso ela tivesse câncer de mama. Isso se dá porque o corpo reage à fratura destinando seus recursos para resolver esse problema, o que pode descompensar outras funções do organismo, como a pressão e ventilação pulmonar e o desempenho do sistema imunológico”, explica Luiz Fernando Cocco, ortopedista e coordenador do Núcleo de Ortopedia do Hospital Samaritano Higienópolis, em São Paulo.

Com técnicas e protocolos modernos, hoje em dia um paciente que passa por cirurgia do fêmur volta a caminhar com apoio assim que acaba o efeito da anestesia e pode ter alta em 24 horas, desde que tenha condições clínicas estáveis – com boas funções renal, pulmonar e cardiovascular – e não apresente dor.

“A Medicina avançou para dar a essas pessoas a chance de retomarem suas atividades diárias no menor tempo possível, reduzindo o período de hospitalização. Mas os riscos de uma intervenção dessa importância não terminam na alta, já que podem haver novas quedas e outras complicações. Por isso, a prevenção desses traumas é o melhor caminho para garantir a qualidade de vida de uma população que está vivendo cada vez mais”, afirma Luiz Fernando.

Segundo o ortopedista, 90% dos acidentes que levam à fratura de ossos – 50% dos casos envolvem o fêmur – ocorrem em casa. Por isso, o médico lista, abaixo, as quatro principais dicas para adaptar as residências, de forma a minimizar as chances de queda:

Chão – Mantenha tapetes e fios elétricos fora do caminho, os pisos limpos – sem água ou gordura – e não use cera. No banheiro, utilize tapetes antiderrapantes no boxe e em frente à pia e ao vaso sanitário. Nas escadas, instale piso antiderrapante;

Iluminação – Utilize lâmpadas de 100 watts ou mais, em todos os cômodos, e tenha os interruptores em locais de fácil acesso, como cabeceiras, perto das portas e nas extremidades da escada. Sempre acenda a luz para ter acesso a um cômodo, mesmo que esteja muito familiarizado com o ambiente. Manter a luz do banheiro acesa durante a noite também pode ajudar;

Apoio para caminhar – Instale corrimão dos dois lados de corredores, escadas e vias de acesso de forma geral. No banheiro, utilize também barras de apoio no boxe e próximo ao vaso sanitário;

Armários – Guarde objetos, utensílios e roupas utilizados no dia a dia em armários até a altura da cintura – isso evita que seja necessário subir em algo para alcançá-los ou que o peso deles acarrete um tombo.

“Além de adotar esses cuidados, é importante fazer visitas regulares ao médico, para controle de doenças crônicas, exames de acuidade visual e auditiva, ajuste de medicação – quando necessário – e orientações sobre atividades que preservem a coordenação, a flexibilidade, a força e o equilíbrio”, completa o médico.






Terceira Idade ganha atenção em imóveis e empregos nos EUA





As empresas estão apostando na mão-de-obra que a terceira idade pode oferecer. Nos Estados Unidos, por exemplo, já existem programas específicos para a contratação de pessoas mais experientes, com chances de carreira. Os idosos estão apostando nas oportunidades de emprego e se adequando, fazendo cursos, se atualizando tecnologicamente e profissionalizando.  

No Brasil, o ranking das ocupações que mais empregaram a terceira idade, nos últimos dois anos, teve dirigentes públicos em primeiro lugar, seguido por professores do ensino fundamental e construção civil. O setor da construção, aliás, é um dos que apresentam saldo positivo para essa faixa da população. 

De olho nessa demanda, a Elite International Realty, consultoria de imóveis sediada em Miami e comandada pelos brasileiros Léo e Daniel Ickowicz, pai e filho, está investindo em empreendimentos que atendam ao público na questão da moradia. 

O Aventura Parksquare, comercializado pela imobiliária, é um complexo formado por condomínios residencial e de escritórios, hotel, centro de bem-estar e uma comunidade para a terceira idade.  

O empreendimento conta com uma instalação de luxo de repouso para idosos e 144 apartamentos adaptados para eles, são os chamados Sênior Community, desenvolvidos exclusivamente para pessoas que têm mais de 55 anos de idade. Todos com portas mais largas, barras de apoio nos banheiros, tomadas mais baixas e acessos externos facilitados.  

Os apartamentos foram projetados sob a premissa de que a casa deve ser um local seguro, confortável e se adaptar à rotina dos moradores. É essencial proteger as pessoas que têm problemas de equilíbrio e flexibilidade. Planejar a residência e garantir a autonomia dos idosos permite que sua rotina permaneça a mais estável possível.  

Problemas de visão, redução da audição, hipertensão, labirintite e efeitos colaterais de remédios são algumas das causas dos acidentes que acontecem principalmente dentro de casa. 

De acordo com projeções das Nações Unidas, uma em cada nove pessoas no mundo tem 60 anos ou mais e estima-se um crescimento para uma em cada cinco por volta de 2050. Em 2050, pela primeira vez, haverá mais idosos que crianças menores de 15 anos.  

No Brasil, não existem dados estatísticos dos tipos de instituições que estão disponíveis para idosos, mas sabe-se que muitos asilos funcionam sem registro, são irregulares e predomina o caráter filantrópico e assistencial com voluntários. Estima-se que cerca de 26% dos idosos vivam em situações precárias e tenham más condições de vida. 

"É um mercado que merece a devida atenção. Existem muitos programas de incentivo à cultura e ao turismo com benefícios para estimular que o idoso continue tendo uma vida ativa, mas não observo investimento em residências para esse público no Brasil", afirma Léo. 

Assistência de casas de repouso ou de cuidadores, serviços e mão de obra para os idosos são muito caros, por isso eles acabam ficando em suas próprias casas, que não são adaptadas, fato que os sujeita a um enorme número de acidentes - 70% dos que ocorrem com idosos se dão dentro de casa. 

"Nos Estados Unidos está crescendo o investimento nesse tipo de imóvel, já que a demanda só tende a crescer. A adaptação dos ambientes residenciais precisa estar diretamente relacionada às necessidades de assistência e capacidades física e sensorial. Nosso objetivo é promover a independência e a autonomia do morador", conclui Daniel.





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