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segunda-feira, 6 de março de 2017

Você já ouviu falar da Síndrome do Esgotamento Profissional?




A Síndrome de Burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, tem sido uma ameaça real para as pessoas que exercem funções muito desafiadoras e estressantes no trabalho. 

Pesquisas nos mostram que a síndrome tem acometido profissionais considerados altamente motivados, comprometidos e apaixonados pelo trabalho que desempenham e que estes profissionais costumam reagir ao stress ocupacional trabalhando ainda mais até entrarem em Burnout, perdendo então toda a motivação e o interesse no trabalho.

O termo burnout é de origem inglesa e quando traduzida indica o colapso que sobrevém após a utilização de toda a energia disponível. No contexto psicológico o termo burnout tem sido utilizado para se referir a uma síndrome constituída por uma exaustão emocional, desumanização e redução no nível de realização pessoal no trabalho (Maslach & Jackson, 1986).

Os principais sintomas encontrados na síndrome de burnout podem ser divididos em quatro grupos: os físicos, os psíquicos, os comportamentais e os defensivos. São eles:


Sintomas Físicos
Sintomas Psíquicos
Sintomas Comportamentais
Sintomas Defensivos
  Fadiga constante e progressiva;
  Distúrbios do sono;
  Dores musculares;
  Dores de cabeça, enxaqueca;
  Problemas gastrointestinais;
  Problemas cardíacos;
  Problemas respiratórios;
  Disfunções sexuais.
atenção/ concentração;
  Alterações da memória;
  Lentificação do pensamento;
 Sentimentos de alienação, solidão, insuficiência;
 Impaciência;
  Baixa auto estima;
  Desconfiança, paranóia.
  Irritabilidade;
  Agressividade;
 Incapacidade para relaxar;
  Dificuldade na aceitação de mudanças;
  Perda de iniciativa;
consumo de substâncias;
  Comportamento de alto risco.
  Tolerância ao isolamento;
  Sentimento de onipotência;
  Perda do interesse pelo trabalho.
  Absenteísmo;
 Ironia/cinismo.
Fonte: BENEVIDES – PEREIRA, 2002.


O diagnóstico da síndrome só pode ser realizado por um médico ou psicoterapeuta, que são os profissionais qualificados para diagnosticar a patologia através de procedimentos e instrumentos adequados. 

O tratamento para o burnout consiste no uso de antidepressivos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida das pessoas acometidas pela síndrome, incluindo a prática de atividade física, alimentação saudável, práticas de relaxamento e a inclusão de momentos de lazer. 


Como se prevenir do burnout?


-  Avalie como as suas condições de trabalho estão interferindo na sua qualidade de vida;

-  Utilize o seu tempo livre para realizar atividades prazerosas, agradáveis e não para preenchê-lo com mais trabalho;

-  Desenvolva talentos pessoais. Dedique um tempo para desenvolver as suas habilidades ou aprender novas, como pintura, música, dança de salão, entre outras atividades que venham a trazer satisfação pessoal;

-  Administre o seu tempo. Distribua as atividades diárias de forma compatível com a sua realidade, levando em consideração não somente as atividades relativas ao trabalho, mas também as dedicadas às questões pessoais e de lazer;

-  Organize o seu ambiente de trabalho. Organize o ambiente de maneira que traga uma sensação de conforto e bem estar com todos os elementos que necessite para o desenvolvimento das suas atividades;

-  Neutralize os agentes estressores. Identifique as situações que lhe causam stress, pois assim será possível encontrar estratégias que atuem no sentido de minimizar ou eliminar a situação estressante;

-  Cultive o relacionamento interpessoal, pois dispor de uma rede de amigos é um dos dispositivos mais eficazes para lidar com os momentos de dificuldade;

-  Relaxe. Praticar técnicas de relaxamento nos ajuda no controle psicofisiológico aos agentes estressores, permitindo um distanciamento necessário para recarregar as energias.





Rosalina Moura  - psicóloga, especialista em gerenciamento do stress, coach de bem estar e saúde e diretora da Rumo Saudável.  Foi coordenadora da área de psicologia do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas de São Paulo de 1994 a 2005, onde atuou como psicóloga e pesquisadora. Seus estudos e os convites para participar de eventos científicos a levaram a se aprofundar nas questões relacionadas ao stress elevado, desenvolvendo programas e metodologias para o seu gerenciamento. Em 2001 ela criou a RUMO, que hoje tem como foco principal de atuação o desenvolvimento de programas de Prevenção e Gerenciamento do Stress para pessoas e empresas.




Referências Bibliográficas:
BENEVIDES – PEREIRA, A. O processo de adoecer pelo trabalho. In: Quando o trabalho ameaça o bem estar do trabalhador. São Paulo. Casa do psicólogo. 2002.
MASLACH, C.; JACKSON, S. Maslach Burnout Inventory, Manual. University of California, 1986.




segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Tudo pode no Carnaval?



Psicóloga alerta que comportamento totalmente permissivo pode trazer consequências danosas aos jovens 


O carnaval, festa mais popular do Brasil, é sinônimo de extravasar, “soltar a franga” e deixar de lado alguns tabus. Está relacionado também à liberdade de expressão (para alguns libertinagem), e visto como uma forma de apelo sexual, onde se pode fazer aquilo que se tem vontade, permitir-se e seguir a “onda”.

A psicóloga Lizandra Arita fala sobre esse “mundo imaginário de liberação” e até que ponto podemos considerar o comportamento festivo como algo normal e sadio. “É uma data que tudo pode. No entanto, é preciso considerar que a comemoração passa, e após isso, as consequências podem ser desastrosas”, adverte.

“Quando se vive numa sociedade onde há uma educação familiar repreensiva, os mais jovens enxergam essa data como o momento ideal para extravasar. É comum expressar tudo o que seria repreendido pelos pais e pela sociedade, visto que a conduta é coletiva e não individual e as chances de receber críticas são mínimas”, pontua.


Desejo sexual aflorado

Também muito associado ao sexo e ao abuso de bebidas alcoólicas, a psicóloga cita a neurociência que determina que o homem, por sua vez, possui o instinto ligado ao olhar, se interessa pelas curvas femininas que, neste caso, estão mais expostas. Nas mulheres, o cortéx órbitofrontal lateral esquerdo, responsável pelo controle dos desejos, nessas situações, é desligado, permitindo a quebra de pudores e entrega aos instintos sexuais.

Ao se deparar com um ambiente permissivo, onde “tudo é liberado”, pessoas que tiveram uma infância regrada à uma educação rigorosa ou saíram de relacionamentos longos ou sufocantes, podem encontrar no carnaval a oportunidade de vivenciarem tudo o que estava represado e causava frustração. “É também a exposição da criança interior que sempre existiu, mas que estava incubada. Num cenário de permissividade, existe espaço também para atitudes impulsivas, paixões repentinas, e muitas vezes, consequências graves”, conclui.




Lizandra Arita - Graduada em Psicologia pela Universidade Bandeirante de São Paulo, Lizandra Arita tem experiência em Psicologia Clínica e Institucional pelo Hospital Vera Cruz e atua desde 1998 em treinamentos de autodesenvolvimento. Realiza Programação Neuro Linguística, Hipnose e Autohipnose, Rebirthing, Psicodinâmicas, Gerenciamento de Emoções e Conflitos e atua, principalmente, em casos de depressão, ansiedade, processos emocionais ou comportamentais, problemas de relacionamento, fobias, pânico e transtornos obsessivos compulsivos.
Lizandra Arita Psicologia
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