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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita: doença pode prejudicar saúde sexual e reprodutiva das mulheres


Em alusão ao Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, celebrado no terceiro sábado do mês de outubro, a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida faz um alerta para os efeitos da doença, que podem afetar a saúde sexual e reprodutiva feminina.

O último Boletim Epidemiológico de Sífilis, publicado pelo Ministério da Saúde (MS), aponta o aumento no número de casos da doença no Brasil em todos os cenários da infecção. O levantamento também revela que 90% das pacientes que têm sífilis adquiriram a doença por meio da relação desprotegida. Considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST), a sífilis é provocada pela bactéria Treponema pallidum, transmitida principalmente por via sexual.

De acordo com a ginecologista e obstetra creditada pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) Mylena Naves de Castro Rocha, o descuido das pessoas com as formas de prevenção é considerado o principal motivo para o aumento do problema nos últimos anos. “Entre os fatores que podem ter impactado nessas estatísticas, eu destaco o fato de a nova geração ter parado de se preocupar com a doença, aliado ao fato de o sexo desprotegido ter se tornado mais frequente em casais em idade reprodutiva, além da falta de disponibilidade de penicilina benzatina (Benzetacil) em hospitais, principalmente no SUS”, aponta a médica, que também é especialista em reprodução assistida pela Universidade Paris XI Clamart-France.

Segundo Mylena, em mulheres que não estão gestantes, a sífilis pode apresentar vários sintomas clínicos em curto, médio e longo prazo e a falta de tratamento na fase inicial pode evoluir para a forma mais grave da doença, a sífilis terciária - inclusive com lesões neurológicas. “Por esse motivo, minha recomendação é de que, assim que a doença for diagnosticada, a paciente inicie o tratamento antes de qualquer tentativa de gravidez, para que isso impossibilite diagnósticos tardios e complicações ao binômio mãe-feto”, ressalta.


Perigos para o bebê – Contraída mediante sexo oral, anal ou vaginal sem o uso da camisinha, a sífilis, assim como as demais ISTs, pode ser passada de mãe para filho durante gestação ou parto. Dessa forma, quando a mulher grávida adquire a bactéria responsável pela doença, o bebê adquire a chamada sífilis congênita, cuja incidência também tem aumentado nos últimos anos, segundo o Ministério da Saúde.

Em comparação ao ano de 2016, observou-se aumento de 28,5% na taxa de detecção em gestantes, 16,4% na incidência de sífilis congênita e 31,8% na incidência de sífilis adquirida. “A ocorrência de sífilis durante a gravidez pode provocar graves efeitos para o feto – tais como abortos, óbitos fetais e neonatais –, além de provocar o nascimento de bebês com sequelas diversas, as quais poderão se manifestar até os 2 anos de vida”, explica.

A médica também ressalta que alguns fetos que têm contato com essa bactéria dentro da barriga da mãe e sobrevivem podem desenvolver malformações cerebrais (a exemplo de microcefalia), alterações ósseas, cegueira e lábio leporino.


Diagnóstico – Estima-se que mais de 70% das crianças infectadas são assintomáticas ao nascimento, sendo de fundamental importância o rastreamento na gestante. “O acompanhamento ecográfico e as consultas periódicas no obstetra durante a gravidez são essenciais para o acompanhamento da gestação, trazendo menores consequências materno-fetais”, afirma a ginecologista.

A especialista lembra que a transmissão da doença será maior quanto mais avançada for a gestação, já que a permeabilidade da barreira placentária aumenta com a idade gestacional. “Caso a infecção se dê no fim da gravidez e não seja tratada, o bebê estará mais propenso a nascer com icterícia ou mesmo com hepatite”, reforça Mylena.

Além da possível gravidez não planejada, a falta de prevenção aumenta o risco de propagação das ISTs, responsáveis por 25% das causas de infertilidade, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). No caso específico da sífilis, a ginecologista explica que a doença não tem relação direta com esse quadro, porém outras ISTs podem trazer consequências maiores para a fertilidade como a obstrução de trompas – através da infecção por clamídia – e alteração seminal – infecção por gonorreia.

Já em relação aos prejuízos que a infecção por sífilis pode trazer para os tratamentos de reprodução assistida, a médica ressalta que a preocupação existe e deve ser investigada frente ao diagnóstico em mulheres em idade reprodutiva, principalmente pelo risco de termos outras ISTs associadas à doença. “É preciso realizar exames para rastrear as ISTs, incluindo a sífilis, antes de dar início aos tratamentos, evitando maiores complicações na futura gestação”, diz. “As sorologias são fundamentais e obrigatórias para o controle de qualidade do laboratório, onde a segurança para o armazenamento de gametas e embriões é prioridade”, completa a especialista.


Tratamento e prevenção – O tratamento da sífilis deve ser realizado com penicilina, já que não existe evidência de que nenhuma outra droga consiga tratar adequadamente o feto intraútero. “As doses de penicilina recomendadas são definidas a partir do diagnóstico de infecção recente ou tardia”, finaliza.

A médica também reforça algumas recomendações importantes que devem ser seguidas pelas pacientes:

É fundamental que todos os exames sorológicos estejam bem para que os casais estejam aptos a iniciar as tentativas de engravidar.

Mesmo sem desejo de gestar imediato, as mulheres devem cuidar da sua saúde reprodutiva.

A educação sexual é primordial para evitar complicações futuras para essas mulheres.

Uso de preservativos em relações sexuais por mulheres sem parceiro fixo será sempre uma boa medida de prevenção e cuidado com o corpo.

domingo, 18 de julho de 2021

 

Crédito: Mylena Lira
Código de Trânsito Brasileiro lista ações que não podem ser realizadas com animais no veículo e que muitas vezes são desconhecidas pelos condutores

 

Você sabia que dirigir com seu animal de estimação entre seus braços ou pernas é uma infração de trânsito? Muita gente não sabe, mas uma prática comum nos passeios com os pets pode, além de colocar em risco os bichinhos e condutores, gerar uma multa para o motorista. 

O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) reuniu dicas e orientações para que as viagens com os animais de estimação sejam realizadas de uma maneira segura e tranquila, e com objetivo de não receber a tão indesejada notificação de infração de trânsito em casa.

 

“É importante frisar que muito além da infração de trânsito, os condutores devem ter ciência de que um transporte inadequado de seus pets pode distraí-los, gerar um acidente de trânsito e envolver outros condutores, pedestres e os próprios passageiros que estão nos veículos”, ressalta Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.

 

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) cita as ações que não podem ser praticadas durante o transporte de animais e que, consequentemente, geram multas.

 

O hábito de levar os animais à esquerda do motorista (perto do vidro, no colo) ou entre seus braços ou pernas é uma infração média, com quatro pontos na habilitação e multa no valor de R$ 130,16 segundo o artigo 252 do CTB.

 

O transporte de animais também não pode ser feito na parte externa do veículo (no teto ou no capô, por exemplo) como estabelece o artigo 235 do CTB. Trata-se de uma infração grave e o motorista autuado recebe cinco pontos na habilitação e multa no valor de R$ 195,23.

 

E válido destacar que deixar o pet com a cabeça para fora da janela também é infração, pois ela é considerada parte externa do veículo, de acordo com o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito. Além disso, os animais podem ser atingidos por galhos de árvores ou até mesmo por outros veículos durante o trajeto, como explica a médica veterinária Juliana Damiani: “nunca mantenha o animal com a cabeça para fora, pois além do risco de acidentes, o vento pode trazer ciscos e fragmentos e provocar problemas oculares nos pets”.  

Crédito: Arquivo Pessoal

Pet seguro 

A veterinária também dá dicas para que as viagens sejam mais agradáveis aos bichinhos. Para isso, há diversos acessórios no mercado que visam reduzir os riscos e limitar o deslocamento do animal (embora não haja obrigatoriedade de seu uso na legislação de trânsito)

 

“É muito importante que o motorista verifique com o veterinário qual é o melhor equipamento, de acordo com porte do animal. No caso dos automóveis, o correto é estar sempre bem preso no banco de trás, em uma caixinha ou cesto”, completa Juliana.

 

Para os animais de pequeno e médio porte, principalmente os gatos, a caixa de transporte é a mais indicada. Há também a cadeirinha para pet que é presa ao banco do veículo e possibilita que o animal viaje com mais liberdade.

 

Para os pets maiores, há o cinto de segurança especial e a grade de segurança, que é colocada entre os bancos traseiro e dianteiro, impedindo o animal de interagir e distrair o motorista.


“Muitos animais sentem enjoos em viagens. Dessa forma, evite alimentação pelo menos três horas antes e caso seja necessário, peça ao seu veterinário uma medicação específica para que seu pet não sofra e associe viagens a algo ruim. Se a viagem for mais longa, programe paradas para que seu pet possa fazer suas necessidades. Com alguns cuidados e planejamento correto, uma viagem prazerosa e segura com seu pet é garantida”, finaliza Damiani.


terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Saiba como driblar a infelicidade no trabalho antes mesmo da sua próxima entrevista de emprego


Você sabia que nove em cada dez brasileiros estão infelizes no seu atual trabalho? Esse é um dado que foi descoberto pela Survey Monkey, companhia de desenvolvimento de pesquisas online. Isto nos traz uma importante reflexão sobre como está a relação entre empresas, funcionários e seus ambientes de trabalho.

Se, por um lado, as companhias esperam um alto desempenho e produtividade de seus empregados, por outro lado, os trabalhadores buscam ser mais reconhecidos e realizados com o que fazem, por uma remuneração adequada e com mais qualidade de vida. Com base nessas diferentes expectativas, então, como podemos equilibrar essa equação?

Apontar um culpado para tamanho descontentamento é uma questão delicada, uma vez que ambas as partes podem cometer erros e acertos. E, talvez seja isso o que muitos se esquecem ao contratar alguém ou começar um novo emprego. Empresas e funcionários são responsáveis pela felicidade ou pelo sucesso do negócio, sim.

Toda empresa tem uma cultura e uma forma de organização interna, mas muitos candidatos falham ao deixarem de pesquisar sobre isso antes de se candidatar a uma vaga. Mas, como você sabe que tipo de cultura e empresa você vai entrar?

Segue algumas dicas que acredito serem dicas básicas quando se procura ou troca de emprego:

1) Pesquise sobre a empresa: Qual a cultura? Que tipo de produto ou serviço essa empresa tem? Olhando de forma geral, eu me identifico com ela?

2) Como está a avaliação da empresa no mercado de acordo com os profissionais que passaram por ela? Dê uma olhada sobre o que os ex e/ou atuais funcionários falam sobre a empresa em sites como Glassdor ou Lovemondays.

3) Procure ler sobre a empresa em publicações de negócios que saíram na mídia, em diferentes veículos. Existem vários artigos, revistas e publicações sobre carreira e empresas.

4) Seja questionador e faça perguntas durante a entrevista para que entenda exatamente onde está entrando e qual tipo de expectativa você pode ter. Estou entrando em um ambiente start up ou em um ambiente mais conservador?

5) Avalie o entorno do lugar onde está sendo entrevistado, como as pessoas te recebem e até como se vestem e tente se imaginar naquela rotina. Seria um lugar que você se sentiria acolhido? O lugar desperta em você coisas positivas? Você gosta do jeito como o seu entrevistador te recebe e conversa com você. Essa identificação com o ambiente é extremamente importante.

6) Pela descrição do desafio, da empresa, da equipe, você sente que é a pessoal ideal para a vaga? Você se sentiu confortável?

7) Converse com ex-funcionários. Se você não conhece ninguém que tenha trabalhado na empresa, facilmente você encontra no LinkedIn alguém que possa ter passado por lá em algum momento.

Tudo isso te ajuda com importantes pistas de como se prevenir de possíveis contratempos no futuro.

Também é preciso ter em mente que mesmo o emprego dos sonhos tem seus dias ruins. Não é sempre que você vai estar feliz. Há momentos de maior ansiedade e mais desgastantes. É neste momento que você deverá tentar analisar a situação de fora: eu estou infeliz por causa do atual momento de alta demanda em que estou sobrecarregado ou estou mesmo infeliz com todas as minhas funções e responsabilidades do meu emprego? Estou incomodado porque estagnei e não busquei novos desafios ou não me proporcionam novos desafios? Ou será que, realmente, essa empresa tem sérios problemas de gestão que não estão ao meu alcance e o melhor é procurar outro emprego? Todas essas perguntas são importantes para se conhecer e diagnosticar as causas da sua infelicidade, além de ser parte de um processo maior de aprendizado, necessário para o seu crescimento profissional.

Por isso que sempre digo que uma forte arma contra a infelicidade no trabalho é o autoconhecimento. Depois de identificar onde está a falha, fica muito mais fácil tomar a melhor decisão e procurar oportunidades profissionais e empresas que tenham mais a ver com você. Todos nós merecemos uma vida plena, realizada, gostosa de ser vivida e é claro que, parte importante disso é estarmos felizes com nossos empregos, já que boa parte dos nossos dias são dedicados a eles.

Não podemos esquecer que as empresas também são responsáveis por promover um ambiente de trabalho saudável. Já existem muitos dados que comprovam que funcionários motivados tendem a ser mais produtivos. Gestores e equipe de RH devem considerar organizar programas de incentivo e treinamentos, oferecer cursos de idiomas e de aprimoramento profissional, dar feedbacks e até promover atividades prazerosas em grupo, como corridas ou aulas de yoga, por exemplo. Além disso, estabelecer desafios ajuda o profissional a se reinventar e ganhar confiança no trabalho. Quando os dois lados estão atentos as motivações uns dos outros, a tendência é que empresas e funcionários consigam manter altos índices de satisfação, felicidade e produtividade.




Mylena Cuenca - administradora de empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e headhunter na Trend Recruitment, consultoria boutique de recrutamento e seleção para marketing e vendas.




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