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quinta-feira, 9 de maio de 2019

CORRIMENTO COM SANGUE EXIGE CUIDADOS


Sinais de alerta incluem odores e ardências imotivados


O corrimento com sangue pode decorrer de infecção, sangramento ligado a ferida no colo do útero, ou até mesmo um escape fora de época. 

Se a data da menstruação estiver próxima, também pode acontecer de a secreção vaginal apresentar uma coloração mais amarronzada, com resquícios de sangue. Nestes casos, é aconselhável procurar um especialista para avaliar se há alguma patologia associada.

Porém, segundo o ginecologista Alexandre Zabeu Rossi, nem toda secreção vaginal indica problemas. A normal é aquela de aspecto transparente (tipo clara de ovo) que pode ocorrer nos períodos pré e pós menstrual e no meio do ciclo.

“Qualquer secreção diferente com sintomas como odor forte, ardência, coloração diferente, pode ser, sim, um sinal de alerta. Coceira na região íntima e vermelhidão local também sinalizam frequentemente essas infecções”, esclarece.

De acordo com o médico, ao se observar corrimento com sangue, a primeira providência a tomar é excluir causas orgânicas, ou seja, de origem uterina, do colo do útero ou vaginal (causadas por pólipos, miomas, “feridas no colo do útero“ e infecções vaginais).

Ao descartar estas causas, o especialista ressalta que é necessário pesquisar as de ordem hormonal, como as alterações de ovulação, escapes por uso de anticoncepcionais hormonais e hiperprolactinemia, que é o aumento no nível de prolactina (PRL) circulante, normalmente associado a dificuldades reprodutivas.


segunda-feira, 22 de abril de 2019

CORRIMENTO COM SANGUE EXIGE CUIDADOS


Sinais de alerta incluem odores e ardências imotivados



O corrimento com sangue pode decorrer de infecção, sangramento ligado a ferida no colo do útero, ou até mesmo um escape fora de época. 

Se a data da menstruação estiver próxima, também pode acontecer de a secreção vaginal apresentar uma coloração mais amarronzada, com resquícios de sangue. Nestes casos, é aconselhável procurar um especialista para avaliar se há alguma patologia associada.

Porém, segundo o ginecologista Alexandre Zabeu Rossi, nem toda secreção vaginal indica problemas. A normal é aquela de aspecto transparente (tipo clara de ovo) que pode ocorrer nos períodos pré e pós menstrual e no meio do ciclo.

“Qualquer secreção diferente com sintomas como odor forte, ardência, coloração diferente, pode ser, sim, um sinal de alerta. Coceira na região íntima e vermelhidão local também sinalizam frequentemente essas infecções”, esclarece.

De acordo com o médico, ao se observar corrimento com sangue, a primeira providência a tomar é excluir causas orgânicas, ou seja, de origem uterina, do colo do útero ou vaginal (causadas por pólipos, miomas, “feridas no colo do útero“ e infecções vaginais).

Ao descartar estas causas, o especialista ressalta que é necessário pesquisar as de ordem hormonal, como as alterações de ovulação, escapes por uso de anticoncepcionais hormonais e hiperprolactinemia, que é o aumento no nível de prolactina (PRL) circulante, normalmente associado a dificuldades reprodutivas.



Alexandre Zabeu Rossi  Especialista em Ginecologia e Obstetrícia; Mestre em Ginecologia pela Universidade  Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM), Doutor em Ginecologia pela UNIFESP-EPM e Diretor da Clínica Rossi.



sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Saúde íntima: descubra o que significa a cor da secreção vaginal

Pexels

Especialista destaca que secreção é comum; mudança de cor, consistência e odor desse corrimento, por sua vez, podem ser sinais de alerta

 

 

De vez em quando, a secreção vaginal aparece sorrateira na calcinha, mas ela, por si só, não é motivo para pânico algum. Então, tranquilize-se! Muita gente não sabe, mas ter secreção é super comum. 

 

Essa secreção de líquidos é natural e mantém a vagina limpa e lubrificada, além de evitar infecções provocadas pelo desequilíbrio da flora vaginal. 

 

O fluido geralmente é transparente, esbranquiçado, com aparência leitosa e não tem cheiro forte, mas vale lembrar que nem sempre esse líquido é igual. Segundo Mariana Betioli, obstetriz e fundadora da marca de coletores menstruais Inciclo, o corrimento pode mudar de aspecto em alguns contextos específicos, como, por exemplo, durante as diversas fases do ciclo menstrual. 

 

"Em certos dias do mês, a secreção aumenta. Isso acontece porque a produção do líquido é estimulada pelo estrogênio, um hormônio que está presente em maior volume perto da ocorrência da ovulação e também durante a gravidez", explica. 

 

Além da menstruação, o uso de absorvente interno, medicamentos, chegada da menopausa, hábitos de higiene e outras situações também influenciam na natureza da secreção vaginal. 

 

Cores de secreção


Por outro lado, é necessário prestar atenção na cor da secreção e alguns outros sintomas para poder identificar quando algo não vai bem, como a mudança na consistência e odor do fluido. Saiba o que possivelmente significa a cor do seu corrimento, de acordo com a obstetriz:

 

Branco: é bem provável que seja um corrimento normal, porém, se há mau odor e aparenta ter placas brancas ou acinzentadas (como a textura de queijo cottage), pode ser sinal de vaginose bacteriana. Se for uma secreção branca acompanhada de ardência, coceira ou vermelhidão, pode ser candidíase.

 

Marrom: costuma indicar a presença de sangue. Pode ser restinho de sangue coagulado da menstruação, irritação no canal vaginal após a penetração ou uso de duchas vaginais, mas também pode ser sinal de infecção. A secreção marrom também pode sugerir implantação do embrião nos primeiros dias de gravidez e, muito menos frequente, ser um sintoma de gravidez ectópica.

 

Amarelo: corrimento levemente amarelado e sem cheiro pode ser normal. Mas se for acompanhado de mau cheiro e aparência purulenta, com aspecto de pus, pode ser sinal de inflamação, devido a infecções, como por exemplo clamídia ou gonorréia.

 

Amarelo-esverdeado: corrimentos com essa coloração e odor bem desagradável costumam indicar tricomoníase.

 

Cinza: corrimento acinzentado com cheiro forte, espesso, que se agrupa em placas como queijo cottage, costuma ser sinal de vaginose bacteriana.

 

É importante ficar de olho no corrimento e notar se está acompanhado de irritação, coceira, vermelhidão, ferida ou ardência. "Consultar um profissional de saúde para avaliar o seu quadro é fundamental, já que alguns sinais podem indicar infecções, alergias ou até mesmo algumas doenças", alerta a especialista. 

 

Dicas de como evitar infecções e manter a saúde íntima


Sabendo dos sintomas e o que significa cada aspecto do corrimento, fica mais fácil entender como cuidar da região íntima do jeito certo. Betioli reuniu algumas dicas que podem ser aplicadas no dia a dia para a prevenção de doenças nesta região. Confira!

 

Ventilação em primeiro lugar:


“A melhor alternativa é usar roupas que deixem a região genital mais ventilada", indica. “Evite calças jeans e outras peças mais justas e apertadas para dar preferência a saias, vestidos e shorts mais folgados, além do uso de calcinhas de algodão, para ajudar na transpiração da vagina”.

 

Durma sem calcinha:


O ideal, inclusive, é dormir sem roupa íntima para deixar a vulva “respirar”, de acordo com a especialista. “A dica é deixar que a região íntima ‘respire’ livremente em pelo menos alguns momentos do dia”, afirma Mariana. 

 

Evite roupas molhadas: 


“Evite ficar muito tempo com as roupas molhadas, como biquínis e maiôs, pois a umidade facilita a proliferação de fungos e bactérias e pode resultar em outras infecções”, ressalta.

 

Para quem costuma deixar as peças íntimas secando no banheiro, muita atenção. “Não tem nada de errado em lavar a calcinha no banho usando um sabonete neutro. O problema é deixar a calcinha secando no box”, diz a especialista. 

 

“O banheiro é uma região úmida; lá, sua calcinha vai demorar mais para secar e ter mais chance de atrair fungos e bactérias. Se você lava suas peças íntimas no banho, coloque suas calcinhas para secar no varal, que é um ambiente seco e arejado.”

 

Lave a região íntima do jeito certo:


Algo fundamental para ajudar na saúde íntima é deixar a região limpinha. Só que há um porém: a limpeza não deve ser feita na parte interna, a vagina. A pessoa precisa lavar somente a vulva, que é a área externa.  

 

“A vagina é autolimpante, então pode esquecer ducha, sabonete ou qualquer outro tipo de limpeza interna. Já a vulva, só com água morna e os dedos, a pessoa consegue higienizar aqueles espaços entre os lábios internos e externos, para tirar uma eventual secreção”, recomenda.

 

“Se quiser, dá para usar um pouquinho de sabonete neutro na vulva e na parte do monte de vênus, onde nascem os pêlos. Após a limpeza, é só secar direitinho”, acrescenta Mariana.

 

Sexo com camisinha:


Não pense que a camisinha durante a relação sexual evita apenas a gravidez. “A proteção no momento do sexo também diminui as chances de contrair doenças sexualmente transmissíveis e infecções”, ressalta a obstetriz.

 

Cuidado extra durante a menstruação:


Além disso, segundo Mariana, o coletor e o disco menstrual são opções mais saudáveis para a região íntima. 


“Os modelos mais comuns do mercado – os absorventes descartáveis externo e interno – não são os mais indicados. O absorvente externo abafa essa região e o sangue que fica em contato com a vulva começa a entrar em decomposição, o que também aumenta o risco de problemas”, aponta.  


“Já os absorventes internos, quando inseridos no canal vaginal, acabam sugando não só o sangue, mas também toda a umidade da vagina, desregulando o pH e favorecendo a proliferação de fungos e bactérias indesejadas.”

 

Para ela, o ideal é evitar produtos químicos em contato com a região genital. “Como o coletor e o disco menstrual da Inciclo são feitos de silicone hipoalergênico, um material sem corante e substâncias químicas, preservam a saúde da vagina e ainda deixam a vulva arejada. Uma outra alternativa são as calcinhas absorventes, que tem um tecido com tratamento antimicrobiano que diminui o risco de infecção”, garante a CEO da Inciclo.

 

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Corrimento Marrom - o que é e por que tantas mulheres são afetadas

 

A saúde íntima é uma preocupação constante para as mulheres, e quando surge um corrimento marrom inesperado, as dúvidas podem se intensificar. A Dra. Malu Frade, ginecologista e obstetra especialista em Reprodução Humana da Famivita, esclarece que a presença dele, contudo, pode estar ligada a vários motivos, tanto a causas naturais como a algumas condições médicas.

“O corrimento amarronzado, geralmente, está relacionado a algum tipo de sangramento de escape. Este, por sua vez, se mistura com a secreção vaginal normal e acaba causando o corrimento, que na verdade nada mais é que um restinho de sangue", disse a Dra. Malu.

Vale destacar que haver secreção sendo expelida pela vagina é natural, fazendo parte do organismo feminino. "Todas as mulheres apresentam secreção vaginal e ela varia durante o ciclo. Pode ser mais esbranquiçada, tipo hidratante, ou pode ficar mais transparente, mais elástica. Então, ter sempre uma secreção vaginal é normal", disse. Principalmente quando falamos, porém, de corrimento acompanhado de ardência ou mau odor, deve ser buscado o auxílio médico com urgência, de acordo com a Dra. Malu, pois pode indicar alguma doença.

Um fator que costuma estar associado ao corrimento marrom é a utilização de contraceptivos hormonais, como a pílula do dia seguinte, segundo acrescentou a médica. "Na maioria das vezes, ela bagunça um pouco o ciclo. Assim, a mulher pode ter um corrimento marrom ou sangrar muito, com um fluxo intenso e de cor avermelhada, por exemplo", apontou.

Inclusive, uma pesquisa realizada pela Famivita, com mais de mil mulheres, revelou que 24% delas já tiveram um corrimento marrom acompanhado de mau cheiro e/ou ardência. Além disso, 36% das participantes mencionaram já ter tido sangramentos de escape ao usar anticoncepcionais. Os números, assim, vêm mostrar que essas ocorrências eventualmente compõem a rotina feminina.  

Mas há diversas possibilidades em que o corrimento marrom pode estar envolvido, segundo pontuou a Dra. Malu, e uma delas é que, no caso de uma baixa hormonal no organismo, o corrimento se dê por não haver a quantidade adequada de progesterona. A outra pode confundir um pouco as mulheres por estar, talvez, ligada a uma gestação. "Isso porque acontece de algumas pacientes, quando ocorre a nidação, que é a implantação do embrião no útero, terem esse corrimento tipo borra de café, em pequena quantidade, que é um sangramento de escape", afirmou.

Dentre as possibilidades relacionadas ao corrimento marrom está, também, um sangramento devido à pólipo ou mioma. "É difícil saber por que a mulher está tendo esse sangramento, que chamamos de sangramento uterino anormal, ou seja, fora do período esperado da menstruação, sem ir ao médico", assinalou a especialista da Famivita.

Para que sejam avaliadas as causas do corrimento marrom, são feitos pelo ginecologista a anamnese e o exame físico, sendo investigada, ainda, a presença da gravidez em mulheres com idade reprodutiva. Exames de sangue e ligados a alterações hormonais, assim como a ultrassonografia endovaginal estão entre os que podem ser solicitados, dependendo dos sintomas.

 

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Corrimento ou lubrificação vaginal? Você sabe distinguir o que é normal e o que é patológico?


 Ardor, coceira e odor forte indicam que há um desequilíbrio vaginal e o médico precisa ser consultado    


A vagina é uma região normalmente úmida, que secreta líquido sem cheiro, esbranquiçado ou semelhante à clara de ovo, em volume variável de mulher para mulher. Dependendo do período do ciclo menstrual, essa quantidade de líquido também pode mudar, sendo maior na segunda metade do ciclo – quando costuma sujar a roupa. “Algumas mulheres têm lubrificação vaginal abundante e isso não é corrimento. A cor do líquido também pode ser levemente amarelada porque, em contato com o ambiente externo, o fluido pode sofrer alteração de tonalidade – e isso é normal”, explica a ginecologista, obstetra e mastologista Mariana Rosário.

Ela conta que muitas pacientes têm dificuldade de diferenciar a secreção normal da vagina de um corrimento patológico, causado por fungo ou bactéria, e se preocupam. “O corpo dá sinais quando algo não vai bem. No caso de um corrimento, existem odores característicos, coceira e dor, que podem aparecer sozinhos ou em conjunto, e demonstram que aquela secreção não é normal”, diz a médica.


 Sinais de alerta

Prurido (coceira), odor (cheiro forte) e até dor abdominal ou no ato sexual são indícios de corrimento por fungo ou bactéria. Em relação ao aspecto, o corrimento pode ser acinzentado, esverdeado, parecido com pus, com sangue ou amarronzado. Já o cheiro pode ser bem forte, assemelhando a peixe podre, e estar presente também no final da menstruação. “As causas são bem variadas.

 Podem vir desde o desequilíbrio da flora vaginal até a presença de agentes infecciosos, como cândida, clamídia, tricomonas, entre outros. As relações sexuais sem preservativos trazem doenças sexualmente transmissíveis, como HPV e gonorreia, que também podem causar corrimentos. Há, ainda, a alteração do pH vaginal por diabetes, uso de antibióticos, quimioterapia outras situações. Por tudo isso, é imprescindível que se consulte um ginecologista e nunca se automedique”, alerta a ginecologista.

O tratamento é realizado em casa, com uso de medicamentos específicos para cada caso. “Identificamos o agente causador e utilizamos medicamentos via oral e de uso tópico, para aliviar os sintomas imediatamente, proporcionando conforto à paciente. Em alguns casos, o parceiro também precisa ser tratado, por isso, é tão importante que o médico seja imediatamente consultado”, explica Dra. Mariana.


A relação entre o verão e o corrimento vaginal

No verão, a incidência de casos de corrimento vaginal podem aumentar devido ao desequilíbrio da flora vaginal. É sempre importante manter a região pélvica arejada. O uso de roupas apertadas e protetores diários podem causar o abafamento da vulva e desequilibrar as bactérias e fungos da região, o que leva ao corrimento. Usar biquíni molhado por muito tempo também pode causar o desequilíbrio da região. “É importante não usar roupas íntimas de outras pessoas, realizar a higiene normalmente e optar por trocar o biquíni por um seco sempre que possível”, aconselha a médica. Ela completa: “se possível, dormir sem roupa íntima é aconselhável, já que a pele pode respirar melhor e, assim, proporcionar o desejado equilíbrio da flora vaginal”, finaliza.






Dra. Mariana Rosário - Formada pela Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André (SP), em 2006, a Dra. Mariana Rosário possui os títulos de especialista em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pela AMB – Associação Médica Brasileira, e estágio em Mastologia pelo IEO – Instituto Europeu de Oncologia, de Milão, Itália, um dos mais renomados do mundo. Possui vasta experiência em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia, tanto em Clínica Médica como em Cirurgia Oncoplástica. Realiza cursos e workshops de Saúde da Mulher, bem como trabalhos voluntários de preparação de gestantes, orientação de adolescentes e prevenção de DST´s. Participou de inúmeros trabalhos ligados à saúde feminina nas mais variadas fases da vida e atua ativamente em programas que visam ao aprimoramento científico. Atualiza-se por meio da participação em cursos, seminários e congressos nacionais e internacionais e produz conteúdo científico para produções acadêmicas.

terça-feira, 15 de agosto de 2023

6 sintomas que não são normais na gravidez

Se enjoos e vômitos estiverem intensos, instala-se um quadro de hiperêmese gravídica, havendo perda de peso e desidratação

 

Em 15 de agosto é celebrado o Dia Nacional da Gestante, uma data dedicada aos cuidados com a gestação e com as diversas transformações que ocorrem no corpo da mulher. 

De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), praticamente 100% das gestantes apresentam de 2 a 3 sintomas em algum momento da gravidez, como sonolência, náuseas, vômitos, inchaço, pequenos corrimentos e sangramentos, entre outros. 

Segundo Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP, membro da FEBRASGO e especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein; as alterações hormonais e fisiológicas, necessárias para o desenvolvimento do bebê, causam desconfortos no organismo da mulher, podendo ser transitórios e típicos de cada fase da gestação. 

“No entanto, estes sintomas deixam de ser considerados comuns quando se tornam intensos, constantes e comprometem a saúde do bebê e da futura mãe, demandando avaliação médica urgente”, alerta Carlos Moraes. 

Abaixo, o médico cita alguns exemplos que não podem ser negligenciados:

 

- Náuseas e vômitos em excesso

Segundo a FEBRASGO, cerca de 70 a 80% das gestantes apresentam náuseas ou a associação de náuseas e vômitos matinais, principalmente no primeiro trimestre de gravidez. “Isso é um sinal de que o corpo está produzindo altos níveis de hormônios, essenciais para a manutenção da gestação”. 

Mas, se os enjoos e vômitos estiverem intensos e incontroláveis, instala-se um quadro de hiperêmese gravídica, que acomete até 2% das gestações. Nesta condição, há perda de peso (mais de 5% do peso corporal pré-gestacional), desidratação e desequilíbrios hidroeletrolíticos e metabólicos. 

“Como a grávida não consegue se alimentar e nem ingerir líquidos, sua saúde fica comprometida, e o bebê, que depende dos nutrientes da mãe, não se desenvolve. Daí a necessidade de internação hospitalar, cujo tratamento consiste na administração intravenosa de líquidos antieméticos, se necessário, bem como de vitaminas e reposição de eletrólitos”, explica Carlos Moraes.

  

- Corrimento anormal

Ter corrimento vaginal na gravidez não indica, necessariamente, uma possível doença ou infecção. Até porque é comum a gestante apresentar um leve corrimento fisiológico. Neste caso, ele costuma ser claro, de pequeno volume, sem cheiro e coceira. 

Entretanto, se o corrimento vier em grande quantidade, tiver uma coloração amarelada, esverdeada ou acinzentada, provocar coceira, cheiro forte, dor ou queimação ao urinar, pode ser sinal de vaginose ou até algum tipo de infecção sexualmente transmissível. “São condições perigosas na gravidez e que requerem tratamento medicamentoso”.  

 

- Sangramentos atípicos

No início da gestação, é comum ter pequenas perdas de sangue pela vagina, sem outros sintomas associados. Isso pode ser, inclusive, sinal de nidação, quando há fixação do óvulo fecundado na parede do útero. 

Porém, algumas características do sangramento vaginal podem indicar complicações, como volume e persistência; presença de coágulos; sangue com dor abdominal ou pélvica; sangue com contrações uterinas frequentes e intensas; sangue com queda da pressão arterial, e nas mulheres que já tiveram aborto espontâneo. 

Segundo Carlos Moraes, no começo da gestação, os sangramentos acompanhados de cólica podem significar abortamento ou gravidez ectópica. Já no final da gravidez, podem indicar possível parto prematuro, placenta prévia, descolamento prematuro da placenta ou ruptura uterina.

“Vale alertar que mesmo sem as características citadas, qualquer sangramento deve ser reportado ao seu médico. Ainda que pareça inofensivo, não significa que ele não possa oferecer riscos à gravidez”, frisa o ginecologista obstetra.   

 

- Vista embaçada e pressão alta

A pré-eclâmpsia pode surgir na segunda metade da gestação, normalmente, após 20 semanas de gravidez. Segundo dados de um recente estudo americano publicado no periódico UpToDate, a pré-eclâmpsia ocorre em 5% a 10% das gestações, sendo que 75% dos casos são leves e 25% são graves. 

Hipertensão arterial após a 20ª semana de gestação; visão embaçada ou dupla; dor abdominal e de cabeça; e perda de proteínas (notada no aumento de espumação da urina) são alguns dos indícios de pré-eclâmpsia.  

 

- Dor ao urinar

De acordo com uma pesquisa do American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG), a cistite acomete cerca de 2% das mulheres grávidas, e está associada a um maior risco de infecção dos rins (pielonefrite) da mãe, além de nascimento prematuro, baixo peso do feto e aumento da mortalidade perinatal. 

“Qualquer tipo de incômodo na região genital que surja ao urinar (dor, ardência, queimação, pontadas) deve ser comunicado ao obstetra”, orienta Carlos Moraes.

 

- Inchaço nas pernas

A maioria das gestantes desenvolve algum grau de edema nas pernas no 3º trimestre de gravidez, devido à retenção de líquidos, que é bastante comum no período. No entanto, edemas nos membros inferiores requerem uma atenção importante, em especial, o chamado “edema assimétrico”, quando uma perna começa a inchar mais do que a outra. 

“Isso porque a gravidez aumenta o risco de trombose venosa profunda (TVP), e um edema assimétrico pode ser o primeiro sinal de que uma veia da perna está sendo obstruída por um trombo (coágulo). A trombose dos membros inferiores é um quadro perigoso, já que ela é o principal fator de risco para a embolia pulmonar”, revela o especialista. 

Além do inchaço assimétrico, outros sinais de TVP do membro inferior são a vermelhidão local, dor, aumento da temperatura da perna acometida e um inchaço “endurecido” ao redor da área trombosada. 

“Vale reforçar a importância de seguir à risca o pré-natal, tirar todas as dúvidas e coletar o máximo de informações possíveis. Desta forma, você conseguirá identificar precocemente uma possível alteração e buscar ajuda médica com mais agilidade, garantindo maior segurança para você e seu bebê”, finaliza Carlos Moraes.


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Todos os dias, mais de 1 milhão de pessoas entre 15 e 49 anos contraem doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), de acordo com dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Isso equivale a mais de 376 milhões de novos casos anuais de doenças como clamídia, gonorreia, tricomoníase e sífilis. “São doenças transmitidas pela relação sexual sem proteção. Com o carnaval se aproximando, época em que muitos caem na folia e abusam do álcool, nunca é demais reforçar a importância do uso de preservativo”, alerta a Dra. Karina Tafner, ginecologista e obstetra, especialista em endocrinologia ginecológica e reprodução humana pela Santa Casa, e especialista em reprodução assistida pela FEBRASGO. Para que você entenda o risco de não se prevenir, a Dra. Karina lista as DSTs e os danos causados à saúde: HIV É a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causadora da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. Sífilis Infecção causada pela bactéria Treponema pallidum. Surge 20 a 30 dias após o contato sexual, como uma úlcera genital indolor. A úlcera desaparece após alguns dias, mas, se não tratada a doença, pode evoluir para estágios mais avançados, podendo levar à morte. Gonorreia Causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. O quadro clínico é variado na mulher, podendo ser “silenciosa” (assintomática), até causar quadro grave de cervicite (inflamação da cerviz, cérvix ou cérvice, que é a parte mais estreita do colo uterino). Tricomoníase É causada pelo protozoário Trycomona vaginalis. Na mulher, causa corrimento esverdeado, abundante e fétido. Não há sintomas em homens. Clamídia Bactéria que pode causar desde um discreto corrimento até Doença Inflamatória Pélvica, que se caracteriza por febre e intensa dor pélvica. Se não tratada, pode evoluir para sepse e morte. Condiloma acuminado É causada pelo Human Papiloma Vírus (HPV), que está relacionada ao câncer de colo do útero e ao câncer do pênis. Na vulva e no pênis, se caracteriza por pequenas verrugas. Herpes simples Infecção viral que se manifesta através do surgimento de pequenas bolhas muito doloridas ao redor da boca ou dos lábios genitais, que estouram e formam lesões crostosas. Cancro mole Causada pela bactéria Haemophilus ducrey. O quadro clínico se caracteriza pelo aparecimento de lesões dolorosas na região genital. A secreção dessas feridas pode contaminar diretamente, sem ter relações sexuais, outras pessoas e outras partes do corpo. Mycoplasma genitalium É uma bactéria de transmissão sexual que causa doença semelhante à clamídia e à gonorreia, mas com uma secreção mais transparente. Hepatite B e hepatite C São transmitidas, principalmente, pelo contato com sangue contaminado, mas também por relação sexual. A transmissão sexual da hepatite C é pouco frequente, com menos de 3% em parceiros estáveis, mas ocorre em pessoas com múltiplos parceiros, sem uso de preservativo. Além disso, a coexistência de alguma DST – inclusive o HIV – é um importante facilitador dessa transmissão. HTLV (Vírus Linfotrópico T humano) Há dois subtipos: HTLV-1, que pode causar um quadro raro de leucemia e de doenças neurológicas, e o HTLV-2, com quadro clínico ainda não estabelecido. “A maneira mais eficaz de evitar uma DST é utilizar a camisinha, tanto a feminina quanto a masculina, seja no sexo anal, vaginal e oral”, reforça Karina Tafner.


Todos os dias, mais de 1 milhão de pessoas entre 15 e 49 anos contraem doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), de acordo com dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Isso equivale a mais de 376 milhões de novos casos anuais de doenças como clamídia, gonorreia, tricomoníase e sífilis.

“São doenças transmitidas pela relação sexual sem proteção. Com o carnaval se aproximando, época em que muitos caem na folia e abusam do álcool, nunca é demais reforçar a importância do uso de preservativo”, alerta a Dra. Karina Tafner, ginecologista e obstetra, especialista em endocrinologia ginecológica e reprodução humana pela Santa Casa, e especialista em reprodução assistida pela FEBRASGO.

Para que você entenda o risco de não se prevenir, a Dra. Karina lista as DSTs e os danos causados à saúde:

HIV
É a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causadora da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+.


Sífilis
Infecção causada pela bactéria Treponema pallidum. Surge 20 a 30 dias após o contato sexual, como uma úlcera genital indolor. A úlcera desaparece após alguns dias, mas, se não tratada a doença, pode evoluir para estágios mais avançados, podendo levar à morte.


Gonorreia
Causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. O quadro clínico é variado na mulher, podendo ser “silenciosa” (assintomática), até causar quadro grave de cervicite (inflamação da cerviz, cérvix ou cérvice, que é a parte mais estreita do colo uterino).


Tricomoníase
É causada pelo protozoário Trycomona vaginalis. Na mulher, causa corrimento esverdeado, abundante e fétido. Não há sintomas em homens.


Clamídia
Bactéria que pode causar desde um discreto corrimento até Doença Inflamatória Pélvica, que se caracteriza por febre e intensa dor pélvica. Se não tratada, pode evoluir para sepse e morte.


Condiloma acuminado
É causada pelo Human Papiloma Vírus (HPV), que está relacionada ao câncer de colo do útero e ao câncer do pênis. Na vulva e no pênis, se caracteriza por pequenas verrugas.


Herpes simples
Infecção viral que se manifesta através do surgimento de pequenas bolhas muito doloridas ao redor da boca ou dos lábios genitais, que estouram e formam lesões crostosas.


Cancro mole
Causada pela bactéria Haemophilus ducrey. O quadro clínico se caracteriza pelo aparecimento de lesões dolorosas na região genital. A secreção dessas feridas pode contaminar diretamente, sem ter relações sexuais, outras pessoas e outras partes do corpo.


Mycoplasma genitalium
É uma bactéria de transmissão sexual que causa doença semelhante à clamídia e à gonorreia, mas com uma secreção mais transparente.


Hepatite B e hepatite C
São transmitidas, principalmente, pelo contato com sangue contaminado, mas também por relação sexual. A transmissão sexual da hepatite C é pouco frequente, com menos de 3% em parceiros estáveis, mas ocorre em pessoas com múltiplos parceiros, sem uso de preservativo. Além disso, a coexistência de alguma DST – inclusive o HIV – é um importante facilitador dessa transmissão.


HTLV (Vírus Linfotrópico T humano)
Há dois subtipos: HTLV-1, que pode causar um quadro raro de leucemia e de doenças neurológicas, e o HTLV-2, com quadro clínico ainda não estabelecido.

“A maneira mais eficaz de evitar uma DST é utilizar a camisinha, tanto a feminina quanto a masculina, seja no sexo anal, vaginal e oral”, reforça Karina Tafner.


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