Entidade reforça atenção especial à pessoa idosa sobre o uso indiscriminado e destaca o papel fundamental das famílias e cuidadores nesta problemática
A data de 5 de maio é conhecida como o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, que possui como objetivo alertar a população sobre os perigos da automedicação e enfatizar a importância de utilizar medicamentos com a dosagem adequada. É preciso compreender que o uso racional de medicamentos é essencial para manter a qualidade de vida. Portanto, é fundamental evitar a automedicação e seguir as orientações médicas para garantir a eficácia do tratamento e evitar riscos à saúde.
O uso indiscriminado de medicamentos pode acarretar à resistência antimicrobiana, causar efeitos colaterais adversos, dependência, intoxicação, agravar e mascarar diagnósticos de doenças e maiores custos financeiros para o paciente e o sistema de saúde.
De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas, por ano, aproximadamente 20 mil pessoas morrem em decorrência de complicações relacionadas à automedicação. O geriatra da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dr. Marcos Cabrera, chama atenção para esta data: “É importante estabelecer uma data para alertar sobre o uso racional de medicamentos, uma vez que o medicamento tem, no senso comum e na história da medicina, de resolver problemas, aliviar sofrimentos, diminuir dificuldades. No entanto, nem sempre é assim. Eu diria que todos os medicamentos têm um potencial de gerar problemas se não bem administrados.”
Além disso, o especialista alerta para diversas dificuldades que as pessoas idosas têm de fazer o uso racional dos medicamentos, entre eles o alto custo dos remédios e a polifarmácia. Ele explica que muitos idosos tomam polifarmácia, isto é, cinco medicamentos ou mais. “É algo complexo, porque a mistura dos medicamentos podem atrapalhar. Além disso, outro obstáculo é o custo dos medicamentos. Muitas vezes o indivíduo ganha aposentadoria para pagá-los. E outra questão que dificulta são os efeitos colaterais que ficam subliminares, como má nutrição, má concentração, um pouco de tontura, entre outros”, observa.
Por fim, o Dr. Cabrera reitera a importância da
família e dos cuidadores das pessoas idosas de garantir que eles tenham a
condição de fazer uso adequado do medicamento. “Não significa fazer por eles, porque tem que ser
respeitado também a questão da autonomia. É importante avaliar se eles possuem
esta capacidade ou não. Em caso de incapacidade, é necessário fazer uma
vigilância um pouco mais à distância, como uma vez por semana, por exemplo,
checar o consumo de medicamentos, verificando se está adequado ou não por meio
da quantidade encontrada.”
Sociedade
Brasileira de Geriatria e Gerontologia – SBGG
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