Automedicação pode trazer riscos, como alergias e efeitos colaterais Créditos: Envato |
Casos aumentam nos dias frios; comportamento pode desencadear problemas de saúde mais graves
Mesmo
faltando um mês para o início do inverno (21 de junho), a frente fria que
chegou ao Brasil baixou as temperaturas, já mostrando a cara da próxima
estação. Como o frio e os ambientes mais fechados favorecem a transmissão de
infecções virais, muita gente tira, além de casacos e cobertores do armário, os
medicamentos para gripes e resfriados. Mas é preciso cuidar, porque embora eles
tenham livre acesso nas farmácias, podem trazer alguns riscos.
Uma
pesquisa do Instituto Datafolha indica que o número de pessoas com 16 anos ou
mais que tomam remédios por conta própria passou de 76% em 2014 para 89% em
2022. E entre os medicamentos mais consumidos livremente estão os indicados
para gripe, resfriado, febre, tosse e dores de cabeça e barriga. “A
automedicação sempre é um risco e mesmo os remédios mais comuns podem provocar
alergias, efeitos colaterais ou interação com outros medicamentos. O ideal é
sempre conversar com um médico antes de recorrer a esses remédios”, explica a
médica da família e coordenadora do Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação dos
Hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, Maira Loeisch. “Nos
casos de sintomas como febre alta que não melhora, dificuldade para respirar,
manchas na pele e fadiga, é fundamental procurar atendimento médico”,
complementa.
Alerta
O
frio não age diretamente no sistema imunológico, mas pode ser um fator
importante para gripes e resfriados. Isso acontece porque em dias mais gelados,
a tendência é que as pessoas se concentrem em ambientes mais fechados, o que,
aliado ao ar seco e frio, facilita o aumento de doenças respiratórias.
Para
evitar gripes e resfriados, a médica orienta que é importante usar roupas
adequadas para manter o corpo aquecido. Outro alerta importante é tomar
cuidados também em casa, que acaba ficando menos arejada, para evitar mofo e
áreas úmidas. “É preciso seguir com as recomendações dadas durante a pandemia,
como higienização constante das mãos com álcool em gel. Boa alimentação, hidratação
e higiene nasal com soro fisiológico auxiliam a evitar quadros respiratórios”,
acrescenta Maira.
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