Principalmente as mulheres dos 30 aos 34 anos, com 69% das participantes.
Cerca de 23 milhões de gestações em todo o mundo terminam em aborto espontâneo a cada ano; conforme demonstram estimativas publicadas na revista médica The Lancet em 26 de abril de 2021. No entanto, nem sempre as mulheres recebem o apoio e o cuidado adequados após tão grande perda. Especialmente quando passam pelo procedimento de curetagem, que não é fácil, e é muito doloroso. Muitas vezes, após passar por ele, as pacientes são simplesmente instruídas a “apenas tentar novamente”.
E
por isso, conforme constatou o Trocando
Fraldas em seu mais
recente estudo, 63% das brasileiras acreditam que a saúde pública não está
preparada para lidar com mulheres que sofrem perda gestacional, e precisam
fazer curetagem. Principalmente as mulheres dos 30 aos 34 anos, com 69% das
participantes, seguido das mulheres dos 35 aos 44 anos, com 68% das
respondentes.
Os
dados por estados demonstram que no Espírito Santo, 77% das participantes
concordam com a falta de preparo da saúde pública. No Rio de Janeiro, 72%
acreditam nesta afirmação. E em São Paulo, 67% das participantes concordam que
o SUS não está preparado para lidar com mulheres que sofrem aborto e passam
pela curetagem.
Um
dos motivos da falta de preparo da saúde pública deve-se ao fato de que em
alguns hospitais, o procedimento da curetagem é feito em conjunto com o setor
da maternidade. Isso pode aumentar ainda mais a tristeza da mulher em relação à
sua perda. E 45% das participantes acreditam que este não é o melhor
acolhimento para quem passa por uma situação de perda gestacional.
Principalmente as mulheres dos 18 aos 24 anos, com 47% das entrevistadas.
No
Rio de Janeiro e em Minas Gerais, 49% das participantes concordam que este não
é o melhor tipo de acolhimento. No Paraná e no Rio Grande do Sul, 47% e 46%,
respectivamente, concordam com esta afirmação. Já em São Paulo e Santa
Catarina, o percentual de mulheres que concordam que este não é o melhor
acolhimento é de 43%.
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