Em
primeiro campeonato indoor que o país sedia na pandemia, seleção brasileira já
garantiu nove ouros, duas pratas e cinco bronzesCuidados do protocolo de saúde precisam ser respeitados integralmente
Créditos: Abelardo Mendes
A ginástica brasileira rítmica e de
trampolim competem a partir desta sexta-feira (11) no Pan-Americano que está
sendo realizado no Brasil. A equipe artística competiu no último fim de semana
e conquistou o primeiro lugar na competição, com 16 medalhas e um índice para
os Jogos Olímpicos de Tóquio. O evento esportivo é o primeiro campeonato indoor
de grande porte realizado totalmente em território nacional desde o início da
pandemia, em março do ano passado, por isso os protocolos de saúde devem ser
ainda mais rigorosos.
Para o médico do esporte do Hospital
Marcelino Champagnat, Pedro Murara, a importância de um protocolo de saúde é
fundamental para que não haja um surto de contaminação de Covid-19 entre os
atletas e membros das comissões técnicas. “Os organizadores devem reproduzir
todos os cuidados que a sociedade em geral já tem tomado há mais de um ano,
alinhados obviamente à realidade da ginástica, com o uso constante de máscaras,
exceto para atletas durante apresentação; aplicação responsável do álcool em
gel e o distanciamento social entre as bolhas de convívio. Além disso, houve a
proibição do compartilhamento de equipamentos de treinamento e garrafas de água
entre os profissionais, assim como o contato entre atletas de diferentes
países, que costuma acontecer quando reunimos diversas culturas em um mesmo
evento”, afirma o especialista.
Cuidados com a saúde
Mesmo por se tratar de um grupo que possui
um alto preparo físico e uma baixa presença de comorbidades, Murara ressalta
que os cuidados do protocolo de saúde precisam ser respeitados integralmente.
“A delimitação dos espaços para evitar aglomerações é essencial para que não
haja a contaminação pelas gotículas expelidas durante a fala e a tosse”,
explica o médico.
Tais precauções já fazem parte da
rotina da atleta da Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica Individual, Barbara
Domingos, que vai competir neste fim de semana. Medalhista de prata nos Jogos
Pan-Americanos de Lima, a atleta já presenciou outros eventos no mesmo formato,
com cuidado redobrado e bons resultados dentro e fora dos tablados. “Somente
neste ano, já viajei para torneios em Sófia (Bulgária), Tashkent (Uzbequistão)
e Baku (Azerbaijão). Tendo presenciado cada um deles, acredito que a ginástica
já consegue se adequar aos protocolos e eu me sinto segura, pois como atleta,
meu corpo é minha ferramenta de trabalho. Além disso, fico feliz de que o
Pan-Americano seja na minha casa, no Brasil, ainda mais valendo uma vaga para
as Olimpíadas”, comemora a ginasta de 21 anos.
Para os atletas, o cuidado com a saúde
começou muito antes da chegada da pandemia mundial. “Nós precisamos estar na
melhor forma possível, em todos os sentidos. Por isso, além dos cuidados com a
Covid-19, que se tornou a pauta principal da saúde mundial, os atletas vivem
uma rotina de cuidados com diversas outras doenças e problemas que podem
atrapalhar nosso desenvolvimento e carreira”, conta Barbara.
Neste Pan-Americano, por exemplo,
Barbara apostou em um cuidado multifatorial a partir do uso de alinhadores
transparentes, que cuidam da saúde bucal da atleta, além de garantir a estética
do sorriso para as apresentações. “Como na ginástica nós sempre saltamos e
também trabalhamos com aparelhos, como a bola, arco e maça, nossa própria
ferramenta de trabalho se tornava um risco, já que, em uma queda ou erro com os
objetos, eu poderia me machucar se usasse o tratamento ortodôntico com
bráquetes. Sem contar que, esteticamente, o alinhador transparente é ideal
durante as apresentações, pois não interfere na expressão facial”, completa a
atleta.
“O ideal é que o paciente use os
alinhadores 22 horas por dia, retirando somente nas refeições, além de ser
transparente e ter um formato mais anatômico, não apresenta risco de ferir a
boca e pode ser usado em apresentações de ginástica ou até mesmo em jogos de
futebol, por exemplo”, complementa a dentista responsável pelo processo e
especialista em alinhadores ClearCorrect, Isabela Shimizu.
Para garantir uma vaga em Tóquio, a
aposta da ginasta foi no samba para encantar o público. “Eu venho pra esse Pan
com uma série de arco inspirada no samba e, com a vinda da competição para o
Rio de Janeiro, me sinto ainda mais inspirada e honrada em buscar essa vaga com
um elemento tão brasileiro. E espero poder sambar nos tablados de Tóquio em
breve”, finaliza.
ClearCorrect
Hospital Marcelino Champagnat
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