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sexta-feira, 18 de junho de 2021

Estudo feito por alergistas do HSPE revela principais causas da anafilaxia

Foto: Banco de Imagens
Tema de destaque na Semana Mundial de Alergia deste ano, a anafilaxia pode levar jovens e pessoas sem comorbidades à morte. Casos da doença ganham cada vez mais espaço nas manchetes em todo mundo

 

Estudo realizado por especialistas do serviço de Alergia e Imunologia do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) mostrou as principais causas da anafilaxia, doença alérgica grave que pode levar o paciente à morte. O estudo avaliou os históricos clínicos de 26 pacientes, com idade média de 39 anos, que apresentaram quadro de anafilaxia no período de fevereiro de 2016 a fevereiro de 2020. Dentre as reações, 46,1% foram provocadas por medicação e 38,5% causadas por alimentos.

A anafilaxia é uma doença que se manifesta em qualquer idade, podendo ser mais grave em pacientes com asma não controlada, gestantes, pessoas com transtornos mentais ou que fazem ingestão de álcool e drogas. As causas mais comuns da doença são medicamentos, alimentos, látex e veneno de insetos.

Segundo a especialista responsável pelos testes ambulatoriais de Alergia e Imunologia Clínica do HSPE, Dra. Marisa Rosimeire Ribeiro, o risco de uma mesma pessoa ter a reação alérgica mais de uma vez ao longo de 15 a 25 anos é de 26,5 a 54%. "Isso mostra a necessidade de tratamento especializado para pacientes com anafilaxia. A maioria dos casos é visto pela primeira vez por médicos de emergência ou clínicas gerais, mas apenas 50% são encaminhados para investigação ou tratamento", explica.

O diagnóstico da anafilaxia é clínico com base nos sintomas em vários órgãos e tecidos do corpo que podem causar alterações na pele, além de sintomas respiratórios, gastrointestinais e cardiovasculares. A maneira mais comum de tratar a doença é por meio da aplicação imediata de adrenalina no músculo lateral da coxa. Especialistas afirmam que a demora na aplicação da medicação é o maior fator associado à mortalidade e sequelas.

Nos casos de pacientes com históricos de alergia, especialistas orientam evitar o agente causal indicando ainda tratamentos como a imunoterapia específica contra alérgenos e a dessensibilização, tratamento que consiste na administração de doses crescentes de determinado alérgeno. Ambos podem ser feitos somente em ambiente hospitalar.



Anafilaxia e a vacina contra a Covid-19

De acordo com a Dra. Marisa Ribeiro do HSPE, a maioria dos pacientes alérgicos a medicamentos ou a alimentos não tem alergia a algum componente específico da vacina contra Covid-19. Ela ressalta, porém, que os pacientes com diagnóstico de anafilaxia têm a necessidade de acompanhamento com um médico especialista em alergia e imunologia para decidir se o imunizante deve ou não ser aplicado.



Cartilha para pacientes sobre a anafilaxia

Por se tratar de uma doença grave e que pode levar jovens e pessoas sem comorbidades à morte, especialistas do serviço de Alergia e Imunologia do HSPE, que conta com um serviço especializado na área, criaram uma cartilha para pacientes com informações e orientações de primeiros socorros nos casos de anafilaxia.

A cartilha de primeiros socorros de anafilaxia pode ser acessada por meio do site do Iamspe.




Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo - Iamspe

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