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desde 1962, o órgão já concedeu 1.134 auxílios à pesquisa e 1.458 bolsas ao
Instituto Butantan
A terceira fase do ensaio clínico da CoronaVac no Brasil, que
testou a eficácia da vacina em cerca de 13 mil profissionais de saúde, contou
com o apoio de R$ 32,5 milhões da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de
São Paulo (FAPESP). Parceira do Butantan desde o ano de sua fundação, em 1962,
a FAPESP já concedeu 1.134 auxílios à pesquisa (54 em andamento) e 1.458 bolsas
(82 em andamento) à instituição.
O sucesso da pesquisa da CoronaVac levou à aprovação emergencial
da vacina pela Anvisa em de janeiro de 2021 e, atualmente, de cada dez pessoas
vacinadas no Brasil, sete recebem a vacina do Butantan*. O suporte financeiro
da FAPESP foi estendido para outros projetos voltados ao combate da pandemia.
Entre eles, o Projeto S, ensaio clínico realizado em Serrana (SP) para avaliar
a eficiência da vacinação em nível populacional; o soro anticoronavírus feito a
partir do plasma de cavalos, que tem o objetivo de amenizar os sintomas da
doença em pessoas infectadas; e a ButanVac, a primeira vacina contra a Covid-19
produzida integralmente no Brasil.
O Instituto Butantan
implementou ainda uma Rede de Alerta para detectar as variantes emergentes do
SARS-CoV-2 no Estado de São Paulo, o que resultou na descoberta da variante de
Sorocaba em março deste ano, e está estudando como o coronavírus age em
diferentes tipos de células humanas (dos neurônios às células do sistema
imunológico, entre outras). A pesquisa em questão tem o intuito de descobrir
novas estratégias terapêuticas contra a doença. “Em linhas gerais, ao
descobrir o alvo do vírus, podemos desenvolver uma molécula que reverta esse
fenômeno”, diz Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, diretora do Centro de
Desenvolvimento e Inovação do Butantan. Esse é o primeiro passo, de acordo com
Tavassi, para o desenvolvimento de um antiviral.
Todas as amostras colhidas
dos voluntários, tanto dos moradores de Serrana quanto dos profissionais de
saúde que participaram da fase 3 da CoronaVac, serão armazenadas futuramente no
Centro de Recursos Biológicos Butantan (CRBB), outro projeto que recebeu o
apoio da FAPESP. Chamado pelos cientistas do Butantan de biobanco, trata-se de
um biorrepositório de células e microrganismos com o objetivo de centralizar o
armazenamento de linhagens celulares humanas e animais, assim como manter um
“backup” das cepas utilizadas na produção de imunobiológicos do
Instituto.
A pesquisadora Ana Marisa
explica a importância desse avanço para a saúde pública. “Isso significa que já
teremos as células para a produção de um antígeno (vírus, bactérias, etc.) ou o
próprio antígeno para a criação de uma vacina, só para citar um exemplo. Desta
forma, nossa resposta será mais rápida diante de uma nova pandemia”, afirma a
cientista. “De 1962 para cá, os projetos fomentados e apoiados pela FAPESP no
Butantan resultaram em benefícios diretos à população. Não só à do estado, como
à de todo o país. Por isso, só temos a agradecer”, conclui Dimas Covas,
presidente do Instituto Butantan.
*Fonte: Veja/Ministério da Saúde/11.05.2021
Os processos ligados às
pesquisas citadas estão disponíveis na Biblioteca
Virtual
da FAPESP. Para mais informações, entre em contato com: imprensa@butantan.gov.br.
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