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segunda-feira, 7 de junho de 2021

ESTUDO DA CORONAVAC RECEBEU APOIO DE R$ 32,5 MILHÕES DA FAPESP

Parceiros desde 1962, o órgão já concedeu 1.134 auxílios à pesquisa e 1.458 bolsas ao Instituto Butantan

 

A terceira fase do ensaio clínico da CoronaVac no Brasil, que testou a eficácia da vacina em cerca de 13 mil profissionais de saúde, contou com o apoio de R$ 32,5 milhões da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Parceira do Butantan desde o ano de sua fundação, em 1962, a FAPESP já concedeu 1.134 auxílios à pesquisa (54 em andamento) e 1.458 bolsas (82 em andamento) à instituição. 


O sucesso da pesquisa da CoronaVac levou à aprovação emergencial da vacina pela Anvisa em de janeiro de 2021 e, atualmente, de cada dez pessoas vacinadas no Brasil, sete recebem a vacina do Butantan*. O suporte financeiro da FAPESP foi estendido para outros projetos voltados ao combate da pandemia. Entre eles, o Projeto S, ensaio clínico realizado em Serrana (SP) para avaliar a eficiência da vacinação em nível populacional; o soro anticoronavírus feito a partir do plasma de cavalos, que tem o objetivo de amenizar os sintomas da doença em pessoas infectadas; e a ButanVac, a primeira vacina contra a Covid-19 produzida integralmente no Brasil. 


O Instituto Butantan implementou ainda uma Rede de Alerta para detectar as variantes emergentes do SARS-CoV-2 no Estado de São Paulo, o que resultou na descoberta da variante de Sorocaba em março deste ano, e está estudando como o coronavírus age em diferentes tipos de células humanas (dos neurônios às células do sistema imunológico, entre outras). A pesquisa em questão tem o intuito de descobrir novas estratégias terapêuticas contra a doença. “Em linhas gerais, ao descobrir o alvo do vírus, podemos desenvolver uma molécula que reverta esse fenômeno”, diz Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, diretora do Centro de Desenvolvimento e Inovação do Butantan. Esse é o primeiro passo, de acordo com Tavassi, para o desenvolvimento de um antiviral. 


Todas as amostras colhidas dos voluntários, tanto dos moradores de Serrana quanto dos profissionais de saúde que participaram da fase 3 da CoronaVac, serão armazenadas futuramente no Centro de Recursos Biológicos Butantan (CRBB), outro projeto que recebeu o apoio da FAPESP. Chamado pelos cientistas do Butantan de biobanco, trata-se de um biorrepositório de células e microrganismos com o objetivo de centralizar o armazenamento de linhagens celulares humanas e animais, assim como manter um “backup” das cepas utilizadas na produção de imunobiológicos do Instituto. 


A pesquisadora Ana Marisa explica a importância desse avanço para a saúde pública. “Isso significa que já teremos as células para a produção de um antígeno (vírus, bactérias, etc.) ou o próprio antígeno para a criação de uma vacina, só para citar um exemplo. Desta forma, nossa resposta será mais rápida diante de uma nova pandemia”, afirma a cientista. “De 1962 para cá, os projetos fomentados e apoiados pela FAPESP no Butantan resultaram em benefícios diretos à população. Não só à do estado, como à de todo o país. Por isso, só temos a agradecer”, conclui Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan. 

 


*Fonte: Veja/Ministério da Saúde/11.05.2021

 

Os processos ligados às pesquisas citadas estão disponíveis na Biblioteca Virtual da FAPESP. Para mais informações, entre em contato com: imprensa@butantan.gov.br



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