A relação entre escola e tecnologia
gerou muitas discussões a medida em que novas ferramentas se tornavam cada vez
mais presentes no dia a dia, mas ainda alheias à sala de aula. Com a pandemia,
antes mesmo que pudesse analisar melhor a inclusão digital nas instituições, o
ambiente virtual foi visto como uma saída diante das medidas emergenciais do
isolamento social.
De acordo com a última pesquisa TIC
Educação realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), 93% dos
alunos afirmaram ter utilizado a internet em pesquisas para trabalhos
escolares. Isto ainda em 2019. Enquanto isso, grande parte dos professores
mencionaram dificuldades como número insuficiente de computadores, baixa
conexão e equipamentos obsoletos para trabalhar digitalmente. Além disso, 93%
dos educadores relataram se manter atualizados sobre o uso de tecnologias
sozinhos.
Foi com pouca experiência tecnológica
que as escolas brasileiras enfrentaram o cenário educacional pandêmico e isso
refletiu na qualidade das aulas. “Em um primeiro momento do isolamento social,
as instituições repetiram o modelo de aula tradicional dentro do online. Com o
tempo, ficou claro que isso não funcionava e que seria necessário pensar em
novos modelos”, afirma Cláudio Falcão, diretor do Sistema de Ensino pH,
um sistema presente em escolas em todo o país e que fornece soluções
educacionais.
Para ele, a pandemia rompeu
paradigmas e provou que é possível passar informação por meio de aulas online.
Agora, é necessário que as famílias compreendam que o ambiente digital não
substituirá o papel professor e nem o papel da escola no presencial. “O
professor é o mediador na busca pelo conhecimento e isso fica muito mais fácil
quando há facilitadores digitais”, completa.
Mais do que equipamentos, os pais
devem analisar se a escola tem um planejamento tecnológico que dialoga com
formatos de aula que se diferenciem da tradicional aula expositiva. “A máquina
é uma ferramenta que auxilia no processo, mas sozinha não faz um bom ensino
online. Ela deve auxiliar na aplicação de metodologias ativas, a colocar o
aluno no centro no processo de ensino-aprendizagem.”
Em 2020, o Sistema pH apresentou o
Learning Book, uma ferramenta que além de dar acesso aos estudantes a todo
material digitalmente, fornece aos professores e gestores uma série de dados
que possibilita um acompanhamento minucioso do aprendizado mesmo à distância.
“O Learning Book não é um computador comum, ele é um computador
pedagógico. Então, se o professor passa um texto para ser lido
antes da aula, ele conseguirá por meio dessa ferramenta acompanhar quantos
alunos leram efetivamente”, explica Falcão.
O diretor enfatiza que as famílias
devem ter um olhar crítico para estruturas tecnológicas que não estão
acompanhadas de planejamento e que não dialogam com as aulas. “Essas
ferramentas devem principalmente facilitar os processos educacionais”, conclui.
Sistema de Ensino pH
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