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quinta-feira, 13 de maio de 2021

Por trás da pirâmide financeira: entenda como funciona uma das fraudes que mais cresce no país

Especialista alerta que este tipo de golpe pode ser muito profissional e apresenta dicas para identificar empresas e esquemas de fachada 

 

 

A chamada pirâmide financeira é um dos golpes mais antigos que existe, e até por isso, também um dos mais elaborados. Diferente do conhecido marketing multinível, o esquema, considerado fraudulento, consiste em uma empresa que tem como principal fonte de receita a entrada de novos membros mediante ao pagamento de uma taxa: bitcoin, criptomoedas ou qualquer coisa que tenha grande variação de preço, acabam servindo como isca e pano de fundo para negócios de fachada, que disfarçados de instituições financeiras legalizadas, prometem ganhos astronômicos em curto espaço de tempo. Algumas inovações no formato também devem ser motivo de atenção: mais recentemente, a pirâmide tem vindo disfarçada de roda, mandala, bolha, mas todas com o mesmo funcionamento, que faz perder dinheiro.

 

O especialista em renda variável da Me Poupe! e analista CNPI, Eduardo Mira, já foi vítima de um golpe há cerca de 10 anos: “Claro que ainda não havia me especializado, muito menos conquistado minhas credenciais, mas levo essa experiência pra minha carreira, repassando também todo este ensinamento aos meus alunos e seguidores”, comenta. A armadilha, nesse caso, estava disfarçada de um site de leilões de centavos americano “Não parecia um esquema de pirâmide, parecia uma proposta bacana. No fim, a Comissão de Segurança e Câmbio dos EUA fechou tudo. Perdi mais de 2 mil dólares”, relatou. Estima-se que mais de um milhão de pessoas em todo o mundo tenham caído nessa mesma fraude, com prejuízo estimado em 900 milhões de dólares. 

 

Mas afinal, como fazer para distinguir uma pirâmide de um serviço regular de investimentos? Eduardo diz que a primeira pista é entender que somente renda fixa garante rentabilidade. “Somente a renda fixa pode garantir rentabilidade baseada na taxa SELIC -, que hoje está em 3,50% ao ano. Se você receber uma oferta de 2,3,5 ou 10% ao mês, desconfie, pois certamente é um golpe, ainda mais se a promessa estiver ligada à renda variável, como criptomoedas, bitcoin, trade ou a ações e fundos imobiliários - todos estes tipos de investimento possuem variação e ninguém pode prometer rentabilidade garantida em ativos de renda”, finaliza.

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