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sexta-feira, 14 de maio de 2021

Meningite também é assunto para os adolescentes

Jovens podem ser transmissores assintomáticos da meningite bacteriana, enfermidade de rápida evolução, que pode deixar sequelas graves e precisa ser diagnosticada rapidamente

 

Antes da pandemia, a meningite era a doença mais temida pelos pais de crianças pequenas1. Atualmente, só perde para o vírus que parou o mundo: SARS-COV2, que causa a COVID-192. E este receio não é sem motivo: estima-se que 1,2 milhão de pessoas contraiam a doença meningocócica a cada ano3.

A doença meningocócica é imprevisível e pode evoluir rapidamente, levando à morte em até 24 horas, o que torna a imunização essencial para evitar esse fim4,5. Por isso a conscientização sobre a prevenção da doença por meio da vacinação, bem como do rápido diagnóstico e tratamento para evitar que as pessoas contaminadas precisem lidar com os efeitos potencialmente graves causados pela meningite bacteriana. 

A meningite pode ter diferentes causas: fungos, bactérias e vírus podem provocar uma infecção que inflama as membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Casos mais graves são geralmente causados por bactérias, entre elas a Neisseria meningitidis (meningococo) que causa a meningite meningocócica. Existem vários tipos – ou sorogrupos – de meningococo. A maior parte dos casos em todo o mundo são causados ​​por cinco sorogrupos: A, B, C, W e Y6,7. 

No Brasil, em 2018 foram registrados 1.117 casos de doença meningocócica, com uma taxa de letalidade de 20%, de acordo com o Ministério da Saúde12. Além disso, a Organização Mundial da Saúde e estudos recentes estimam que cerca de 10 a 30% das pessoas com meningite meningocócica ficam com sequelas e, se não tratadas, até 80% podem morrer13, 14. 

A meningite acomete pessoas de todas as faixas etárias e, no Brasil, as crianças menores de 5 anos são as mais atingidas. Elas correspondem a 30% dos casos notificados nos últimos anos no Brasil, sendo que a maioria tem até um ano de idade10,11. Além disso, estima-se 23% dos jovens sejam portadores assintomáticos do meningococo e, mesmo sem adoecer, podem transmitir a bactéria para outras pessoas8. 

Como o contágio do meningococo acontece por meio do contato com gotículas e secreções de pessoas infectadas, a chance de contaminação é maior entre residentes da mesma casa, pessoas que compartilham o mesmo dormitório ou comunicantes de creches e escolas9.


Prevenção é o caminho mais seguro

A pandemia causou a queda dos índices de vacinação da população, especialmente quando falamos de saúde infantil e de proteção contra as enfermidades infecciosas mais frequentes na infância. Um levantamento realizado pelo IBOPE revelou que 29% dos pais adiaram a vacinação dos filhos após o surgimento da pandemia. Destes, 9% planejam levar os filhos para vacinar somente quando a pandemia acabar. As regiões Norte e Centro Oeste destacam-se da média: 40% das famílias atrasaram a imunização2. 

“A vacinação contra a meningite merece atenção especial no Brasil e no mundo, especialmente, para crianças e pacientes de risco. Proteger os jovens também é importante, visto que, por serem assintomáticos, podem contaminar outras pessoas que desenvolvem os sintomas” explica Márjori Dulcine, Diretora Médica da Pfizer Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima a imunização evite entre 2 e 3 milhões de mortes por ano15. Vale ressaltar que todas as vacinas disponíveis no Brasil são aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e diversas são oferecidas gratuitamente pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).A vacina meningocócica conjugada C é oferecida às crianças nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e às pessoas com condições de risco à enfermidade nos Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). A vacina meningocócica ACWY é disponibilizada pelo SUS aos adolescentes de 11 e 12 anos e nos CRIE para algumas condições de risco. Esta vacina também está disponível nas clínicas privadas, assim como a vacina meningocócica B16, 17.

 


Pfizer

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Referências:

1. IBOPE Conecta. Pesquisa “Doenças infectocontagiosas nos dois primeiros anos de vida: mitos e temores dos pais”. 2018.

2. IBOPE Inteligência. Pesquisa “Impacto da Pandemia nos Lares Brasileiros: Como as Famílias Estão Lidando Com a Nova Realidade” 2020.

3. Jafri R.Z. et al (2013) Global epidemiology of invasive meningococcal disease. Popul Health Metr 2013 Sep 10;11(1):17

4. Centers for Disease Control and Prevention. Meningococcal Disease. April 2017. Disponível em: https://www.cdc.gov/meningococcal/downloads/17-275138A-MeningococcalDis-FS.pdf. [Acessado em Abril de 2021]

5. Meningitis Research Foundation. Meningococcal Meningitis and Septicaemia: Guidance Notes. Disponível em: https://www.meningitis.org/getmedia/cf777153-9427-4464-89e2-fb58199174b6/gp_booklet-UK-sept-16 . [Acessado em Abril de 2021]

6. Vigilância em Saúde. Prefeitura de São Paulo. Meningites. Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude/doencas_e_agravos/meningite/index.php?p=6275 [Acessado em Abril de 2021]

7. Família SBIm – Meningite Meningocócica. Disponível em: https://familia.sbim.org.br/doencas/meningite-meningococica [Acessado em Abril de 2021]

8. Christensen H, May M, Bowen L, Hickman M, Trotter CL. Meningococcal carriage by age: a systematic review and meta-analysis. Lancet Infect Dis. 2010;10(12):853-61.

9. Família SBIm – Doença Meningocócica. Disponível em: https://familia.sbim.org.br/doencas/doenca-meningococica-dm [Acessado em Abril de 2021]

10. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde, 2016. Disponível em: https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/agosto/25/GVS-online.pdf [Acessado em Abril de 2021]

11. DATASUS. Casos confirmados de Doença Meningocócica (MCC, MM, MM+MC) de 2010 a 2019, por ano faixa etária, notificados no SINAN. Atualizado em março de 2020. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/meninbr.def [Acessado em abril 2020]

12. Ministério da Saúde. Sinan/SVS/DEVIT/CGDT. Casos confirmados, óbitos, incidência (por 100.000 habitantes) e letalidade (%) por tipo de meningite. Brasil, 2010 a 2018* (Atualizados em abr/2019). Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/abril/25/tabela-dados-2010-2018-site.pdf [Acesso em abril 2021]

13. World Health Organization. Meningococcal Meningitis. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/meningococcal-meningitis [Acesso em abril 2021]

14. Parikh SR, Campbell H, Bettinger JA, Harrison LH, Marshall HS, Martinon-Torres F, Safadi MA, Shao Z, Zhu B, von Gottberg A, Borrow R, Ramsay ME, Ladhani SN. The everchanging epidemiology of meningococcal disease worldwide and the potential for prevention through vaccination. J Infect. 2020 Oct;81(4):483-498

15. World Health Organization. Vaccines and immunization. Disponível em: https://www.who.int/health-topics/vaccines-and-immunization#tab=tab_1 [Acessado em abril 2021]

16. SBIm. Calendário de vacinação Adolescente 2020-2021. Disponível em: https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-adolescente.pdf [Acessado em Abril de 2021]

17. SBIm. Calendário de Vacinação Criança (0 a <10 anos) - 2020 – 2021. Disponível em: https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-crianca.pdf [Acessado em Abril de 2021]


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